O chato do meu cliente - Na minha boca, tá?

Acordei de manhã, moída, o último sonho foi horrível, só me deixou pra baixo. Me olhei no espelho, eu parecia uma velha, descabelada, as olheiras mais fortes do que o normal.

Tô precisando urgente de um peeling, nem pensar, só depois de fechar esse contrato com a Vilma.

Meu celular tocou novamente, era a segunda vez, e nem oito horas da manhã eram! Com certeza o chato do Marcelo, ele que espere. Deixa pelo menos eu me aprontar.

***

Meu sexto sentido não falha, eram mensagens do sujeito atrevido.

'Preciso de falar com você, urgente!"

Era a mensagem, seca, nem para dar um bom dia. Coloquei o celular no suporte e saí dirigindo. Pensando em ligar para a Vilma, mas o Marcelo me ligou primeiro.

"Oi Marcelo. Bom dia!"

Minha voz ainda estava grossa e eu tentando disfarçar.

"Alô, bom dia!"

"Onde você está?"

"No carro, quero ver consigo ir na Vilma."

"Tem boi na linha. Vem pra cá, na minha casa, temos que mudar os planos."

"Então me dê seu endereço."

"Não sabe?"

"Não, você não me falou."

"Porra! No Vivendas do Forte, tô te esperando."

"Levo meia hora."

"Tudo isso!?"

"É o trânsito, né Marcelo! O trânsito ainda está pesado nesse horário e você mora longe."

"Então anda logo. Tchau!"

"Tchau."

Não era o primeiro cliente aborrecido que me aparecia, já tive iguais por imóveis que me renderam muito menos. Bem que a Júlia me avisou, mas na situação em que estávamos lá casa eu engoliria qualquer sapo.

O que me preocupava era o tal: "boi na linha". Problemas com o financiamento? Deus queira que não. Respirei fundo e usei de toda minha paciência para atravessar a cidade naquele horário.

Cheguei no Vivendas uns quarenta minutos depois. Me indicaram onde ficava a residência do Marcelo. Nenhuma surpresa, uma mansão de três andares, janelas envidraçadas, paredes brancas, um pequeno jardim na entrada atrás de uma grade.

Com certeza caríssima, com piscina, quadro de tenis, sauna, churrasqueira, sala de jogos. Eu nem precisava entrar para saber como seria. Uma certa falta de imaginação dos arquitetos, e muitas vezes dos donos.

Bati a campainha e me identifiquei.

"O doutor está no living, ele já está esperando a senhora."

Entrei numa sala ampla, com um piso imitando madeira. Uma TV enorme de frente para um sofá para oito lugares, na cor laranja, a mesa de jantar para dez pessoas no mínimo, até uma lareira havia, fora a vista das montanhas ao longe.

Demorei um pouco, mas localizei Marcelo sentado numa poltrona de vime dessas que ficam presas no teto. Estava com cara de poucos amigos, as pontas dos dedos das mãos se apertando, como quem está prestes a fazer uma prece. E o olhar perdido num quadro mostrando uma batalha naval.

"Marcelo!"

Ele nem se levantou, só me fuzilou com o olhar.

"Aconteceu um imprevisto sério. Estou tentando falar com você desde antes das oito."

"Desculpa Marcelo, eu não tive uma boa noite de sono."

Ele respirou fundo, pelo jeito tentando não me xingar. Foi aí que eu notei uma garota entrando do outro lado da sala. Amarrando um penhoar preto, os seios à vista, devia ter uns vinte anos. Linda, mas parecia furiosa. Ela chegou perto e nos comprimentamos com um aceno de cabeça.

Marcelo nos apresentou.

"Lúcia, Lara. Lara, Lúcia."

"É Lívia, Marcelo!"

Eu engoli em seco constrangida e a garota brava passou as mãos ajeitando os cabelos lisos.

"Você me leva em casa?"

"Pede um uber. A governanta pede pra você."

"Uber! Saco! Semana que vem eu não posso. Vou tirar umas férias."

"Sem problema."

O jeito impaciente deixava claro que o homem não estava aguentando aquela conversa. A mocinha se tocou e foi saindo estilosa. Abaixou sobre uma mesinha e pegou um vibrador, só então eu me dei conta de que aquilo estava ali, um azul enorme com um estimulador para o clitóris.

Pegou o aparelho, e me olhou se erguendo. Um riso foi se formando em seu rosto enquanto ela encostava a ponta do consolo nos lábios. Deu uma piscada e voltou a andar como se desfilasse numa passarela.

Eu fiquei boquiaberta, era a primeira vez, nunca nenhum cliente me mostrou uma acompanhante. Minto, mas não uma vestida naqueles trajes, muito menos segurando um vibrador.

Eu e Marcelo nos encaramos. Uma troca de olhares intensa. Não sei o que aquilo queria dizer, só sei que Marcelo não parecia nem um pouco envergonhado. Pra mim apareceu escrito na testa dele: babaca e lindo.

"Temos um problema."

"Hum?"

"Um problema, e sério. Você não tem mais 12 dias para resolver o assunto com a viúva."

"Não! E por que?"

"Um dos investidores quer o assunto resolvido até semana que vem ou ele desiste. Ia desistir hoje, mas eu consegui alongar prazo."

"Difícil. Não sei se consigo ganhar a confiança de Vilma num prazo ainda mais curto."

"Problema seu, se quer ganhar sua comissão resolva. É pra isso que você é paga, muito bem paga aliás."

Vontade de mandar tudo aquilo à merda, mas eu não podia. A imagem dos meus filhos, da minha casa, do Enzo. Droga! Eu respirei fundo.

"Tá certo vou ver o que eu posso fazer."

***

Entrei no carro ligando o celular e dirigindo mais veloz do que o normal. O telefone de Vilma não atendida. Eu comecei a ficar ainda mais nervosa. Fui insistindo enquanto dirigia, até que a voz de uma das funcionárias da Vilma apareceu.

"Alô!"

"Oi! Bom dia! Aqui é Lara, a corretora, eu podia falar com dona Vilma?"

Não responderam, a pessoa parecia estar falando com alguém ou a ligação caiu.

"Oi! Quem está falando? Você está me ouvindo?"

Nada. Eu dirigindo com medo de acabar avançando o sinal.

"Alô?"

"Sim! Eu queria falar com dona Vilma?"

"Dona Vilma está indisposta hoje. Está deitada, o médico acabou de sair."

"Eu precisava conversar com ela. Será que ela pode me atender?"

De novo um silêncio e eu começando a ter um mal pressentimento.

"Infelizmente não dona... Lara. O médico recomendou que ela ficasse isolada. A idade, a senhora entende, parece que é uma gripe."

Quase avancei o sinal, por pouco, meu coração estava aos pulos, parecia que o destino conspirava contra mim.

"Ok. Eu ligo amanhã, quem sabe ela estará melhor. Eu preciso resolver um assunto com ela. É urgente, se ela melhorar pode me ligar a qualquer hora. De dia ou de noite."

"Tá bom, eu passo seu recado."

"Brigada."

"De nada."

Fui para casa aflita, eu não sabia o que fazer. Eram quase onze horas e eu não tinha outro compromisso.

Acabei almoçando com os meninos. Enzo só voltava de noite. Os garotos s sairam para a aula de inglês e depois a academia. Fiquei sozinha em casa, coisa rara. Para não ficar mais nervosa fui ao escritório estudar os documentos do terreno da Vilma. Estudando a doumentação para ver se não havia nenhum problema, cheguei a conversar com gente de cartório para ver como agilizar o processo.

Essa fase das assinaturas dos documentos de transferência é sempre estressante. Os clientes ficam super nervosos, todo mundo tem medo. Fiz umas ligações, conversei com gente que conhece mais de venda de terrenos.

Tudo parecia certo, o problema era o prazo e agora essa dificuldade em falar com a dona do imóvel. Aquilo estava me deixando desconfiada. Não sei, eu estava ansiosa, resolvi tomar um banho para relaxar.

Ao invés da ducha resolvi optar pela banheira, fazia tempos que eu não usava. E hoje eu bem que estava precisando me acalmar. A noite não foi boa, o dia mais frustrante ainda.

Liguei as torneiras, coloquei os meus sais, e enquanto me despia lembrei da garota de programa segurando o vibrador de encontro a boca. Lívia apareceu rindo. Senti meu corpo eriçar, uma pontada no ventre, o suor na vagina. Aquele frissom que antecede a uma boa masturbação.

Me olhei no espelho, a mão me acariciou os pentelhos, meus seios entumeceram. Eu ri pra mim mesma, safada, obscena, tem hora que eu gosto de me sentir assim. Tem hora que parece que eu viro outra. Viro alguém diferente de mim.

"Aaaah!"

Meus dedos começaram a me provocar, me tocar enquanto eu olhava aquela mulher atrevida no espelho. Nessas horas eu me acho bonita, já fui mais. Deixava o Enzo sempre excitado, sempre doido pra me levar pra cama.

"Ooooooh!"

Ainda fica, quando dá vamos ao motel. Ele diz que eu me transformo numa safada, e eu gosto de ser a 'putinha' do Enzo.

Vou me tocando embalada pelo barulho das águas enchendo a banheira. Veio uma ideia sacana. Por que não? Fazia tempos que não usava. O meu não era tão grande quanto o dela, antigo, mas funcionava muito bem. Enzo me deu há uns cinco anos, fui até os armários e encontrei meu brinquedo de menina malvada.

Perfeito!

Era bem realista, um moreno de veias ressaltadas, a cabeça  bem desenhada. Voltei, tranquei a porta, e entrei na banheira.

Coloquei meu brinquedo na tomada. Liguei a hidro e mergulhei. Uma delícia,  a água quente, os sais pra tirar a energia pesada. Fiquei um tempo assim até precisar respirar.  Parecia um saco de cimento começava a sair das minhas costas.

Coloquei o sabonete líquido, não tinha Alecrim, acabei colocando de Maracujá. Aquele perfume gostoso, eu me alisando a pele, a espuma veio surgindo enquanto eu me tocava, me provicava.

Deixei a hidro me espancar a costas, minha lombar doia, meus músculos estavam duros na cervical. O vapor se misturando com a espumar, o barulho constante da hidro.

Encostei a cabeça na borda, relaxei, fechei os olhos e me deixei boiar. Dava pra sentir o coração batendo, meu corpo ficou parcialmente para fora das águas. Meu rosto, os seios, barriga e a vulva.

Aa mistura de temperaturas, frio e  quente. A  espuma e as águas me acariciando o corpo. Coloquei as mãos nas coxas. Me deixem embalar, meus bicos engrossaram, arrepiei. Só falta uma história pra me excitar, mas com quem?

Pensei no Enzo, mas aquilo me 'brochou', como eles dizem. Alguém diferente, novo, gostoso. Dono de um pau bem grosso, só pra me machucar.

"Aaaah! Uuuuuumm!"

Um cafajeste, pilantra, bem safado. O Vitor da Prime Imóveis? Não, sem graça. O Hugo meu vizinho? Uuuu! Não sei. Um diferente, mais abusado, mas quem?

"Não! Que Marcelo! Se liga Lara! Cafajeste sim,  mas não precisa ser pedante."

Enquanto eu imaginava a história e o homem que me comeria, meus dedos me acariciavam o grelo. Meu clitóris foi ficando inchado, grossinho. Meus sucos começando a minar da vagina. Começou a surgir alguém, uma imagem ainda nublada.

"Aaaahh! Aaaahh! Aqui? Então tira, deixa eu ver."

Um negro, sem camisa, o peitoral de um atleta, os ombros largos, mas eu ainda não via o rosto.

"Desabotoa e me mostra."

As mãos grandes desafivelaram o cinto, depois o botão dourado do jeans apertado. A calça desceu como se eu tivesse puxado.

Uma mangueira carnuda, as veias pulsando, mal cabia na minha mão. Adoro esses momentos antes uma boa masturbação. Os dedos me abrindo os lábios, me coçando por dentro.

"Mmmmmm! Cara... ca!"

De olhos fechados tentando imaginar a cena, tentando enxergar o cara. A figura foi se definindo, ele sorrindo, lindo.

"Douglas! Você, aqui? Quer me comer, quer?"

Douglas da Saraiva Incorporadora. Homem gostoso, com aquele volume no meio da cintura. Cheiroso, simpático e uma cara de pilantra. Deve ter fodido muita mulher na vida. Certeza que já. Me deu umas cantadas, mas eu sempre fingi de boba.

Até  porque eu sou casada, e muito bem casada, mas nem por isso eu deixo de admirar o que é bonito. Os homens são assim, por que as mulheres não podem? Traição é outra história, isso eu nunca fiz.

"Não é Douglas? Quer um beijo, aqui?"

Abri e encostei a ponta negra na minha língua, dava para sentir o azedinho de homem, o sabor de uma macho. Ri pra ele enquanto mordia a cabeça carnosa. Fechei os olhos e beijei como se fossemos amantes. Suguei, chupei. Douglas se deu um gemido fundo, gemido de homem tarado.

"Na minha boca, tá?"

O suco de homem descendo pela minha garganta. Sabor forte de homem tesudo. O pau negro pulsou, pulsou dentro da minha boca.

Douglas urrou como um animal ferido. Lindo. 'Uuuuuuhh! Uuuuuuuhh!' Engoli como uma safada as sementes de um homem gostoso. Douglas de pé na minha frente, a mão grande me fazendo um carinho. 

"E eu, não mereço nada?"

Ele riu, 'Eu vou te comer gostosa.'

"Vai? Então vem, aqui... na minha xoxota. Humm?"

Mostrei a boceta pro amigo, meus dedos abrindo os lábios, ela durinha surgindo das águas, como uma ilha. Desliguei a hidro e desenrosquei o treno, deixei a água sair.

Puxei meu brinquedo da tomada e me massageie com a ponta do vibrador, me excitando o clitóris, sentido ele ficar vivo.

Olhei pro Douglas, ele babando, o pau duro, curvado. Apoiei os pés nas bordas da banheira.

"Vem."

A voz de abafada. Lambuzei a pica negra na minha gruta, me abrindo os lábios.

"Aaahhh! Não, não! Devagar."

Enfiei a ponta, me estremeci, respirei fundo e me perfurei. Me invadi com a vara emburrachada do Douglas.

"Põe! Tudo, tudo.

Entrou, aquele caniço longo, negro, cheio de veias. Eu bem vagabunda, gemendo e sofrendo enquanto o Douglas me arrombava, me comia.

"Uuufff! Safado! Quer me machucar é? Me deixar doída, é isso? Aaaahhh!

Liguei o pau preto do meu colega. Minhas coxas tremiam, aquilo vibrando por dentro, minhas terminações nervosas pulsando. E o Douglas deitado me comendo, me fodendo.

"Safado! Aaaannnh!"

Estapeiei as ancas do homem, arranhei aquela bundinha de homem. Douglas ficou insaciável, aumentei o ritmo das vibradores do meu brinquedo.

Boceta piscou incontrolável. Um orgasmo longo, minhas pernas ficando bambas. Douglas me mostrando um riso largo, branco. Eele entrando, entrando, me dizendo as maiores sacanagens.

Empinei a testa dura, me furando com o vibrador.

"Goza, goza!"

Vi pulsando, regurgitando todo seu creme na minha, me enchendo de de porra. Me chamando de puta.

"Aaaahh! Oooohhh!"

Gozamos, ambos.  Ele me beijando e aos poucos se transformando no Enzo.

"Hummm!"

Me senti uma tola por um momento, as pernas abertas, meu marcado com espumas. Senti frio e vergonha enquanto eu voltava a ser eu. Pelo menos eu me sentia relaxada, finalmente.

Terminei o banho, me sequei, passei meus cremes. Quando abri a porta o Enzo estava se trocando no quarto. Ele percebeu que eu segurava o vibrador.

"Oi amor! Chegou, nem te ouvi?"

Perguntei sentando na cama penteando os cabelos.

"Cheguei agora."

"Como foi o seu dia?"

"Bom, o banco aceitou esticar o prazo até o fim do mês."

"Que bom! Pelo menos uma notícia boa."

"Por que? Complicou pro seu lado?"

"Muito. O prazo agora de menos de oito dias. E agora eu não consigo falar com a Vilma. Diz que adoeceu, não sei, estou desconfiada."

"Achei que seu acordo estava encaminhado."

"É o mercado de imóveis, sempre acontece esses imprevistos. Só agora, além de um cliente chato como o Marcelo, eu não posso mandar ele às favas. Por falar nisso... deixa eu ver."

Me puxei meu celular e lá estava o que imaginava, uma dez mensagens do chato. A última não tinha nem cinco minutos. Claro queria notícias da Vilma.

Respirei fundo e escrevi.

"Oi Marcelo! Não consegui falar com Vilma. Ela está acamada, adoceu."

Nem me deu tempo de escrever a outra mensagem.

"PUTZ!!!!"

Desse jeito mesmo, em maiúscula.

"MERDA!"

"Acontece, vou lá amanhã."

Demorou para ele responder. Achei até que não ia, já ia colocar o celular no criado quando chegou a mensagem.

"Convence essa velha de qualquer jeito. Isso é pra ontem."

Marcelo devia ser um desses que nunca ouviu um 'não' na vida. Acha que todo mundo tem satisfazer as vontades dele. Um babaca, e lindo.

"Pode deixar, amanhã eu resolvo. Boa noite."

Foto 1 do Conto erotico: O chato do meu cliente - Na minha boca, tá?

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Ficha do conto

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Nome do conto:
O chato do meu cliente - Na minha boca, tá?

Codigo do conto:
209604

Categoria:
Masturbação

Data da Publicação:
03/02/2024

Quant.de Votos:
6

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5