Feito zumbi busco o maldito, que nunca fora do alcance está.
Abro...
O desinteresse some num átimo.
São pernas morenas, medianas coxas que se abrem em generoso ângulo.
Cativante, hipnotizante – o interesse cresce, o coração palpita.
“Marília?”
Os dedos congelados lhe cobrem os pelos, pentelhos, não todos.
O suficiente para entender o gesto de prazer, de querer.
Enfeitiço, olhos vidrados.
Abro o zíper, liberto o latejante membro.
“Não tem mais nada, nem texto, nem outra...”
...
Furo o espaço, recuo no tempo, imagino... Saboreio...
De frente, observo o gesto insinuante, indecente.
Dedos experientes exploram a vulva carnuda, peluda.
Passeiam com suavidade nos lábios expostos.
A pele arrepia, os pelos brilham molhados.
A testa tesuda empina, firma, aponta.
O prazer desponta...
Gentil lhe beijo os dedos, os nós, as unhas.
O dedo médio some, afunda no meio dos pelos.
Engolido pelos lábios.
Seu odor aflora, sinto asco, vontade, desejo.
O quentume amplia.
O dedo aflora, aponta... Oferece.
Chupo, seu gosto molhado, ácido, picante.
De olhos fechados...
Ela tira.
Agora são dois nos lábios peludos.
Move com força, ritmo, indo e vindo.
Ela geme, uiva...
Ergo suas pernas, apoio, amplio seu gesto obsceno.
Desço... De encontro aos pelos, a boca rasgada, tarada.
Passo o lábio, afago a boca peluda.
Carnuda, tesuda.
Ela mia...
Estico a ponta, passeio a língua na borda.
Aprecio seu gosto, delicio com o buquê fedorento.
Mordo.
Ela grita...
Beijo.
Ela ri...
Enfio a língua na sua boca escura, nua.
Exploro o interior rosado, apertado.
Dessa boca cada vez mais gozada.
Ela me agarra os cabelos.
Puxa... Esfrega...
Molha minha cara na sua depravação.
Seguro as ancas, abro...
O polegar avança.
Encontra encolhida, no meio das carnes brancas.
Pequena flor.
Passeio, massageio... Furo.
AAaaaíi!!
Agarra com mais força meus cabelos, mexe...
Num sobe e desce.
Minha língua encontra seu grelo.
Ela estremece, arrepia.
Empina e... Goza.
Gargalha e ri, riso de alívio, cansaço.
Chego, lanço ardentes jatos brancos.
Pulsantes jatos, descontrolados.
Levanto..., ela assenta.
Me segura pela cintura.
Usa o dedo a colher uma gota, da ponta.
Translúcida, ainda quente.
Sente o cheiro, testa meu sabor.
Seguro sua nuca, puxo seus cabelos corridos.
Lhe dou um beijo tarado, mordido, babado.
Misturamos sabores, humores.
Doidas línguas.
Trocamos um olhar sacana, bacana.
Cumplice...
Retorno, volto ao celular com a sua imagem.
O membro molhado, escorrido perde sua força.
O tônus...
Vergonha e frio passeiam.
Não demora...
O celular vibra, apita...
São seios...
Duros bicos morenos aparecem em foco especial.
Abaixo uma mensagem que ouço numa voz surda.
- Chupa
Continuação do texto: Marilia e a surpresa em Natal
Nossa adoreiiiiiiiii intenso e continuo . Perfeito
Poesia erótica. Votada.