Passei a manhã em casa, mais precisamente em meu quarto. De vez em quando lembrava dos últimos acontecimentos – uma verdadeira reviravolta na minha personalidade e, consequentemente, em minha vida – e ria muito. Como pode o modo de ver a vida mudar tão drasticamente por conta de um flagrante? Mas o certo é que eu achava a minha antiga vida maravilhosa,... até experimentar essa atual! Agora, daquele Cadu só restam lembranças, sem saudades.
Desci e comecei a fazer uma arrumação nos cômodos. Sobre a estante encontrei um caderno de minha irmã. Ele estava aberto em uma página que continha uma lista de utensílios de cozinha. Parecia lista de Chá de Panela. Era provável que ela já estivesse se preparando para casar. Ótimo! Mal acabei de ler o telefone tocou... Era ela. Escutei e reconheci sua voz... desliguei. Ainda estava magoado com os dois.
Perto do horário do almoço papai chegou... com a cara mais cínica... cheio de manha, querendo me adular. Não dei cartaz. Disse que estava indisposto, que os medicamentos estavam fazendo efeito ainda e, sem demonstrar raiva, mágoa, rancor; disse que namoraríamos depois. Lógico que disposição eu tinha pra dar e vender, mas havia dois motivos para não ceder às carícias dele: o primeiro era a ferida – aberta depois que o flagrei metendo rola em minha irmã – que ainda ardia em meu peito; e o segundo era o estado em que se encontrava meu cuzinho: dilacerado devido às estocadas fortes que Nildo deu e que, diga-se de passagem – foram maravilhosas!
Diante da minha negativa, papai foi para a oficina e só retornou à noite. Mais uma vez saí pela tangente. Já deitados, lembrei-o que no dia seguinte eu deveria voltar ao hospital para receber os exames. Em seguida, entrei em outro assunto:
_ Ela vai casar, é?
_ Ela quem?
_ [...]
_ Sua irmã? Vai. Ela me falou, por cima, sobre o assunto. Semana que vem, já!
_ Hum. Essa pressa tem nome: bucho!
_ [Risos]. É. Mas sua irmã é adulta. E, no mais, eles vão casar por livre vontade. É desejo dos dois.
_ Ela sabe quem é o pai?
_ Ora, Cadu! Que pergunta! Óbvio que é o namorado dela...
_ Será? Eu não teria tanta certeza!
_ Que é isso, filho! Sua irmã não anda “dando” a três por quatro , não! Que conversa é essa, agora?
_ Ah... É mesmo! Só pro namorado, pro senhor e pra quem torce pelo Brasil na Copa!
_ Cadu! Não fala isso, rapaz!
_ E ainda tem o agravante de não usar preservativo! Se não usou com o namorado, não usou com o padrasto... vai usar com quem? Coitado do Frank! [...] Bem... problema deles! Cada um tem o que merece!
_ Cadu, vou fazer de conta que não ouvi sua piadinha! Eu já me arrependi, já me desculpei com você e já deixei claro que, embora tenha muito amor e tesão por você, não posso negar que gosto e tenho desejo por mulher. O que aconteceu naquele dia foi um momento de fraqueza. Agora, você não pode ficar com isso na sua cabeça e tornar a nossa relação complicada, difícil... baseada em indiferenças, ataques, insinuações... E não falo apenas entre nós dois, mas entre os três. Quem nesse mundo te ama mais que sua irmã? Quem?
_ Boa noite!
_ Cadu... eu estou conversando com você!
_ [...]
Nunca tinha agido assim com papai e ele, claro, ficou chocado! De madrugada, acordei para beber água e urinar e a cama dele estava vazia. Fui bem silenciosamente à cozinha e vi que ele estava sentado sozinho na varanda. Ele ficava assim sempre que tinha algum problema para resolver. Bebi água do filtro para não precisar abrir a geladeira, pois a iluminação denunciaria minha presença ali. Voltei e dormi.
No dia seguinte, logo cedo, acordei e escutei uma conversa lá em baixo. Minha irmã tinha chegado com o namorado e conversavam com papai. Ela perguntou como eu estava e papai respondeu com um vago “mais ou menos”. O Frank estava boiando. Em seguida, papai perguntou se Frank poderia me levar ao hospital. Ele usaria o carro de papai, que ficaria na oficina. Frank aceitou. Dei um tempo e quando percebi que minha irmã tinha entrado no banheiro, desci. Ela ficou em casa e saímos os três. Deixamos papai e seguimos eu e meu futuro cunhado.
Desde que saímos de casa eu não dava uma palavra. Frank tomou a iniciativa de quebrar o silêncio:
_ Até agora estou sem entender, melhor dizendo: estou sem saber a razão do desentendimento de vocês. Tua irmã passou esses dois dias no sítio toda jururu, quase não conversou com o pessoal... Todo mundo comentou a diferença... O que foi que rolou, Cadu, afinal?
_ Por que você não perguntou a ela?
_ Vixe! Perguntei que cansei... Ele só dizia “Me deixa!”, “Depois eu te conto...”, “Aqui não dá pra conversar sobre isso!”... Enrolou, enrolou... e acabou não contando! Diz aí,vai!
_ Frank... vou ser sincero com você. Eu não pretendo falar sobre isso, nem com você e nem com qualquer outra pessoa. Enterrei... pronto! Não vale a pena remexer no assunto. E eu acho que ela também não contará porq...
_ Por que eu não posso saber?
_ Não é algo que lhe diz respeito... só isso. É muito familiar... íntimo...
_ Porra... e eu não faço parte da família?
_ Não, Frank. Não faz. Existe a família dela, existe a sua família, e passará a existir a família de vocês dois. Entende? Você terá sua família com ela. Então, determinados assuntos serão resolvidos entre vocês... e nem eu e nem papai poderemos interferir, opinar, saber... E em nome da harmonia, é bom que se respeite esses limites... vamos mudar o assunto?
_ É... Você tem razão. Quer saber? Não vou mais nem perguntar a ela.
_ faz muito bem. Se fosse para você saber, ela já teria contado. Se um dia ela achar que deve contar... ela conta.
_ É... E diz, aí... que está achando de ser titiA?
[Risos]
_ Palhaço!
[Risos]
_ Vamos fazer um? Já pensou tu bem buchudinho?
[Risos]
_ Se quando você era solteiro eu não queria... imagine casado! Ainda mais com minha irmã!
_ Que nada! Aí é que é mais porreta! Tem mais adrenalina! Um amante... pensa só: o perigo, o pecado...!
_ O barraco! A intriga! O vexame! Tô fora!
_ Tá fora, é? Você diz isso por que nunca experimentou essa rola aqui. No dia que você degustar minha gala... você vai querer todo dia... Aí eu é que vou pôr dificuldade!
_Ah, ta! Aproveita que você está delirando e bate um papo com o pônei!
[Risos]
_ Não, cara... Falando sério agora. Sábado eu vou fazer a despedida de solteiro lá no sítio. Vai pouca gente... mas só homens. Posso contar contigo?
_ Depende. Ela vai?
_ Eu acabei de dizer que só vão homens, porra!
_ Então eu não vou... Eu não sou homem!
_ Por isso mesmo... Você será o prato principal! [Risos]
_ Tá pensando que meu cu é bagunça? Querido, eu sou prato para cem talheres! Tenho certeza que esses seus convidados não conhecem nem a diferença entre um garfo de três dentes e um de quatro... para que tipo de comida cada um deles é usado.
_ Eita! Acho que não sabem mesmo não! Eu, pelo menos, não sei. Eu uso o que estiver na minha frente... pode ser até uma pá.
_ Eu suspeitava! Pois trate de aprender... depois você pode dar em cima de mim!!..
_ Você fala como se eu fosse usar garfo e faca pra te comer... Eu usar é essa pomba aqui... bem dura e babando...
_ Mas é pelo comportamento que se mostra, pelo menos por cima, de como o cara trepa: o que eu vou esperar de uma pessoa ignorante socialmente? Que ele será um cavalo na hora do sexo! Isso, obviamente, não é algo 100% confiável... mas é um forte indício! E na cama, querido, eu quero ser amado... e não espancado! E eu não tenho nada contra meu cuzinho para maltratá-lo, deixando que façam gato e sapato dele. Eu gosto tanto do bichinho!
[Risos]
_ Ah bicho safado!
_ Um lord na mesa... um louco na cama.
_ Como é, caralho... vai ou não vai?
_ Hummmm... vou! E qual é o traje?
_ [Risos] Todo mundo nu!
_ Ai... delícia! Chegamos... Você vai ficar me esperando?
_ Vou deixar o celular ligado. Vou em casa comer alguma coisa. Quando você for liberado... dá um toque.
_ Então ta. Lava bem esse pau. Quem sabe na volta você ganha um boquete!?
_ Opa! Pode deixar! [Risos] Eu vou esperar sentado num puf!
_ E eu vou esperar sentado num cacete! Bye!
[Risos]
Fui caminhando em direção à recepção do hospital e comecei a pensar numa possível transa com Frank. Nosso papo no carro era apenas uma brincadeira que acontecia de vez em quando mas ficava restrita a nós dois. Nem minha irmã sabia que quando estávamos a sós, esse tipo de papo rolava. E foi aí que caiu a ficha! Até a pouco eu não levava a sério as cantadas dele. Até porque eu entendia que ele também não levava. Mas, sem mais nem menos, um questionamento veio a mim: “Se era brincadeira, porque não poderia ser exposta?” E esse “segredo” sempre partiu dele. E era somente em relação a mim. Eu já presenciei brincadeiras, como a nossa, que ele tirava com alguns amigos dele que eram gays. Mas comigo,não. “Será que, no fundo, aquilo era brincadeira somente da minha parte?” Deixei para pensar nisso depois, uma vez que logo bem próximo ao balcão de identificação fui reconhecido e recebido pela enfermeira que havia cuidado de mim. Ela era um doce! Simpaticíssima!
_ Ora, ora... Se não é o meu querido nervosinho! Que foi que já andou estressando você? Diga que vou lá e aplico uma injeção na bunda dele com uma agulha da grossura de uma agulha de tricô! Quero só ver!
[Risos]
_ Oi enfermeira! Você fala isso assim... o povo tá todo olhando pra mim! [Risos] Tô morto de vergonha!
_ Besteira! Vamos entrar?
_ Sim, vamos! Estou no horário, não estou?
_ Está sim. Eu fui lá fora justamente para ligar para você... o “doutor garotão” pediu. Aff! Hoje é ele que está uma pilha! Nem parece aquele médico tão novinho! Mais parece aqueles velhinhos ranzinzas e caducos!
[Risos]
_Se ele me ouve!!!
_ Ele é tão jovem, não é!
_ Mas o que tem de jovem tem de competente! O homem é bom! Bom mesmo! Pois é já ia ligar pra você... mas você já está aqui... Maravilha!
_ Ligar pra mim?
_ Foi o seguinte: o doutor entrou numa cirurgia que deveria ter sido rápida... mas a coisa complicou. De duas. Passou para seis horas!
_ Nossa!
_ Pois é. Aí, desmarcamos todas as consultas. Mas você parece que tem uma estrela na testa!
_ Eu?
_ Sim. O doutor pediu que somente a sua fosse confirmada.
_ Ai, ai, ai... Será que os exames deram algo grave, que não poderia ser adiado
_ Não... Não é isso. É justamente por ser apenas uma verificação de exames. É rápido. Ele já terminou a cirurgia, está só fazendo os procedimentos finais. Vou te deixar na sala dele. Você o aguarda lá uns 5 minutos. E eu vou pra casa... Estou saindo de um plantão dificílimo! ... ... ... É aqui. Pode ficar aí sentado. Ele vem já. Tchau! E olha o estresse! [Risos].
_ Tá certo!
Era uma sala linda, clara. Uma decoração de encher os olhos. A mesa dele tinha um tampo de vidro e uma base bem diferente... era como se fosse uma grande pedra, na qual puseram um tampo de vidro. Aliás, em praticamente tudo ali tinha vidro. Um quadro, posicionado atrás da mesa me chamou a atenção: eram dois corpos entrelaçados, mas não distinguíamos seus sexos. Na parede que ficava de frente para a porta havia uma peça de arte – uma escultura. Aproximei-me dela e olhei os detalhes. Era parte de um corpo masculino que ia da cintura aos joelhos. O pênis mostrava-se sem ereção. Eu, obviamente, comecei a imaginar como ele seria duro. Estava passando os dedos sobre o pau da escultura quando fui surpreendido:
_ Êpa! Solte meu pinto!
_ ai, doutor... Que susto!
[Risos]
_ Tudo bem Carlos? Cadu,não é mesmo?
_ É sim... O senhor lembra?!
_ Depois da história que você me contou! Como poderia esquecer? Aliás, confesso que durante esses dias, vira e mexe, eu me pegava imaginando aquilo tudo!
_ Ah, doutor... Falando assim fico todo sem jeito! Só mudando o foco: sua sala é linda! Estou maravilhado! Se não fosse o cheiro – que é inevitável num hospital – ninguém diria se tratar de um consultório!
_ Sei... Ficou maravilhado com a sala ou com a escultura ali? Eu vi, heim... Você assediando a estátua! Apalpando as partes íntimas...
_ A escultura também é ótima... Diria até... espetacularmente deslumbrante! [Risos] Pena que não é real... só uma obra de arte... [Risos]
_ Quem falou que não existe? Essa escultura foi criada a partir de uma pessoa real... Aí mostra com perfeição todas as suas características... A falta da parte corporal superior é intencional... não ser identificado. A escultura retrata um modelo real mesmo!
_ Verdade? E como pode saber?
_ Como? Eu fui o modelo!
_ Ah!... Sabia que era piada!
_ Piada? Por causa dos “atributos” avantajados? Não combina comigo, não é? Um médico super dotado... Se fosse um pedreiro, um mecânico, um policial... Esses despertam muito mais a imaginação... [Risos] Brincadeira, Cadu... Lembrei da história que você contou sobre o mecânico e o skatista, que trabalham na oficina do seu pai! Você foi tão preciso nas descrições. Detalhista. [...] Mas qual o homem que não queria ter uma “bazuca” dessas!! Não é mesmo?
_ O senhor acabou a cirurgia agora, não foi? Deu tudo certo?
_ Rapaz, confesso que cheguei a pensar que perderíamos o paciente. Mas depois de seis horas... conseguimos! Fazia tempo que não pegava uma operação tão complicada. Abrimos para resolver um problema e nos deparamos com mais dois... E pior! Que precisavam de solução, caso contrário, o primeiro seria em vão! Não tivemos escolha! Saí neste exato momento. Veja, ainda estou com a bata e a touca. Espere um segundo... Vou só trocar aqui .
A sala era ampla e havia, mais ao fundo, uma divisória feita por blocos de vidros. A divisória era em forma de onda. Era atrás dela que eram realizadas consultas em que o paciente precisava tirar a roupa. Havia, ainda, uma maca. O médico foi para lá trocar-se, mas não paramos a conversa:
_ Doutor... uma curiosidade: porque a abertura dessas batas são para trás?
_ Imagine que fosse para frente, certo? Aí um cirurgião está lá, debruçado sobre o paciente com uma abertura... vamos dizer... no tórax. Aí, sem perceber, um cabelo solta-se do peito do médico, passa pela abertura da bata e cai dentro do corte do paciente... Isso pode complicar tanto! Pode até levar a morte! Não assim, de imediato! Mas vai provocar uma infecção que poderá se generalizar... Entende? Mas não é só cabelo... é qualquer coisa... até suor!
_ Suor?
_ Suor, sim. Transpirar enquanto trabalha não é privilégio de pedreiros, mecânicos, marceneiros..., como muita gente pensa! Cirurgião precisa usar muita força e, apesar da climatização na sala, a transpiração é inevitável... Sempre há uma enfermeira, ou auxiliar, enxugando o rosto do que está operando.
_ Sim... Já vi em filmes, novelas...
_ Carlos, não me leve a mal... você poderia me dar uma mãozinha aqui? Está complicado desatar esse nó. Não tem jeito... sempre peço para não fazerem isso, mas parece em vão...
_ Claro.
Quando cheguei atrás da divisória de vidro, o médico já tinha trocado a calça e os sapatos, mas não conseguia desatar um dos nós que fechava sua bata. Quando desatei e a bata se abriu, tive uma magnífica visão: o médico possuía uma tatuagem em forma de tribal do lado direito das costas. Era linda... e enorme: começava bem abaixo do ombro e ia até a cintura. Era preta... muito bem desenhada! Notei, ainda, que a pele, no final do desenho, mostrava uma divisão bem demarcada indicando um bronzeamento na região acima da cintura. Fiquei pasmo... Era a primeira vez que via um médico tatuado!
_ Doutor!!! Que coisa linda!
Virando e ficando de frente a mim, mais uma surpresa: o médico tinha um tórax bem definido e peludo... bem discreto... mas que me deixou trêmulo.
_ O quê, Carlos? – Perguntou sorrindo.
_ Sua tatuagem.
_ Gostou?
_ Linda demais! Mas confesso que estou surpreso!
_ Pelo fato de eu ser um médico?
_ Exato. Não é comum... concorda? Aliás, um médico tão jovem... já é algo incomum!
_Carlos, eu sou uma prova de que estudo e diversão podem andar de mãos dadas. Quando terminei o Ensino Médio e disse que queria prestar vestibular para medicina, todo mundo riu. Eu tinha 17 anos.
_ Por que riram?
_ Porque eu era surfista, andava em baladas, era um pegador... Medicina era coisa pra “certinho”, “bitolado”, “nerd”... Quando saiu o resultado, caíram pra traz. Aí depois diziam que eu não levaria isso muito longe. E veja onde estou...
_ Calou a boca de todo mundo!
_ E tem outra: nunca deixei de surfar. Aliás, é no mar que relaxo...
_ É mesmo?
_ Tem coisa mais incrível que o mar? Eu não conheço! [...] Mas a sua também é muito bonita, até pensei em fazer uma igual.
_ A minha? E como o senhor sab....
_ Você esqueceu que eu te atendi?
_ Mas a minha é tão escondida... próximo ao cóccix!
_ E na hora da injeção?
_ Hum... é mesmo. Foi no bumbum. Aliás, até hoje está dolorido.
_ É... fica assim mesmo. Pois é, pensei em usar sua idéia para completar uma outra que comecei a fazer e não tive tempo para concluir... só nas próximas férias. Acho que ficará show!
_ Posso ver?
_ Humm... É num lugar muito íntimo... Mais ou menos...
_ Na virilha?
_ Isso mesmo...
_ Nada demais. Na praia todo mundo vai ver. E mais... não é justo!
_ Não é justo, por quê?
_ O senhor viu a minha... aliás, deve ter visto muito mais! E eu não posso ver a sua!
_ E vi mesmo! [Risos].Tudo bem, você me convenceu. Pois vá até a porta e passe a chave. Se alguém entra e me vê de calça arriada... Já viu!
Fui até a porta e passei a chave. Quando voltei, quase tive um treco! Ele estava sem calça... total. Apenas usava uma sunga branca.
_ Veja. [...] Que foi Carlos? Não gostou dessa?
Fiquei sem palavras. Que homem gostoso! Incrível como a imagem de médico camuflava o homem delicioso que ele era. E o “pacote”! A sunga deixava nítidos os contornos daquele pau que parecia suculento. Não resisti! Soltei a isca!
_ Linda! Aliás, o senhor é todo lindo!
_ Ihh... Pára com isso! Vou ficar com vergonha!
_ Pelo que vejo, não era mentira!
_ O que, Carlos?
_ Que a escultura foi feita inspirada em seu corpo... Esse escultor é um sortudo! Ah, se fosse eu!
_ Não... não menti. Sortudo? Por ter, supostamente me visto nu? E isso lá é sorte?
_ Claro que é. Só o que estou vendo já provoca arrepios! Imagine vendo “o tesouro” que está escondido atrás dessa “névoa branca”!
_ Você é uma figura! Por isso pensei tanto em você esses dias. Vamos fazer uma troca: você me mostra a tatuagem novamente e eu deixo você ver o que quiser. Topa?
_ Não seja por isso!
Tirei toda a roupa e fiquei apenas de cueca. Ele ficou me olhando, calado e sério. Percebi que seu pacote estava mudando de forma... discretamente. Quando tirei tudo, ele pôs a palma da mão sobre a maca, que estava do nosso lado, e disse baixinho:
_ Deita...
A maca era alta e havia uma pequena escada de cinco degraus para auxiliar a subida. Essa escada estava bem perto dele. Fui caminhando e chegando bem próximo dele. Meus olhos estavam direcionados aos dele, e vice versa. O clima ali tinha mudado! Não existia mais o médico e seu paciente, mas dois homens envoltos numa atmosfera de desejo. Nossas respirações agora acompanhavam as batidas aceleradas dos nossos corações.
Fui andando sem sentir o chão. Pisava em nuvens. Quando subi o primeiro degrau, senti suas mão em minha cintura, segurando a cueca. Escutei sua voz rouca e baixa:
_ Posso?
_ Deve!
Eu subi outro degrau enquanto ele descia minha cueca e eu ficava como a natureza havia me colocado no mundo. Cheguei ao colchão. Fui deitando lentamente, de bruços, sempre acompanhado por seus olhos. Fechei os meus. Senti seu toque, inicialmente sobre a tatuagem e em seguida, em minha bunda. Abri os olhos. Ele sorria para mim.
_ Agora é minha vez!
Ele chegou bem perto. Subiu dois degraus. A sunga cobria sua completa excitação. Levei minha mão, delicadamente, ao seu pau. Toquei com a ponta dos dedos. Ele tocou em meu rosto. Agora sério. E foi baixando a sunga. Parecia em câmera lenta. Saltou em minha frente uma linda rola, com a cabeça rosada e brilhante – a pele não a cobria. Eu segurei e fiz dois movimentos de punheta. Olhei para ele e já ia falar, mas seus dedos tocaram em meus lábios impedindo que eu dissesse qualquer coisa...
_ Não fala nada! Faça o que te der vontade...
Sinal verde. Meus lábios beijaram aquela cabeça e em seguida envolveram-na arrancando do médico um suspiro carregado de prazer. Ele aproximou mais o corpo e pôs um joelho sobre a maca. Minha cabeça ficou envolvida por suas coxas grossas e peludas. Engoli, faminto, aquele cacete que dava pulos dentro de minha boca sempre que minha língua escorregava em sua parte mais sensível: a cabeça – que respondia me oferecendo sua babinha... salgadinho. Eu segurei seu cacete, ergui um pouco mais meu corpo, e enquanto chupava seu pau, ia também punhetando. O médico segurou minha cabeça e enfiou o cacete quase todo. A ância foi inevitável. Fiquei vermelho. Olhamo-nos sorridentes. Chupei mais um pouco, até sentir o liquidozinho novamente. Fui tirando aquele pau de dentro da boca, mas segurando o líquido em minha língua. Toquei com a ponta da língua na cabeça do pau e fui afastando minha boca, de modo que a babinha ficava ligando a língua ao cacete. Eu o olhava nos olhos. Engoli o que ficou na língua.
_ Você gosta?
_ Adoro! Sua pomba é gostosa demais! Ficaria chupando até ela sumir! Mas como não quero que ela suma...
_ E esse cuzinho? Parece gostoso... Vira ele pra mim...
O médico ligou uma pequena luz, parecia uma lanterna para ser usada em algum tipo de exame... Sei lá.
_ Espere...
Foi até a sala e desligou a luz. Agora estávamos à meia-luz. Maravilhoso! Eu permaneci de quatro com a bunda para fora da maca. Ele se aproximou, mordeu um lado, abriu as partes e tocou com a língua, circulando pelas preguinhas umas três vezes... meu cu piscou três vezes. Ele afastou meu corpo, me direcionando para a luz, de modo que ele tinha a perfeita visão do meu buraquinho. Ele endureceu a língua e encostou a pontinha bem na abertura. Outra piscada. Quando meu cu relaxou, ele penetrou a língua inteira. Deu uma mexida lá dentro.
_ Ahhhhhhhhhhhhh... Ahhhhhhhhhhhh... Que gostoso!
Minha reação provocou acendeu nele uma chama, uma gula, uma tara... O médico começou a enfiar e retirar a língua dali... cada vez mais rápido! Aquilo estava me fazendo sentir algo semelhante ao que sentia quando recebia uma rola na bunda... Até melhor! Eu mexia minha bunda, ele dava palmadas numa nádega... na outra...
_ Vem aqui!
Acompanhei-o. Ele sentou num sofá, segurando a rola para o alto. Gostosa... Ali estava ainda mais escuro, mas possível de se ver o que era preciso.
_ Senta! Você agüenta... Vem!
Aproximei-me, de frente para ele. Fiquei sobre suas pernas com os joelhos apoiados no sofá e fui lentamente sentando. Ele confirmou com o dedo a direção do meu buraquinho e encostou a cabeça, já melada pelo seu cuspe. Aproximei minha boca e nossos lábios se tocaram iniciando um intenso beijo à medida que eu sentava, cuidadosamente, e seu pau invadia meu cu. Sentei sem recuos ou paradas. A dor natural não foi suficiente para sobrepor o tesão. Aquele instante era mágico! Era novo! Era inesperado!
Senti minha bunda encostar em suas pernas. O beijo não parava. Ergui o corpo deixando a metade do pau dentro. Ele começou a penetrar, devagar... depois rápido, forte. O beijo ficou forte!
O médico abraçou minha cintura e deu uma metida profunda. Sem desgrudarmos os lábios, ele girou e deitou meu corpo, ficando sobre mim. O cacete dele continuava lá dentro. Meteu, meteu, meteu... Eu esta prestes a gozar. Comecei a me punhetar. Ele parou o beijo...
_ Estou chegando lá!
_ Mata minha sede!
Mal acabei de falar, ele retirou a pomba do meu cu, pôs-se do meu lado, trazendo minha cabeça para junto de seu cacete. Abri a boca e recebi fartos jatos de gala dentro dela. Simultaneamente, meu gozo jorrou sobre minha barriga e meu peito. Ele levou a mão e espalhou ainda mais minha gala. Com o dedo melado, fez movimentos circulares num peito, depois em outro, melou novamente e levou a sua boca. Olhamo-nos e sorrimos. Ele voltou a me beijar.
Limpamo-nos e vestimos nossas roupas, trocamos telefones e ele me fez prometer que ligaria no dia seguinte. Era sua folga e ele queria que o visse surfar. Lógico que confirmei. Leu os exames e verificou que não havia problemas.
Antes de sair dei um selinho nele e fui à recepção. Ia ligar para o Frank, mas ele já me aguardava. Não via a hora de chegar a despedida de solteiro...