Hoje usarei meu primeiro conto para apresentar a vocês uma das experiências mais marcantes da minha vida, então vamos a ele.
Há uns doze anos eu trabalhava num órgão público em Brasília e precisei ser transferido temporariamente para o Rio de Janeiro para assumir uma gerência durante um período de transição.
Eu sempre adorei o Rio mas nunca tive muito interesse em me mudar pra lá, mas sabendo que ficaria nesse cargo por no máximo dois anos resolvi aceitar o desafio, afinal era separado, meu filho morava em outro estado e minha vida aqui na capital estava um tédio total, enfim, nada me impedia de sair de Brasília por um tempo.
Cheguei à cidade maravilhosa cheio de espectativas, achava que ia me esbaldar com as cariocas, mas o que aconteceu foi o contrário disso. Trabalhava até tarde da noite, nunca ia à praia, finais de semana usava para dormir e descansar para aguentar o ritmo da semana, ou seja, uma vida bosta e tão entediante quanto a quer levada em Brasília.
No Rio eu optei por não usar carro pois não estava acostumado com aquele trânsito louco, então usava sempre metrô, ônibus e táxis para me locomover pela cidade e foi graças a essa iniciativa que minha vida se transformou e minha mente se abriu de verdade como eu nunca imaginei que aconteceria.
Era uma sexta feira, final de expediente, chovia muito e eu no ponto de ônibus falei comigo mesmo em voz alta (faço isso o tempo todo): "nem fodendo eu vou entrar num ônibus lotado, pegar engarrafamento pra chegar em casa sei lá que horas, vou é tomar cerveja".
Ao falar isso ouvi uma voz suave e decidida atrás de mim dizendo: "cerveja? Eu quero, me leva junto?", Tomei um susto e fiquei super sem graça por ter sido pego falando sozinho, mas dei um sorriso pra aquela menina novinha, morena, rosto lindo, baixinha com olhos expressivos e dentes super branquinhos e disse, só se for agora, bora?
Saímos do ponto de ônibus, viramos uma esquina e já caímos praticamente dentro de um barzinho super badalado (quem conhece o centro do Rio sabe que depois do expediente os bares ficam lotados, principal na sexta feira).
Começamos a tomar nosso chopp, pedimos uns petiscos e antes do primeiro chegar já estávamos engatados num papo incrível, em meia hora já parecíamos amigos de longas datas.
Apesar de pouca idade (22 aninhos) a Ana Paula já tinha muita experiência de vida e muita maturidade, já havia mochilado sozinha pela Europa, falava vários idiomas, conversava sobre todos os assuntos. Mas o que mais me impressionava (além daquele copo super sexy, queimado de sol e daquelas marquinhas de biquini que insistiram em aparecer quando ela se debruçava pra falar perto do meu ouvido, tocando meu braço,), era a sagacidade dela, seu humor ácido, inteligente e a capacidade de sempre falar coisas com duplo sentido, eu nunca sabia de ela estava falando putaria ou sobre a camada de ozônio. Pensando bem ela conseguia falar sacanagem até usando a camada de ozônio como exemplo, se é que vocês me entendem.
Ficamos horas conversando e quando voltei do banheiro ela disse que estava afim de sair pra dançar e me chamou pra uma (segundo dias palavras) balada meio alternativa em Botafogo. Tentei argumentar que estava de terno, saído do trabalho mas ela insistiu de forma bem convincente, fazendo biquinho, dizendo que depois da balada a gente faria o que eu quisesse, como resistir, você resistiria?.
Ao chegar no local, um casarão antigo, sem placa na porta, pegamos uma pequena fila e entramos, pedimos algumas bebidas e ela rapidinho se inturmou com um grupinho de amigos, meio que me deixando de lado.
Cheguei a pensar por uns instantes que tinha perdido a noite, mas pouco tempo depois ela voltou, parou a alguns metros de mim, ficou me olhando de um jeito diferente e de repente veio em minha direção e me deu um dos beijos mais deliciosos que já ganhei na vida.
Um beijo molhado, intenso, sua língua invadia minha boca, parecia que estava procurando alguma coisa, sei lá. Nessa hora meu cacete chegou a doer de tão duro que ficou e quando ela sentiu a pressão fez questão de apertar ainda mais seu corpo contra o meu. A gente simplesmente não conseguia parar de se beijar, de se esfregar, a nossa sorte (ou azar) é que ela estava de calça jeans porque naquela pegada frenética a gente ia acabar transando ali mesmo.
Quando conseguimos nos desvencilhar ela disse que precisava ir ao banheiro e eu fui junto pois achei que daria para fazer uma loucura com ela dentro do box, mas ao chegar lá tratava-se daqueles banheiros mistos que entram homem e mulheres, estava lotado e lógico que não ia rolar, enfim, abaixei meu fogo com água frita mesmo e voltamos pra a pista de dança.
Dançamos muito naquela noite, nos beijávamos como se nossos lábios quisessem se tornar uma única coisa, a gente praticamente se engolia, mas o mais engraçado é que a gente não tinha pressa pra sair dali, a gente sabia que ia acontecer alguma coisa mas a impressão era de que quanto mais a gente demorava pra finalizar, mais tesão a gente sentia.
Lá pelas quatro da manhã eu falei que não estava mais aguentando ficar ali, queria ficar sozinho com ela, essas coisas. Ela deu um sorriso chegou perto do meu ouvido e perguntou com a voz toda dengosa: "se eu te levar pra minha casa, você me deixa fazer tudo que eu quiser contigo?"
Aquelas palavras, aquele perfume, as bebidas, aquelas músicas, aquele lugar e principalmente aqueles beijos, eu só consegui responder: " por favor me leva pra sua casa, faz tudo que você quiser comigo, mas vamos sair daqui!"
Nessa hora ela mudou o semblante, seu sorriso ficou meio malévolo, seus olhos ficaram maliciosos, ela me pagou pela mão e falou, vai pra caixa pagar a conta que eu te encontro lá fora, paguei a conta, pegamos um táxi e fomos para laranjeiras onde ela mora, praticamente com os lábios colados um no outro.
(Continua...)
Tesao de conto
sua apresentação é dez, as fotos ficaram D++,
puro tesão
Vou dá sequência aos contos em breve
Votado! Tesão conto e fotos