Saudade. Muita Saudade.

Teremos de voltar até o início deste ano. Mais precisamente, entre os dias 13 e 20 de Janeiro. Já disse num conto passado o quanto meu namorado e eu somos unidos e ligados. Fazemos até as pequenas coisinhas um com o outro. Detalhes sutis e bestas para a maioria, acabam por fazer com o que eu o ame ainda mais. Ele é meu único parceiro sexual, o meu único namorado e espero um dia morrer bem velhinha nos braços dele, também vem velhinho. Passado essa declaração para meu nego, voltemos ao conto.

Entre os dias 13 e 20/01, meu namorado viajou junto com o pai e o tio à trabalho. Foram para o interior, bem distante daqui da cidade. Ele bem distante de mim. Me ligava por chamada de vídeo todo dia pela noite. Eu não ficava um dia sem falar com ele nessa semana, mas não era a mesma coisa de ter ele ai, presente comigo. Não ter seu contato físico, seu corpo grudado no meu, suas mãos me tocando e sua boca percorrendo cada parte do meu corpo. Não ter isso estava me deixando louca. Louca de saudade.

Mas, felizmente, tudo passa. Ele, enfim, voltou para meus braços no dia 20. Assim que ele chegou, o envolvi num abraço apertado e amoroso. Muita saudade acumulada, céus. Porém, havia outra coisa. Eu também tinha muito tesão acumulado, e, obviamente, ele também. Porém, não era hora. Eu não era a única com saudade. Sua irmã mais nova, Júlia (18), tão meiga, doce e fofa quanto o irmão e sempre muito próxima dele, logo tomou ele de mim e o abraçou também. Não achei ruim, achei muito fofo. Aqueles dois são muito carinhosos, diferenciado da maioria dos outros irmãos, e isso aquece meu coração. Naquela hora, meu homem também foi apresentado ao novo namorado da Júlia, Fernando (18), um rapaz da faculdade da Jú. Basicamente, um espelho mais novo e com uma outra aparência do meu namorado. Os dois eram basicamente como eu e meu moreno. Afetuosos, próximos, grudentos.

Fomos para um rolê juntos, nosso primeiro como dois casais. Primeiro, no cinema, para assistir Oppenheimer. Segunda vez minha e do meu homem e primeira vez da Jú e do Fernando. Não poderia faltar assistir esse filme, sendo os nerds que somos. Depois, comer aquele podrão gostoso, gordurento e entupido de calorias. Já tendo chegado em casa, decidimos dormir por lá. Por simplesmente estarmos jogando Left 4 Dead 2 em modo cooperativo, acabamos por perder a hora e, por pura preguiça, decidimos dormir lá. No quarto mesmo. Jú e Fernando dormiriam na cama, enquanto eu e meu homem dormiríamos no colchão no chão. Aí que o show começa...

Eu e meu namorado estávamos com muita vontade de sexo. Vontade de ter um ao outro. Nossos corpos nus se tocando. Fingimos dormir um pouco, e quando acordei, fui checar se os dois pombinhos estavam dormindo. Estavam. E como estavam. Abraçadinhos, coisa mais fofa. Logo, sinalizei o sinal de "positivo" com a mão para meu namorado, que respondeu de volta com o mesmo sinal. Fui até ele, sentado, e entrelacei minhas pernas sobre as costas dele, sentando bem em frente. Olho no olho, corpo com corpo. Começamos a nos beijarmos. Beijos gostosos, molhados e lentos. Calmos, para não fazer barulho. Quando percebi, já estávamos os dois pelados. Eu o envolvi num abraço e disse em seu ouvido, sussurrando.

"Amor, por favor, eu quero você dentro de mim. Estava com saudade. Muita saudade. Saudade de ter você. Você me ter."

"Só se for agora, meu mousse de maracujá. Minha princesa. Saudade é pouco." - disse ele, intervalando com beijos no meu pescoço.

Eu apenas deitei meu corpo nu no colchão, de bruços. Coloquei um travesseiro por baixo da cintura, apenas para deixar a bunda mais empinada. Queria que meu corpo fosse dele, sendo que já pertence exclusivamente á ele. Me virei e sinalizei com a boca, sem falar.

"Mete!"

Meu homem veio. Ficou encima de mim, começando a me beijar. E penetrou assim. Uma estocada funda, deliciosa. O beijo abafou meu gemido. Abri os olhos, esbugalhados, e fechei de novo de tanto prazer. Durante o beijo. Estocada desgraçada. Deliciosa. Como eu tava com saudade daquilo. Então seguimos por esse caminho. Sua boca colada na minha, com nossas línguas se debatendo ali dentro, e ele metendo em mim. Devagar. Calmo. Fofo. Mas fundo. Bem fundo. Isso se deu até ficarmos sem ar.

Aí, ele mexeu uma mexa do meu cabelo, colocando-a atrás da minha orelha. Sussurrando, me perguntou no ouvido: "Quer minha mão na sua boca?"
Eu nem conseguia falar do tanto que eu segurava para não gemer. Gemer nada. Gritar. Urrar de prazer. Peguei a mão dele eu mesma e coloquei na minha boca. E eu deixei minha mão por cima da dele. Sentia tanta saudade que queria ter o máximo de contato possível com a maior área corporal dele que eu pudesse tocar. Surreal!

Ele me beijava nas costas, ombros, pescoço. Mordia bem de leve minha orelha, dava deliciosas lambidas pela minha pele. Passava sua mão livre pelo meu corpo, me dizendo no meu ouvido o quão esplêndida eu era, o quanto ele me amava, o quanto ele me queria. Dessa vez, eu me arrepiei tanto que parecia ter visto um fantasma. Não foi necessário estimular meu grelo. Eu estava delirando. Nas nuvens. Meus gemidos abafados pela mão dele, nossos corpos pelados grudados, sentindo ele pulsar dentro de mim.

Dessa vez, eu segurei o máximo que deu para não gozar. Não queria que aquele paraíso acabasse. Segurei até minhas últimas forças. Até que Meu homem pegou minha outra mão e deixou a sua ali por cima, a acariciando. Depois, entrelaçou os dedos. Foi o estopim. Não aguentava mais segurar. Foi então que nós dois gozamos, juntinhos. Uma gozada forte. Sua mão ainda tapando minha boca, com minha mão ainda por cima. Soltei um gemido abafado maravilhoso, gostoso. Uma verdadeira orquestra de Wagner. Eu tremi, esbugalhei os olhos e depois os fechei. E, ele, claro, descarregou tudo dentro de mim. Senti o pau deu molhar meu interior.

Depois, ele tirou sua mão, me liberando para falar, e então grudou sua boca na minha. Nos envolvemos num beijo longo, gostoso, calmo, lento. Nossas mãos entrelaçadas, ele ainda dentro de mim. Assim que nossas bocas se desvincularam, eu o olhei bem fundo nos olhos. Depois, disse que o amava. Amo, amo e amo. Lacrimejei na hora. Ele também. Foi a primeira vez que vi meu namorado chorar. E não, não perdi tesão. Na verdade, só aumentei. Ver meu homem confiar em mim a ponto de expressar suas emoções fez com que meu amor por ele aumentasse ainda mais.

Nem tomamos banho depois. Eu não queria me desvincular do seu abraço. Ficamos um tempo ali, abraçados, pelados, grudados. Eu, toda gozada. As mãos dele. Seus dedos passando entre meus cabelos, sua outra mão acariciando meu rostinho e passando pelo meu corpo. Amor. Amor mesmo. Muito além de romance. Só fomos dormir depois de alguns minutos assim. E adormecemos profundamente. No dia seguinte, acordamos depois de longas, deliciosas e íntimas dez horas de sono.

Eu realmente espero que todos um dia possam pelo menos experimentar o amor genuíno alguma vez em suas vidas. É algo mágico. Surreal.


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico clarice03

Nome do conto:
Saudade. Muita Saudade.

Codigo do conto:
215986

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
08/07/2024

Quant.de Votos:
6

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