Mensagens de um sedutor...

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Meu nome é Léo, sou bi, casado, e adoro conhecer novinhos pela internet. Esse conto é fruto de uma troca de e-mails com um novinho delicioso aqui de BH, que vou chamar pelo codinome Marcelo.

Ficamos nos correspondendo durante uns dois meses e esses textos eu escrevi para ele quando ainda estávamos em processo de sedução, antes do nosso primeiro encontro. Mas esse encontro eu conto depois... Vamos às mensagens por e-mail.

Oi Marcelo,
Também confiro a caixa de e-mail a todo momento para ter notícias suas... Sei da sua vida corrida porque também tenho o mesmo problema, mas, como já disse, a cada dia que passa, sinto crescer a necessidade de conversar com você (mesmo que por computador), de saber sobre você, de descobrir você... Fiquei pensando o que poderia escrever agora, embora esteja esperado a resposta da mensagem que te enviei ontem. Você recebeu? Então, para hoje, lembrei-me de um livro que li há um tempo que tem um trecho muito especial...

Na verdade, seria perfeito, se pudesse ler esse parágrafos para você. Solto a minha imaginação e, quando percebo, já estou no cenário ideal para eu lhe contar essa história. Um quarto simples, com paredes pintadas de branco, uma cama de casal com lençóis e colcha em cores claras, travesseiros confortáveis dispostos na cabeceira da cama, posicionada embaixo de uma janela de madeira. A janela está aberta e um feixe de luz ilumina todo o quarto. É fim de tarde. A cortina de voal, também branca, balança ao ser acariciada pelo vento, que chega para refrescar o ambiente. Em um canto do quarto, um amplo sofá de couro, super confortável, recebe também a luz de uma luminária pendente.

Estou sentado no sofá e você está deitado com sua cabeça repousada sobre meu colo. Seguro nas mãos o livro "Cartas de um sedutor". A autora é a escritora Hilda Hilst. Já ouvistes falar dela? Então, Hilst foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira muito à frente de seu tempo. Nasceu em 1930 e morreu em 2004. É considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX... Estou fazendo cafuné nos seus cachos e peço sua atenção para o trecho que estou lendo:

– Ouça Marcelo. Acho que você vai amar isso:

«(...) Chama-se Alberto. Chamo-o de Albert à cause do meu querido Camus. O único. É belo igual a ele. (...) Perdoa-me, Cordélia, mas a não ser tu, minha irmã e tão bela, não tive um nítido e premente desejo por mulher alguma. Mas sempre gosto de ser chupado. Então às vezes seduzo algumas de beiçolinha revirada. Mas o falo na rosa, nas mulheres, só in extremis. (...) Gosto de corpos duros, esguios, de nádegas iguais àqueles gomos ainda verdes, grudados tenazmente à sua envoltura. (...) Gosto de cu de homem, cus viris, uns pêlos negros ou aloirados à volta, um contrair-se, um fechar-se cheio de opinião. E as mulheres com seus gemidos e suas falações e grandes cus vermelhuscos não me atraem. (...) Bunda de mulher deve dar bons bifes no caso de desastre na neve. (...) Quanto a Albert. Tem 16. É mecânico. Não faças essa cara e não rias. Se tu o visses, teus grandes e pequenos lábios intumesceriam de prazer, assim como intumesciam sob os meus dedos quando eu os tocava fingindo esmigalhar as polpinhas rosadas. (...)»

«Irmanita, vê só: estava tenso teso escorregadio. Ele. Albert. Aceitou sim tomar uma cerveja comigo (detesto cerveja), só toma cerveja. (...) Sentamo-nos numa mesinha redonda, (...) escolhi um bar brega (coisa de macho aos olhos do bofe) e aí passou por perto uma ancudinha gostosa, ele olhou muito e eu também, fingi me interessar e comecei um papo bordelesco só falando de mulheres. (...) Descrevi pinadas admiráveis e quando detalhei uma certa posição incomum (...) ele riu com gosto, fez movimentos nervosos com a perna, olhei rapidinho e visualizei a pica dele estufada dentro das calças. Perguntei de chofre: nunca te masturbaste com teus amigos? (...)
Continuei temas afins mas insisti largamente na masturbação, dizendo-lhe também que a fantasia é a melhor amiga do homem (ele ri) e de repente na quinta cerveja fui incisivo:
vamos depenar o sabiá por aí?
Gostou, riu muito da expressão "depenar o sabiá". (...) Por que não? Irmanita, fiquei agitado, minha vontade era de agarrar-lhe a piça ali mesmo, abrir-lhe a regueira e enfiar meu taco naquele of certamente peludo. (...)
Entramos no carro. Nem sei como consegui dirigir até uma ruazinha escura. (...)
Então vi: o malho rosado, lustroso, orvalhado. Caí de boca. (...)
ele: (muito sério, depois de me encharcar a boca) nunca deixei um macho me chupar a pica. (...)»

«(...) Bem, comecei dizendo a Albert que isso de meter no mosqueiro ou dar o roxinho não tem nada a ver com consciência. Sim, porque ele dissera antes: tô com a consciência pesada. (...) E depois cansei de minha própria eloquência e (...) mostrei-lhe o mangará duro, enfezado, segurei-lhe os bagos... e vê, Cordélia, começou a chorar novamente. Irritei-me, porque o choro para mim tem qualquer coisa de nobre. Eu só choraria se Deus não quisesse o meu simsinhô. Ou se apenas me mostrasse a língua sem me deixar sugá-la. (...)»

«(...) E a mim o que me restou foi voltar com o Albert, o moço mecânico. Soltou-se. Fizemos todas as posições ontem à noite (...). Fizemos "carro alegórico" também: eu deitado, ele em cima do envernizado, de braços abertos e cantando "Não me digas adeus". Já não chora.»

Ao final da leitura, você me fita com seus lindos olhos e dá um sorriso malicioso. Sinto a sua excitação...

– Isso é um convite???, você me pergunta.

Fecho o livro, te pego em meus braços e lhe dou um beijo, enquanto passo os dedos pelos seus cabelos, costas e nuca. Sugo seus lábios com tesão, com direito a pequenas mordidas. O carinho ganha intensidade, o envolvimento fica mais quente e...

Forte e caloroso abraço, como sempre... Não me deixe sem noticias suas, por favor!!!
******************************
Fiquei ansioso esperando a resposta de Marcelo. Poucas horas depois recebo o e-mail:

Léo, meu querido:
Sua escrita me encanta. Que cenário mais gostoso descreveu. Fiquei imaginando, com essa chuva que acabou de cair, a janela aberta, suas mãos passeando pela minha cabeça e deslizando sobre o meu corpo. Ahhh! Essa fantasia agora não me sai da cabeça.

Maravilhosos esses trechos do livro da Hilda. Já ouvi sobre a autora, mas ainda não tive a oportunidade de ler suas obras. Com esse aperitivo que você me deu, vou começar o quanto antes. Ela narra uma sedução tão intensa entre dois machos que me fez viajar nas fantasias.

Quem sabe nós dois, dentro do carro, em uma rua escura. Daí, ponho seu gostoso pau para fora e me delicio nele até você se contorcer de prazer. Sinto todo o seu sabor e me lambuzo dele. Ufa estou na biblioteca e tenho que me segurar se não...

Aquele abraço gostoso.
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Rapidamente respondi:

Ei querido, como você está?
Espero que ótimo! Adoro sua objetividade. Direto ao ponto. Nem preciso te dizer que fiquei com muito tesão também com sua sugestão de uma rua escura, dentro do carro. Fico pensando que, com você, será ótimo em qualquer lugar... Mas imaginar sua boca envolvendo meu pau me deixa louco... é indescritível... Também quero ter você em meus lábios, aliás, cada pedacinho do seu corpo acariciado pela minha boca... seu pescoço, seu mamilos, sua barriga, suas costas, sua bunda, tudo, tudinho mesmo... Sentir o calor do seu corpo grudado ao meu... loucura... Me diga, o que mais te deixa louco de tesão? O que te faz gemer de prazer? O que arrepia seu corpo inteiro?
Grava um audio para mim? Sei que ainda não quer trocar telefone, mas deixa eu ouvir sua voz... Me pede para eu te beijar, para eu te penetrar, para eu te fazer gozar de prazer...

Me dá pelo menos um pouquinho de você, enquanto aguardamo nosso encontro... Prometo te deixar louco descrevendo minha reação à sua foto e à sua voz...

Um beijo
**************************

CONTINUA......


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Comentários


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villa Comentou em 12/02/2019

Bom conto. Você escreve muito bem.

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kzdopass48es Comentou em 01/06/2018

vc assim, me seduz e me faz te querer...só se for muito! Betto (o admirador do que é belo)




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Mensagens de um sedutor...

Codigo do conto:
116676

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
04/05/2018

Quant.de Votos:
3

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