Pequenina

Não era mais que meia noite, talvez eu não estivesse tão atento assim ao tempo para falar com tamanha certeza mas de uma eu tenho, seus passos ecoando madrugada adentro despida e descalça soavam como canção a embriagar-me o olhar que fixo estava nas entrelinhas de teu corpo a caminho dos meus lençóis, ainda com a pele umedecida pós banho fria e macia tocou-me arrepiando-me como leve sopro na nuca antes de um insano sussurro, sua voz já enrouquecida pelo dia prestes a nascer dizia-me coisas as quais durante muito tempo em seu ouvido desejei dizer mas tiveste a ousadia ao citar-me justo no dia que mais a desejei, coloquei-lhe sobre a cama amarrando-a em seguida, braços e pernas imóveis passei a pincelar seu corpo com a ponta de minha língua como se tela fosse, seus pelos arrepiados e os gemidos ácidos instigavam-me cada vez mais intensamente, os batimentos de teu peito feito canção a nos embalar, suas unhas cravadas no lençol, a sós estávamos e o seu prazer é a única companhia que quero a nós dois, então levo aos teus olhos uma negra venda poupando-lhe a visão, com a ponta dos dedos deslizo minhas mãos de tua nuca até alcançar-lhe os pés, fazendo-lhe caricias instigo-lhe a diversos gemidos antes reprimidos, até o primeiro estalo do chicote em sua pele, de ti parte um impulsante riso mesclado com um tímido gemido receoso que eu note e goste do que vejo, mordes teus lábios como suculenta fruta até que deles brotem as primeiras gotas de sangue em tua língua, já marcada deslizo em tua pele agora aquecida o intimo em sua postura erétil, sentado acima de tuas coxas levo-me aos teus seios tocando-lhe com os lábios e dedos deixando-os eretos, noto os teus entre-abertos ofegantes de tanto desejo, as mãos e pés que tentam sem êxito livrar-sem das amarras, devido a isso dou-lhe repetidas palmadas até que volte o corpo ao estado de repouso deixando-me outra vez no controle de seus impulsos, saio da cama deixando-a sozinha por alguns instantes, noto-lhe a distância inquieta tentando enxergar algo a sua volta, cita-me meu nome duas, três, quatro vezes sem respostas, aos poucos sinto o cheiro do medo que passa a tomar-lhe exalando fortemente tomando todo o ar que paira pelos cômodos de meus aposentos, deixo-lhe então ouvir-me levantando da cadeira onde ali perto a observava, noto em sua face um sorriso seguido de um suspiro como de uma jovem ao reencontrar-se no abraço de teu amado, a chicoteio a distância inicialmente muito leve, aumentando o ritmo e intensidade até que implora-me que eu pare, repouso meus braços por um curto instante então desamarro-lhe trazendo-a ao meu colo, faço-lhe caricias na nuca, ombros, seios, quadril e intimo até fazer-lhe gozar em meus dedos ainda penetrados em tua intimidade rosada, beijo-lhe a testa, levo-a nos braços ao banheiro, banho-lhe e a trago a cama, rapidamente vejo-a mergulhar em um repouso profundo acompanhada de um riso expressivo que a acompanhou até o nascer do sol...

Não foi minha produção, foi presente do - DOM TR - e eu amei tanto que quis compartilhar
Beijos&Mordidas