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“Ele entrou me dando boa noite e perguntando se eu estava bem,
porque ele se importava com isso, nenhum outro perguntou,
respondi que estava bem e o agradeci perguntando como ele estava,
ele disse estar cansado da viagem e que tinha alugado uma suíte
no mesmo “hotel” que estávamos, mas que ainda não tinha ido até
lá e por essa razão gostaria de um banho, eu assenti e o levei
até o banheiro, onde Grace (a minha camareira) tinha preparado um
belo banho quente com sais e hidratantes, o deixei sozinho na
banheira e fui para meu quarto, ele demorou muito, vi as horas
passando e pensei no quão rico seria aquele homem pra esbanjar
daquele jeito com uma cortesã, confesso que aquela altura do
campeonato meu fogo tinha apagado um pouco e sem que ele
percebesse eu coloquei em mim um pouco de lubrificante incolor e
inodoro enquanto ele ainda estava no banho, e eu esperava que ele
me fizesse ficar excitada para que minha libido mascarasse a
textura do lubrificante, e assim ele fez saiu do banho secando o
cabelo, deixando a mostra seu lindo corpo, nossa, essa profissão
me traria essas belezuras também, corpo limpo, sarado, sem pelos,
bronzeado, pernas grossas, braços definidos, sim, eu fiz essa
confusão, corri meus olhos em todo seu corpo sem saber onde eu
fixava, parei meus devaneios para rir, lembrando do quão
absurdamente gostoso era aquele homem, e voltei a lembrar de como
ele me colocou em seu colo, ele parecia a vontade com meu quarto
e mal parecia um cliente qualquer, parecia que era mais um
freqüentador assíduo daquele lugar ele me jogou na parede e tirou
minha roupa me beijando com uma selvageria que me deixou muito
molhada, molhada a ponto de sentir minha libido escorrendo em
minhas pernas, quando aquele homem me penetraria, eu queria
agora, neste momento, ele desceu as mão leve e macia em minha
barriga, pensei por um segundo que aquilo era um filme e ele iria
fazer amor comigo, mas foi só um segundo, sua boca prendeu a
minha me sufocando com sua língua quente e em uma estocada
violenta e rápida ele estava dentro de mim, pude ouvir quando a
pele dele encontrou a minha e o barulho de um balão estourando,
era o vai e vem que ele fazia em minha buceta molhada, novamente
me peguei rindo e mordendo os lábio durante minha sórdida
lembrança, aquele homem era com certeza o cliente que eu desejava
ter de volta, voltei para meu devaneio, e voltei exatamente no
momento que ele me segurou pelos cabelos e me pôs de quatro em
cima da cama, ele não transava, ele me fodia como um cão, mas não
um cão normal, um pitbull selvagem, ele metia com força e
velocidade, batia em minha bunda e me puxava pelos cabelos, eu
queria mandar ele parar, mas eu estava adorando tudo aquilo,
sentia as vibrações do meu ventre anunciar um gozo estonteante o
que ainda não tinha acontecido naquela noite, gemi alto, gozei,
simples assim, rápido, minhas pernas ficaram trêmulas, ele me
jogou, sim, me jogou na cama de peito pra cima e nas algemas que
eu usei com meu primeiro cliente eu fui presa, minhas pernas
foram amarradas separadas, vi ele pegar uma nova taça de morangos
e chantili, ele colocou um em minha boca e me fez limpar o
chantili de seus dedos, o que fiz com excelência, quem era aquele
homem, ele era divino, me mordeu o corpo inteiro intercalando
lambidas, chupões, o chantili estava em todo meu corpo e ele
tirava tudo com a língua mais quente que eu já havia provado, o
negocio dele era aquele, torturar, percebi isso quando vi ele
pegar um vibrador e um chicote de tiras pretas, não era couro,
era um material mais leve, ele introduziu o vibrador em mim
devagar e com malicia no olhar, aquele com certeza era um sádico,
dominador, sei lá como ele queria ser chamado, só sei que eu
estava adorando, ele me bateu com força, ó céus, que dor eu senti
nas pernas, aquele chicote doía, endureci os olhos, e xinguei
ele, que por sua vez apenas riu, e me chicoteou de novo, mas
agora aumentando a velocidade de vibração do brinquedinho que
estava enfiado em mim, caramba, o que eu devia senti, dor ou
prazer, nossa, os dois, senti os dois, creio que ele me deu umas
seis chicotadas até me tirar das algemas, ele me colocou de pé ao
lado do dossel da cama, e prendeu minhas mãos no alto, com minha
mente depravada e brasileira pensei, que porra esse homem vai
fazer comigo, e descobri rápido, ele veio com uma vareta de
bambu, ai não, vareta não falei e ele apenas ria, que filho da
mão, ele nem me avisou que queria era me espancar, que diaxo era
aquilo, eu tinha sido submissa de um homem um dia, mas não assim,
o outro não me espancava como esse, ele ia mesmo me bater com
aquilo, eu agora estava nervosa, senti a vareta me tocar, ai que
dor, retiro o que eu disse antes, essa dor era pior, e ele bateu
de novo, ó pai, eu ia chorar naquele minuto quando senti seu pau
me invadir novamente, senti minha bunda arder, mas o prazer era
maior, ele me fez gozar de novo, e gozou também, em minha bunda,
depois de uns segundos ele sussurrou, “você pode mandar parar a
qualquer momento, não sou seu cliente”, eu tava imóvel,
processando aquilo, ele não era meu cliente, como assim, pedi pra
ele me soltar, tentei sair mas minhas pernas me deixaram na mão,
cai em seus braços, ele me deitou na cama, assim que me recompus
a primeira pergunta foi, “se você não é meu cliente, quem vai
pagar por essa surra que você me deu seu louco”, ele riu muito, e
muito alto, fiquei envergonhada, olhei assustada pra ele que me
respondeu cinicamente “eu mesmo irei pagar, sou o dono dessa casa
de eventos, do hotel, do quarto que você está, sou seu dono”,
fiquei olhando seria pra ele, pensei, isso é sério, transei com
meu patrão, ou devo dizer, meu patrão me bateu, ele sabia o
perigo disso, eu podia por ele na cadeia pro resto da vida dele,
mas minha falta de senso falou mais alto e fui impulsiva “bem,
pois espero que pague bem, porque apanhar do patrão não estava no
contrato” ele riu de novo, e me disse que ele esperava que meu
comportamento mudasse, pois para ser a submissa dele eu
precisaria ficar mais tempo calada, ele levantou da cama, e se
foi, fiquei em estado de choque, era isso mesmo, aquele homem
queria ser meu dono, ai bem, eu ia banhar, Grace ia arrumar meu
quarto, eu queria meus lençóis de algodão e meu baby doll
velhinho, já era madrugada!”
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E esse foi meu último conto da trilogia “O início”, no próximo conto como meu patrão me convenceu a ser sua submissa por cinco meses. E acho que vocês devem estar curiosos, mas naquela noite eu recebi mil e oitocentos euros, o que em real daria quase seis mil reais. E se querem saber, eu amo a vida de cortesã de luxo em Paris, e como prostituta no Brasil, bem, aqui não ganho o mesmo que lá, mas amo meu trabalho.
Beijos meus amores!