Débora

Sentíamos a eletricidade no ar. A tensão era inevitável. Já estávamos, eu e Débora, há mais de três dias sem sair de minha casa, envolvidas por aquele projeto. Com o prazo chegando ao fim e o cansaço das noites mal dormidas, a tensão entre nós duas aumentava. Era um exercício mental constante pensar cada palavra antes de ser dita, para não entrarmos em conflito.

Além disso, existia uma outra tensão, totalmente sexual entre nós duas. Não sei explicar o que estava acontecendo e você pode procurar achar a explicação onde desejar: o confinamento, a convivência forçada ou o fato de sermos duas garotas independentes e decididas, mas a verdade é que era visível que nos olhávamos ora com raiva uma da outra, ora com um desejo intenso. Mas nada era dito sobre isso. E nenhuma das duas tinha coragem de dar o primeiro passo. E essa indecisão só gerou mais e mais tensão.

A previsão era de mais uma noite de pouco sono. Muitos pormenores do projeto ainda para elaborar e decidir. Débora perguntou o que iriamos comer. Respondi para ela pedir algo por telefone. Chinês ou pizza, ela perguntou. Respondi que tanto faz. Foi aí que a briga começou. Ela me chamou de indecisa e que o projeto não andava por isso, passei a chama-la por outros adjetivos e também passei a receber vários. Tentávamos ganhar a discussão, não com argumentos, mas com a altura da voz.

Então, sem nenhum aviso, Débora começou a rir. Eu perguntei por que ela ria, mas ela não conseguia responder, completamente sem controle. Rindo. Quando, finalmente ela conseguiu explicar, ainda entre um riso e outro, que estávamos brigando por causa de uma pizza e um yakissoba, abracei-a e rimos juntas.

Quando conseguimos finalmente terminar de rir, ficamos ali, abraçadas, olhando uma nos olhos da outra. Era um momento mágico em que parecia que uma conseguia ler a mente da outra. Era um instante de carinho e compreensão mútua. Debora, então, tocou minha face lentamente, fechamos os olhos, nossos rostos se aproximaram e nossos lábios se tocaram pela primeira vez.

O carinho se tornou eletricidade e a eletricidade que sentíamos no ar envolveu nossos corpos. Sentimos um choque e tudo isso se tornou desejo e tesão.

Fui jogada no sofá e Débora veio por cima, tirando sua própria roupa. Tirei a minha. Suas mãos tocaram meu corpo e eu toquei o dela. Senti seus dedos entre minhas pernas, ainda sobre a calcinha, enquanto nos beijávamos. Senti meu gosto em seus dedos. A toquei e fui tocada. Gozamos e dormimos, ali mesmo, no sofá. O melhor sono que dormimos em três dias. No dia seguinte acordamos tranquilas e terminamos o projeto, felizes.


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Comentários


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crissimone Comentou em 18/04/2019

Adorei a história...

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Comentou em 17/04/2019

delicia de conto ... só faltou as fotos




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico kylesatori

Nome do conto:
Débora

Codigo do conto:
137435

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
17/04/2019

Quant.de Votos:
3

Quant.de Fotos:
0