O caseiro da chácara (parte 3)

Chegamos e fomos direto para o meu apartamento. Rubião estava maravilhado por tudo que tinha visto de moderno na cidade. E pela primeira vez eu percebi que o seu cheiro não mais me incomodava, eu já tinha me acostumado com o cheiro daquele homem. E pela primeira vez ele demonstrou algum carinho por mim quando fechei a porta e ele me beijou. Disse que era um homem simples e pediu pra eu ter paciência e nunca abandoná-lo, como fizeram as duas esposas falecidas. Ele disse que um homem precisa de companhia e que é o homem quem manda em tudo, que a mulher nasceu pra servir e para obedecer o esposo. E que ele me via como uma mulher e não como um homem. Perguntou se eu gostava dele e se eu queria viver com ele como marido e mulher. Falei pra ele que precisaríamos dar tempo ao tempo, que eu ainda não estava acostumado com aquela situação, que eu tinha namorada e que precisaríamos ter muito cuidado com o meu pai. Percebi que ele não gostou e se afastou de mim. Fui conversar com ele e tentei acariciar a sua barba, mas ele ficou uma fera comigo e disse para eu nunca mais fazer aquilo, que era coisa de maricas. Resumindo, eu não podia nada, absolutamente nada. Qualquer gesto meu era negado. Pedimos uma pizza e como estávamos cansados da viagem fomos dormir. Peguei toalhas, shampoo e sabonete e falei pra ele tomar banho antes de dormir, mas ele disse que já tinha tomado na chácara e que faria no outro dia. Arrumei o quarto de hóspedes para ele dormir, mas ele recusou e disse que íamos dormir juntos pela primeira vez e que ele não estava cansado. Rubião foi pra cama e eu fui tomar banho. Quando cheguei ele já estava roncando e confesso que aquilo me deixou muito excitado. Aquele homem na minha cama e roncando tão alto que seria impossível eu conseguir pegar no sono. Deitei e ele se ajeitou no meu corpo, colocando a cabeça no meu peito. Eu estava ali, com 23 anos, advogado, com uma namorada querendo satisfações, deitado com um homem totalmente selvagem e grosseiro que tinha plenos poderes sobre mim. Minha cabeça estava a mil, era tudo muito novo pra mim e eu estava me sentindo perdido, mas protegido ao mesmo tempo. Rubião acordou cedinho, como sempre, e começou a explorar o meu corpo enquanto eu ainda estava dormindo. Acordei com aquele homem dentro de mim, quase gozando, parecia um animal. Eu não estava preparado para o ato sexual e sujei o seu pau de merda, o que ele achou o máximo, pois estávamos, segundo ele, começando a viver como um casal de verdade. Pela primeira vez eu o vi tomando banho e isso me trouxe um enorme alívio. Recusou usar shampoo, sabonete e desodorante. Aos poucos eu começo a aceitar o que não há jeito. Seguimos para o shopping pois precisávamos comprar roupas novas para ele. Fizemos umas compras no Carrefour e seguimos para a CeA. Percebi olhares de algumas pessoas, pois nós dois somos completamente diferentes e o jeito de se vestir dele chamava bastante atenção, sem dizer o seu jeito largadão. Entrando na CeA, passamos pelo área feminina e percebi que ele estava deslumbrado com tudo aquilo. Na verdade, não era apenas deslumbramento e sim muitas ideias se passando na cabeça dele. Pegou o meu braço e fomos direto para a parte de lingerie. Perguntei o por que de estarmos ali, se a intenção era comprar roupas pra ele. Foi quando ele pegou umas peças intimas e sorriu pra mim, como se estivesse medindo no meu corpo: Uma calcinha, corpete...e olhando para o lado viu que tinha salto alto. Eu olhei pra ele e entendi a intenção. Apenas sorri de volta e colocamos tudo na cesta e ele não quis ir na sessão masculina e fomos pra casa. Não falamos nada durante o trajeto. Eu via um sorriso nos seus lábios e eu estava disposto a satisfazer aquele homem. Eu começava a levar a sério a possibilidade de me entregar totalmente pra ele, sem ressalvas. Preparei o almoço enquanto ele assistia futebol na TV. E quando falei que o almoço estava na mesa ele pediu pra eu vestir a lingerie que ele tinha escolhido pra mim. Voltei para o quarto e coloquei as duas peças, calcinha e corpete e o salto alto também. Ele disse que tinha uma surpresa pra mim, que comprou sem eu perceber. Tirou do bolso um batom vermelho e ele mesmo passou em mim. Ele me colocou nos braços como os casais fazem nos filmes em lua de mel, me levou pra cama e me possuiu como se fosse a primeira vez. Me tratou como se eu fosse uma prostituta. Eu quis muito gozar, pois estava excitadíssimo, mas ele não deixou. E novamente pediu para que eu controlasse o meu pau, pra ele não ter que ver um pau na frente dele. Que era broxante e o que ele quer mesmo é o meu cu e a minha buceta. Argumentar com ele é impossível. Ultima palavra é sempre a dele. Não conseguimos almoçar e passamos a tarde na cama juntinhos. Às vezes ele era carinhoso comigo, mas em raras situações, como quando eu permito que ele realize os seus fetiches comigo. E são muitos para um homem praticamente sem instruções. Certamente instinto natural.
No outro dia fomos passear de carro e da janela ele viu um sex shop. Quis saber o que era e eu expliquei. Ele quis conhecer e lá fomos nós. Ao ver uma gaiola peniana ele já foi me mostrando e estava alucinado com a possibilidade deu usar e não ter mais ereção quando estivermos juntos. Mais uma vez eu fiz as suas vontades. Compramos também algemas. Rubião parecia uma criança.
A essa altura o meu namoro já tinha ido para o espaço. Eu também não tive vontade de procurar os meus amigos. Rubião ocupava todo o meu tempo e espaço. Pois bem, chegando em casa eu fui colocar a gaiola no meu pênis. Percebendo o movimento, Rubião foi até mim e ele mesmo fez questão de colocar, mas antes ele foi no banheiro, pegou a espuma de barbear, gilete e me depilou por completo. Eu sempre tive poucos pelos, mas tinha pentelhos e isso o incomodava bastante. A sensação de ver aquele homem me depilando e colocando uma gaiola de castidade me fez ter, pela primeira vez, uma ereção as avessas, eu senti prazer no meu anus, e não mais pelo meu pau. Talvez essa seja a real intenção da gaiola de castidade, aos poucos você perder a ereção, mas comigo foi muito antecipado. Ao fechar o cadeado, ele olhou pra mim e pela primeira vez eu vi paixão em seus olhos, que estavam cheios de lágrimas. E disse “ agora eu sei que você me quer de verdade como seu homem e agora eu sinto que seremos um do outro. “ Amanhã cedo voltaremos para a chácara e eu vou conversar com o seu pai sobre nós dois. Explicar que queremos viver juntos como marido e mulher e que se ele não aceitar eu vou embora da chácara e nós vamos viver aqui na capital. Eu posso trabalhar de pedreiro enquanto você toma conta da casa, pois não quero você trabalhando. O homem que sustenta a casa. Nesse momento eu fiquei desesperado, pois meu pai era um homem de idade avançada e doente e eu não queria dar esse desgosto a ele. O caso não era tão fácil como Rubião achava, pois eu sou a mulher da relação. Eu mataria o meu pai de desgosto. Rubião aceitou, mas com uma condição: dormirmos juntos todas as noites e eu aceitei. Seguimos para a chácara e ao chegarmos lá, encontramos meu pai muito abatido. Ficamos preocupados e Rubião, pela primeira vez, entendeu que eu estava com razão. O tempo foi passando e o meu pai faleceu. Confesso que não foi um momento muito triste, pois ele tinha se livrado do sofrimento da doença e do desgosto de descobrir a minha história com o seu caseiro. Como não temos familiares nem muitos amigos, o velório foi somente eu e o Rubião. Ele prometeu que cuidaria de chácara e de mim. Rubião era um homem muito religioso e mesmo sendo muito ativo sexualmente, não fazia sexo nos dias santos. Era um homem realmente do campo e cheio de limitações cognitivas. Ele disse que respeitaria o tempo de luto e que logo após a missa de sétimo dia nós voltaríamos a ter relações. E assim aconteceu e de maneira inesperada Rubião pediu para que eu abrisse a minha mão e colocou um par de alianças. Eram velhas e não eram de boa qualidade. Tinha pertencido a sua falecida esposa e de agora em diante usaríamos como prova da nossa união. Disse também que no dia seguinte iríamos a igreja para o padre abençoar a nossa união e que eu me vestisse de mulher pois o padre não iria desconfiar de nada, uma vez que ele está bem velho e não lembra de mim. Concordei achando tudo aquilo muito excitante e no outro dia eu estava todo de branco, com o vestido de noiva que pertenceu a minha mãe. Rubião ficou emocionado quando me viu e não conteve as lágrimas. Chorou muito ao me ver vestido de mulher. Foi no jardim e pegou umas flores para ser o buque e seguimos para a igreja onde fomos abençoados. E para a minha sorte a igreja estava vazia. O padre perguntou o meu nome e antes que eu respondesse Rubião disse “Alice, o nome dela é Alice”. Na volta, dentro do carro, fizemos amor. Sim, amor, com tudo o que um casal tem direito: carinho, emoção....nossa união tinha sido abençoada por Deus, como dizia ele e de agora por diante seremos um só, corpo e alma.

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico rubiao

Nome do conto:
O caseiro da chácara (parte 3)

Codigo do conto:
213803

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
18/05/2024

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