Acabo de sair a pouco do ginásio, são quase 16h, usando minha calça yoga rosa de sempre, uma blusa simples que realçava parte de meus seios, desse jeito evitava o calor. Estou toda suada e cansada. Caminho normalmente, enquanto pensava nos próximos dias, a ânsia para começar a trabalhar logo no centro de formação, o encanto de ter novos alunos, tudo era magnifico, nem notei que alguém chamava por mim. Ouvi novamente alguém chamando por mim, tirando-me dos pensamentos.
- Vanessa, Vanessa...! - reconheci logo a voz de quem chamava-me, era o Rui, meu amigo e quase pretendente.
- Oi, Rui! Desculpas, nem ouvi você chamando. - respondi esboçando um sorriso de leve enquanto tentava ganhar outra postura.
- Pelo visto estavas muito longe daqui, não é? - questionou-me sorrindo enquanto aproximava-se, eu adorava vê-lo sorrindo desse jeito, era simplesmente divino, eu ficaria o dia todo só olhando para ele, mesmo quando às vezes o coração tentasse contrariar, havia uma atracção sei lá como explicar.
- Não é bem assim, só pequenas coisas e tal. Mas, e você, tudo bem? - olhei para ele tentando desviar do assunto.
- Quem é o sortudo que mexeu logo com você? - novamente questionou-me para provocar, fazia sempre isso.
- Não comece com isso, seu bobo. - disse-lhe sorrindo.
- Humm! - exclamou desconfiado enquanto coçava a barba.
- Quer saber, esqueça. - falei sem olhar para ele, dei as costas e começava a caminhar, ele puxou-me pela mão, tão de repente senti uma química estranha e quase congelei, parei para disfarçar e olhei para ele - O que foi agora?
- Relaxe, gata! - ele falou num tom amável ainda segurando-me pela mão - Está a fim de sair hoje? Vou numa festa de aniversário logo, estou sen companhia.
- Não foi nada, bobo. Sempre soube dessa brincadeira. - respondi sorrindo - Não sei se vai dar certo hoje, estou exausta.
- Assim irei sozinho. - falou quase desanimado.
- Às vezes estar sozinho também é um belo jeito de descontrair. - falei brincando.
- Até que é! Falhei por nada avisar mais cedo. Mas, nada estragou, na próxima avisarei mais cedo, relaxe, gata.
- Está certo, bobo. Então eu vou para casa. - falei dando-lhe um beijo rápido da bochecha, ele assentiu com a cabeça e sorriu, segui meu caminho.
Faz um tempo que o Rui tem tentado paquerar-me, embora aquela atracção por ele, o jeito como segurava-me, como a química rolava, eu gostava dele apenas como amigo, nunca desejei nada além disso, pelo menos até agora, ele sempre esteve aqui comigo, motivando e fortificando, tenho pensado tanto nisso, quer dizer, pensando nele e em nós, tenho-o no pensamento, mas o coração quase que não permite logo. Já estava no banho enquanto pensava. Estou quase três meses sem namorado e quase carente de ser tocada, o desejo é tão intenso, que de repente sinto-me molhada, toco os meus seios de leve e aos poucos baixava as mãos nas partes mais íntimas, hesitei logo, afirmando comigo mesmo que logo isso passaria, continuei banhando e terminei.
Acabo de lembrar que o Rui convidou-me para sair, o relógio marca 17h, a festa será 18:30', penso comigo mesmo, tenho uma hora para decidir-se, mas estou quase exausta. Desfaço-me um pouco da ideia, coloco uma calcinha de renda, um top, coloco uma música suave e atiro-me na cama, enquanto a música toca, recordo-me das palavras de Rui "para ser feliz nem que for por um minuto, algumas regras precisam serem quebradas", elas ecoam-me tão intenso, que sorriu comigo mesmo - Quebrar as regras. Algures da minha mente, quase que ouvi um sussurro "podemos fazer loucuras?". Loucuras? Questiono-me. Loucuras, até seria bom. Mas, e depois? Acabei mergulhando num sono ali mesmo.
Seu texto é dez, mas eu destaco como dez++ o inicio do texto onde você relata a nova estrutura corporal. votadssmo