50âoSexual - 7 - Quebrando a sequencia

50âoSexual - 7 - Quebrando a sequencia
Meus leitores que me perdoem, mas antes de retomar a minha narrativa cronológica, com a continuação do episódio 6, vou me permitir falar um pouco a meu respeito e sobre fatos que aconteceram nos últimos três meses.
Depois do último carnaval, conversando com meu namorado, também como eu um ser SEXUAL, contando a ele fatos da minha vida que ele desconhecia, ele sugeriu que eu escrevesse uma autobiografia.
Eu disse a ele que ninguém aceitaria publica-la, mas que eu poderia escrevê-la no formato de relatos eróticos e publica-la em sites especializados, no que ele me deu o maior apoio e incentivo.
Rascunhei os dois primeiros episódios e mostrei a ele. Ele achou legal, e me encheu de perguntas, pra refrescar minha memória e tornar os relatos mais fieis aos fatos.
Terminados esses dois episódios, lá pelo dia 10 de março, perguntei a ele o que ele achava de mandarmos os textos por e-mail para os nossos amigos e amigas héteros que aceitaram numa boa a nossa condição de casal, e saber a opinião deles.
Antes de mandarmos os textos, explicamos a eles do que se tratava, que não eram contos, e sim fatos reais da minha vida, uma espécie de biografia.
Todos, sem exceção toparam ler e comentar. Acho que por conta da curiosidade em descobrir o que havia levado o amigo, até então insuspeito, a assumir perante eles a condição de “homossexual”.
Sinceramente, eu esperava muitas críticas, e até mesmo algumas piadas de mau gosto, mas para minha surpresa, nada disso aconteceu. Pelo contrário, todos, sem exceção, de alguma forma, cada um do seu jeito, curtiram muito os meus dois primeiros relatos e me incentivaram a continuar.
Eu respondi a eles que viria “chumbo grosso” pela frente, inclusive coisas que muitos classificariam como baixaria, coisas que talvez eles nunca tivessem sequer sido capazes de imaginar, nas suas vidas de heterossexuais. Surpreendentemente, novamente, todos queriam saber “tudo” sobre o Beto Sexual...
Escrevi os relatos 3 e 4, mostrei ao meu namorado, e os enviei pra o meu público restrito.
Novamente todos gostaram e elogiaram minha coragem de me abrir assim com eles, e então o primeiro fato surpreendente aconteceu...
Sem eu saber, um dos meus amigos enviou, os quatro relatos para um casal que havia se afastado de mim por conta da minha “homossexualidade”, e esse casal me mandou o seguinte e-mail:
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De:                Luís .... (...)
Enviada:        terça-feira, 30 de abril de 2013 14:13:58
Para:                 50ao
        
Oi Beto, tudo bem?
Antes de qualquer coisa, queremos pedir desculpas por termos sido intolerantes com você quando nos revelou e ao nosso grupo de amigos que estava vivendo com seu namorado.
Não tínhamos e nem temos o direito de julga-lo por opções sexuais que decidiu assumir.
Recebemos de um de nossos amigos comuns uma série de cópias de e-mails com ele trocados, sendo que vários deles também tinham sido enviados a outros amigos que temos em comum.
Nesses e-mails você pedia a opinião deles sobre publicar sua "autobiografia" na forma de relatos eróticos. Recebemos também os primeiros quatro relatos.
Antes de nos enviar esse material, nosso amigo teve uma conversa conosco, e explicou sua motivação em produzir tais relatos, e nos perguntou se gostaríamos de ler.
Em princípio, aceitamos principalmente para tentarmos compreender o que o levou a dar tal guinada na sua vida.
Ficamos realmente surpresos quando percebemos que a guinada tinha acontecido na sua juventude, e como você conseguiu viver tanto tempo sem que qualquer um dos nossos amigos sequer suspeitasse de alguma coisa, e que a sua atitude em revelar isso deve ter sido por não suportar mais essa vida dupla.
Mais surpresos ainda ficamos, eu e a Sonia, ao percebermos que seus relatos nos deixaram muito excitados, sexualmente falando.
Ao final da leitura dos quatro relatos tivemos uma noite de sexo como há anos não tínhamos mais, e isso, graças a você.
Na verdade, acreditamos que você conseguiu nos despertar para uma vida diferente, onde hoje nos permitimos ter fantasias, e falar abertamente sobre elas, um com o outro, e isso tem sido ótimo para nós.
Queremos que nos perdoe e nos aceite novamente como os amigos que sempre fomos, antes de cometermos nosso erro em julga-lo.
Queremos muito poder realizar algumas das nossas fantasias, com as quais estamos ambos de acordo, e queremos que nos ajude nisso.
Queremos resgatar tudo que deixamos pra trás e viver intensamente daqui por diante.
Por favor, envie-nos os próximos relatos, por mais escabrosos que possam parecer, e prometemos não ter nunca mais preconceitos nem com você nem com quem quer que seja.
Um grande beijo no seu coração.
Luís e Sonia
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Eu continuo me perguntando o que pensar sobre isso, e a única conclusão a que cheguei é que atirei no que vi e acertei no que não vi... Quando me dispus a escrever sobre mim, minha intenção era a de fazer uma reflexão sobre minha vida, uma espécie de catarse.
Não poderia supor que despertaria tal tipo de sentimentos em pessoas que me são caras, e espero, sinceramente, que assim como nos anúncios de bebidas alcoólicas, bebam minhas palavras com moderação, com responsabilidade... Isto é pra vocês, Luís e Sonia, é também para o amigo que veio à minha casa esta semana, e me disse que também estava querendo sair do armário... Isto também serve a qualquer um que leia a minha história!
Tudo o que fazemos tem consequências, às vezes boas e às vezes ruins. Loucuras, a gente costuma cometer na juventude, já que, pela pouca vivência, não temos idéia do preço que pagaremos mais tarde... Vejam o exemplo a seguir...
Hoje, recebi um e-mail de uma pessoa a quem amo muito, que chamarei apenas de Mme.X, e transcreverei apenas alguns trechos, pois não quero, em hipótese alguma, que ela seja identificada...
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“Oi meu amor.
Por acaso eu li o seu primeiro relato, e de cara vi que era o meu Beto, o meu barroco lindo e gostoso, que um dia sumiu da minha vida.
Depois do seu sumíço, encontrei um homem que me ama, que me tirou da prostituição, e que estou cada vez mais aprendendo a amar.
Se puder, me explique por que sumiu, e fique sabendo que não me esqueci de você. Continuo amando o meu barroco do mesmo jeitim de antis. Rsrsrs
Beijos de saudade
Mme.X”
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Queridíssima Mme.X, você não faz idéia do quanto eu te amo e nem do quanto você foi e continua sendo importante para mim!
Eu sumi por conta do meu cagaço, por medo de perdê-la, como um dia eu perdi a Renata, e mesmo sendo barroco e experiente, não me dei conta de que sumindo eu a estava perdendo do mesmo jeito...
Me perdoe, eu ainda te amo, e quem sabe os nossos destinos ainda se cruzarão novamente.
Para os meus leitores, que não estão entendendo nada, aí vai a história de Beto e Mme.X...
Estávamos no mês de maio/2004, 22 h de um domingo de muito calor, e eu, de saco cheio de ficar em casa, peguei o meu Puma conversível velho de guerra e fui dar um role na praia.
Ao passar pelo posto 6, em direção a Ipanema, eu vi uma princesinha linda e logo cheguei nela... _E aí princesa? Curtindo a noite? Passeando?
_Nada disso, to no trampo, preciso faturar pra pagar o aluguel... Vamos fazer um programinha?
Eu que nunca tinha perdido a mania de pegar travestis, sempre me estrepando, mas sempre tentando encontrar uma ‘Renata”, perguntei rindo:
_Beleza... De quanto você precisa pra pagar o apê?
_Ah, gato, num me sacaneia... Não parece que você esteja disposto a tanto... Olha, normalmente eu cobro cinquentinha no hotel, mas como hoje a noite tá fraca, eu já tava indo pra casa e você tem um carango maneiro, vou fazer trintinha no hotel... Topas?
_Claro que eu topo... Quem resiste a uma coisinha tão lindinha...
_Olha, eu sou travesti tá? Depois não vai dizer que pegou gato por lebre...
_Eu sei princesa... Entra no carro vai...
Ela entrou e disse:
_Sabe que você é um barroco lindo, que nem o seu carro?
_Que porra é essa de barroco? Perguntei.
_Barroco é antigo, meio coroa, ou você preferia que eu dissesse maricona? E riu.
Eu caí na gargalhada, e disse pra ela que não me importava com nada disso, que eu sabia muito bem quem eu era. E fomos levando esse papo furado até o Motel Panda.
Quando chegamos lá ela disse:
_Humm, motel caro... Bem que você podia pagar os cinquentinha né?
¬_Fica fria princesa, eu pago sim...
Entramos na suíte, ela veio me beijar, e eu tasquei-lhe aquele beijo molhado, com a minha língua invadindo a sua boca... _Humm, meu barroco beija muuuito... Riu e começou a tirar a minha roupa.
_Que corpo lindo o do meu barroco... Todo lisinho... Que bundinha linda! Você vai dar ela pra mim né?
_Nananinanão... Eu respondi.
_Ah gato, com esse corpo todo depiladinho cê num vai querer me enganar que nunca deu esse cuzinho né? Dá pra mim, dá... Ela disse fazendo um biquinho lindo.
_Claro que já dei, e até gosto muito, mas não dou quando pago programa. Ah, eu não sou depiladinho não, eu sou assim mesmo, lisinho, pode passar a mão pra ver... E ri.
Ela começou a me alisar, a passar a mão na minha bunda e a querer dedar o meu cuzinho, e eu rindo: _Hummm, aí não...
_Seu bobo, não sabe o que tá perdendo... Tudo bem, já que você não quer mesmo, vamos ver se o meu barroco sabe foder gostoso...
Me provocou, fodeu! Deitei ela na cama e malhei aquele banho de língua! Lambi ela toda, das orelhas até o cuzinho, passando pelos peitos lindos, barriguinha sarada, pela piroca e pelo saquinho lisinho, com direito a engolir as bolinhas... E ela só gemia...
_Hummm, que delícia, me lambe meu barroco gostoso...
Molhei bem o seu cuzinho com cuspe e gel, botei a camisinha (coisa que detesto), lubrifiquei o pau com gel e comecei a meter... A cabeça entrou e ela gemeu...
_Ah, que gostoso, mete tudo vai...
Empurrei até o talo e ela gemia gostoso. Bombei um pouco e depois botei ela de franguinho e meti novamente até o fundo. Ela gemia e fazia uma carinha linda de quem tava adorando.
Ficamos assim um tempo e eu senti que ia gozar, meu coração batia forte, minha visão turvou, me deitei sobre seu corpo e comecei a beija-la. Eu já não sabia mais onde estava, e nem me dei conta que gozei gritando:
_Ahh Renata, que bom te comer de novo... Que saudade!!!!
Eu quase desmaiei sobre a gatinha, meu coração disparou, mal conseguia respirar, custei a voltar ao normal. Ela saiu de baixo de mim, me botou sentado, sentou na minha frente e perguntou séria:
_Quem é a Renata? Você não sai daqui hoje sem me dizer e sem dar pra mim!
Eu gelei! _Que história de Renata é essa? Perguntei meio desorientado.
Ela olhou pra mim com uma carinha linda e disse:
_Você não lembra que quando gozou você disse “Ahh Renata, que bom te comer de novo... Que saudade!!!!” Me conta vai... Bota pra fora o que você tá sentindo...
Eu ainda desorientado disse:
_Tá bem, eu vou contar, mas isso é papo pra noite toda...
_Tudo bem, eu tenho todo o tempo do mundo pra escutar a história do um barroco lindo...
_Eu to com fome... Você não está? Acho melhor pedir um jantar pra nós...
_Pede sim, que eu to morta de fome. Meu almoço foi uma média com pão e manteiga.
Vida dura, pensei eu... Pedi um jantar pra nós, e enquanto comíamos fui contando a minha história com a Renata, coisa que vocês já conhecem...
Terminamos de comer, e eu de contar a história, e ela me pegou pela mão, me levantou da cadeira, me abraçou e me beijou ternamente e disse:
_Meu barroco lindo, deixa eu ser a sua Renata ao menos essa noite?
E eu respondi chorando:
_Deixo sim... Eu to mesmo precisando disso!!!
Ela me levou pra cama e nos amamos de todas as formas possíveis e imaginárias até o dia amanhecer, e eu nunca mais errei seu nome!
Eu havia exorcizado o meu mais antigo fantasma... Daqui por diante, não haveria mais nenhuma Renata na minha vida! Mas ainda precisava exorcizar o fantasma do Alex...
De manhã, tomamos café, namorando, nos amamos mais uma vez e antes de sairmos eu lhe dei um cheque de R$1000, que ela não quis aceitar, mas eu disse que quem tinha feito isso tudo por mim, me ajudado tanto, mais que merecia ser ajudada, e que aquele dinheiro que faltava a ela, não faria nenhuma falta para mim.
Mme.X e eu ficamos juntos por um bom tempo, sempre nos encontrando aos domingos, até que o medo de um novo fantasma me fez sumir, como falei antes.
Desculpem a interrupção, mas eu realmente precisava botar isso pra fora, fazer esta catarse!
Amo vocês, e logo logo eu volto a contar a minha história...