Não sei o porquê mas tinha certeza que até James estaria me odiando naquele momento. Vou para casa e desligo o celular. Na verdade eu me desligo de tudo e de todos.
No dia seguinte resolvo não ir para a escola e meu celular permanece desligado assim como a minha vida.
Se passa alguns dias e a minha vida la na escola estava insuportável. Minha relação com Neto estava boa, legal, divertida, vários adjetivos possíveis. Até que chega o dia mais esperado por todos os alunos da minha escola. O dia da viajem para o ACAMPAJOVEM.
Os dias se passaram muitooo devagar para mim, mas eu ia levando mesmo assim.
Os dias iam passando eu fingindo que estava bem ou sei la. La na escola César tinha virado algum tipo de lenda para mim
E o que estava acontecen era: César na dele. James meio longe de mim, não sei o por quê e Neto por incrível que pareça estava disposto a realmente ter algo sério comigo. Só dependia de mim mesmo. Ou seja querer.
Chega o primeiro micro ônibus e eu sou o primeiro a chegar. Pois estava meia hora adiantado, eu poderia entrar mas não queria fica lá dentro sozinho. O micro ônibus era um desses micro, normal, com ar, janelinhas com cortina, eu imaginei que veria vários daquele pois era pequeno e era muito alunos. E começa a chegar outros alunos.
Neto: - Ferdes? Você vai? Que honra. Você não me disse que iria
Eu: - Honra? Nossa...
Neto: - Mas e aí. Me conta como ficou...
Eu: - Você devia imaginar, não ficou tá. Terminamos naquele dia...
Neto abre um sorriso e chega perto e fica do meu lado:
- Mas do quê ninguém você sabia que isso não tinha futuro. Tipo agora que você está aí na pista. Eu também estou então...
Eu: - Então... Você fica na sua pista e eu fico na minha. E futuro é algo muito longe...
Resolvo ir embora César tinha acabado de chegar e ele fica me olhando incrédulo e então Neto me pega pelas mãos, chega perto e começa a fazer caricias em minha orelha dizendo:
- Você terminou com ele. Pois estava confuso. Isso quê dizer que você senti algo por mim.
Eu: - Independentemente do beijo...
Neto: - Você gosta de mim.
E ele vai se aproximando. E de cantinho de olho percebo que César está nos observando.
Eu: - Sério que você vai me beijar aqui? Para tá chegando muita gente
Empurro ele com tanta forca que Neto se machuca um pouco suas costas no micro-ônibus; ouço risos sendo tapado pelas mãos. E é César zombando da cara do Neto. Neto também ouvi os risos e fica puto com César e comigo. E César para de rir de Neto e passa a encara-lo. Neto o encara de volta e começa a chegar as turmas do primeiro e segundo ano juntas e virou uma bagunça só. César vai para o seu ônibus Neto também vai pra seu ônibus que por ironia da vida os dois iriam no mesmo ônibus. Pensei que o ônibus fosse explodir.
Entro no ônibus que são reservados para os primeiros anos. Ao entrar sento do lado da janela.
Se passa uns 15 minutos e James chega... Acompanhado do Álvaro.
Álvaro acompanha James até a porta do ônibus. Conversaram um pouco. No momento da despedida James abraça Álvaro o que faz ele fica em um ângulo que dá para me avistar. Assim que Álvaro me ver da aquele sorrisinho de guenga, e puxa James e fala algo em seu ouvido e depois disso ele beija James na bochecha pois ainda não estava muito lotado naquele local. James entra no ônibus e Álvaro me manda um beijo e um tchau. Nojento!
James me ver e respira fundo. E vem andando procurando cadeira para se sentar. Sendo que só havia nós dois lá dentro. Ele chega perto de mim e diz:
- Posso?
Se referindo a Cadeira vazia do meu lado.
Eu: - Tanto faz.
James da um sorriso Bobo (é aquele sorriso bobo de sempre k)
James se senta a olha pra mim.
James: - A gente precisa conversar!
Eu: - Não, a gente não precisa conversar... Você que quer falar alguma coisa, eu não tenho nada pra falar!
James: - É eu também estou bem. Então como está a vida?
Eu: - Ótima (falei friamente)
James: - Ahhh qual é por que está assim amargo?
Eu: - James você simplesmente parou de falar comigo! Isso já basta né!
James: - Eu fiquei magoado com você está bem. Eu sei que você não entendi mas...
Eu: - Eu não te entendo mesmo sabe, me lembro que antes você dizia que ele ia me fazer sofrer, agora você está assim, com as suas palhaçadas
Eu: - Naquele tempo meu pensamento era outro está bem, eu realmente pensava que ele iria fazer você sofrer. Mas eu estava enganado, ele realmente gosta de você. Eu me enganei ok. Eu pensei que por ele ser alguém tão galinha, ele só iria se divertir com você. Eu so queria proteger você. Aí naquele dia você estava agarrado com aquele garoto esquisito, bonito. Mas esquisito
Eu: - Neto seu nome é Neto
James: - Ahh dane-se não gosto dele!
Eu: - Então... Já conversamos né? Agora pega o beco a Ster já vai chegar e eu quero sentar do lado dela... Desculpa
James: - Pra sua informação César está sofrendo. Não sei o por quê de tudo isso, eu tenho certeza que vocês se gostam, isso é inevitável. E espero que vocês se entendam sério mesmo.
Eu: - Mesmo você gostando de mim?
James olhou para As suas mãos e me disse com um sorriso encantador:
- Sim. Vocês se merecem.
James sai da cadeira e vai para outra cadeira atrás de mim e se passa uns 20 minutos e chega todos os alunos da escola. E fica uma bagunça só.
Um short de pano azul, uma camiseta branca uma bota preta e uma mochila que já estava sendo guardada. Era ela Ster. Quando ela me ver, ela começa gritar:
- Fernandooooooooooo... Você veio, não acredito!
Ela veio e se sento ao meu lado e me abraçou e começamos a conversa e falavamos muito.
Então o ônibus começa a sair e os outros também, e estamos na estrada. Tudo lá fora é muito bonito. Estava me sentido melhor, por um momento eu tinha esquecido. Ster sabia de tudo.
Ster: - Então, você tem a chance de pega os três... Ou seja James o romântico; o mocinho que se chama César; e as sombras que se chama Neto. Muitas escolhas kk
Eu: - Mas eu não quero saber de nenhuma dessas escolhas. James tem namorado, César está puto comigo e Neto.. ahh sei lá...
Ster: - Está bem. Mas então eu soube que você vai ser o 'medicão' nesse bagaça, é verdade?
Eu: - 'medicão'? Como as notícias correm Kkk eu sou vou fazer parte das pessoas que já fizeram algum curso de primeiros socorros
Ster: - Hum que chato, nem vai podê se divertir
Eu: - Mas vou ganhar nota sem fazer quase nada kk
Uns dois anos atrás tinha feito um curso de primeiros socorros. Vejo que valerá pra alguma coisa.
Demorou mais ou menos 45 minutos e chegamos.
Tudo era muito bonito estávamos em uma floresta Repleta de bosques e vários acampamentos, de todo os lados haviam árvores, nossos mediadores nos levaram para nosso local. Chegamos em nossa cabana, era uma casinha com beliches e várias beliches. Vou atrás de uma beliche para mim. Fico em baixo em uma beliche perto da janela, James fica em outra beliche perto da entrada. E então vem um dos nosso mediadores e com uma mochila:
- Fernando. Esta aqui tudo o quê você precisará para os primeiros socorros se caso acontecer algo com os alunos. Amanhã à tarde vai ter a corrida dos terceiros anos, por favor fique por perto. Demais, só isso, tome cuidado e não vá se perder, ahh e na mochila tem um mapa da reserva.
Eu: - Está bem.
Ele vai embora então guardo a mochila dos primeiros socorros, e pego a minha mochila e vou atrás de uma toalha e coisas do tipo.
Tomo um bom banho gelado, me arrumo com uma bermuda frouxa e uma camiseta azul, estava prestes a sair da cabana, mas acabo ficando sonolento e então vou para a minha cama, deito de barriga pra cima e inevitavelmente pego no sono.
- Acorda, vem acorda logo. - Disse Neto.
Neto estava sentado do meu lado, ele estava com uma camisa branca com detalhes pretos com uma bermuda e uma percata, da mesma marca da minha. Eu percebo que do seu lado tinha um violão
Eu: - Que horas é?
Neto: - Já e de noite, todo mundo está na fogueira. Vem quero te levar em um lugar legal.
Me levanto boto uma percata em meus pés e vou com ele.
Quando saiu percebo que 'fogueira' era um tipo de abertura do ACAMPAJOVEM.
Na realidade os alunos estavam fazendo apresentações de danças e canções, muita gritaria. Vejo Ster do lado de James os dois estavam se divertindo pelo o visto. Em nenhum momento vejo César.
Saímos do ponto de vista de todos e Neto me levou à um penhasco que não ficava muito longe, mas não ficava muito perto lá era bonito estava frio e dava para apreciar as estrelas, quando chegamos lá Neto diz:
- Bom dentre todos os acontecimentos, não deu tempo de eu canta uma música que eu fiz, eu te disse se lembra Ferdes?
Eu olho pra ele e respondo rindo:
-Sim. Agora sim. Pois vai lá, me mostre esse dom.
Então ele começar a cantar e toca o violão ao mesmo tempo, a música que ele tinha feito:
- " Acredito que será, será para sempre e que hoje... Hoje é eterno.
Não sei se vale a pena acreditar na eternidade.
Mas aí você veio e fez-me para de pensar em tudo aquilo que eu acreditava.
A realidade era pouca, era digamos... Que bem irreal
Então seja a minha realidade? Oh oh oh. " (x2)
Sua voz era perfeita, não era muito aguda nem muito grave, simplesmente estava em sintonia com todo aquele momento.
Começo a aplaudi-lo. E ele fica todo vermelho.
Neto: - Para não foi tudo isso Ferdes
Eu: - Foi sim sua voz é encantadora
Neto chega perto e deixa o violão de lado me abraça e agradece
Neto: - Valeu mesmo. Então gostou da letra?
Eu: - Sim. Mas me responde sério que eu destruir seus pensamentos?
Neto: - Não só aquilo em que eu acreditava k
Olhei para o horizonte e lá no fundo eu devia uma explicação e é isso que eu faço
Eu: - Neto olha gostei muito da música e tudo. Mas...
Neto me interrompe neste momento:
- Mas você gosta do César.
Eu olho para ele e fico em silêncio.
Neto: - Desculpas tá, botei você em perigo desculpa, foi tudo a minha culpa, eu fiz você ir lá em casa naquele dia, pois eu achava que você sentia algo por mim, mas hoje eu percebo que o beijo, nós dois e tudo que aconteceu não foi nada. Não foi realidade.
Eu: - Foi sim cara, essa nossa amizade, foi
Neto: - Pelo menos. Agora me faz um favor, vai lá com o César, ele deve está sofrendo muito
Eu: - Você acha?
Neto: - Claro deu pra perceber hoje quando estávamos juntos antes de vim para cá. Você não percebeu o jeito dele de nos olhar.
Eu: - Ele não que me ver. Ele me odeia.
Neto: - Nesse caso eu diria que ele precisaria de um tempo, mas você já deu esse tempo pra ele, nesses últimos dias. Vai lá e seja feliz.
Eu: - Quê saber é isso que eu vou fazer... Obrigado
Então abraço Neto novamente, e ele me leva para o acampamento. Vou atrás de César, e então resolvo ir na sua cabana.. E quando chego lá César está aos beijos com uma garota do segundo ano, eles dois estão na cama. Ou seja eles estavam prestes a transar. Vejo aquela cena e resolvo sair de lá, saiu correndo atrás do Neto, mas não o acho mais. E então vou para a minha cabana e me jogo na minha cama, e pego o travesseiro e ponho em minha boca e começo a gritar pois estava lá sozinho. Me sentia um lixo, não sabia o quê Fazer então resolvo ir lá na minha mochila e vejo que la tem umas cartelas de acalmantes. Tomo 4 pílulas de uma vez e em questão de segundos, sinto meus olhos pesados. E então caiu em sono profundo.
Acordo já era quatro da tarde e me arrumo de pressa, pois havia a corrida dos terceiros. Visto a camisa dos primeiros socorros uma calça jeans azul e calço um tênis.
Eu fiquei em uma etapa da mata, em que os corredores passam. Já tinha passado vários corredores já tinha se passado uns 25 minutos de prova e estava tudo normal. Até que ouço gritos:
- AI SOCORRO... ALGUÉM ME AJUDE!
Conhecia essa voz. Corro adentrando a mata e entro mais e mais. Até chegar em um penhasco de uns dois metrôs e vejo ele, jogo a mochila para o lado, ele estava se segurado pelas raízes de uma árvore morta até que eu chego perto e puxo-o pelos braços com muito esforço ele vem, seu corpo é automaticamente jogado em cima do meu. Ele estava todo ralado. César estava todo ralado.
Ele sai de cima de mim. E fica encostado de baixo de uma árvore, ele estava assustado ao me ver.
Eu: - Fica aí.
Pego minha mochila e tiro de lá uns gases, um soro fisiológico, água oxigenada e bandete.
Chego perto de César e fico de joelho na sua frente e pego na sua cabeça e vejo que está sangrando e também vejo que seus peitos também estão arranhado, pelo visto ele deve ter deslizado ou algo do gênero. Eu estava tentando fica calmo estava dando certo.
César: - Não preciso da sua ajuda e não quero a sua ajuda. Vou tirar porra de camisa nenhuma não.
Eu: - Pois bem, eu tiro a força se você não tira!
Eu disse gritando. E César, todo emburrado tirou. Ele estava todo ralado. Ele estava brabo, o que deixava ele mais fofinho.
Passo a água oxigenada em sua cabeça pois estava sangrando um pouco. E ele fica reclamando de dor depois passo soro e começo a limpa com os gases levemente. César só ficava olhando pra minha cara com a cabeça encostada na árvore. Depois boto dois bandete. Repito todo o procedimento em seus peitorais e braços. Após o término dos procedimentos pego minha mochila guarda as coisas. E pego uma garrafinha com água e dou para ele beber.
Eu: - Foi pequenos ferimentos. Nada sério, mas mesmo assim acho melhor você fica em repouso.
César: - Você não acha nada está bem?! Eu faço o que eu quiser!
No momento que eu ia da uma resposta para ele o céu começar a trovejar.
Saiu de perto dele, pois não estava afim de da uns tapas no César. Me levantei e dei costas para ele e começo a andar
Eu: - Ahh! Faz o que você quiser!
César: - Vai pra onde? Tu ta maluco? Vai chover. E forte! Eu: - Dane-se
Começou a chover e muito.
César me puxa pelo braço com as mãos. mas eu tiro meu braço de suas mãos
César: - Vem comigo, agora!
Eu: - Por que eu iria?!
César: - Porque eu já vim para cá nos anos anteriores, conheço tudo isso, se eu duvido você está perdido, eu conheço uma caverna aqui perto e dá pra gente fica lá até a chuva para. E afinal precisamos conversar sobre nós, não é?
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É isso aí amores até a semana que vem. Comentem se quiserem, bjs bjs :* :-)
Muito ansioso para a continuação... Excelente o seus contos.
manuuuuuuuuuu os dois tem q ficar juntos :3
Ficou ótimo esse conto... Adorei
Por favor, não demora para postar mais. Muito bom.