A punição de Aline

Aline desembarcou no Brasil numa segunda-feira. Fui pessoalmente busca-la no aeroporto. Fiquei aguardando no saguão segurando um pedaço de papelão escrito seu nome. Coisas que as meninas sonham. Assim que me viu, abriu um sorriso, correu em minha direção e me deu um abraço. Não parava de falar como a terra da Rainha era bonita. Disse que eu adoraria, Londres era puro fetiche, uma metrópole de personagens. Falou da névoa Londrina, dos táxis, dos pontos turísticos, dos pubs, das prostitutas, bordéis e casas eróticas. Me deu de presente uma máscara de Guy Fawkes, uma camiseta dos Sex Pistols e uma pequena caixa branca com um laço vermelho. Abri e dentro havia uma delicada coleira preta, decorada com cristais Swarovski. Presa a ela, uma plaquinha de prata gravada Aline. Acompanhavam uma mordaça e algemas no mesmo acabamento. Disse que era um presente dado em causa própria. Não via a hora de usá-las. Agradeci e levei-a para casa.
Naquela semana Aline estava sozinha na mansão, somente com os funcionários. Pastor havia saído em “missão”. Madame simplesmente não queria ver a cara da filha. Mesmo com os patrões fora, a governanta da casa obrigava a presença e inspecionava o cumprimento dos horários e turnos por parte dos funcionários. Eu estava ignorando Aline durante a semana toda e, no tempo em que eu permanecia na casa, ela me espreitava, impaciente.
Na sexta, dei-lhe um bilhete. Nele pedia para que se depilasse por completo, cuidasse de sua higiene anal e ficasse bem bonita para a noite. Dito, quando a noite caiu, veio até a garagem e entrou no carro. Estava linda, usava uma peça única de vestido preto, curto, com um generoso decote deixando parte dos seios sardentos à mostra. Não usava sutiã, e os mamilos se insinuavam pelo tecido. Os cabelos negros estavam presos. A maquiagem dava-lhe um ar felino. Os lábios, tingidos pelo batom vermelho, destacavam a alvidez de sua pele. Com sua entrada o ambiente foi tomado por uma fragrância cítrica, deliciosa.
Deixei a mansão e fui para um parque dentro do próprio condomínio, num local ermo e pouco iluminado. Parei o carro e pedi que descesse. Obedeceu. Fui até ela e lhe dei um beijo longo e suave. Disse que estava linda e que guardaria sua imagem naquele momento para sempre. Pedi que se despisse. Obediente, já dentro do papel que lhe cabia e sem qualquer traço de pudor, passou os ombros pelas alças e seu vestido, com a ajuda da gravidade, abandonou seu corpo. Estava apenas de calcinha e salto alto. Disse para continuar. Tirou-a e desceu dos saltos. Seus pelos estavam eriçados e os mamilos intumescidos. Perguntei se gostaria que eu a fodesse. Fechou os olhos suavemente e oferecendo-se respondeu com um “por favor”. Adorava sua voluntariedade e promiscuidade sexual. Mandei que ficasse de costas e me desse os braços. Algemei-a, vendei seus olhos, carreguei-a nos braços e a coloquei no porta-malas. Aos leitores mais sensíveis, leve em consideração que a expectativa, surpresa e imprevisibilidade são ingredientes eróticos para os submissos. Não tente entender o que lhes passa na cabeça, é impossível.
Voltei para o volante, joguei as peças de roupa no banco traseiro e tomei rumo. Madame dispunha de uma chácara no interior do Estado, para lá que eu dirigia. Era o local onde Aline seria punida pela mãe. Quase duas horas depois de condução cuidadosa, cheguei ao nosso destino. Era uma casa enorme de estilo propositalmente rústico, situada em um fino condomínio de chácaras. A construção era bem isolada, rodeada por muros e pinheiros. Um longo pavimento de paralelepípedos cortava os jardins, ligando o portão até a entrada principal da casa. Parei em um das vagas destinadas aos carros, desci e fui até a porta principal. A residência estava toda apagada, percebia-se um pouco de luz vindo da sala. Antes que batesse na porta, Madame me recebeu. Vestindo só um roupão e com um sorriso enorme no rosto, fez sinal de silêncio levando o indicador em direção ao nariz e me deu um beijo de língua. Em uma das mãos segurava uma garrafa de champanhe pela metade, estava claramente bêbada. Os anos de encenação aparentemente lhe custaram a tolerância alcóolica.
Entrei e analisei rapidamente a sala verificando se teríamos o necessário. Fui até o carro e voltei com Aline nos braços. Coloquei-a em pé no meio da sala, debaixo de uma viga de madeira que cruzava o cômodo. Soltei uma das algemas, passei seus braços para frente e prendi-a novamente. Passei uma corda por cima da viga e amarrei uma das pontas na corrente das algemas e, a outra, em um ferrolho decorativo da lareira, de forma que os braços de Aline ficassem suspensos. Presa daquela forma estava absolutamente indefesa e a mercê de qualquer capricho. Madame assistia a tudo de camarote, sentada no sofá.
Tirei a venda de Aline que instantaneamente, percebendo sua situação e os personagens envolvidos, começou a protestar. Madame levantou-se e interrompeu o protesto com um sonoro tapa na cara filha. Zombeteiramente explicou que tudo que pertence a alguém sempre está ao alcance de outro disposto a pagar. E ela havia coberto o preço.
Madame veio até a minha direção, abraçou-me e começou a me beijar. Rapidamente desceu a mão até minha virilha procurando meu pau. Falei baixo em seu ouvido que aquilo não estava incluído em nosso acordo. Implorou e disse que se submeteria a qualquer perversão se eu fizesse aquilo por ela, gentilmente. Milhares de imagens tomaram minha mente. Excitado, tirei seu roupão peguei-a no colo e coloquei sentada no sofá. Me ajoelhei, peguei seu pequeno pé esquerdo e beijei. Fui subindo aos beijos pela canela, joelho, coxa, virilha até penetrar sua boceta com a língua. Chupei pacientemente seu grelo até que gozasse. Nu, sentei no sofá e pedi que ela me cavalgasse. Deixei que ditasse o ritmo da foda, enquanto chupava os peitos e beijava sua boca. Vez ou outra a puxava pelos cabelos e dizia em seu ouvido como era uma coroa gostosa e vadia. Gemia. Perto de gozar novamente, lambeu meu dedo médio e pediu que o atolasse em seu cú. Obedeci e logo Madame se contorceu em um intenso orgasmo. Em suas próprias palavras, gozou como uma cadela no cio. Ninguém é um poeta quando se trata de sexo. Como agradecimento, pagou um boquete irrepreensível. Balanço perfeito entre chupadas e punhetas. Um dia relutante, engoliu avidamente cada gota do meu esporro.
Aline, a menos de dois metros de distância, assistia a tudo com os dentes cerrados. Era uma grande provação assistir eu me divertir com sua mãe de maneira tão dedicada.
Fui mijar e quando voltei madame continuava rendida no sofá, se abanando e bebendo champanhe em grandes goles no gargalo da garrafa. Esticou a perna e começou a massagear meu pau com o pé. Estava de pileque, era sua segunda garrafa na noite, e aparentemente havia se esquecido da filha. Aquilo era particularmente frustrante, minhas expectativas eram outras. Esperava um grande show lésbico-incestuoso, com as doses certas de punição física, orgasmos e culpa. Como na música de Erasmo, tudo do que eu gosto, é imoral, ilegal e engorda. Se quisesse um pouco da diversão que esperava, teria que titerear Madame, e foi o que fiz. Arranquei a garrafa de sua mão e perguntei se ela gostaria de beber champanhe de uma maneira diferente. Tomei um gole segurando o líquido na boca e beijei sua boca. Fiz o mesmo com Aline. Soprei em seu ouvido para que se comportasse. Fui repetindo o processo até que nos três estávamos nos beijando. No final eu só servia o champanhe. Madame e Aline se beijavam. Peguei outra garrafa, chacoalhei e estourei a pressão no corpo todo de Aline. O líquido frio e espumante lhe arrancou arrepios. Madame entendeu o recado e começou a lamber o corpo da filha. Começou pelo rosto, desceu para o pescoço, seios, até ajoelhar-se. Sua língua deslizava fácil pela boceta lisa de Aline. Por trás, ergui-a pelas coxas e abri suas pernas, deixando-a em posição ginecológica e facilitando o trabalho de Madame. Gemia recebendo tanta excitação da língua da mãe, até ficar trêmula e gozar.
Abri as algemas de Aline e mandei que ficasse de quatro no chão. Seu corpo estava melado de champanhe e saliva. A boceta, vermelha e inchada, brilhava com a lubrificação. Coloquei em seu pescoço a delicada coleira que deu para si mesma dias antes. Em seguida a mordaça. Conduzi-a pela coleira até os pés de Madame. Esta pegou, abriu a bolsa e retirou um “poney tail”, que nada mais é do que um vibrador com um rabo de cavalo. Com um risinho no rosto, pegou uma camisinha e vestiu, com a boca, o vibrador. Perguntou se eu queria as honras. Recusei. Ligou o aparelho, agachou-se e, sem muito cuidado, enfiou-o no cú de Aline, que engoliu um gritinho. Em seguida, levou a filha para dar um passeio no jardim da casa. Puxada pela coleira era obrigada, de quatro, a seguir o caminho de sua dona. Se divertindo, Madame parava e mandava que Aline rebolasse para que o rabo postiço balançasse. Caso não ficasse satisfeita, punia Aline com a chibata que carregava. Também, vez ou outra, mandava que rolasse na grama. No final do passeio, levou-a até os fundos da casa e, com uma mangueira de pressão, deu-lhe um banho com água gelada.
Madame pediu que eu algemasse novamente Aline na sala e removesse a mordaça. Não queria que os gemidos fossem abafados no próximo castigo. Novamente presa e com os braços suspensos, seu corpo ainda estava molhado do banho forçado de mangueira. Era alta madruga e tanto a casa quando os arredores eram só silêncio. Era possível ouvir perfeitamente o zunir do vibrador enfiado no cú de Aline. Madame chegou na sala e começou a acariciar o corpo da filha com a ponta de couro triangular da chibata. Por um tempo fez movimentos circulares nos mamilos, depois nas nádegas, costas, abdômen e finalmente na boceta de Aline, que escorria de lubrificação. Madame analisou a ponta da chibata melada e mandou que Aline lambesse. Repetiu o processo lentamente por três vezes e finalmente começou a castigar as nádegas da filha com chibatadas curtas. Esta ofegava cada vez que era atingida. Era uma sinfonia. A base de fundo era o zunir do vibrador, depois o som da chibata cortando o ar, seguido pelo baque seco do couro tocando a carne, fechando com os gemidos ofegantes de Aline. 1,2,3,4,1,2,3,4. Madame era implacável. Podia ficar a noite toda assistindo aquilo, mas intervi quando a carne de Aline começou a romper-se e gotículas de sangue destacaram-se em sua pele pálida. Madame pediu que eu tirasse uma foto subjugando sua adversária, se disse cansada e, com ar superior, foi para seu quarto.
Quando soltei Aline, esta caiu de joelhos aos meus pés soluçando. Como de praxe, examinei cuidadosamente seu corpo, retirei o vibrador, e não notei nada mais sério. Embora já tivesse passado por castigos físicos mais intensos, nunca havia sido humilhada gratuitamente daquela forma. Perguntei se algo lhe doía. Respondeu que não. Perguntei então porque chorava. Ainda ajoelhada, me olhou com os olhos cheios de lágrimas e disse que sentira um prazer imenso ao ser punida pela mãe. Esta nunca havia lhe dispensado tanta atenção antes. Com a voz embargada e infantil, perguntou se não podíamos repetir tudo na próxima semana.


Este conto encerra a saga de Aline. Um muito obrigado a todos os leitores, em especial aqueles que comentaram ou mandaram e-mails. Lembrando que “esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”. Destaco também que nenhum ser humano sofreu maus-tratos enquanto os redigia.

Querida E., meus contos foram mais acessados que os seus, mesmo sem a publicação deste último, portanto aguardo ansioso que cumpra sua palavra e pague nossa aposta.
Beijos.


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Comentários


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Comentou em 18/04/2014

SHOW

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senhora x Comentou em 24/03/2013

Por fim, digo à sua "Querida E." que voce ganhou a aposta de longe! Porque no cômputo não haviam ainda meus votos e meus trocentos comentários. Porém, fiquei curiosa em conhecer os contos de "E". Olha aí uma dica para o título do livro dela: "Os contos de E." Beijos aos DOIS. Os verdadeiros ganhadores da aposta fomos nós, os leitores. Parte do meu domingo foi lendo os contos do James Bond!

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senhora x Comentou em 24/03/2013

Amei voce ter informado que nenhum ser humano sofreu maus tratos "enquanto" voce redigia (não disse que não sofreu antes nem que sofrerá depois), demonstrando um mínimo de sensibilidade nesse seu coração aparentemente de pedra. Gostei do final no estilo "abordagem psicológica da falta que o contato físico positivo entre mãe e filhos produz".

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senhora x Comentou em 24/03/2013

BRAVO!!!!! Amei o final em que o autor informa respeitosamente aos leitores que a saga acabou. Não que desejássemos isso, mas muita gente simplesmente para uma história deixando o leitor de boca aberta numa expectativa que não se realizará.




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico jamesbond

Nome do conto:
A punição de Aline

Codigo do conto:
27129

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
18/03/2013

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