Atrevida, trêmula, mão de menina.
Avança tímida, curiosa… a tocar leve.
A superfície enrugada, recolhida.
Estranha… desnudada.
O coração palpita, pulsa.
O olhar faísca, brilha.
Agarra firme a carne alheia.
Encara… arrebata.
O olhar castanho apodera, assalta.
Olhar de fêmea exigente, impertinente.
Cresço, avolumo envolvido nos dedos fofos.
Ganho vida aprisionado nos devassos dedos gordos.
Olhar ardente de mulher impulsiva, convencida.
Olhar que usurpa, escraviza a insana vontade minha.
A mão suave puxa, leva... até onde me deseja.
Movo… hipnotizado pelo olhar castanho, torturado pela mão crispada.
Dedos charmosos que esmagam, oprimem.
O meu querer impulsivo, instintivo…
Que ainda assim avança qual lança.
De ponta elegante, estilosa.
Decididos dedos de mulher madura, adulta.
Agitam a coluna firme, sólida, dura.
Unto as unhas douradas, as falanges dobradas.
A fricção ganha ritmo, constância.
Subjugado, acorrentado no castanho olhar devasso.
Olhar que desnuda as minhas obscenas fragilidades.
Amo, odeio com a mesma intensidade…
A menina, mulher, amante.
Senhora, jeitosa, que suave acarinha a haste vibrante.
Último gesto que arrebata, encanta.
Gemo, tremo, grito.
Urro como animal no cio…
O devanio qual nuvem passa.
Envergonho da minha fraqueza.
Ela ri, orgulhosa de como me trata.
O animal sempre aparece, acontece.
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Perfeito. E a escolha da terceira foto é certeira. Condizente com o texto além de linda imagem.
Simplesmente lindo!!!