Gustavo, o melhor amigo do meu papai (2)

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— Bruninho, o que você acha de eu fazer outra tatuagem aqui no braço esquerdo?

Estávamos, adivinhem, tomando sol nas espreguiçadeiras, em torno da piscina. Um ao lado do outro. E mais ninguém.    

Aproveitei que ele me oferecia o braço, aquele que levou a taça de champanhe à boca uma centena de vezes, e dei aquela manjada que todo gay faz instintivamente:    

— Vai fazer uma tribal? Maneiro, faça mesmo.    

— Você também devia fazer uma. As garotas adoram. — ele disse isso pegando meu antebraço, num movimento inesperado. Eu levei um susto e meu cu piscou de emoção. Dei um suspiro meio comprometedor, mas Gustavo não demonstrou ter percebido meu tesão. Meu pau continuou no lugar, porque consegui me mover de modo a relaxar.    

— Ahhh... talvez eu faça uma tribal também.    

— Podemos fazer juntos. Tatuagens iguais.    

— Meus pai vão chiar.    

— E por falar neles, olha eles chegando aí!    

Meus pais chegaram e se deitaram do nosso lado. Assim, Gustavo ficou numa ponta, e eu fiquei a seu lado; logo em seguida minha mãe, e na outra ponta, meu pai.    

— O Sol tá bom? — perguntou minha mãe, virando-se com a poupança para cima. Percebi nesse momento que Gustavo deu uma tremenda olhada na bunda da minha mãe, que era jovem e ainda muito bonita. Fiquei chateado com Gustavo por isso. Talvez não fosse nada de mais, mas aquilo mexeu negativamente comigo.     Mas o que era chato, ficou ainda pior. Os três passaram a conversar sobre quando eram jovens. Eu já conhecia muitas historias sobre eles, mas naquele dia eu tive contato com os pormenores escabrosos.    

— Bruninho, você sabia que seu pai roubou sua mãe de mim, quando a gente era jovem? — Gustavo havia me feito a pergunta com o sorriso mais safado do mundo. Não sei se ele esperava que eu risse; o certo foi que fiquei sem ter o que dizer. Poderia ser brincadeira, mas talvez...    

Não tive de dizer mais nada mesmo.    

Tanto meu pai quando minha mãe soltaram gargalhadas do comentário. Meu pai, que tinha um copo d’água numa das mãos, fez tenção de jogá-la no rosto do amigo.    

Então meus pais contaram cada qual parte da historia, que nem era longa. Assim, quando meu pai conheceu minha mãe, Gustavo foi logo se interessando por ela. Ficou de queixo caído, queria logo conquista-la, e deixar o Marcelo comendo poeira. Comprou flores, convidou-a a jantar em restaurantes finos, dizia até gostar de Beethoven, para agradá-la, uma fanática por música clássica.    

Mas nada disso deu certo.    

Minha mãe preferiu meu pai, e nunca esboçou o menor arrependimento. Ao que me consta, nunca tiveram nenhum tipo de problema conjugal, e meu pai pode ter sido sempre fiel. De minha mãe, eu jamais desconfiaria que pudesse trair, embora ela trabalhasse ao lado de muitos homens maravilhosos — o “maravilhosos” fica por minha conta.    

— E eles viveram felizes para sempre — ironizou Gustavo, quebrando o silencio depois da historinha.    

Antes que pensem que isso pudesse ter gerado alguma mágoa entre os três, vou logo dizendo que se havia alguma rusga, ninguém assumia nada. Meu próprio pai contava essas coisas da juventude para mim às gargalhadas. Gustavo, nem se fala, incrementava com informações valiosíssimas para mim, como o fato de ser bem mais bonito, desde sempre, que meu pai:

— Olha, Bruninho, sua mãe devia ser cega pra se enrabichar por esse cara, e não por mim — dizia Gustavo, tomando cerveja, perto da nosso piscina, jogando a cabeça para trás dos ombros de tanto rir, enquanto meu pai retrucava jogando água gelada nas cadeiras onde estávamos sentados:    

— Deixa de ser mentiroso, Gustavo, eu até que não era de jogar fora. Não é não, amor?    

Minha mãe e eu só conseguíamos rir da briga dos dois.    

Sempre foram uns garotões em corpo de homem.


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Comentários


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andre_br Comentou em 10/08/2015

Continua!!!!!

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hahasexo Comentou em 01/07/2015

Estou ficando cada vez mais viciado. Só to rezendo pra ficar quente rápido.




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Ficha do conto

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tuliganimedes

Nome do conto:
Gustavo, o melhor amigo do meu papai (2)

Codigo do conto:
67178

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
30/06/2015

Quant.de Votos:
23

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