Mesmo casado eu me sentia vazio por dentro. Talvez não terminar esse relacionamento potencializasse ainda mais a sensação de abandono, A energia que eu costumava ter foi minguando, o brilho dos meus olhos apagou, e a dor parecia constante. No fundo, eu sabia que o tempo curaria algumas dessas feridas, a estoicidade poderia me blindar contra algumas dores, mas havia algo em mim que clamava por uma cura mais imediata, mais intensa, algo que apenas o tempo não poderia fornecer. Era sexo, sempre foi SEXO e não do tipo “auto-amor” que eu promovia toda noite.
Eu me lembro de estar deitado no escuro realizando meu ritual diário buscando alguma dopamina/endorfina (que é um jeito técnico para dizer que estava tocando meu pau enquanto buscava a pornografia que iria me fazer gozar). Foi então que você entrou na minha vida.
O seu NICK, você se lembra? Ele me intrigou tanto que eu interrompi a minha terapia antiestresse para te mandar uma mensagem. A personagem que você escolheu como máscara já contava um pouco sobre você, a verdadeira você.
Quando você me respondeu eu ainda desconfiava que tamanha Sincronicidade só poderia ser de um homem se passando por mulher, você não chegou com promessas ou grandes gestos, mas com uma compreensão silenciosa e sua sinceridade e a sua perversão aqueciam meu coração e outras partes do meu corpo. A conexão entre nós foi imediata, e, por mais que você tentasse resistir, no fundo você sabia que eu também era a cura para o SEU problema.
Naquela noite, enquanto nos aproximávamos um do outro, senti algo que não experimentava há muito tempo, uma faísca de vida reacendendo dentro de mim. Para te impressionar, eu busquei todas minhas qualidades, você ao contrário tentava me dissuadir jogando todas os seus defeitos. Sem a gente se dar conta, nós nos atraíamos de uma forma muito perigosa.
Todo aquele sexo reprimido, enjeitado e acumulado, eu jogava em você através dos meus textos, você os aceitava, os apreciava e os potencializava, adicionando os seus fetiches, suas vontades, dois tarados solitários se amavam através de seus dedos, telas e textos silenciosos madrugada afora.
Em nossos textos, a vida, sexo e amor, nossas verdadeiras identidades eram irrelevantes, nossas conversas ficaram mais profundas e aquele drink de afeto, luxuria e intimidade causaram uma sede ainda maior, eu comecei a contar os dias, as horas, agora o tempo tinha sentido, ele se estendida lentamente durante o dia e passava em um piscar de olhos durante a madrugada.
O limite do meu tesão e da minha perversão aumentaram exponencialmente, nossos fetiches se misturaram, mas a necessidade física só piorou, novas vontades aceleravam meu coração, suas taras invadiam o meu repertório e você se tornava uma obsessão.
Eu tive finalmente a coragem de sair do meu casamento e mesmo tendo que começar tudo de novo, você estava comigo e antes de cair ainda mais rápido no mesmo abismo escuro, você que sagazmente já havia descoberto minha identidade e veio até mim, atravessando o oceano para curar o meu corpo e a minha alma.
Quando abri a porta a sua chama incendiou o meu coração de carvão instantaneamente, a escuridão desapareceu, você trazia consigo uma energia que eu não sentia há muito tempo. O silêncio entre nós dizia mais do que qualquer palavra. Nos abraçamos, e senti como se um peso estivesse sendo retirado dos meus ombros, ao mesmo tempo sabia que no momento que aquele abraço terminasse, nossas vidas não seriam mais as mesmas. Então eu fiquei ali te apertando, sentindo o seu calor com meu corpo, o seu olor com meu olfato.
Te apertei no intuito de combinar sua imagem e minhas expectativas com a realidade. Tive medo de você se decepcionar com o meu EU verdadeiro, nesse momento, ainda abraçados, tremendo, nos afastamos um pouquinho para nos apreciarmos de pertinho, e comecei a te comer ali, primeiro com os olhos, depois com a língua, a até com minha perna que já se metia entre as suas.
Meu pau preso em minha roupa, estava tão duro que doía, meu desejo era tão forte que era perigoso, eu puxei seus cabelos para trás e enfiei minha mão direto em sua boceta, esfregando rispidamente o seu clítoris por cima da calcinha. Mesmo doendo você sorria devassamente. E respondeu soltando meu cinto e agarrando o meu pau.
A gente já tinha simulado isso diversas vezes em nossas conversas, nosso devaneio estava se tornando real, então eu disse:
— Clémentine, preste atenção, eu não vou me segurar mais, só vou parar se você falar assim: "EU TE ODEIO", Qualquer outra coisa que você disser eu não vou parar, você entende?
— Eu entendi, eu confio em você, e eu estou contando com isso. Eu vim aqui para isso. você disse.
Eu te trouxe para dentro da minha nova casa, praticamente vazia só com algumas caixas. Não passamos da sala, pois nem colchão eu tinha ainda, então eu te empurrei para o sofá cama, você se deixou cair, e falou:
— Ah você vai fazer igual aquele conto?
— Não. Respondi friamente, levantando seu vestido.
Eu não havia percebido sua meia-calça até então, sem muito pensar eu a rasguei brutalmente para alcançar sua bocetinha, e a bagunça que eu fiz deixou mais difícil de tirá-la, então eu a coloquei sua calcinha de lado para ter o total controle de toda sua virilha.
Eu nem pensei em respirar, afundei todo o meu rosto, eu te cheirei, chupei, lambi, beijei e mordi tudo que estava ao meu alcance, suas coxas, tendões, clitóris, lábios e cuzinho.
Eu não ia esperar mais, e depois de babar fartamente dentro da sua boceta, eu abaixei minhas calcas e a minha cueca e só de camisa (e sapatos, ridículo eu sei) eu rasguei sua calcina e coloquei suas pernas no meu ombro, encaixei o meu sexo no seu e fomos compartilhando a textura de nós dois.
Quando toquei seu fundo você arfava de tesão e pousava suas mãos em meu peito, era chegada a hora de te foder de verdade, com suas pernas presas entre meus braços e cabeça eu me debrucei sobre o seu corpo, expondo ainda mais sua bundinha. Eu agarrei seu pescoço e apertei enquanto eu descia meu cacete em você.
Seus gemidos eram sufocados pelos meus dedos em sua garganta, e eu podia sentir sua boceta se contraindo na medida que eu ia e vinha castigando seu cérvix. Nos intervalos para respirar eu te segurava pelas orelhas e mordia seu pescoço quanto a gente voltava a foder eu urrava como você era gostosa, desejada e como você era uma boa garota. Você gozou ruidosamente, eu continue metendo mesmo com seus espasmos e gemidos, eu simplesmente não conseguia me conter, eu sentia que nossas almas se fundiam enquanto nossos corpos se fodiam.
Eu percebi que até então eu achava que nosso sexo ia me curar extraindo uma espécie humor de bílis negra (como os antigos gregos), como se minha depressão fosse algo tóxico que precisasse sair para eu ser uma pessoa normal. Mas enquanto você gozava eu percebi que você me curava de outro jeito. Você transmutava essa energia negativa em desejo e ... AMOR. O humor negro se tornava fisicamente um humor branco dentro de meu saco, eu estava perto de gozar.
Eu tirei o meu membro de sua boceta e me movi para frente, e em busca de seu rosto e fodi sua boca sem piedade, você colocou a língua o máximo que você conseguiu para acomodar meu pau em sua boca, mesmo assim eu sentia a resistência dos seus músculos e dentes.
Eu gritei:
Clémentine, eu te amo! e mesmo gozando, eu metia em seus lábios o meu membro duro, te entregando todo meu amor e desejo materializado em leite de homem. Você segurava a minha bunda para ir mais fundo, engolindo todo o meu esperma com o seu rosto enterrado na minha virilha.
Eu me levantei e você ainda estava deitada, fazendo movimentos com o maxilar, eu pude notar um pequeno arroto que você tentou esconder, meu coração estava mais leve, mas o meu corpo ainda estava ligado, eu ainda tinha mais amor para dar, e procurei uma caixa no meio da bagunça da mudança, de lá eu peguei um lubrificante e um vibrador que você mesma me ajudou a escolher para tentar esquentar o meu casamento antes do fim, mas minha ex-mulher nunca os quis usar. Na caixa ainda tinham alguns outros acessórios. De outro lugar eu peguei uma corda, durante esse processo você terminou de tirar toda a sua roupa e me seguia com os olhos, ainda bem excitada pois você espremia seus peitinhos e mordia os lábios.
Eu tirei minha blusa e os sapatos, ficando nu também e me aproximei de você, te chamando com os dedos, você veio andando de joelhos sobre o sofá cama, eu me abaixei para te beijar mais uma vez, um beijo mais sóbrio, molhado, barulhento, embeiçado. Quando eu estava satisfeito, me concentrei nas ferramentas que estavam nas minhas mãos, você sugou meu mamilo, não chegava a doer, mas eu sentia uns choques.
Eu segurei suas mãozinhas delicadas e as amarrei por trás de você, dei um laço em cada uma das suas coxas, abaixei sua cabeça no meu travesseiro e cerrei o limite que você poderia se mexer, quanto te levantei pelo quadril você ficou de bunda para cima, joelhos na cama, sem apoio, e quase sem movimento, com o rosto afogado no cheiro do meu travesseiro.
Seu corpo estava completamente exposto e vulnerável, eu beijei os seus lábios íntimos e seu grelo, mas não por muito tempo, eu queria logo testar o brinquedo, e deixei o sugador de clitóris fazer o trabalho dele, já a outra ponta (estilo Bullet) eu coloque dentro da sua boceta, você vibrava com o estímulo, e eu que sou tarado por cu, não pude deixar de caprichar em um beijo grego, mas eu praticamente só fiquei parado, o seu rebolado já fazia com que cada preguinha ganhasse minha atenção.
Eu tomei meu tempo para te tocar bastante, estudando todo o seu corpo e seus movimentos, você já dava sinais de outro orgasmo, dito e feito, mas dessa vez seu corpo estava contido então foi mais discreto, tive a impressão de que você soltou um xixizinho, tirei o vibrador e fiquei segurando só a parte do bullet na minha mão sobre o seu clitóris.
Coloquei meu pau em sua boceta novamente, estava tão quente que parecia que você estava com febre, você estava mais apertada e mais macia, como se estivesse inchada por dentro, eu podia sentir o vibrador do lado de fora, ligado no máximo. Fui aplicando o gel gelado bem em cima do seu anelzinho, largando a bisnaga, eu usei o meu dedão livre para aplicar o lubrificante dentro de você.
Chegou o momento, eu tirei meu pau lentamente de sua buceta, você já foi falando em um tom manhoso:
— Rei (não é o meu nome), agora chega, vamos descansar. Eu não respondi e coloquei o Bullet dentro da sua boceta, continuando o que eu estava fazendo.
Nãããuuuum, não, não, nããããuuuum....
— Rei, por favor, hoje não, eu não estou pronta.
— Eu vou te enrabar Clémentine. Respondi friamente.
— Não eu não quero!
— Clémentine eu vou comer o seu cu agora. E me levantei para colocar a cabeça do meu pau (com a pele fechada) bem no meio do cuzinho laceado pelo meu dedão.
— Não, não!
— Se você mexer vai doer mais.
— Por favor para Rei, eu não quero.
— Você gosta de mim (testei nosso acordo prévio)?
— Sim eu te amo.
Eu forcei meu pau naquele buraquinho, estava muito lubrificado e escorregadio, mesmo assim parecia muito apertado e eu só o cutuquei para dentro, mas nada entrou.
— Nãããuuuum, e começou a chorar.
Meninas se vocês não querem dar o cu, falar que nunca fizeram anal não é uma boa estratégia. Pelas nossas conversas a gente discutiu bastante as nossas experiências e vontades e agora era a hora. Claro que eu não queria causar uma má experiencia logo no primeiro dia dos restos de nossas vidas, mas eu queria inaugurar um novo caminho para gente, diferente de tudo que a gente tinha vivido.
— Clémentine, agora eu vou fazer igual aquele outro conto. Eu disse.
Você parou de chorar e mudou a expressão. Pude sentir no meu membro o seu esfíncter me dando um beijinho. Bem posicionado a cabeça entrou e você se assustando, tentou fechar o rabo por reflexo. Já era tarde. Eu me deitei sobre o seu corpo, mantendo a pressão.
Eu mordi suavemente sua orelha, e falei no pé do seu ouvido entre beijos e palavras:
— Isso Cléme, que boa menina você é, que gostoso, me receba, isso... você está me dando muito prazer, Ah, que gostoso...., falando isso eu fui devagarinho colocando todo o meu cacete dentro de você. Um novo jeito de nós nos encaixarmos havia sido descoberto.
— Quando você estiver pronta você me avisa, viu? Você é incrível. A gente podia sentir o vibrador dentro, tremendo, eu evitava até pulsar o meu pau, para não causar nenhum desconforto desnecessário.
Você estava bem concentrada, e de repente começou a esfregar seu corpo no meu, estávamos lambuzados e suados, estar assim com você era a melhor sensação, eu segurei nas suas ancas e descolei meu peito das suas costas, te fodi apaixonadamente, atento ao seu prazer também, para mim, aquele momento expurgava todas as mágoas vividas por mim até aquele instante. Só você podia me curar, a sua oferta ao nosso amor era um privilégio.
Quando me dei por mim, estava gozando, gemendo e chorando, ouvindo você gemer chorar e gozar. Eu tirei o vibrador, e soltei as cordas, quando nossos corpos finalmente descansaram, lado a lado, eu senti uma paz que há muito não sentia. Nós acariciávamos, e você olhando para mim com um sorriso suave, sabia o que havia feito por mim. Eu estava mais leve, mais tranquilo, como se todas as minhas preocupações tivessem sido afastadas, mesmo que por um momento.
Te tocar e ficar juntinho, cuidar de você (das marcas que eu causei), te banhar, até só ficar te admirando até você dormir, foi a melhor experiencia da minha nova vida. Esse dia será para sempre o marco para onde eu sempre posso correr.
O mais engraçado foi encontrar suas malas do lado de fora no dia seguinte, ainda do lado de fora da casa, do lado do pacote da Amazon.
Eu senti como se algo dentro de mim tivesse mudado. Ainda havia desafios a enfrentar, mas agora eu tinha uma nova força, uma nova esperança uma verdadeira aliada. Eu sabia que não estava sozinho, que havia alguém ao meu lado que me amava incondicionalmente, e que juntos poderíamos encontrar a cura que ambos precisávamos.
Esse foi só o começo.