Parte 06 - Segunda é Melhor Bagual

SalomaoS


Parte 06 - Segunda é Melhor Bagual

        Seguimos no final de setembro de 2005. Nesse período com novidades e grandes descobertas, tudo é novo e gera muitas emoções. Estou eu de namorico com Dircila, essa alemoa de cabelos dourados, pele branca igual porcelana e coração grande que me conquistou valendo. Nesse conto algumas lembranças se fazem presentes e semelhante a primeira faísca, toda chama começa de algum atrito.

        Na escola sua companhia me faz sentir bem e geralmente ficamos mais grudados que chupão no pescoço. Por vezes antes de começar a aula, na capelinha é nosso local predileto do encontro agora não mais na viela onde gostava de ficar. O jardim que completa o terreno é beneficiado pelo extenso gramado que inclusive está entre as duas campânulas (não sei se esse é o nome correto) que fazem conjunto. Essa bela construção arquitetônica nos da esconderijo e alguma vantagem por não ter fluxo de pessoas, só uma gurisada medonha do colégio que corre ou fica incomodando, nada de mais. Nossos beijos são intensos e apaixonados, com o tempo ela foi permitindo maior intimidade oque aproveitei ao meu máximo. Nossas carícias e arretação era tipo raspadinha de banca de jornal, só esfregava esfregava e no final não ganhando nada.
        Em pé aos beijos, meio escondidos atrás de uma planta volumosa aprendi que o melhor era usar minha mão esquerda tipo posição de DJ com contínuas passadas e ela me mostrou onde gostava que eu mexe-se com o tato do dedão, com a direita puxava o loiro e macio cabelo, exigindo prontamente o pescoço, queixo, orelhas e por muito o pequeno e delicado nariz, com mordidas deliberadas o vermelho rosava e da boca o Ainnn eu escutava. Com ela me soltei e muito dos ensinamentos do meu pai velho coloquei na prática.
        Com o tempo, nosso arreganho se intensificou cada vez mais. Muito acanhada e sempre com o medo de alguém nos pegar, ficava preocupada e um tanto nervosa atoa, dessa vez não aconteceu. Fazia um tendél de brava quando eu apertava muito ou forçava alguma coisa, é um atentado! resmungava cuspindo no chão e junto acertando alguns tapas, mais logo passava e nosso romance continuava. Eu estava fumando sem preocupação nesse final de ano, não me importava mais. Ela me acompanhava por algumas vezes e até a professora viu uma outra vez e não fez muita questão.

– Olha...Olha….Olha… vocês dois em, Rhûmm..Hûûûmm… estou de olho em vocês. - Professora Nádia com seu jeito descontraído nos encontra sentados na escadaria da capelinha.
– Oii... oi sora… tudo bem contigo? - falo meio risonho
– Oi sora - fala Dircila acanháda
– Tu também entrou nessa Dircila… olha olha… - se para na nossa frente em pé
– É sora.. he he he.. é só de vez em quando… não é nada não. - fala cabisbacha, não olha pra Nádia.
– Sei! joga fora isso e leva meus livros, coloca lá na sala dos professores. - alcança os volumes na direção da Dircila.
– Esta bem sora, levo sim. - se levanta prontamente pegando os livros

        Continuo sentado na escadaria escutando a conversa das duas, estou tranqüilo, depois que ela fez todo bolo e a minha mãe ficou sabendo, não têm mais oque fazer de ruim. Estamos de bem até então, ela meio que me ignorava de propósito e fazia pouco caso dos presentes que dava, fico olhando pra ela.

– Vocês estão namorando Sandro? - continua em pé agora mais próxima de mim
– É.. mais ou menos sora, faz uma semana que estamos juntos todos dias… - me ajeito melhor na escadaria
– Hum… tu que influenciou ela a fumar contigo? - muda de postura, fica mais séria
– Não... Não mesmo! ela começou dizendo ter curiosidade, só não enchi o saco... ela faz oque quiser dai!
– Sei... Rhûm.… Tua mãe não te chamou atenção sobre isso?
– Sim… sim né! Só que não é tão xáropona… Eu trabalho e pago pelo meu vício!!!
– Que bom né piá! É o mínimo, isso não é orgulho e sim obrigação! - fala batendo ombro e desdenhando

– Sora.. e… e nós.. quero dizer.. aquele dia foi marcante e eu tava pensand… - ela me interrompe de sopetão
– Nem vem não piá, tu se atina! Mais será o pé do mico!? Oque passou... passo! não me venha com essa conversa outra vez! - começa a sapatià na volta
– É que… penso em ti todos os dias… e…. - me levanto na frente dela
– Não é possível uma coisa dessas mesmo… tem merda na cabeça piá? - demonstra clara irritação?
– Anda! Anda,anda... anda... que a aula já vai começa… e estamos atrasados! Joga fora isso tu também!

        Ela começou a me empurra, braba igual vaca que avança na própria merda… não tinha oque fazer.. ajuntei minha mochila do chão, coloquei na garupa e comecei a caminhar depois de jogar fora o cigarro e fomos juntos. A distância entre a capelinha e o colégio deve ser uns 100m +- que ela fez ao meu lado, no portão do colégio a Dircila nos esperava quando me disse:

– Se lembra oque te falei piá! Sapo que não coaxa, não é comido!!!

         Me deu um beliscão na costela, baita dor do caramba e seguimos caminhando. Não entendi foi é nada do que ela quis dizer. Segui caminhando e me encontrei com Dircila na entrada do colégio, a professora Nádia agradeceu a generosidade de carregar os livros e seguiu caminho.

        Na tarde depois da aula, já em casa, recordo que estávamos na reta final do trabalho de história. Os que entregamos pura alegria com ótima nota, Dona Isabel continuava em nos auxiliar mostrando a melhor forma de construção, com toda essa qualidade nosso ano tava ganho. No intervalo meio da tarde saímos pra namorara “escondidos” e levei ela nas cocheiras. Minha mãe sabia de nós e disse que sozinhos em casa ela não queria, no galpão geralmente meu pai estava em alguma função do bixaredo, no quiosque quase de frente pra casa grande era arriscado e nos outros galpõezinhos também pensava ser ruim, inocente naquela época não sabia de nada, vivendo e aprendendo. Hoje percebo que não é onde e sim como, fazer oque né.
        
        Tinha meu lugar favorito na primeira báia das chocheiras, usada como depósito para todo necessário nas demais e também pro nosso namorico. A danada ficava me provocando, passando a bunda e fazendo aquele tipo de rebolado com dança ordinária -ela é bem safada na intimidade-, eu mordia minha própria orelha de tesão e ela adorava, ficava se rindo toda. Nesse dia foi a primeira vez que tivemos algo muito quente. Geralmente o máximo que ela permitia era chegar por cima da roupa, ficava tocando ela a ponto de marcar a calça com os arretos, claro, não era igual mancha de mijo, aquela rodela gigante, não, era mais localizado e menor. A guria é bem malandra e muito mais esperta que eu, sempre andava com um blusão amarrado na cintura, as mangas na frente serviam para esconder possível descuido. Do primeiro beijo até naquela tarde tivemos uma crescente muito rápida.

        Ao entrar na báia o pega-pega começava desenfreado com beijo na boca, puxão no cabelo e algumas mordidas de leve no pescoço, queixo e orelha. Nós dois se permitíamos seguir no fluxo, o ritmo se intensificava e avançava a cada novo apertão, uma passada de mão na bunda, outra no dingulim, rála à priquita, o bicho era doido e intenso, parecia panela de pressão com tamanho chiados.
        Chego ao ponto que simplesmente do nada resolvi colocar o bingulim pra fora, balançava na frente dela, seu olhar mostrava o desejo fervendo, a boca mordendo os lábios, o olhar fixo me deixava mais duro feito pau d’água. Nessa época meu dingulim já tinha a cabeça roxa, parecia uma anexa madura, aquele roxão pulsante e forte balançava lado pro outro. Ela mantêm o olhar, se fazendo de tímida só pra causa impacto, foi se aproximando devagar e primeiro começou passando os dedos, eu segurando meu dingulim com a mão esquerda, usando a direita passo em seu cabelo e rosto, ela inclina buscando o carinho afetuoso. Agora envolve com a mão toda e movimentos leves começa o bate pistão. Digo e afirmo que ela sabia oque estava fazendo porque se aproxima mais e inclinando a cabeça, lança um cuspe certeiro em cima do dingão, pura delícia... lubrifica deixando-o lustroso... Olho no fundo azul dela e com um sorriso a beijo, beijo pra vale! Ela o aperta que me faz a puxar de soco pra junto do meu corpo.

        Entre beijos e gemidos ela pede para me sentar nos sacos de ração que estão empilhados ao nosso lado, pela altura faziam excelente estadia. Retirando minhas calças e ficando mais pelado que pescoço de galinha, me sento olhando pra ela e masturbando meu duro bem duro dingulim. Ela fica me olhando, com a mão esquerda na boca me encara,observa... não consigo descrever aquela alemoa loira me olhando, se aproxima e usando minhas pernas como apoio se abaixa na minha frente. Agarra meu pingulim com a mão esquerda, sua direita deixa repousada em cima da minha coxa e devagar começa beijando meu bingulim, apoio minha mão esquerda em cima da dela e com a outra vou fazendo carinho no seu rosto.
        Os beijos evoluem para lambidas, me olhando com aqueles olhões azuis o clima só é quebrado quando começa a tira um pentelho da boca rindo. Eu fico de início sem entender e logo percebo, dou risada junto. Claro, eu não me importava com os pentelhos, naquele tempo já tinha o suficiente pra incomodar no chupisco, pra égua não atrapalhava em nada e por isso nem atinava em aparar.

        Ela começa a chupa devagar e constante, só no desce seco sobe molhado, pura delícia é verdade. Eu buscava apoio no corpo dela por tamanhas torcidas de prazer, ela realmente sabia oque estava fazendo porque vou te falar, que maravilha, por vezes mexia no meu saco puxando-o devagar, passava a mão roçando a pele e massageando de leve enquanto usava a língua na ameixa madura, era claro o desejo pelo creme e com movimentos cada vez maiores, sabia do prazer pelos grunidos que eu certamente fazia.
        Quando aviso que vou gozar ela retira da boca e começa a passar a lateral do rosto na ameixona, fica passando o rosto e me punhetando na ansia pelo orgasmo muito desejado por nós dois. Meu gozo é acompanhado de um gemido comprido e prazeroso, ela continuava passando o rosto que agora com tamanha sensibilidade me contorcia, perna tremia e equilíbrio faltava, uma verdadeira luta para manter-me firme, ela ria e parecia gostar de fazer eu sentir aquela sensação tão prazerosa e fantástica.
        Finaliza com beijos e algumas chupas acanhadas, talvez só pra saber o gosto que ficou como resultado, o rosto com manchas brancas espalhadas, até no cabelo…. mexia com os dedos e fazendo aquela expressão bléééhhh.. eu ria. Nos levantamos e busquei perto um pano de uso geral que alcancei, enquanto se limpava eu me vestia. O claro sorriso no rosto de nós dois demonstrava nossa alegria e aquilo certamente um novo perpétuo, aquele prazer seria repetido tão certo o momento permitisse. Sabia de maneira intuitiva que aquilo nos deixava mais próximos do tão aguardado e querido sexo diário com minha primeira namoradinha.

        Os dois maravilhados, saímos da báia conversando descontraídos, ela continuava se limpando com o pano e reclamava que tinha ficado com a pele meia pegajosa e que não gostava da sensação -Rááá… significa que já ficou assim antes! Safada! KkKkk- mostrei o tanque com água e junto a acompanhei pra se limpar melhor. Dona Isabel nos chama lãh do gramado perto da casa grande, caminhava em nossa direção e como nos viu pontiando no final da cocheira com um alto grito e o braço nos chama avisando que estávamos atrasados. Dircila termina de passar água pelo rosto se limpando melhor e vamos na direção dela;

– Ué...ué….ué… perderam a hora foi? - fala com um sorriso desconfiado
– É… hehehe… acabamos nos distraindo e perdemo o prumo. - falo coçando a cabeça
– Foi isso mesmo Dircila? - pergunta olhando diretamente pra ela
– É…he he - fica vermelha e só olha pro chão
– Hum.. sei.. sei… Certo. tudo bem! - muda de expressão e segue falando
– Sandro, vai encontrar teu pai, ele quer conversar contigo!
– Ahh, é… tá bem. Sabe se ele está ali no galpão?
– Provável que sim, vai lá procurar. - indica mechendo a mão algumas vezes
– Beleza, vem junto – falo tocando no braço dela
– Não! Quero conversar com a Dircila nesse tempo, vá sozinho.
– Hum.. está bem Dinda.

        Saí meio sem entender o motivo dela querer conversa com a Dircila sozinha, uma tormenta de pensamentos sobre os motivos e tudo mais me assombravam tão logo vistos, que caramba ela queria… não podia ser…. sem ter resposta fui na direção do galpão espiado. Na boca da entrada vejo meu pai na lida dos cavalos, verificando o casco, ferradura e se as patas estão com algum machucado ou lesão. Me sigo entrando, o cheiro de cavalo é ótimo, no galpão por mais arejado que esteja o cheiro sempre se faz presente e enche o olfato do perfume. Vestindo um tirador de couro, com a pata traseira entre suas pernas, está lidando ao som do radinho pendurado na parede, me percebe chegando que olha desconfiado em minha direção;

– Dálee Tchê! Ai tá tu! Te fez sumi à tarde foi?
– Tarde meu pai, tava lá na casa fazendo o trabalho da escola…
– Sei… sei… Harãm…. se tu diz o dito tá dito. Me ajude esse tempo que tá aqui. - me fala mostrando com a mão adiante
– Leva essas duas que estão prontas e busca as outras de lá.
– Onde estão?
– Tão no piquete apartadas pra cá do açudinho, tão sólita as duas.
– Tá beleza.

        No cabresto simples vou levando as duas, como estão usando fitilho em volta das patas, vou caminhando com elas. Esses piquetes são próximos da porteira forte, é a divisa entre o início dos campos com a área limpa, a cachorrada sempre na volta acompanha fazendo a escolta. Na metade do caminho os relinchos são trocados, deixo elas atadas, corre atrás de cavalo não tem papel. Feito a troca me volto no mesmo trote, a tarde está preguiçosa e tão logo o dia pesado, a conversa ao pé do ouvido de Dircila me deixou encasquetado. Volto pensativo pro galpão e querendo finalizar o trabalho que começou. Perto de acabar com a lida, o ultimo se não me petreia a memória era um Rosilho mui lindo. Me prontifico em alcançar as ferramentas e ajudar no trabalho.
        As duas entram no galpão, bastante tranquilas e parecendo faceiras. Vejo a cena e me aquiéta o bobo, acredito que nada de grave era a prosa e tão pouco preocupado deveria ficar pelo sorriso estampado no rosto das duas.

– Urárara.. chegou mais duas pra nós verifica os cascos. - grita meu pai pra todos ouvirem
– AHAHahahaHAhaha… essas são mais redomonas. - falo entrando na brincadeira
– Faz mal não... se coiseá nós maneia. - gesticula mostrando uma corda no dito


– RHÁ Rhá Rá rá… vocês dois em... comeram um palhaço no almoço? - Dona Isabel rebate
– Se era palhaço aquele negócio não sei, mais que desceu fazendo cósca, ahh desceu.…

– Vieram nos ajudar é? - meu Pai mais tranqüilo pergunta ao se aproximarem
– Isso é trabalho de homem, nós viemos fazer companhia e pelo visto não precisam.
– Deixa de se melindrosa Isabel! Foi só um disparate! Vai, se aproxega e serve um mate!
– Hurûm... sei! - fala cabeceando o vento


        O galpão pode ser dividido em três ambientes distintos que estão debaixo do mesmo teto. Na parte de cima(norte) em retângulo está área de trabalho seca, encontra as encilhas, área de higiene e limpeza, báia sanitária.. brete pequeno... em fim, toda lida geralmente é feita nesse largo espaço, na parte de baixo(sul) é dividido entre área de treino com o redondel e uma pequeno espaço de andar/treinar, bem na direita à clínica possui algumas salas fechadas, uma de coleta de sêmen, armazenamento, laboratória e inseminação, recebe os veterinários e também algumas visitas.
        As gurias se ajeitam, Dircila se senta num mochinho que tava pelo canto e Dona Isabel vai na direção do fogareiro verificar se tem água na chaleira, olha pra cuia e arruma erva.

– Vou levar a Dircila pra casa hoje Gená, precisa de alguma coisa da cidade? - ajeitando o mate
– Já que falou, sim! Até tenho a lista aqui por algum canto daqui. - vai no balcão com muitos papeies e encontra um
– Essa lista eu fiz alguns dias, lá no Velho Enio vai encontrar tudo. - entrega o bilhete
– Está bem, vou tomar esse chimarrão e vamos ir.

        Tive a grata surpresa que ela se ofereceu em levar a Dircila pra casa, naquele tempo gostava de andar na sua S10 gabinada, era apaixonado pela caminhoneta, sempre gostava das vezes que andava junto. Era dia claro quando seguimos pra cidade, conversando sobre assuntos muitos. Dona Isabel sempre gosta de falar sobre essas coisas que me deixavam de boca aberta, musica, plantas, história, países e suas culturas, ela mostrava paixão ao falar sobre assuntos diferentes do cotidiano, sempre com reflexão que tão novo não entendia, hoje, muito oque ela falava me faz sentido e com a internet melhorou muito nas pesquisas e também em aprofundar sobre diversos temas.
        Deixamos Dircila na frente da casa e aguardamos subir a escadinha até entrar em casa, nos despedindo por aceno de mão e partimos em direção a venda. Dona isabel longe de ser uma boa motorista, menos ainda em manobrar a comprida caminhoneta, quando necessário fazer baliza dizia sorrindo que prefere caminhar um pouco mais que passar tamanha vergonha, estacionamos longe, em uma vaga que não precisava de manobra ou baliza. Descemos e caminhamos um bom bucado até a venda do seu Enio.

        Posso afirmar que é um lugar diferenciado de longe, do lado de fora se percebe a rusticidade da construção que tão certo foi construída junto as primeiras casas da cidade. Tijolos antigos se percebia pela largura das paredes, possível que algumas das tóras da estrutura foram entalhados por machado. Com móveis mais velhos que o próprio taberneiro, o balcão com mostruário de vidro dateia uma centena de anos por baixo. Na entrada chama atenção pelas pernas de linguiças penduradas expostas ao tempo, o forte cheiro com o mofo branco fazem dessa uma iguaria rara e muito apreciada pelo bom paladar, o colorido do ovos curtidos e ao lado os pacotes de puxa-puxa, quebra o padrão quando junto se vê o fumo de corda, pão de milho e os vidros com melado batido de guarapá e que hoje difícil encontrar, muitos produzem sobre demanda e com preço do verdadeiro ouro.
        Dentro as mesas com o carteado estão a todo vapor, alias... fumaça. Naquele tempo era permitido fumar em ambientes fechados e mesmo que não fosse, provável que não iria fazer muita diferença. A entrada da Dona Isabel ao seleto recinto parece de uma celebridade, atenção é total naquela alemoa bonita e formosa. Sempre muito cordial e simpática, cumprimenta a todos sem muito rodeio ou embaraço, se mostra receptiva aos olhares maliciosos e famintos dos jogadores agora descontraídos com tamanho monumento da beleza em meia tensão da jogatina diária. Em direta caminhada ao bancão, ganha toda atenção do tio Enio sem muito esforço.

– Boa tarde Senhor Enio, como tu está? - o cumprimenta com largo sorriso
– Vamos levando daquele jeito Isabel, por vezes mais que rabo de xina… - fala com graça
– Ahahaa.. tem disso por aqui também é. - fala sorrindo com surpresa
– Ho Ho Ho… se tem.. mais me vem cá… deixa te conta essa. - chama ela mais pra perto do balcão
– Um vivente lá da baxada veio de próza fiada esses dias dizendo: Que agora ele podia andar pela rua denovo... porque tava endinheirado e com a vida mança; tava feliz por todo domingo ter muita carne pra assar e sua mulher, à mãe e irmã para comer……..


– Hahaha…. que isso.... o senhor sempre com essas piadas…. - Dona Isabel me olha toda sem jeito
– Ahah raha RahRa aRha ah… - alguns homens do balcão ajudam na risada
– Ah ah Ráha ha… e não é que convido a gente ainda?! AhRáhrahah… - completa cutucando um que estava no balcão


– Tenho essa lista de compras Senhor Enio, preciso desse material, por favor. - coloca no balcão o bilhete e busca arrumar sua postura
– Hehehe…          Hum... deixa eu conferir oque temos aqui. - busca a caneta atrás da orelha


– Óleo dois tempos e de corrente está na prateleira. - aponta direção
– Mata cura, creoliná e vermífugo tenho aqui no balcão. - marca com um risco
– Ração cachorro tenho lá no fundo, isso tu pode busca Sandrinho. - me olha indicando

        O tio véio organiza a lista e em pouco tempo tudo está ajeito, busco os dois pacotes de ração e deixo em pé na frente do balcão, outros materiais espalhados são reunidos também completando assim a lista. Passa o preço e Dona isabel paga adicionando junto dois sorvetes que estão no frezzer da rua, depois de colocar na sacola todas compras, um homem pede se preciso de ajuda com a ração e tio Enio diz que sim, faz a volta no balcão e coloca um no meu ombro, levo em direção a caminhoneta que está meio longe, o homem carrega facilmente junto comigo o outro pacote, deixamos em pé próximo da tampa do bagageiro e agradeço pela ajuda. Dona Isabel vem trazendo as sacolas e também os sorvetes, não muito pesado mais sim alguns volumes, pede para esperar que logo vai abrir. Feito o carreto, fecho a tampa e entro na frente e me sento.. Bom sempre quando saímos ela compra alguma coisa boa pra comer, ou é sorvete de pote ou é o casquinha na rodoviária, gosto dos dois.

– Cuidado no comer né querido, evite melar todo banco e depois fica todo grudento.
– Eheheh, pode deixar Dinda.

– Vejo que tu e Dircila estão se dando bem. - fala abrindo o sorvete
– A sim Dinda, meio que estamos de namorico.
– Hum.. e oque tu fez pra conquistar ela?
– Hahahaha.. nem sei, aconteceu normal acho, do nada.
– Hum... gosto dessas histórias, são exitantes. Me fala, vocês já transaram? - pergunta despreocupada comendo o sorvete
– Como assim Dinda?... é.. ué sai... não.. heheheh. - fico todo sem jeito
– Hahahaha.. isso é normal Sandro, namorados fazem isso.
– Sim.. haehheheh.. é né... sei.. mais…. Ahahhhaa.
– Hehehe… vocês sempre devem usar camisinha, se não podem ter surpresa no futuro.
– Como assim Dinda, que tipo de surpresa? - pergunto limpando a boca com a manga da camisa
– Doença ainda são jovens, no entanto ela pode engravidar…       né……            seu bobinho...
– Engravidar... diz ter um bebê.. igual as égua?
– Hahahahha.. não bem igual, a gestação é maior e um tanto diferente... mais sim, igual as éguas. - ela fala rindo junto tapando a boca
– Acontece sempre que se transa Dinda..? quero dizer... toda vez pode engravidar?
– Uhum… na verdade, se no período fértil… uma única vez é suficiente para engravidar.
– Então eu posso engravidar a égua também?
– OQUÊ??? NÃO SEU BOBO!!! HAHAHAHAAHHA… claro que não…. Humanos e animais não se fecundam…. AahHAhah?
– Se assim pudesse acontecer… algumas mulheres teriam graves problemas AaHHAhaAhaAh….


        Fico todo sem jeito dela rindo sobre a pergunta, é claro... minha aflição e a forma como pedi só confirmava aquilo que ela já sabia, certo que meu pai havia comentado sobre meu comportamento com sua ruano, pensava não dá na vista, por certo que em algum momento passou e o velho ligeiro feito espoleta pego no pulo.

– Não se preocupa Sandro, não vou falar do teu segredo pra ninguém… - ela repousa o sorvete no colo e me olha direto nos olhos
– Só que tu também sabe um segredo muito particular meu... né! - fala franzindo a testa
– Tu fala da Lu naquele dia na piscina…
– Sim! façamos assim então, eu guardo teu segredo e tu guarda o meu… fechado?
– Sim..sim.. fechado sim… não conto nada não Dinda!

        Ela coloca o sorvete no console e mostra seu dedo minguinho na minha frente, meche pedindo o meu, num gesto reciproco, firmamos um acordo de segredo puxando um o dedo mingo do outro. Boa forma de firmar segredo, mantive durante anos. Com uma risada encerramos o gesto e continuamos conversando;
        
– Se eu transar com Dircila ela vai engravidar dai? - pergunto atucanado
– Era isso que queria conversar contigo. - ela começa se limpar
– Pode acontecer sim… Existem maneiras de evitar que isso aconteça, camisinha ou anticoncepcional… também outras.. para vocês são essas duas. Tu já viu uma camisinha?
– Hehehe.. ahah.. já hahahah.. no colégio. - fico todo abestalhado

        Ela se estica e abre o porta luvas, começa a revirar um tempo e retira uma de baixo de alguns cds… (naquele tempo se usava com muito maior frequencial cds nos carros)

– Isso é uma camisinha Sandro, vou te mostrar como usar. - fala me mostrando o roxo pacote
– É… é.. hEheHe... não precisa mão Dinda.. sei tudo.... - começo de novo ficar nervoso
– Hum.. é mesmo, me mostra então - me entrega e se serve com uma colherada generosa de sorvete
– É.. bem.. hehehe - me enrolo mais que linha de pesca no galharedo

        Pego a camisinha e fico embromando, não faço ideia como fazer… começo a querer abrir o pacote sem jeito, pelo meio... faço um tendél, bem cabaço mesmo, fico rodiando nisso um tempo.

– Tá... chega Sandro, tu não sabe! tudo bem. Me de aqui!

        Retira da minha mão e começa abrir o pacote, me explica que existe o lado certo, segura a ponta e na alavanca de marcha coloca ela, me diz que é preciso segurar para não ficar ar e com a mão desenrolando até o final, vejo com os olhos estalados; pergunta se eu entendi e respondo que sim junto mechendo com a cabeça. Ela retira a camisinha e limpa o câmbio, finalizando os sorvetes colocamos numa sacola, ela liga a caminhoneta e vamos pro centro. Acho estranho por não ser o caminho que usamos pra casa. Na rua principal estaciona perto da farmácia e me pede para jogar a sacola no lixo e esperar ela voltar. Faço oque me pediu e vai fazer as coisas dela, quando volta, dentro da caminhoneta me mostra alguns pacotes que comprou e me entrega, diz que agora podemos transar com segurança e protegidos, junto têm algumas caixas que não sei oque são, seguimos pra casa.


        Antes de começar meu namorico não era muito de ir direto pra cidade, vez outra ia a cavalo pra venda à pedido dos meus pais ou pros Lima, quando faltava algum mantimento já limitado pelo rancho do mês tinha como principal caminho o campo nosso e também dos vizinhos, penso que falei um pouco. Hoje isso é raro encontrar, poucas são as fazendas que mantêm essa boa e amistosa vizinhança entre cerca. A cada extenso talhão de campo é encontrado uma porteira simples entre duas propriedades diferentes. Era usado para facilitar a passagem quando por algum motivo uma rês, ovelha, cavalo cruzasse pela cerca, a recuperação se dava de maneira mais rápida e tranqüila. Hoje difícil confiar, principalmente com tanta compra e venda de terra, complicado nessa altura do campeonato saber se pode confiar no outro. Todo momento à dúvida passa e deixa uma pulga atrás da ovelha.

        Passando pelo caminho comecei a visitar Dircila no bairro dela. Quando acabava minhas tarefas ou o estudo, me ia a mil mais veloz que um foguete. Por vezes de apé conforme o clima, pegava uma boa parte de campo e me sumia. Naquele tempo bocada dos 2000 ainda se via criançada brincando pela rua. Nas casas de toda cidade as grades serviam para impedir entrada de cachorrada ou bixaredo estranho, geralmente baixas e muitas das casas nem tinham. O patio da frente e fundos todo aberto. Arvoredo nas calçadas era visto em toda rua, por vezes plantado pela prefeitura ou moradores mesmo; ângá, pitanga, pata de vaca, angico branco, uma árvore que não sei o nome, ela da uma florada em cachópa bem rosa ou branca, tri bonita mesmo, é excelente para abelhas sem ferrão, tinha de monte por todo lado. Hoje viro um fuzuê e anarquia, tudo cercado, vidro quebrado, até arrame farpado se vê, cacetada! tinha tempo que servia só pra segura boi bravo no campo….
        A rua onde ela mora naquele tempo se encontrava muito calma porque só passava mesmo morador. O ônibus da linha circulava por outra rua e era só alegria com calcamento de paralelepípedo. A gurisada se reunia toda na volta, me lembro que dependendo do número de criança tinha um tipo de brincadeira, quando pouca era jogo de taco, uma espécie de baseball americano, só com quatro jogadores dois de cada lado. Com pouco mais era pega-pega e só valia dentro do limite dos postes marcados. Também tinha o calente, dentro de um retângulo marcava seis postes, três em cada lado e um circulo no meio, o objetivo era conseguir encostar em cada poste e o ultimo gritar calente dentro do circulo, muito bom… são boas lembranças.

        Com mais de dez dai tinha o caçador, muitos lugares chamam de queimada, é acertar quem está no meio de uma quadra com a bola e o que mais gostava, o esconde-esconde, a sim… esse era bom demais. Por vezes tinha uma montuera de gurisada, guri e guria tudo intreverado pra brinca, passava de dez batido. Na rua um senhor já velho, quando eu era pequeno ele já era velho, o Tanoni, velho fazia uns negócios que hoje certamente ia se da mal mais que naquela época até passava batido e nós nem se importava. Ao lado da casa dele tinha umas casas abandonas, casa toda de madeira, com telhado já arriado e se mantinha em pé por pura força de vontade, nós fazia de tudo pra derrubá-las e se mantinham em pé, firme e fortes.
        Eram dezenas de lugares pra se esconder e me lembro que eu e Dircila passamos algum esconde-esconde em uma dessas. Ela sem dúvida muito mais ligeira que eu, certo que já tava mais afiada. Escalando uma espécie de armário, com auxilio de uma tábua a gente consegui subir nas tesouras da casa, servem de suporte ao telhado. Entre cada uma algumas madeiras que juntas formavam um tipo tablado, ali era nosso ninho. O engraçado que nós se escondia e a brincadeira continuava, por tanta gente participando chegava um hora que o último a ser batido fazia a contagem para começava procurar e seguia o baile.

        Nosso namorico era só se tocar antes da experiencia da báia, depois dessa primeira vez, sempre quando em algum lugar mais escondido a gente esquentava. Nesse dia carregando a camisinha no bolso tava igual galo ciscando galinha. O maior de todos problemas era a irmãzinha dela, Dorinha, era uma baita sarna. Pegava nosso pé sem igual, um pouco mais nova que a Dircila e sempre grudada na nossa cola. Era muito difícil dar os paninhos nela e as vezes que conseguímos escapar de imediato nos enfiava em algum lugar. Dessa vez sentados no meio fio da calçada, eu tava me coçando e não dava jeito de conseguir mandar a Dorinha embora, já com a noite se mostrando, em qualquer lugar era fácil fazer o uso pela primeira vez da camisinha. Dircila também queria e inventando uma história pediu à irmã buscar um doce em casa. Ela se levantou do nosso lado e foi correndo pela rua, ao cruzar a esquina me levantei puxando o braço da Dircila e corremos em direção a garagem do Tanoni, quase que na nossa frente. Como essa garagem só tinha a entrada, abaixados na frente do carro e se me lembro bem era um uno, nos abaixamos e espiando atucanados aguardando o retorno da Dorinha.

        A pentelha voltou e não nos vendo, procurando começou a berrar desesperada, continuamos abaixados espiando de canto, querendo que ela seguisse pra outro lado e nos deixasse livres. Levou um bom tempo e ela começou a caminhar embora. Dircila estava na minha frente, encostados corpo a corpo começo a beijar seu pescoço e tocar seu corpo... na cabeça pura maldade, ela se entrega facinha. Por debaixo da blusa que ela usava encontro os seios, que os aperto e acaricio com gosto enquanto meu dingulim na bunda dela era passado de um lado ao outro, me ajuda empinando e permitindo o arreto, certamente estava adorando também.
        A Dorinha passa de novo e olhamos em silencio. Mantenho a Dircila deitada sobre o capo do carro, em pé começo a baixar a calça dela puxando para baixo junto sua calcinha, ela meio que faz um rebolado para facilitar, fica com a conjunto preso em um dos pés. Começo a beijar a gostosa e clara bunda, que bunda! O cheiro que emana me entorpece, muito rápido começo passar minha cara nela e querendo me ajudar abre as penas, revelando mais aquela rosada e com ótimo cheiro e gosto priquitiha. Com diversas chupadas e lambidas do jeito que sabia, passava a língua, o nariz, o queixo, os dedos…. primeira vez que estava fazendo e só tinha visto algumas vezes o pai. Com o dingulim duraço na calça fiquei chupando ela um grande tempo, me levanto e a puxo pra junto, ela estava rindo enquanto nos beijamos, não sei oque pensava, mais que eu tava com meu rosto melado, isso eu tava.

        Nem precisei e ela já pegou no meu dingulim com vontade e desejo, baixou minhas calças e me apoiei no capô do carro, ela começou me chupar na mesma hora e com a mão esquerda mexia na sua priquita. Na escura garagem eu digo pra ela se deitar de novo no capo do carro, isso eu sabia como fazer, já tinha treinado bastante. Ela se ajeita abrindo as pernas, passo a mão na priquitinha dela que está escorregadia, me posiciono atrás e mechendo no dingulim, passo algumas vezes de baixo pra cima e finalizo com o cuspo pra ajudar no remelecho. No encaixe, quando vou colocar a ameixa pra dentro ela olha pra mim e diz pra usar a camisinha, puts… no calor eu me esqueci por completo, nem lembrava mais de camisinha nem uma. Peço pra ela me ajudar e me abixo procurando na calça amontoada em qual bolso está, ela aguarda enquanto reviso aquela anarquia.
        Com a camisinha na mão olho pra ela e peço se sabe colocar, ela me diz que sim, entrego e de pronto começa desempacotar, na mão igual Dona Isabel mostrou ela desenrola no meu pingulin. Depois de prontim me da um beijo, cospe na mão e passando na priquita antes de se deita no capo, abre as pernas e fica me olhando. Me rindo todo me ajeito novamente, arrumo na casinha e quando coloco sinto o calor... escuto ela largar um pequeno gemido sabia tá no lugar certo.

        Bah, ali já tinha praticado muito, jogando em casa e agora com o time principal. Comecei na boa, segurando ela na cintura, bombava empolgado, ficamos só nesse posição e o máximo que fazia era puxar ela pelo cabelo. Mesmo fazendo isso na égua muitas vezes, na prática é diferente, minha reação foi bem fraca pra dizer a verdade, consegui escutar alguns gemidinhos tímidos dela, era o esperado pra primeira vez naquelas condições. Na finalização que foi me esquentando, continuei batendo pistão e o calor aumentando e quando gozei foi leitada na borracha dentro, denovo na hora nem pensei em nada. Me babei tipo porco, fui pra trás e ela se levantou, me beijou, rindo me ajudou a tirar a camisinha e aprontou uma boa, colocou no para-brisas do carro, disse “Um presente pro véio Tanoni Ahahah” Eu ri junto e fiquei de boa. Nos vestimos e na saída olhando se a Dorinha não tava na volta pra nos encher o saco. Naquela altura penso que já tava em casa e foi pra onde eu levei ela também, nos despedimos no portãozinho da casa dela e me fui embora.   


        Passa alguns dias e tive um sonho com a professora Nádia denovo. Todos sentimentos envolvidos me tomavam diariamente ainda mais com proximidade de Dircila, o cheiro, tato, beijos, muitas vezes tinha a professora em meus pensamentos, estava quase um refém desses desejos e queria repetir a experiencia tão marcante. Algumas vezes quando conversava com ela me ignorava por completo, quando levava alguma fruta, por vezes fazia desfeita… até uma barra de chocolates que a Dona Isabel gostava comprei a mesma na venda e quando deixei na mesa dela me tratou mal. Não sabia oque fazer e por quais motivos ela não me dava conversa.
        No meio da semana os dois últimos períodos eram aula de português. Tivemos prova e resolvi esperar a sineta tocar. Conforme cada uma se levantava, entregava na mesa a prova e depois saia, me fiz de leitão e fiquei por ultimo. Dircila pediu se estava tudo bem e eu disse querer falar com a sora, ela concordou por não perceber maldade e também entregou sua prova e saiu.
        A professora Nádia já tinha começado a corrigir uma prova, talvez para ganhar tempo em casa quando me levantei, coloquei a mochila nas costas, dei aquela tapiada no cabelo pixainho, respirei fundo e fui até a mesa dela, me surpreendi que meu coração não estava tão acelerado pelo nervosismo ou fiquei meio tonto como de costume. Me aproximei da mesa e ela continuou corrigindo a prova da mesma forma, negativando as respostas erradas e falando sozinha como aquele erro podia ter sido escrito. Depois de colocar minha prova bem em baixo da pilha;

– Oi Sora, está tudo bem contigo? - pergunto com sorriso meio aberto, meio nervoso
– Oque TU QUER? - fala sem tirar os olhos da prova que esta corrigindo
– Queria conversa contigo.. saber como está.
– Ocupada! Não está vendo?
– Sim he he he..    é que pensei…    bem..       nós podía se encontrar de novo como aquela vez.. - falo mechendo os braço e meio que me alisando até enfiar as mãos no bolso
– NÃO! Era só isso?
– É... queria saber o porque não….. - a pergunta é bastante insegura. me interrompe;
– NÃO! Já te disse o motivo… foi um deslize, tu foi o sortudo…?
– E Só ISSO, não tivemos nada e PONTO         FINAL. - olha em direção à porta na sua direita, buscando se alguém está por ali pela altura da voz


– Mais… mais isso não é justo sora.      
– JUSTO? Como assim justo Sandro, tu ficou MALUCO? Comeu bolinha de cinamomo pía?
– Tu me disse pra guardar segredo, pra não contar pra ninguém. Foi oque eu fiz.. i aí? - abro os braços como quem pede explicação
– Não é bem assim que funciona as coisas pía.… - ela agora larga a caneta e retira os óculos de leitura e os coloca em cima da mesa, começa olhar direto pra mim que continuo;
– Eu fiz oque tu me mandou, não contei e ainda comprei presente que tu não deu a mínima… porque dar esperança se sabia... tu só quis me fazer de bobo? O neglinho bocó? É isso? - coloco as mãos na cintura com os braços abertos
– Não… em nem um momento te quis fazer de bobo….   é …    é… é…. chega! vai pra casa! Outra hora a gente conversa! Tchau!

        Ao estica o braço direito em direção a porta, coloca novamente o óculos de leitura e volta a ler a prova que estava na mesa. Fico ainda olhando pra ela um tempo em silêncio. Tinha ensaiado em casa a conversa e como chegar nela. O não eu já tinha, era tudo ou nada... usei oque consegui pensar. Ela me olha de novo, agora com uma outra postura fala de forma mais calma e serena.

– Em outro momento a gente conversa Sandro, vai pra casa. - bem mais calma

        Na porta Dircila chega e me chama se eu ia pra casa com ela, professora Nádia me olha e volta a corrigir a prova, me despeço dela e vou embora acompanhando Dircila e suas colegas. Essa conversa durante bastante tempo tinha na cabeça e queria ao menos saber porque ela me ignorava nesse ponto. Por ser criança ou bem jovem até sabia, só que percebo isso hoje, na época não entendia. Passou um tempo e em algum dos recreio estou na fila da merenda sozinho, a professora Nádia está vindo pelo corredor com algumas alunas conversando, eu vejo elas caminhando e nem dou muita bola por pensar que ela me fez de bobo quando ela passa bem perto de mim:

– Vai na missa do domingo junto com tua mãe… pía!

Então é isso, esse foi o sexto capítulo da história, espero que tenha gostado. Críticas,sugestões e complementos são bem vindos, vou evoluindo no decorrer das próximas histórias.


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Ficha do conto

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salomaos

Nome do conto:
Parte 06 - Segunda é Melhor Bagual

Codigo do conto:
205708

Categoria:
Interrraciais

Data da Publicação:
05/08/2022

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