A noite seguiu com Dona Celeste e seu marido recebendo os parentes. Todos estavam muito felizes, conversando animadamente na sala. Quando Celina, a irmã de Celeste, com sua voz jovial e calorosa, avistou Marinalva, não poupou elogios: "Nalva! Que bom te ver, minha flor!"
Marinalva, tentando esconder a confusão que ainda sentia por dentro, esboçou um sorriso discreto. Era querida por todos ali. Conhecia aquela família há tanto tempo que quase se sentia uma parte dela. Mas hoje, aquele ambiente tão familiar parecia opressivo. A cada segundo desejava mais e mais que a noite acabasse, que pudesse sair dali e se afastar da confusão que girava em sua mente.
Marcos, felizmente, ficou a maior parte do tempo no quarto com os primos, longe de sua vista. Porém, durante o jantar, ela teve que enfrentar sua própria inquietação. Dona Celeste a chamou para se juntar à mesa, como sempre fazia, e, por educação, Marinalva aceitou. Mas o estômago estava embrulhado, e ela mal conseguia comer. Seus olhos desviavam constantemente, apesar de sua vontade de se controlar, para o outro lado da mesa, onde estava o menino.
Ele ria e conversava animadamente com os primos e tios, parecendo ter esquecido os acontecimentos da manhã e nem percebido os de pouco tempo atrás. Marinalva o observava, tentando não ser óbvia. Vê-lo ali, tão despreocupado, trouxe uma torrente de lembranças à tona, fazendo-a se sentir ainda mais culpada. Lembrou-se dele pequeno.De como cuidou dele tantas vezes e como o viu crescer. E agora, aqui estava ele, um jovem tão bonito e educado, que ainda a chamava de "Nalva" com aquele tom carinhoso. Mas a imagem de Marcos se masturbando no chuveiro, deixando seu nome escapar de seus lábios no momento do gozo, não saia de sua cabeça. Ela apertou o guardanapo nas mãos, tentando sufocar a onda de calor que subia pelo pescoço.
"Ô, meu fio... Será qui ele já fez isso outras vezes, pensano em mim?”, a pergunta, um misto de vergonha e uma curiosidade incontrolável, não parava de martelar em sua cabeça.
A cada vez que seus olhos se encontravam com os dele, por mais breve que fosse, sentia uma pontada de nervosismo e, ao mesmo tempo, uma estranha e incômoda excitação. Um turbilhão de pensamentos e sentimentos conflitantes.
O jantar se estendeu por mais tempo do que ela esperava. A conversa fluía solta, cheia de risadas e histórias compartilhadas, e apesar de todos estarem visivelmente cansados, ninguém parecia ter pressa de ir embora. Mas quando finalmente as visitas se despediram e a casa começou a se aquietar, já era bem tarde. Marinalva estava na cozinha, guardando os últimos pratos lavados, quando Dona Celeste se aproximou.
“Ah, Nalva, larga isso aí, mulher. Amanhã eu termino. Já tá muito tarde,”, olhando pela janela para o escuro da rua lá fora. “Você não vai pegar ônibus essa hora, né?”
Marinalva, que já estava ansiosa para sair, ficou meio sem jeito. “Ah, Mulhé, num precisa preocupá, não? Eu vou rapidinho, só pego o ônibus ali na esquina.”
Celeste cruzou os braços e franziu a testa. “Nem pensar, Nalva! Qué isso?!? Já passa das onze. E o Antônio? Ainda tá na estrada?”
Ela suspirou, tentando não demonstrar a saudade que sentia. “Tá sim, Dona Celeste. Ainda tem uns dias pra ele voltá. Mas não tem problema não, viu? Eu me viro.”
“Mais um motivo pra você ficar, mulher. Já que o Antônio não tá em casa, você fica aqui. Amanhã toma café e vai pra casa. É mais seguro”
Marinalva tentava a todo o custo encontrar uma desculpa. “Mas... eu nem trouxe roupa, mulhé...”
Dona Celeste sorriu com simpatia, balançando a cabeça. “Deixa de frescura, Nalva! Eu te empresto uma camisola. Melhor do que sair agora na rua escura, arriscando encontrar sei lá o quê.”
Marinalva hesitou, olhando para o chão. Ela sabia que Dona Celeste estava certa, mas sua mente ainda estava tomada pelos acontecimentos de mais cedo. O quarto de hóspedes estava vazio, e ela já havia dormido ali em outras ocasiões. Mas o quarto era colado ao de Marcos. Só uma parede os separava. Os pais dele dormiam quase do outro lado da casa. Aquilo só a deixava mais nervosa.
“Tá bom, intão... Eu fico,” murmurou, a contra-gosto.
Celeste sorriu feliz e aliviada e as duas foram buscar camisola. Ela olhava ao redor, sentindo-se desconfortável. Não queria admitir, nem para si mesma, o que a incomodava tanto.
“Ó, essa aqui deve te servir bem.”, disse a patroa, entregando-lhe a peça. Marinalva pegou a camisola e agradeceu. As duas se despediram com um beijo no rosto e ela tomou o rumo do quarto de hóspedes. Sentia a tensão no ar, os pensamentos rodopiando na mente. Precisava de um banho para se acalmar. Abriu o chuveiro e deixou a água quente escorrer pelo corpo, tentando lavar parte da tensão que ainda a tomava. O vapor preenchia o pequeno espaço, envolvendo-a num abraço de calor, mas sua mente ainda fervilhava. Os pensamentos insistiam em voltar para Marcos. Ela fechou os olhos, tentando afastar a imagem. Ao sair do banho e se secar, sentiu o tecido macio da camisola rosa. Era uma das novas, de seda, que escorregava pelo corpo com suavidade. Dona Celeste sempre se preocupava com o conforto dos outros, e não hesitava em oferecer o que tinha de melhor. Ao vestí-la, se aproximou do espelho de corpo inteiro que ficava no canto e por um momento parou para se olhar de verdade.
Ela nunca se achara bonita. A vida inteira ouvira que tinha uma beleza comum, e até isso parecia um exagero, quando se comparava as outras mulheres de sua cidade natal, no Ceará. E agora, aos cinquenta e quatro anos, cada linha cravada em seu rosto contava histórias de uma vida de trabalho árduo, que não tinha tempo para vaidades. A pele negra áspera, sem o brilho dos cremes caros que Dona Celeste usava, carregava o peso de quem nunca teve o luxo de poder cuidar de si. Sempre se olhara no espelho enxergando aquela imagem dura e rústica. Mas agora, se sentia diferente.
Embora seu rosto nunca tenha chamado a atenção dos homens, mesmo na juventude, com seu corpo a história era diferente. A generosidade da genética familiar desde cedo se revelou em suas formas curvilíneas e bem distribuídas. E apesar das marcas da idade, como rugas, estrias e uma ou outra celulite, as pernas ainda eram grossas e bem desenhadas e os braços firmes e sem flacidez. Seios na medida certa e uma cintura bem torneada, apesar de uns pneuzinhos discretos e uma barriguinha levemente protuberante, mostravam uma beleza de mulher madura, de carne e osso, real. Não era um corpo como daquelas dondocas, esculpido numa academia, mas sim de quem se manteve ativa, vibrante, pelo peso da rotina.
Mas a bunda… Ah, aquela bunda. Essa sim sempre atraiu e ainda atraía olhares famintos e elogios, até mesmo de outras mulheres como a própria patroa. Dona Celeste costumava brincar que nem se exercitando todos os dias, conseguiria ter um rabo daqueles. O tempo pode ter até levado boa parte da firmeza, mas não tirou o formato arredondado e a carne generosa que parecia pedir para ser admirada. Cada curva ficava ainda mais deliciosa nas calças justas que Marinalva achava tão confortáveis. O tecido esticava, moldando-se perfeitamente às formas, salientava o volume que se destacava ainda mais quando, involuntariamente, a costura se enterrava na racha, delineando, sem pudor, toda a tentação daquela carne macia.
Agora, vestindo aquela camisola, que ficou um pouco curta devido a patroa ser um pouco mais baixinha que ela, Marinalva estava um espetáculo vista de costas. O tecido aderiu ao seu corpo, abraçando e valorizando suas curvas generosas. Cobrindo até um pouco abaixo da cintura, deixava parte da calcinha e a polpa daquela bunda gostosa sensualmente á mostras.
Diante daquele espelho, ela se permitiu sentir algo mais que indiferença. Sentiu satisfação. Passou os dedos pelos cabelos curtos crespos, ajeitando de um lado para o outro, brincando com estilos e poses. Um pequeno sorriso, um olhar insinuante. Virava o corpo, arrebitando o quadril para acentuar ainda mais o bumbum. Ficou um tempo entretida, admirando aquela beleza que não se rendia aos padrões. Uma beleza só dela.
“Até que a véinha ainda dá um caldinho.” — pensou, rindo para si mesma.
Sentindo-se estranhamente satisfeita, ela deu um suspiro e decidiu que era hora de se deitar. Terminou de secar os cabelos e se deitou na cama, apagando as luzes e cobrindo-se com o lençol.
Mas não conseguiu relaxar. Aquele calor... É. Aquele que inconvenientemente aparecia toda noite, na hora de dormir, desde que a bendita menopausa começou, deu as caras novamente.
Nos últimos tempos, parecia que essa euforia interna a tomava de repente, às vezes sem motivo algum, mas sempre com a mesma intensidade. Era como se o corpo, que deveria estar mais calmo e desacelerado nessa fase da vida, estivesse em constante estado de alerta e fome. E agora, depois do que havia acontecido mais cedo, a sensação era quase insuportável. Uma mistura de nervosismo e algo mais forte, mais íntimo.
“Ai, meu Pai du Céu... Isso num tem mais jeito, não...”, ela murmurou para si mesma, tentando se distrair.
Marinalva virou de lado, tentando afastar aqueles pensamentos, mas o desejo que a havia consumido mais cedo não desaparecia. Fechou os olhos com força, mas logo se pegou mordendo os lábios e se esfregando nos travesseiros. A camisola, que inicialmente parecia tão confortável, agora parecia pesar sobre sua pele sensível. Se remexia, incapaz de encontrar uma posição que a acalmasse. A respiração ficava mais pesada.
A lembrança de Marcos, seus movimentos, do som da água e de seu nome escapando dos lábios dele no momento de prazer máximo, voltou a invadir sua mente como uma onda. O calor aumentava, espalhando-se por todo o corpo, queimando de dentro para fora. Ela respirou fundo, tentando se concentrar em algo diferente, mas era inútil. O desejo já a havia dominado.
“Era só u qui mi faltava... Depois di véia ficá com essas safadeza....”, pensou, com uma mistura de humor e frustração. Mas não conseguia parar com aquilo. E a proximidade do quarto de Marcos a incomodava. Tentou se distrair, mas a mente não cooperava. As paredes entre os quartos eram finas e ela começou a ouvir sons. No início, eram apenas murmúrios baixos, mas logo se tornaram mais audíveis, como gemidos. Atormentada e já irracional, decidiu se levantar da cama e encostar o ouvido na parede. Agora tinha certeza que eram gemidos de prazer. Marcos estava outra vez se entregando à sua satisfação íntima.
“Valei-me, Deus!”, murmurou para si mesma, já eufórica. “Esse menino não se cansa de batê punheta !?!?”
Se afastou da parede. A respiração ofegante e a mente cheia de pensamentos conflitantes. Pensava no marido, que deveria estar em casa para confortá-la e ajudá-la a lidar com esses sentimentos.
“Si ele tivesse voltado, eu num teria precisado ficar aqui.”, suspirou desiludida. A lembrança da ausência prolongada de Antônio lhe trazia uma sensação de frustração e desejo reprimido.
O calor interno que ela sentia já era insuportável. Cada vez que fechava os olhos, o som dos gemidos e a imagem de Marcos voltavam a sua mente. Desesperada, Marinalva se levantou da cama, e sem controle saiu do quarto. Ela caminhou para o corredor, movida por uma mistura de curiosidade e desejo. Parou em frente à porta do quarto de Marcos, o coração quase soltando do peito. O som dos gemidos, agora ainda mais audíveis.
“Mulhé piranguera! Qui que eu tô fazeno?”, repreendeu a si mesma, na esperança de cair na real e voltar pra sua cama, mas não conseguiu. E o que fez foi exatamente o contrário. Se aproximou mais da porta, com as mãos tremendo e encostou o ouvido. Sabia que estava ultrapassando um limite seríssimo, mas o tesão era mais forte que tudo.
“Ai, Satanás dos infernu!!!”, esbravejou em sua mente, abrindo uma fresta da porta. A visão que encontrou a deixou sem palavras. Marcos estava sentado na beirada da cama, completamente absorto em sua própria ação, se masturbando vigorosamente.
“Oxi, meu Pai!?!?”, exclamou em um sussurro, o choque evidente em sua voz. “O meninu tá si acabano...”
Apesar do escuro, seus olhos já haviam tido tempo de se acostumar à penumbra do corredor, conseguindo enxergar com clareza. Em uma das mãos ele segurava um porta-retratos, para qual olhava fixamente, e com a outra castigava com furor aquele pau duro, que Marinalva finalmente contemplou por completo. Rígido, brilhante, rosado e imenso.
“Aiiiiii... Valei-me, Deus!”, pensou. Sua mente girando enquanto seus olhos continuavam grudados na visão que tinha à frente.
Perguntava-se o que faria a seguir, imaginando se conseguiria encontrar uma maneira de lidar com aquela situação. Mas, por enquanto, estava ali, observando. Perdida entre a culpa e o desejo feroz. Pensando em como Marcos havia crescido, e como ele estava diferente desde a última vez que o viu com mais atenção.
“Esse menino tá todo lindo! Até o negócio dele é lindo!”, se pegou divagando lascivamente.
Com a empolgação ofegante, acabou se encostando involuntariamente na porta, que se abriu um pouco mais e fez um rangido baixo. O barulho fez Marcos se assustar imediatamente. Ele jogou o porta-retratos pro lado e, apavorado, se cobriu com o lençol, deitando-se rapidamente. Marinalva, em desespero absoluto, teve um impulso imediato de correr de volta para o quarto de hóspedes. No entanto, suas pernas pareciam coladas ao chão, e ela ficou paralisada atrás da porta. Mal conseguia respirar. Marcos, tentando se recompor e ainda um pouco confuso, olhou em sua direção e fez uma pergunta com um tom de voz preocupado.
“É você, mãe?”
A pergunta fez o coração de Marinalva afundar ainda mais. Estava quase em lágrimas. Sem outras opções, e com a voz trêmula, ela respondeu o mais baixo possível, tentando disfarçar sua angústia.
“Sou eu, fio. A Nalva.” ela disse, sua voz saindo quase como um sussurro.
A resposta causou um silêncio tenso no quarto. Marinalva sabia que agora a situação estava muito além de complicada e precisava encontrar uma maneira de resolver isso. Mas o desespero e a vergonha a impediam de pensar. Marcos, se escondendo ainda mais sob o lençol, tentava entender o que estava acontecendo. Como aquilo era possível? Ele olhou para a porta, com o coração batendo forte, e perguntou, com um tom de voz trêmulo e confuso:
“Nalva?!? O que foi?”
Marinalva manteve a voz tão calma quanto conseguiu. “Ah, Marquinho, eu... eu tava aqui, nu quarto du lado... Aí ouvi uns gemido...”, a preocupação em sua voz parecia exagerada, quase ensaiada. “Pensei que tú tinha se machucado...”
Marcos, ainda confuso, tentou esconder o embaraço. “Não, não, não é nada disso. Eu só... eu só tava...”
“Tu bem, meu fio. Num precisa explicar, não.” , ela o interrompeu, tentando domar a ansiedade que transbordava. Sentiu-se compelida a entrar no quarto, embora não soubesse se era o certo. Cada passo parecia um desafio hercúleo. “Eu só vim ver si tá tudo bem.”
Marcos tentou se sentar na cama, mas estava claramente envergonhado e desconfortável, tentando não passar mais vergonha: “Desculpa, eu... Eu não sabia que você tava aqui do lado.”
Sentindo agora uma estranha sensação protetora de compaixão, apesar da tempestade de emoções dentro de sua cabeça, Marinalva se aproximou mais e se sentou na beirada da cama. Marcos olhou para ela, e percebeu que estava vestindo uma das camisolas de sua mãe, mas foi incapaz de questionar sobre aquilo. A situação era desconcertante demais.
“É normal. Os meninu na sua idade fica fazendo essas coisas mesmo. Precisa ter vergonha não, fio.”, falou, entendendo como aquela situação também deveria estar sendo horrível pro menino. “Só tenta não fazer tão alto.”
Marcos, com um tom de voz envergonhado e baixo, respondeu: “Tá bom, desculpa.”
Quando estava pensando em um jeito de sair dali rápido, ela viu o porta-retratos que Marcos estava usando pra se inspirar. Estreitou os olhos, sentindo um incômodo estranho. Aproximou-se e pegou o objeto, estudando a foto com mais atenção.
Era um dos que Dona Celeste deixava na estante da sala. A foto fora tirada em uma viagem à praia que a família tinha feito no fim do ano retrasado. Marinalva e o marido foram convidados e levaram os filhos também. Mas havia um detalhe meio perturbador: Todas as pessoas da foto estavam tampadas com fita crepe, deixando apenas Marinalva visível. No dia ela usava um maiô bem comportado, mas que mesmo assim deixava suas formas bem visíveis. Aquilo a deixou estupefata, sentindo uma arrepio de indignação.
“Qui é qui tu tá fazendo com essa foto, Marquinho? O qui é isso, meninu?”, indagou com a voz tremendo.
Marcos congelou. O rosto pálido, o olhar arregalado. Tentou abrir a boca, mas nenhuma palavra saiu. O medo estava estampado em cada traço da sua expressão, como se tivesse sido pego no ato mais vergonhoso de sua vida. Marinalva, com os lábios comprimidos e os olhos agora severos, se aproximou mais. Sua mão ainda segurando o porta-retratos como se fosse uma prova condenatória.
“Marquinho, tú tá usando foto minha pras suas safadeza, meninu?!?”, indagou, num tom que denotava desprezo, mas também um estranho fascínio.
Marcos continuou sem reação. Seus olhos estavam fixos nos dela. O rosto estampava o pânico e a vergonha. Ele engoliu em seco, vendo Marinalva impiedosa encarando-o, esperando alguma explicação. O ar no quarto estava denso, carregado de tensão, o silêncio quase sufocante.
E ali, bem debaixo do lençol, a sua ereção permanecia teimosamente rija.
Ela de novo, como enfeitiçada, fixou os olhos naquele volume evidente. Podia até ver aquela coisa latejando ali debaixo. E começou a refletir no meio daquela cena dantesca. Um menino tão bonito. Com todas as menininhas novinhas e lindas atrás dele. Que podia ter qualquer uma. Até mais de uma se quisesse.
Mas quando estava sozinho, nos seus momentos mais íntimos de prazer, era nela que ele pensava. Na sua Nalva.
Esse reconhecimento despertou nela um orgulho inesperado, um misto de vaidade e algo mais profundo, quase proibido. Um arrepio intenso percorreu sua espinha, um tremor de prazer e surpresa que a fez sentir-se inesperadamente poderosa. Uma mistura de choque e excitação.
Um impulso incontrolável a dominou e sua mão se moveu por conta própria. Ela agarrou firme o membro de Marcos por cima do lençol, sentindo o calor e a pulsação em sua palma.
O contato fez os dois estremecerem. Marinalva apertava, deslizava, explorando cada centímetro coberto daquele volume pulsante, com o tecido fino do lençol amplificando a sensação. Marcos, em um estado de descrença, sentia o coração batendo tão forte que parecia ecoar pelo quarto.
“Ai, meu Deus do Céu! O que eu tô fazendo, meu Pai!? Se a Dona Celeste souber disso…”, pensou, apavorada. Mas, apesar do medo, algo em seu olhar ia e voltava entre os olhos intensos de Marcos e o volume que ela massageava com um fascínio crescente. Aquele tecido criando uma fricção deliciosa, com cada movimento dela ficando um pouco mais ousado, hora delicado e suave, hora com força e brutalidade.
“Por que tá duro assim???”, deixou escapar de seus lábios, quase como um gemido, sem se dar conta da resposta óbvia. Marcos nem sequer tentou responder. Seus olhos arregalados alternavam entre encarar a expressão de Marinalva e assistir suas mãos manipulando-o. Estava perdido em um turbilhão de perplexidade, excitação e constrangimento.
Foi quando ela parou. Uma fagulha extra de audácia se acendeu em seu olhar. A hesitação dando lugar a uma determinação crua. Com um movimento rápido, puxou o lençol de uma só vez, lançando-o para o lado. O pau de Marcos se revelou por inteiro. Rígido, pulsante, como uma provocação silenciosa naquela penumbra. Marinalva recuou por um instante, fascinada. Observando cada detalhe, praticamente venerando aquela exibição de juventude e vigor. A espessura, as veias salientes que traçavam caminhos sinuosos pela pele esticada, o brilho úmido na cabeça vermelha que parecia chamá-la.
O desejo queimava nela como nunca antes, e seus dedos tremiam. Estendeu as mãos com firmeza, agarrando, sentindo o calor e a pulsação daquele membro, agora sem nada entre sua pele e a dele. Seus dedos o envolveram com uma mistura de força e suavidade, e então ela começou a masturbá-lo de verdade, os movimentos rápidos, instintivos, guiados pelo ritmo frenético de seu próprio coração. Estava completamente absorta. Cada movimento de sua mão ampliando a sensação de dominadora. Marinalva sentiu-se inflamada e a sua excitação de Marcos era tão evidente quanto a dela, uma febre que se espalhava por cada centímetro de pele. O líquido viscoso e quente que escorria do membro rijo, já lavava a sua mão com uma abundância sedosa, convidando-a acelerar mais. O vai e vem criava um som úmido e ritmado, como se estivesse espremendo uma esponja molhada.
Ela não desviava mais o olhar de seu rosto, fascinada, bebendo cada expressão de prazer que desabrochava ali. Sentia uma satisfação quase perversa em saber que era ela quem estava proporcionando tanto deleite ao seu menino. Havia algo inebriante em ver o corpo jovem e quente de Marcos completamente entregue ao toque das suas mãos, a boca entreaberta, o rosto antes pálido agora tingido de prazer extremo. Seus olhos se cerravam como se estivesse à beira de um êxtase profundo, e todo o seu corpo tremia em resposta ao ritmo frenético que ela imprimia, como se cada movimento fosse um golpe certeiro que o lançava mais e mais fundo na espiral do prazer. Um rio escorregadio de excitação corria entre suas pernas. Sua buceta estava tão molhada, que ao se mover, os lábios se roçavam, fazendo-a tremer. Uma sensação que nunca experimentara ao “servir” Antônio.
E cada segundo daquilo também era um golpe em sua própria consciência, uma culpa que queimava como uma chama. E nesse paradoxo cruel, ela se encontrava presa — culpada e desejosa, devota e pecadora, incapaz de parar.
Finalmente, ao sentir aquele frenesi masculino, familiar e intenso no rapaz, ela soube que o clímax estava prestes a explodir.
“Vai gozar, fio?”, sussurrou então para ele, a voz quase um lamento, enquanto continuava a estimular freneticamente aquele membro vigoroso.
Marcos, perdido em uma dança de gemidos e movimentos convulsivos, balançou a cabeça em um gesto afirmativo. Mas, sentindo uma tensão crescente nos músculos do pulso, Marinalva diminuiu um pouco o ritmo, suavizando o toque. Imediatamente, Marcos balançou a cabeça negativamente, com uma intensidade quase desesperada, os olhos cheios de súplica.
“Não pára!!! Por favor... ” , sussurrou entre gemidos, numa súplica que carregava o peso do prazer que estava prestes a se liberar.
Marinalva então se esforçou para recuperar o ritmo. Seus movimentos retornaram à velocidade e potência de antes. Sua mão deslizando e apertando com uma força que parecia consumir cada centímetro daquele pau grosso e voraz.
“Assim tá bom?”, perguntou, o tom desesperado e carregado de desejo.
Marcos, completamente submerso em uma tempestade de prazer, perdeu a capacidade de formular qualquer resposta, seja verbal ou não. Seu corpo convulsionou incontrolavelmente. Tentou até avisar Marinalva que estava gozando, mas apenas conseguiu emitir um urro entrecortado e ofegante. Explodiu em jorros intensos e incontroláveis. O sêmen quente e espesso esporrou com força. Uma... Duas... Três... Quatro... Cinco vezes, atingindo Marinalva e sujando toda a cama. Ela, inicialmente assustada com o volume e a força do fluxo, sentiu um choque momentâneo. Contudo, mesmo com a surpresa repentina, seus movimentos não cessaram. Continuou a punhetar Marcos, sentindo a pulsação e o calor do esperma em suas mãos.
O menino, ainda em um estado de completa rendição, relaxou, respirando profundamente para recuperar o fôlego, enquanto ela ia diminuindo a velocidade e, finalmente, parou. O silêncio da noite envolveu o quarto mais uma vez. A luz suave do luar filtrava-se pelas frestas da janela, iluminando o rosto de Marinalva com um brilho etéreo. Ela ainda segurava o membro de Marcos, aquecido e pulsante em sua mão, enquanto ambos permaneciam ofegantes, com os olhares perdidos no vazio. Direcionou então o seu olhar para o “seu menino”. Tão lindo e vulnerável, espalhado na cama.
“Eu ti machuquei, fio?”, a preocupação era evidente em sua voz, tingida de ternura.
Marcos, com os olhos ainda pesados e ofegantes, encarou a mulher que conhecia há tanto tempo, mas que, naquele instante, parecia uma Deusa, estranha e distante.
“Não, Nalva.” — respondeu com timidez e um olhar cheio de admiração.
Marinalva sorriu para ele com um misto de carinho e toque maternal. Pegou o lençol sujo da cama e começou a limpar Marcos, com uma delicadeza cuidadora. Depois de se limpar também, foi até o guarda-roupa e retirou um lençol limpo. A nova camada de tecido caiu suavemente sobre ele como uma promessa de conforto. Passou a mão por cima do lençol, em um gesto de despedida carregado de uma calma reconfortante e um cuidado íntimo e profundo.
“Eu vô voltá pro outro quarto agora, tá, fio? Boa noite!” — murmurou, levantando-se e ajeitando a camisola.
Marcos a observava em um silêncio reverente. Seus olhos percorrendo cada linha de sua silhueta, delineada pela penumbra do quarto. Marinalva jamais imaginaria, mas desde os primeiros sinais de sua sexualidade, quando atingiu a puberdade, ele nutria fantasias intensas e proibidas sobre ela. No começo, eram apenas imagens juvenis, inspiradas nas histórias estereotipadas de empregadas e patrões que estampavam as páginas das revistas de sacanagem que ele e os amigos devoravam em segredo. Mas, com o tempo, algo mais profundo cresceu dentro dele.
O carinho que sua Nalva sempre lhe dedicou, combinado com a atração irresistível por aquele corpo maduro, o mantinha em um estado quase constante de excitação. Sempre que tinha oportunidade, Marcos se escondia nos cantos da casa, observando-a em silêncio enquanto ela fazia seu serviço. A cada vez que ela se abaixava ou se posicionava de quatro, destacando ainda mais aquela bunda gostosa, seu desejo fervilhava, alimentado pelos movimentos despreocupadamente sensuais, quase pornográficos, que ela fazia ao esfregar, limpar ou ajeitar algo, como se seu corpo fosse uma provocação viva e inconsciente de pura luxúria.
O pau do pobre menino quase batia no teto.
Quando mais cedo, à mesa de jantar, ela se perguntou se ele já havia pensado nela antes, enquanto se masturbava, mal sabia Marinalva que cada punheta de Marquinhos, desde o seus 12 anos, era devotada à sua imagem.
Agora, no escuro, vestida com a camisola da sua mãe, ela parecia uma visão divina. Era de fato uma deusa, feita para ser adorada. O tecido delineando seu corpo com uma sutileza provocante enquanto andava até a porta. Marinalva lançou um último olhar para Marcos, antes de sair e os olhos do menino refletiram aquilo que ele já não conseguia e nem mais queria ocultar.
“Fica mais um pouco, Nalva?”, suplicou a ela, como uma criança que pede mais uma história antes de dormir.
Marinalva hesitou, castigada pelo peso da culpa que a perseguia como uma sombra. Sua mente gritava: “Vai embora, mulhé! Sai desse quarto, Satanás!” Mas, ao encontrar o olhar suplicante de Marcos, tão desamparado, ela deu um passo de volta, tentando justificar a própria decisão.
“Ô Marquinhu, meu fio... É melhor não. Alguém pode vir aqui. Sua mãe...”, sua voz tremia, o conflito entre o desejo ardente e a moralidade acendendo uma batalha feroz em seu peito. Marcos parecia implorar silenciosamente por um sinal, um gesto de que ela não o deixaria ali, sozinho, à mercê de seu anseio.
“Ninguém vai vir, não. Deita aqui comigo só um pouquinho?” ele insistiu, a voz tímida embargada de desejo.
Relutante, ela disse a si mesma que daria apenas um último “boa noite” e voltaria para o quarto de hóspedes. Mas o fogo incontrolável que ainda ardia em sua intimidade falou mais alto, a seduzindo de volta à cama de Marcos. Deitou-se ao lado dele, apoiando a cabeça nas mãos, e ambos permaneceram em silêncio, enquanto o quarto parecia imerso em uma tranquilidade carregada de emoções não expressas.
Talvez não houvesse palavras suficientes para o momento, ou talvez a vergonha e a consciência de que nada a ser dito poderia mudar o que já havia acontecido. Mas, com um suspiro entrecortado e uma determinação que parecia desafiar seu próprio pudor, Marcos quebrou o silêncio.
“Você ficou muito linda nessa camisola,” disse ele. Os olhos fixos nos de Marinalva com uma intensidade que a pegou de surpresa.
Maravilhada e um pouco insegura com o elogio inesperado, ela respondeu com um brilho de felicidade:
“Ô, fio... Tú achou mesmo?”
Marcos, com um olhar que refletia a profundidade do que estava sentindo, respondeu com sinceridade: “Linda demais! De verdade.”
A expressão de Marinalva foi um reflexo da sensação que aquelas palavras trouxeram, reafirmando sua própria sensação de poder e atração. O calor entre eles parecia intensificar-se, alimentando o desejo e a conexão que compartilhavam. Cada respiração parecia um clamor silencioso por permissão, um convite não verbalizado. Ambos tinham, àquela altura, plena certeza do que desejavam fazer, mas nenhum deles se atrevia a romper aquele véu de constrangimento.
Marinalva deu então um primeiro passo, por assim dizer, fazendo um carinho terno no cabelo de Marcos. Ele a fitou com uma seriedade inesperada e, num impulso carregado de desejo, a beijou. Ela não se afastou; em vez disso, entregou-se ao beijo, percebendo rapidamente que, apesar da intensa excitação do rapaz, ele estava tão nervoso que se esqueceu ou mesmo não sabia, que num beijo se usa a língua. Ela então guiou o ato, mergulhando a língua na boca dele com uma mistura de luxúria e domínio, já totalmente consciente de seu papel ali: A mulher experiente diante da juventude inocente de um jovem. Era como um tango sensual. As línguas dançando em um ritmo íntimo, ora dentro, ora fora de suas bocas.
Enquanto seus lábios exploravam um ao outro, Marinalva começou a percorrer com a mão pelo corpo esculpido de Marcos, seus dedos finalmente encontrando o membro rígido e pulsante, tão vigoroso como antes. A certeza daquela virilidade, mesmo após um orgasmo tão recente, preencheu Marinalva com uma sensação colossal de satisfação. Não haviam menininhas novinhas e bonitinhas. Para aquele menino ali, era somente ela a fonte de seu desejo intenso. A responsável por aquele tesão incansável. Uma prova de que, mesmo cinquentona, ela ainda era uma mulher desejável para um jovem de apenas 17 anos.
Com um gesto decidido, ela se posicionou de joelhos sobre Marcos, seus movimentos carregados de uma urgência quase primal. O calor e a antecipação de se sentar sobre aquele membro delicioso provocavam um frenesi que ela nunca experimentara nem mesmo nos momentos mais intensos com Antônio, seu marido.
Puxou a aba da calcinha para o lado, e com uma mão trêmula, guiou aquele membro rígido até os lábios quentes e úmidos de sua buceta. Marcos permanecia imóvel, totalmente absorvido pela excitação e incredulidade. A fantasia que ele alimentava há tanto tempo estava finalmente se realizando de maneira quase surreal. Marinalva começou a encaixar aquele membro robusto e pulsante em sua entrada ardente. O momento de união entre eles era uma entrega total, uma rendição ao desejo que ardia em cada fibra de seu ser. Quando a penetração finalmente ocorreu, foi um deleite lento e profundo, como se o tempo se estendesse em um prazer imenso e transcendente. O calor da sua gruta envolveu Marcos com uma intensidade avassaladora, preenchendo cada espaço com uma sensação de êxtase que parecia desafiar a realidade.
Ela começou a cavalgar em cima de Marcos com uma força e velocidade que demonstravam sua incrível disposição física. Seus olhos fixos nos dele, compartilhando uma conexão profunda e prazerosa. O mundo exterior parecia ter desaparecido, restando apenas o ritmo frenético e sensual dos corpos se encontrando, num momento de pura entrega. Cada estocada daquele pau jovem na buceta madura de Marinalva era carregada de uma intensidade tão palpável que fazia a pesada cama de mogno oscilar, rangendo alto. No entanto, os dois amantes selvagens estavam alheios a tudo, absorvidos apenas pelo desejo e pela entrega ao momento. O som das peles suadas colidindo, a respiração acelerada, os gemidos lascivos, tudo junto formava uma sinfonia de prazer que os engolia por completo. Era uma conexão visceral.
Os minutos se estenderam em um ritmo quase onírico. Marinalva, com uma entrega crescente, intensificou seus movimentos, rebolando e pulando sobre o pau de Marcos com uma voracidade desenfreada.
“Aiii, fio!!!”, gemia com a voz carregada de prazer e uma provocação deliciosamente quente. À medida que a pressão aumentava, sua voz se tornava um misto de êxtase e provocação, um convite irresistível para o clímax que se aproximava.
O orgasmo chegou com uma força brutal e avassaladora, fazendo seu corpo estremecer com uma intensidade tão profunda que ela soltou um grito fino e prolongado, vibrando em ressonância com os tremores que a sacudiam. Os músculos vaginais se contraíram com força, envolvendo o membro do rapaz com uma pressão deliciosa e esmagadora. O prazer de Marinalva foi tão intenso que amplificou o dele próprio e Marcos também sentiu o clímax chegando. E veio forte.
A esporrada explodiu em uma enxurrada quente e encorpada, inundando o interior de Marinalva. Ele se contorcia, tomado pela euforia do clímax, e os jatos continuavam a espirrar, enxendo-a com aquele delicioso líquido seminal. Marinalva sentia cada onda de prazer fluindo por dentro dela em uma sensação de completude. O quarto ficou repleto do som de suas respirações ofegantes, o ar pesado com o calor e a intensidade do momento. Seus olhares se encontraram, ainda turvos de desejo, enquanto tentavam recuperar o fôlego. Marinalva, agora sentindo a exaustão do esforço sexual, lentamente se desencaixou de Marcos, sentindo um filete de esperma quente escorrer de dentro de si. Se deixou cair ao lado dele, ambos deitados, olhando para o teto, os corpos suados e ainda pulsando com os últimos resquícios daquele prazer avassalador. O silêncio do quarto era preenchido apenas pelos batimentos acelerados de seus corações, uma batida que ecoava a satisfação e o desejo incontrolável que tinham acabado de compartilhar.
FINALIZA NA PARTE 4...