Não é um conto erótico esse. Mas é um desabafo, uma história de vida, que mudou radicalmente minha vida...
Essa é uma história verídica. Aconteceu comigo. Tem lances inusitados e hoje vejo que errei muito e também tive lá meus acertos. Tudo começou em 1975, portanto há 37 anos. Eu era um jovem sonhador, romântico. Namorador. Conheci através de minha irmã uma moça linda, muito linda mesmo. Havia sido candidata a miss por nossa cidade, e somente não abiscoitou o prêmio por ser baixinha, metro e sessenta, contra a vencedora que, embora não tendo beleza igual, era bem mais alta. Aparentava ser bem jovem, entretanto era mais velha do que eu três anos. Começamos a namorar. Namoro normal para aquela época. Comedido. Certa noite em um baile namorava já há duas ou três semanas, e entramos no assunto de sexo. E assustado eu a ouvi dizer que não era mais virgem. Isso doeu muito em mim. Muito mesmo. Naquela época uma garota não ser mais virgem era meio anormal. Mas ela me disse que havia transado umas vezes com um ex-namorado. A decepção foi tamanha que aquela noite não consegui dormir.
Depois continuamos o nosso namoro e avançamos. Passado um mês tivemos nossa primeira relação. Passamos a transar de forma alucinada. Saíamos e nunca tínhamos menos de três relações.
Certo sábado à tarde, não sei por que carga d’água e o assunto caiu na perda de sua virgindade. Ela falava alguma coisa e os fatos não batiam. E assustado ouvi-a dizer que havia perdido a virgindade não com um seu ex-namorado, mas com um cara bem mais velho do que ela, que tinha quando o fato aconteceu 18 anos e ele 34. Era um médico muito conceituado na cidade, galanteador, sacana e safado. Não evitava em fazer de seu consultório, um local para cantar as pacientes e ali mesmo transar com elas.
Então fiquei mesmo alucinado. Perdi o eixo de minha vida. Com o namorado eu até que havia aceitado, mas não com um cara bem mais velho e casado.
Brigamos feio aquela tarde. À noite fui à sua casa disposto a terminar tudo. Mas estava apaixonado. Ela de fato era linda, muito linda mesmo. De chamar atenção. Mas pensar que outro a havia tido em seus braços da forma como foi, me fez ficar louco.
E ela me contou tudo. Foi o fim.
Desesperado eu a coloquei dentro do carro, e dirigimos até a residência do tal médico, que então estava com 42 anos, portanto 20 mais do que eu. Desci, toquei a campainha. Ele mesmo saiu fora e assustado me ouviu dizer que eu estava com uma garota no carro que ele havia desvirginado e ele iria pagar o preço. E seria naquele momento.
Ele se assustou e estava com a mulher em casa, portanto não queria correr riscos. Mas me mandou ir segunda-feira em seu local de trabalho para conversarmos.
Aquele final de semana foi terrível para mim e também para minha namorada. O assunto era esse e mais nada. Falei que ele iria pagar caro.
Na manhã daquela segunda-feira, antes de ir à tarde ao seu consultório, consultei um médico amigo meu falando que uma garota havia sido ludibriada por um médico da cidade e o que poderia acarretar a ele. Pois ele me passou o endereço da CRM, falou que a garota deveria fazer a denúncia, ter dados que comprovassem que o Conselho era rígido. Que o tal médico poderia até perder o Diploma e ser proibido de clinicar. Isso àquela época... Não hoje, claro.
À tarde fui ao seu rico local de trabalho juntamente com minha namorada. Notei que sequer sua secretária se fazia presente, pois ele queria era também discrição no caso. Sei que de forma incisiva falei que ele deveria pagar o mal que havia feito, e estipulei um preço: à época era uma fortuna. Eu ganhava cerca de mil Cruzeiros por mês e pedi algo em torno de 30 mil cruzeiros, ou iria atrapalhar sua vida de tal forma, que ele perderia família, emprego, diploma, e mais coisas. Acho que ele se assustou comigo, mas fui duro com ele. Falei que havia já tomado algumas precauções, que de fato tinha como gravada toda a nossa conversa num mini-gravador. E ele ficou aterrorizado. Pediu um tempo, que era muito dinheiro, que ele não havia forçado-a a nada, o que era mentira, pois segundo ela me contou, ele deu-lhe uma bebida que a deixou meio entorpecida. Estipulei o prazo até seis horas da tarde. E saí. Isso era coisa de três horas, mas quando foi cinco e meia, ele me telefona e diz para ir buscar o dinheiro. Catei 30 mil cruzeiros. Ele me disse que havia feito um empréstimo para tal coisa e que eu estava subornando-o. Era coisa de louco aquilo, mas fui ainda mais fundo e falei que ele ainda deveria arrumar um cirurgião plástico para a garota voltar a ser virgem, e ele, por ser quem era, teria facilidade para conseguir isso. Antes de sair falei que até o final do mês eu queria tudo aquilo resolvido. Nem um dia a mais. Bem me lembro era o dia 25 de maio.
Então ele falou que iria me processar por coação e eu lhe fiz ver que quem sairia perdendo seria apenas ele, que tinha família, posição, trabalho. E que a cirurgia era coisa dele e deveria ser marcado o mais breve possível. Sei que ele arrumou um médico cirurgião plástico que fez a tal cirurgia naquela mesma semana. Nem imagino quanto ficou isso na época. Nem perguntei.
Minha namorada havia concordado com meus desejos. Amava-me e achou que com tal procedimento eu me acalmaria.
E ela fez a cirurgia que a deixou virgem novamente. Mas isso não adiantou, pois meu pensamento sempre fervia ao recordar acontecimentos anteriores.
Depois de um tempo tivemos relação e senti o hímen sendo rompido. E tudo voltou ao normal, bem, meio que normal, posso dizer. O meu maior desejo era ter uma garota virgem, sem cirurgia. Percebi que eu havia me enganado. Pensei que uma coisa fosse esconder a outra, mas não adiantou. E eu passei a buscar de forma maluca, uma garota que fosse virgem. Mas nesse meio tempo minha namorada engravidou e tivemos que nos casar.
Eu a amava, mas pensamentos me atormentavam por demais. Às vezes eu me acalmava, de outras horas vinha com tudo e eu despejava na, agora minha mulher, que ela não era virgem quando nos conhecemos.
Passaram-se alguns anos. A gente se dava super bem na cama. Fazíamos de tudo. Como ela nunca havia feito anal, desejei isso e passou a ser uma prática constante em nossa vida. Eu pensava que a punia dessa forma. Mas não me importava tanto. Fiquei mesmo louco.
Certa vez li no jornal da cidade que o tal médico iria receber uma honraria pela sua conduta ilibada... Não dei chance para nada: telefonei me identifiquei e disse que ele deveria era declinar de tal honraria ou eu me faria presente e diria todos os seus podres, pois descobri depois que ele era mesmo um safado. Joguei-lhe na cara tudo o que sabia. Não sei o que houve, mas outro médico foi convidado a receber tal honraria num distante outubro do ano 78.
Durante esse tempo que vivemos juntos, eu cobrando de forma imperativa a cada crise sua perdida virgindade, também buscava de todas as formas, uma garota virgem para me relacionar.
Conheci a Regina, a Elizabeth, a Cláudia, jovens que eram virgens. Com elas todas tive oportunidade de ir ao motel e tentei de forma um tanto aparvalhada, tirar suas virgindades.
E eu não consegui com elas de forma alguma concentração para uma relação. Às vezes era o nervosismo, outra era o prazer pela vingança que eu estava tendo, outra era minha necessidade de me provar que era capaz disso.
Mas não consegui de forma alguma tirar a virgindade de nenhuma delas em tempos distintos.
E eu ficava mais nervoso, mais alucinado, mais decepcionado comigo mesmo.
O tempo foi passando.
Em 1990 minha mulher quis a separação. Estávamos casados fazia já 14 anos, mas ela decidiu pela separação. Eu a amava sim, embora de tempos em tempos ainda cobrasse sua virgindade.
Cheguei a dizer-lhe que não havendo a separação, eu passaria a ser outro homem e seria mais comedido e não mais cobraria pelo seu passado. Não adiantou. Houve a separação.
Depois de um tempo comecei a namorar uma moça, Jacqueline. Eu estava com 37 anos e ela com 26. E eu a julguei virgem. Tola ilusão a minha. Com a mudança dos tempos, ela havia perdido também sua virgindade com um ex-namorado.
Cobrei de forma incisiva isso dela. Mas namoramos um ano e decidi terminar.
Então encontrei uma moça amiga de escola. Começamos a namorar. Ela era divorciada. E eu pensei assim comigo: como ela já foi casada, não vou poder cobrar sua virgindade.
Não adiantou. Ela ficou sabendo de toda a minha história. Médica que era aventou a possibilidade de ficar virgem novamente. E eu nem deixei, pois sabia que não iria adiantar. Era coisa de cabeça minha. Minha tara apenas.
Ficamos juntos durante quatro anos. Depois nos separamos.
Minha busca por uma virgem continuou de forma imperativa. Mas com quarenta anos, já sabia ser quase impossível que uma garota jovem viesse a se interessar por um de minha idade e ainda por cima, entregar sua virgindade. Claro que não consegui.
Depois de um tempo minha ex-mulher volta à cena querendo voltar. Estava arrependida. Falou muito de nossa volta, de viver comigo novamente, e eu cobrei sua virgindade novamente. Ela ficou de me arrumar uma jovem que fosse virgem. Era essa a promessa que fiz para um retorno.
Depois de um tempo ela me liga dizendo que conseguiu a garota.
Conheci a jovem, de dezessete anos. Dizia ser virgem. Fomos ao motel. Claro que eu estava nervoso. Muito nervoso mesmo. Mas fui com calma. Não tive pressa. Fiquei com a garota uma tarde toda. Conversamos muito, muitos assuntos... Quando eu estava bem à vontade, tentei algo.
Tive a ereção desejada. Quando fui penetrá-la olhei em seus olhos e disse: você é virgem mesmo? Ela sorriu e disse que era.
Foi um engodo, isso sim. O membro penetrou fácil, sem resistência alguma. Depois eu conversei seriamente com a garota e ela me disse sim eu sou virgem sim, meu ex-namorado tentou algumas vezes, mas sou virgem.
Claro que não caí naquela armação.
Depois ainda minha ex cobrando de mim o retorno.
Em 1996 reencontrei uma antiga namoradinha de juventude. Estava com 43 anos.
Começamos a namorar. Claro, com essa idade, ela não era virgem.
Falei de todos os meus traumas, minhas angústias, minhas aflições. Ela entendeu tudo, tudo de forma natural e prometeu me ajudar.
E tentou mesmo de formas diversas eu encontrar e realizar o meu sonho, o meu desejo, minha felicidade.
Quando completamos um ano de namoro ela decide me fazer uma surpresa e faz a cirurgia de reconstituição de hímen.
Ficamos dois meses sem relação e uma noite muito especial, tivemos um momento. Foi muito gostoso, muito bonito, muito romântico, carinhoso.
Mas ela bem sabia que isso não iria adiantar. Eu dizia a ela que ela deveria ter ocultado de mim que não era virgem, fazer a cirurgia e dizer que era virgem. Eu preferia ser enganado. Como até hoje adoraria encontrar uma mulher que me dissesse ser virgem (mesmo não sendo e para isso fizesse, sem eu saber, a cirurgia de reconstrução do hímen.)
Estamos juntos até hoje. Vivemos felizes. Com ela aprendi muito da vida. Ela sabe de tudo e sabe perfeitamente que um dia eu a deixaria se encontrasse numa mulher, a realização de meu sonho. E abriria mão de tudo para me saber feliz.
Com quase 60 anos hoje, vivo ainda à espera de um sonho cada dia mais distante, mais irrealizável. Minha angústia anda moderada. Creio que se encontrasse uma Mulher virgem hoje saberia como agir.
Por isso estou aqui nesta sala de contos, dizendo este desabafo na ânsia desesperada de encontrar uma mulher curiosa que baixe seus olhos aqui, que seja virgem, ou não sendo, que faça a cirurgia e entre em contato comigo. E não me diga nada, claro. Eu prefiro ser enganado mesmo.
Eu seria o homem mais feliz do mundo e faria dessa Mulher, a mais feliz do mundo também.
Se você, Mulher, estiver interessada ver nos olhos de um Homem a felicidade estampada na realização de seu sonho, se você quer entregar sua virgindade e fazer um Homem de 60 anos feliz, entre em contato. Obrigado. Tomara que você exista, Mulher. Espero-a faz uma Eternidade.