Atenção:
Esse é o décimo nono capítulo, Parte B, da Fase 3, da série “A PIZZARIA”.
Devido à sua grande extensão, o capitulo 19 foi dividido em duas partes (A e B), a fim de não tornar a leitura cansativa.
Antes de prosseguir, leia, neste mesmo site, a fase 1 da série original (A PIZZARIA), do mesmo autor.
Como dito antes, a “Fase 3 ” apresenta o total de 20 capítulos mais longos que estão sendo postados nesse site, até o final.
E já chegando ao final desta Fase 3, uma vez que a próxima aventura (Fase 4), se for publicada, poderá ter vários desdobramentos, avaliarei possíveis sugestões dos seguidores para o enredo futuro, bastando ao leitor, caso queira, enviar a sua sugestão para o e-mail do autor, ou no campo destinado aos comentários.
Obrigado.
A PIZZARIA – FASE 3 - CAPÍTULO 19 – Parte B
CAPÍTULO 19 – Parte B
Pelo volume do trabalho a ser feito, deduzi que iria chegar tarde em casa, e acertei a previsão. Fui deitar-me exausto, após tomar um banho relaxante e jantar.
No dia seguinte quando eu entreguei os relatórios completos ao Souza, ele ficara satisfeito e me agradeceu sinceramente pois, modéstia à parte, o serviço fora bem feito. Agora só lhe restava apor suas assinaturas nas respectivas fichas, dando como seu o trabalho feito por mim.
Daí, ele foi dizendo:
—Obrigado, Edu.
—Eu achava que não iria dar conta de entregar essas merdas de relatórios dentro do prazo, e a chefia da tributação já estava me cobrando!
—Imagina, Souza você tem me ajudado bastante, e isso era o mínimo que eu poderia lhe retribuir, ainda mais que você segurou a minha barra na segunda feira né.
—Pois é, Edu. Mas posso lhe perguntar algo?
—Sim. Fique à vontade, Souza.
—Você foi mexer de novo com mulher em plena segunda feira, Edu?
—Você nunca foi de faltar nesse dia (segunda feira), cara. O que aconteceu dessa vez?
Sem nada lhe responder, até porque, numa hora dessas a resposta mais plausível seria o silêncio, ousei lhe perguntar:
—Posso lhe perguntar algo íntimo, Souza?
—O que Edu?
—Quantas mulheres você já teve na vida?
—Você diz namoradas, Edu?
Resolvi ser mais direto:
—Não, Souza. Eu perguntei quantas mulheres você já comeu até hoje, entendeu?
Ele corou com o meu atrevimento, ficando em silêncio. Então, completei:
—Desculpe, Souza. Não precisa me responder.
Daí, ficamos ambos quietos por uns instantes até que ele falou:
—Não vou responder agora, mas se você me disser com quantas mulheres já ficou até hoje, depois de casado, eu te conto, Edu.
Fui pego de surpresa, pois nunca fizera essa conta. Então, com dose de exagero, eu lhe respondi:
—Não foram muitas, Souza: talvez mais de dez e menos de vinte!
—Você tá brincando, Edu!
—Tudo isso?
—É Souza. Mas tô parando, viu!
Zombando, ele me retrucou:
—Eu sei, Edu. Você é igual ao fumante que sempre diz que irá fumar o último cigarro, ou o bêbado que toma o último trago da vida.
—Você não toma jeito, colega!
—Tem tantos empregados de fábricas trabalhando doente pra não faltar ao serviço, com medo de perder o emprego, e você nessa pouca vergonha!
—Você com boa saúde, e só mexendo com biscate, Edu.
—Eu canso de falar, e você nada de melhorar.
—Emprego público qualquer hora vai dar zebra, viu!
—O povo já tá reclamando de pagar cada vez mais impostos pra bancar nossa mordomia, cara.
—Cuidado hein, Edu! O governo tá mudando viu. A justiça tá prendendo gente rica e poderosa, e se perdermos a estabilidade o primeiro a levar o pé na bunda será você!
—Uma hora a casa caí!
Após essa chata introdução, quando ele já se preparava para continuar com o mesmo sermão de sempre, eu lhe interrompi dizendo:
—Mas você ainda não me falou sobre a sua conta, Souza.
—Conta do quê, Edu?
—Ora! Do que estamos falando?
—Rabos de saia, Souza!
—Fala Souza! Quantas você já pegou?
—Eu sou bem casado, Edu. Só mesmo a Margarete (esposa).
—Sério amigo?
—Nesses anos todos somente ela?
—Sim, Edu. É verdade!
Aproveitando o ligeiro momento de descontração, eu lhe perguntei:
—E você não tem vontade de pegar “coisa” diferente, Souza?
—Igual você faz, sinceramente não, Edu!
—Como assim, Souza?
—Se estamos falando de mulher, o que eu faço errado?
—Você não ama nenhuma delas, Edu.
—Sempre quer ter uma diferente.
—E você não quer ninguém, Souza?
—Talvez sim, Edu.
E justificou-se:
— Sonhar nunca foi proibido né?
—Huummm.
—E com qual mulher você sonha, Souza?
Ele ficou pensativo, e respondeu-me:
—Você se lembra de uma moça clara, de cabelos lisos, que certa vez veio te procurar aqui, Edu?
—Aqui já teve várias mulheres me procurando né Souza. Nem adianta eu esconder isso de você.
—Eu sei, Edu. Mas essa é paulista, e o marido dela faz rolo de carro.
—Nunca mais “vi ela” e nem o marido!
E revelou:
—Ela é a mulher dos meus sonhos, Edu!
—PUTA QUE PARIU. Pensei comigo: esse cara que nunca comeu ninguém, com tanta mulher no mundo vai desejar logo a Alessandra? A minha Alessandra!
—Mas ela é casada, Souza!
—E daí, Edu? Eu tenho noventa e nove por cento de certeza que você já comeu ela!
—Mulher que vem atrás de você aqui tá procurando rola, cara!
E, todo animado disse-me:
—Só não sei como você conseguiu, mas essa sim. É uma mulher fantástica!
—Também acho. Pensei.
E concluiu:
—Por um avião desse eu perderia o juízo viu Edu.
Eu fiquei sem lhe dizer nada. E por um instante imaginei que o recatado Souza, funcionário público e pai de família exemplar, que sempre dedicara a sua vida para a família e o trabalho, talvez pelo fato de me ver saindo com algumas mulheres, e agora na meia idade, já passando dos quarenta anos, resolvera despertar o seu instinto de macho.
Pensando melhor, e sem segundas intenções, pela primeira vez fiz uma avaliação da sua esposa: Margarete era uma mulher interessante. Seu físico lembrava muito o da Denise, porém é baixinha com ancas avantajadas, coxas grossas, cintura fina e quadril largo. Deve ter pouco mais de trinta e oito ou trinta e nove anos. O destaque da bela morena do Souza é o seu andar, pois sempre caminha num gostoso rebolado, balançando a linda bunda.
Com certeza o único homem da sua vida fora o marido, Souza, e como ele mesmo me dissera, ela também fora a única que possuíra. Ao pensar nas possibilidades, a minha mente entrou em parafuso e por isso eu lhe disse:
—Você não deve pensar na outra (Alessandra) Souza. Se a Margarete descobre, ela te deixa, entende?
Ele justificou-se:
—Lógico que nada irá acontecer de verdade, Edu.
—Eu só quis dizer que ela é fetiche meu.
— E imagino que toda pessoa tenha a sua fantasia secreta Edu.
E provocou-me:
—E pelo visto você teve muitas fantasias que viraram realidade né Edu?
—Nessa parte eu sinto inveja de você, sabia?
—Inveja de mim porque, Souza?
—Ora Edu! Você é um pobre fodido, sem um tostão no bolso, e nem é tão bonito assim, mas anda comendo essa mulherada toda, a maioria casada, e você sem ter nada a oferecer em troca!
Nessa hora a minha língua comichou de vontade de lhe dizer a verdade mas, lógico, guardei o silêncio. Seria bombástico se ele soubesse que tudo isso me custou a entrada da minha esposa no mundo do sexo, e que desde então ela passara a deitar com todo tipo de homem, tornando-se uma libertina – para não dizer outra palavra.
Daí, eu o aconselhei:
—Mas ela (Alessandra) é mulher casada, Souza. Pegue alguma solteira, sem a sua esposa saber, e mate a curiosidade, amigo.
—E além do mais você tem mulher bonita em casa, Souza. Não deve se envolver nesse tipo de aventura, entende.
—Isso vicia e pode ser um caminho sem volta, cara!
Depois, joguei-lhe o verde:
—Já imaginou se a Margarete tem os mesmos pensamentos que você, Souza?
—Jamais, Edu. Ela é muito na dela. Não faria nada errado não.
Daí ele questionou-me:
—E se a sua esposa ficasse sabendo das coisas que você anda fazendo e resolvesse lhe dar o troco, o que você faria, Edu?
Tentei sair pela tangente:
—Acho que a Denise é igual à sua mulher, Souza. Ela também é muito na dela.
—Eu sei, Edu. Não estou insinuando que a sua mulher iria fazer algo errado, até porque eu sei que ela é muito honesta e direita.
—Mas eu me refiro se por acaso um dia você descobrisse que de repente ela pensasse igual a você, entendeu?
—Sim, Souza. Você diz na hipótese de a Denise ficar ou pensar em sair com outro homem e eu ficar sabendo desse desejo dela, né?
—Isso, Edu!
—Você aceitaria?
Fiquei novamente calado e pensativo por algum tempo, imaginando aonde o Souza queria chegar com esse tipo de papo. Minha intuição me dizia que ele poderia estar sabendo ou desconfiando de algo em relação a mim e à minha mulher. Ou de repente ele poderia apenas estar jogando verde. E como falávamos no terreno das hipóteses, respondi-lhe com ironia:
—Acho que eu teria que aceitar, Souza. Hoje todos falam em direitos iguais, não é?
—Que isso, Edu! Sério? Aceitaria deixar a sua esposa cair na mesma vida mundana que você vive?
E rindo eu lhe disse:
—Se fosse por uma boa causa, quem sabe né Souza!
Também sorrindo, ele concordou brincando:
—Por uma boa causa até eu Edu!
Nessa hora, inevitavelmente, o meu pau endureceu face ao rumo que a nossa conversa estava tomando. No meu íntimo, e por instinto, passei a me imaginar flertando com a esposa do Souza. Porém, no contexto da situação, isso não seria nada bom.
Fui salvo pelo gongo quando me lembrei do velho ditado que diz “onde se ganha o pão, não se come a carne.”
Embora, com todo o respeito, eu achasse a Margarete uma baixinha super gostosa, certamente, ela seria a última mulher do mundo com a qual eu tentaria me envolver, mesmo sabendo que o fetiche do seu marido seria pegar a Alessandra, e que a sua atitude não seria das mais recomendáveis para um homem casado e de bons princípios, com os nuances de moralidade, sempre apresentados pelo meu colega de trabalho.
Dai para lhe consolar, eu lhe disse:
—Mas vou torcer por você. Quem sabe um dia você tenha sucesso com a Alessandra.
E lembrei-lhe:
—Alessandra é o nome dela viu Souza.
—Eu sei Edu. Nunca esqueci esse nome!
Esperançoso, ele encerrou me dizendo:
—Quem sabe né Edu!
Quando eu cheguei em casa após o trabalho, não consegui tirar dos meus pensamentos a conversa nada republicana que tivera com o Souza, principalmente no tópico em que ele, sublinharmente, admitiria aceitar que a sua esposa, Margarete, também tivesse pensamentos ou desejos semelhantes aos dele, que no seu caso seria a fantasia secreta de comer a Alessandra.
Intuitivamente, me vi no lugar do Magno imaginando que ele concordaria de plano, e sem cerimônias, em deixar a Alessandra transar com o Souza em troca de ele comer a Margarete, até porque, como se não bastasse o fato de a Alessandra ser a minha fêmea, na sua vida também já havia o macho Tobias.
E nessa altura dos acontecimentos, sem falsos moralismos, Souza seria apenas mais um a foder aquela biscate – a qual eu teimo em amar - como a Denise gosta de enfatizar.
Mas, a lembrança do lindo sorriso da baixinha rabuda do Souza, inevitavelmente, mexia comigo. Com certeza, se o Magno soubesse do desejo secreto do meu colega, muitas coisas seriam instadas a acontecer. Então passei a imaginar a bela Margarete nua, deitada ao meu lado na cama. Com certeza, eu não iria resistir por muito tempo e até mesmo gozaria antes de lhe colocar o pau na bucetinha. Meu desejo era lambê-la da cabeça aos pés, e depois fazer a safada gozar na minha pica.
Pena que eu nunca irei saber se o Souza teria, ou não, algum fetiche pela Denise. Mas, com relação à Alessandra eu daria um jeito para que o Magno, ou mesmo ela, jamais soubessem desse desejo secreto do colega. Eu posso até ser corno, mas, “trabalhar” gratuitamente como cafetão nunca fizera parte dos meus planos. Ainda mais contra o meu próprio “patrimônio”.
Conversando comigo mesmo concluí que se o Souza quisesse comer a Alessandra, que saísse à caça ele próprio, e que arranjasse uma forma de oferecer a Margarete para o seu marido. Enfim, decidi de uma vez por todas que não moveria uma palha por isso.
Mas adormeci inconformado pelo fato de a baixinha gostosa nunca ter experimentado pau diferente na buceta.
No dia seguinte decidi esquecer aquela conversa com o Souza, e focar no encontro da Denise com o noivo da Leila. Não bastasse isso, para piorar, lembrei-me que ainda teria a missão de ter que levá-la em hotel na cidade vizinha, para que ela passasse a noite com um macho, que eu sequer o conhecia.
Continua no próximo capítulo...
Boa tarde foi uma conversa sem futuro pq quem ñ caça ñ come até o próximo conto abraço