Corri de volta para casa. Corri, corri. No meio do caminho quando já podia avistar as casas parei, olhei para traz e de longe vi o meu pescador ali parado. Voltei a andar em direção a casa e coloquei a parte de cima do meu biquíni. Enrolei-me na canga e voltei a correr. Cheguei toda suada. Ao entrar na sala vi todos na mesma posição. Meu irmão tirando catôta, minha mãe com os bobs e meu pai, o velho deputado com a bermuda surrada e a barriga de fora. Entrei para meu quarto e fui direto pro chuveiro. Liguei a ducha e fiquei ali. A água escorrendo pelo meu corpo e eu sentindo a força daqueles braços. Seu cheiro estava em minhas narinas, seu sabor em minha boca. Sentei no chão do banheiro e deixei a água escorrer por entre minhas pernas, a suavidade e a temperatura fazia um contraste delicioso com minha pele quente. Abri mais as pernas e me toquei. Poxa, não conseguia tirar Pedro da minha cabeça, do meu corpo. Toquei minha xotinha depilada, passei um dedo no meu ponto, queria e imaginava sua língua, apertei. Prendi entre dois dos meus dedos e com a outra mão brinquei. Enfiei um, depois dois dedos e me lembrei do volume embaixo daquela sunga preta. Queria ele. Queria dentro de mim. Pequei o meu hidratante, sempre tinha gostado do frasco, roliço, macio. Era uma embalagem emborrachada e macia. Enfiei. Enfiei. Enfi... HHHHHAAAAAAAAAA!!!!!!. Que gozo. Pedro. Que gozo. Fiquei ali com a água escorrendo, com o gozo escorrendo e ele dentro de mim. Dentro de minha cabeça, dentro da minha boca, dentro das minhas narinas. - Jantar babaca. Foi o imbecil do meu irmão me chamando com um murro na porta do meu quarto. Ajeitei-me rápido, vesti um short de cottom e uma blusa de malha. Jantei e fui para a varanda. Deitei na rede e dormi. Acordei com o sol em meus olhos. Ta vendo. Ninguém se preocupou comigo. Meu pai eu sabia, estava bêbado demais para isso. Minha mãe devia ter tomado seus remédios para agüentar ele e meu irmão, bom deixa pra lá. Levantei da rede e olhei para o mar. Tinha uma pessoa pescando com uma tarrafa em frente a nossa casa. Corri, queria vê-lo pelo menos mais uma vez, quem sabe me desculpar, quem sabe... Não era ele. Sentei na areia com a cabeça encostada no joelho. Porra eu queria, mas não podia. Ou melhor podia mas não devia. Marcelo. Marcelo. Pedro. - Lú! Telefone. É o Marcelo. Fui atender. Eu estava fria, mas ele não tinha culpa. Ou tinha por ter me deixado assim? Só ao relento. Ele estava todo empolgado, disse que tinha encontrado com dois empresários do Rio e que iria viajar para lá. Ficaria uma semana, mas quando voltasse ele viria passar o final de semana comigo. - Faz melhor (falei irritada) vem não. Fica com seus amigos logo lá no Rio. Vai dar para eles. (desliguei na cara dele). Corri para minha cama e desabei a chorar. Minha mãe correu para saber o que tinha acontecido e eu pedi só para ficar ali, sem ninguém. Pela primeira vez ela me atendeu. Incrível, ela respeitou meu espaço, mas eu na realidade não queria ficar só. Queria colo. O colo dela, da minha mãe. Eu estava confusa. Acabei dormindo.
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