Qualquer dúvida que tenha pairado em relação ao fim desta, caso o leitor (a) a tenha, basta expô-la nos comentários, ou por e-mail, que lhe será respondida.
Importante destacar que sempre fica no imaginário do autor a curiosidade em saber qual dos personagens teria sido o de maior agrado do leitor (a), pois ajudaria a dirigir o foco da história para essa pessoa/personagem.
Mais uma vez, obrigado a todos, beijos nas meninas, lembranças aos cornos e, quem sabe, até uma próxima oportunidade!
CAPÍTULO FINAL
DE VOLTA À PIZZARIA
Naquela manhã de sábado após eu ter enrabado a Vera de bruços, no sofá cama do quarto dos meninos, infelizmente, tive que admitir que a minha bateria chegara ao fim. Sem dúvida, essa é uma triste realidade que poucos homens ousam admiti-la, mas, no meu caso, a própria Vera percebera que eu havia “jogado a toalha”, de tal forma que seria despiciendo eu querer provar lhe o contrário. Enfim, assimilei que, por ora, a situação tornara-se irreversível, e de nenhuma valia ser-me-ia o milagroso comprimido azul.
Porém, ainda que intimamente frustrada pela falta de um “segundo tempo” naquele convidativo sofá cama, fingindo-se satisfeita, ela tentou consolar-me dizendo:
—Eu não sou como a Ticiane, Edu.
—Hoje eu já fiz aquilo que queria: gozei gostoso!
Após, deixou-me sozinho no sofá, e saiu nua em direção ao banheiro. Entretanto, mal ela se fora, ouço a Ticiane chamando por mim. Ressabiado, e imaginando que talvez a menina fosse me pedir mais sexo, fingi não escutá-la.
Porém, ante os seus insistentes chamados, fui atendê-la, e pensei comigo:
—Se ela quiser foder mais, agora terá que ser com a língua.
Daí, fui ao quarto onde a menina estava, e quando o adentrei, ela reclamou:
—Nossa, que demora!
—Faz um tempão que eu estou te chamando. Onde você tava, Edu?
—Eu estava com a sua mãe, Tici. Mas agora acho que ela foi tomar banho, no outro banheiro.
Daí, Ticiane deu-me boa notícia:
—Hoje você é dela, Edu.
—Voltou a arder!
Daí, fui lhe consolar:
—Humm. Então a princesinha tá dodói de novo?
—Estou, Edu. Ontem você “abusou” de mim né, cachorro?
—Pois é amorzinho. Mas hoje o seu marido irá deixá-la de repouso, tá bom.
Ela respondeu-me:
—Sim, Edu!
—Obrigada!
E, continuou:
—Depois que a mamy sair do banho, peça pra ela fazer um suco de laranja pra mim, amor.
Eu lhe respondi:
—Eu mesmo faço isso, Tici.
E, perguntei-lhe:
—A princesinha não quer tomar o café da manhã na cama? Seu marido o trás pra você!
Dengosa, Tici respondeu-me:
—Quero, Edu. Mas antes se deite um pouco ao meu lado.
—Quero carinho!
Daí eu me deitei ao seu lado, enquanto nos abraçávamos e beijávamos na cama. Por sorte, ela não me pedira nada além disso —abraços e beijos —, até porque, eu não teria como lhe servir.
Quando a Vera saiu do banheiro ajudou-me a preparar o café da princesinha, e então eu a servi na cama, conforme prometido.
Porém, Vera censurou-me:
—Você tá paparicando muito essa menina, Edu.
—Vai deixá-la mal acostumada.
Então, me justifiquei:
—Mas ela é sua filha, Vera. Faço isso por nós todos.
Feliz, ela comentou:
—Huumm, Edu. Você é o marido “dos sonhos”!
Para agradá-la, respondi-lhe sorrindo:
—E você é a sogra que todo homem “deseja”, Vera. Literalmente!
Percebendo as minhas segundas intenções na observação acima, Vera comenta:
—Humm. Safado! Mas quando você me dará um neto?
Eu lhe respondi:
—Vamos ver, amor. Tomara que seja breve.
Toda essa descontração entre nós naquele ambiente familiar, aliada à simpatia e à beleza das duas princesas, fizeram-me dar conta de que a felicidade sempre me estivera próxima, mas, infelizmente, passara-me desapercebida todo esse tempo.
Pela primeira vez tive que admitir que a Denise não nos fizesse falta alguma, e que fora um enorme erro da minha parte envolver-me na vendeta da Luana. Posso ter perdido a grande chance de ter deixado a Denise partir de vez, e gozar dessa nova e maravilhosa vida, somente com as duas princesas ao meu lado. Cheguei a cogitar em procurar o Caio para abortar a “operação”, mas, infelizmente, tive que admitir que a chance de o estrago já estar feito, seria grande.
Mesmo assim, para que não se pairasse nenhuma dúvida futura nesse aspecto, ou até mesmo para que não se minasse a minha última esperança de voltar atrás, na desesperada tentativa de impedir que o Caio visitasse a Luana, fui o mais rápido possível ao seu encontro. Ao contrário de antes, agora eu só queria facilitar a partida da Denise com o Bruno, para livrar-me dela de vez.
Porém, ao encontrar-me com o Caio, e perceber o seu feliz semblante, só restou-me admitir que o resultado desta minha diligência não fosse animador. E o próprio o confirmou dizendo-me:
—Chegou tarde, amigo!
—A gostosa é um avião!
E rindo, completou:
—Vou até te devolver o seu dinheiro da gasolina.
—Acredita que ela pagou o motel?
Depois, Caio contou-me que fodera a Luana de todas as formas possíveis e, exaltando-a, dissera-me —como se eu não soubesse— que a ruiva parecia uma “profissional do sexo”.
Entretanto, com a curiosidade aguçada, perguntei-lhe acerca do mais importante:
—Mas vocês tiraram muitas fotos, Caio?
—Claro, Edu! Afinal você “me pagou” pra isso, né?
E, todo feliz, frisou:
—Pois é: fodendo uma gostosa daquela, eu tiro mil fotos se ela quiser!
E, rindo, ainda zombou:
—Ela encheu a memória do celular do corno, com as fotos da nossa putaria, Edu!
—Até foto com os seios esporrados ela mandou pra ele ver!
Caio vangloriava-se com enorme desenvoltura do seu feito, sem preocupar-se minimamente com as consequências. Afinal, embora sendo casado com a Cíntia, prima do Leleco, nesse aspecto, isto é, sobre ele sair sozinho com outras mulheres, a situação lhe era extremamente confortável, de vez que não existia ciúme no casamento aberto de ambos.
Porém, obviamente, sem dizer-lhe nada, tive que observar que se existisse uma mulher casada mais piranha do que a Denise, certamente, essa vagabunda seria a Cíntia. Dos meus amigos do meio liberal, não existe nenhum deles que não tenha comido a mulher do Caio. Embora triste, tive que admitir que, igualmente, a Denise fosse companheira da sua mulher.
Mas, voltando ao assunto, como dizem, o “estrago” já estava feito. Ao menos tentei impedi-lo. Consolei-me.
Daí, voltei triste para casa, e passei o fim de semana com as duas princesas, até que no domingo à tarde Ticiane regressou de ônibus para a cidade vizinha, a fim de lá ficar ajudando a sua irmã com a filhinha.
Eram quase 15:00hrs da segunda feira quando, após fazer inspeções regulares em alguns estabelecimentos próximo ao meu bairro, resolvi passar em casa para livrar-me das roupas pesadas que as usava, e vestir camiseta e bermuda para continuar com as visitas, de vez que, naquele dia, eu não mais retornaria à repartição. Iria terminar o expediente na rua, e voltaria direto para casa, a fim de ficar à espera da princesa dos olhos claros, pois, afinal, eu estava a lhe dever “boas fodas”.
Assim, após eu passar pelo portão da rua, e fechá-lo com o cadeado, quando fui abrir a porta da sala, percebi que a mesma não se encontrava fechada à chave. Quando adentrei em casa, vi malas pelo chão, e alguns objetos da Denise por sobre a mesa.
Quando eu tentava entender a situação, ouço voz da minha ex-mulher dizendo-me:
—Você parece meio assustado, Edu!
Com desdém, eu lhe pergunto:
—Você veio me trazer o convite do seu casamento, Denise?
Direta, Denise respondeu-me:
—Deixe de ser sarcástico, Edu!
—Eu estou de volta por sua causa, mas não por causa de você, entendeu?
—Você que se dane!
Fui sincero:
—Claro, Denise. Felizmente, comigo você não terá mais nada!
Daí, ela reclamou:
—Só não entendo o porquê de o filho da puta do Caio aceitar uma baixaria dessa!
Eu lhe respondi:
—Ora, Denise. O Caio é tipo um gigolô. Putas como você, a Luana, e a mulher dele são os seus pratos prediletos.
Brava, Denise rebateu-me:
—Puta é a sua mãe, Edu!
Depois, provocou-me:
—E porque você não foi homem o bastante pra deixar-se fotografar com a esposa do Bruno, Edu?
—Afinal, vocês dois é quem foram os verdadeiros cornos nessa história!
E, insinuou:
—Teve medo dele, e arranjou o Caio?
—É isso?
Eu lhe respondi:
—Olha, Denise. Sobre eu ter medo do Bruno, depois que inventaram o revólver, não existe homem mais macho do que o outro não, viu!
E, continuei:
—Mas, você acha que eu seria trouxa em comer a puta da Luana, e tirar fotos ao lado dela, pra depois você me sacanear, e mostrar pra sua irmã?
—Pensa que eu sou otário, Denise?
E, fui lhe dizendo:
—Você quis partir, e já foi tarde! Mas, a Vera você não vai tirá-la de mim, entendeu?
Daí, ela tentou corrigir-me:
—E quem disse que eu parti, Edu?
—Essa casa também é minha, e eu estou de volta!
Eu lhe respondi:
—Sim. A casa também é sua, Denise.
—Afinal, tem dinheiro do seu trabalho nela.
—Pode ficar.
E, enfatizei:
—Mas, eu não te pertenço mais!
Daí, ela deu ares de mostrar leve arrependimento, dizendo-me:
—Desculpe, Edu. Eu só vacilei essa vez.
Eu a censurei:
—Você não vacilou “só” essa vez, Denise.
Ela questionou-me:
—Como não, Edu. O que mais eu fiz de errado, além disso?
—Ora Denise. Numa única semana, por sua causa, você fez dois homens sérios e honrados virarem cornos!
Eu iria continuar dando-lhe o sermão, inclusive jogando lhe na cara que ela não fora apenas abandonada pelo seu ex-futuro marido mas que, no fundo, este a trocara por uma antiga mulher de zona. Porém, vendo-a cabisbaixa, e em consideração ao nosso passado feliz, sem contar que, apesar dos pesares, ela continuaria sendo minha cunhada e, mormente, em consideração à sua irmã, anunciei trégua lhe dizendo:
—Olha Denise. Nós dois estamos de cabeça quente, e se continuarmos discutindo, isso não irá terminar bem.
—Já está quase na hora de a sua irmã sair do banco, e como ela é uma pessoa sensata, acho melhor que nos ajude a resolvermos essa situação.
Porém, com o dedo em riste, lhe adverti:
—Mas já vou lhe avisar algo importante desde já, Denise.
E continuei:
—Se você tentar arruinar a minha vida junto à Vera, só pra vingar esse lance do Caio, você estará fodida comigo, entendeu?
Depois, mais calmo, amenizei:
—Todos nós perdemos nessa, Denise. Por ora, o melhor será escutarmos o que a sua irmã terá a nos dizer.
Denise nada me respondeu. Entretanto, sem fitar-me nos olhos, triste, balançou a cabeça afirmativamente.
Daí, eu a deixei sozinha em casa, e fui até o banco dar a noticia da sua chegada à Vera.
Como já era de se esperar, Vera sugeriu que a recebêssemos tal qual a passagem bíblica do filho pródigo ou, no caso, filha pródiga. Infelizmente, eu já havia perdido o interesse pela Denise, de tal forma que, quando deleguei competência para a princesa dos olhos claros decidir a nossa situação, acataria qualquer que fosse a sua sentença.
E, assim, após a Vera deixar a agência, quando vínhamos conversando e caminhando distraídos pela calçada, fui surpreendido e agarrado abruptamente de lado, por um homem moreno, que veio me dizendo:
—Me dá um abraço, Edu!
Quando o olhei, não acreditei, e apenas exclamei alto:
—MAGNO!
Com incontida surpresa e felicidade, eu lhe falei:
—QUE SAUDADE CARA! COMO VOCÊ ESTÁ?
Todo feliz, Magno respondeu-me:
—“Tamo” de volta, Edu!
Depois, apontando-me para um veículo SUV Hyundai Tucson, cor preta, de vidros todos escuros, estacionado rente ao meio fio, simplesmente me disse:
—Olhe quem está ali, Edu.
Daí, quando eu virei os olhos em direção ao Hyundai, o vidro automático da porta da frente abaixou-se, e o meu coração quase paralisou quando eu vi uma moça, agora de cabelos curtinhos, sorrindo para mim: era a Alessandra!
Ela só me disse:
—Se esqueceu dos amigos, Edu?
Só aí nós três demos conta da presença da Vera, e fizemos as apresentações de costume. Momentaneamente, deixei a Vera conversando com o Magno na calçada, e ao me aproximar da Tucson, talvez referindo-se à Vera, Alessandra me pergunta descontraída:
—Você se casou de novo, Edu?
Eu lhe respondi:
—Não Alessandra. Tá doida?
Imaginando que ela se referisse à princesa dos olhos claros, expliquei-lhe:
—Essa é a minha cunhada, irmã da Denise!
Demonstrando ligeiro alívio com a minha resposta, Alessandra comentou:
—Humm. Entendi. E você e a Denise como estão Edu?
Alegre, eu lhe respondi:
—Ah! Estamos ótimos!
—Felizes e bem casados, Alessandra!
—E morrendo de saudade de vocês.
Entretanto, passada a grata surpresa motivada pela chegada dos dois, forçosamente, eu teria que, mais uma vez, contar com a prestimosa ajuda da Denise, para que fossemos preparando a Vera aos poucos para um “convívio” saudável entre todos. A partir de agora, nada seria como antes.
Redimindo-me, tive que concordar comigo mesmo, que muitos casamentos terminam, mas, às vezes, alguns se reatam, e que isso faz parte da vida.
Enfim, agora caberia apenas e tão somente à Denise decidir se continuaria sendo, ou não, a minha esposa ou, uma delas. Porém, desde já torcendo pelo “sim”, eu gostaria de lhe repetir a mesma frase que o Magno acabara de me dizer:
—“Tamo” de volta!
Também, percebi que, doravante, eu teria que rever alguns conceitos que até então os mantivera como cláusula pétrea, qual seja, sobre a Vera ter mais alguém.
Entendi que muitas regras agora teriam que se mudar, pois, certamente, valeria a pena todo e qualquer sacrifício para estar novamente com a Alessandra. Tudo isso sem contar que, mais dia, ou menos dia, a Ticiane iria experimentar lhe o grelo duro na bucetinha, e da minha parte eu faria tudo para que isso acontecesse.
Assim, lembrando-me do feliz passado com a doce Alessandra, e tendo-a novamente tão perto, tive que me conter para não chorar de felicidade. Minha vontade naquele momento era beijar lhe muito, mas, percebi que somente beijo era pouco, e que bons momentos estariam a nos aguardar.
E um desses prazerosos encontros seria quando a Vera, de “cabeça feita”, topasse ir comigo “de volta à pizzaria” com o casal recém chegado pois, certamente, o Magno iria gostar muito dessa “volta”. E eu e a Alessandra mais ainda.
Enfim, deduzi que, para comemorarmos a chegada dos novos parceiros, um animado churrasco na casa da Dona Cida, neste final de semana, viria a calhar. Além disso, esta seria uma ótima oportunidade para que a Denise e o Caio fizessem as pazes, pois, a partir de agora, a Luana e o Bruno fazem parte de um passado que todos nós gostaríamos de esquecer.
Quem sabe um dia eu possa contar tudo o que rolou em “A PIZZARIA – Fase 3” mas, isso seria uma outra história. E, como sempre, longa história!
FIM!
pq vc não esta contando mais das suas aventuras !!
Adorei. Muito bem contado. Espero que continue nos prestigiando com mais desses contos.
Muito delicioso os seus contos esperamos a Pizzaria parte 3.
perfeita a série.
muito bom o desfecho meu amigo, espero sim q vc escreva a fase 3, pois adoro seus contos, abraços, como sempre votadissímo