Mais um dia normal na minha vida, acordo me olho no espelho, escovo os dentes e me arrumo as pressas para o trabalho no escritório. Uma vida chata admito, mas eu ganho bem no escritório de advocacia. Camisa, gravata, paletó e saio correndo pelo trânsito. Depois de algumas horas, chego no trabalho e entro no elevador, olho no espelho, ajeito o cabelo e pronto, entro naquele escritório lotado no 22º andar. Como sempre, todos me olham torto, se perguntando como alguém pode ser como sou, um anormal na visão de todos, sabe aquela sensação de que todos falam de você? Eu sei, sinto isso todo santo dia. Você deve estar se perguntando, por que fazem isso? Bem, eu lhes digo. Desde criança me sentia diferente, nunca fui como os outros garotos, nunca pensei em sexo e nem em masturbação, eu estava muito mais preocupado com o preço do dólar do que o quanto aquela garota era gostosa. Quando fiz 18 anos, percebi que tinha algo errado, aliás muito errado. Eu tinha 18 anos, em pleno século XXI e era BV, então tentei, a qualquer custo, me enquadrar, fiquei com garotas e confesso que não gostei de modo algum, foi horrível para mim e para a minha parceira, simplesmente horrível. Tentei então com um cara, passivo, ativo, tudo aquilo não me satisfazia, não conseguia me enquadrar, não era para mim e ainda não é. Como o pessoal do escritório ficou sabendo? Para a minha infelicidade, a menina que fiquei da primeira vez, trabalhava no mesmo escritório e contou para todos que eu havia "brochado". Como nunca tive vergonha de nada, soltei a bomba e gritei aos 4 cantos -SOU ASSEXUAL! Você já sabe como reagiram, me tratam como um anormal e é horrível para mim. Sento em minha mesa tudo alinhado perfeitamente como sempre e de repente Cláudia, a minha secretária, diz que o meu chefe Dr. Anderson Martins estava me chamando em sua sala. Fui normalmente, achei que era mais um caso grande, já que eu sou um advogado bem promissor se considerar minha idade, só 27, mas não gosto de me gabar. Entrei na sala e me deparei como sempre com o meu chefe para lá de obeso esparramado na sua cadeira com a sua barriga empressada contra a mesa. -O Senhor me chamou? -Sim Matheus, esse aqui é o Guilherme, acabou de chegar do escritório de Curitiba e você está incumbido da tarefa de adequá-lo ao escritório e a cidade e só para constar, espero que faça a tarefa muito bem, já que Gui é o meu sobrinho preferido. -Muito prazer, Guilherme Martins -O prazer é meu, Matheus Klein -Me desculpe, chefe, mas eu não sou a pessoa mais indicada para esse trabalho, todos me odeiam -Por causa, daquele seu probleminha né O olhar de Guilherme se desviou para mim com uma feição de dúvida, comoo se estivesse tentando prever que probleminha era esse. -Você é a pessoa mais indicada para a tarefa, passe por cima disso e a realize -Mas senhor, eu -Já chega! Faça o que eu mandei! -Sim, senhor Até aquele momento, apesar de ter cumprimentado Guilherme, ainda não havia o olhado direito. Saímos da sala e pude contemplá-lo, um cara alto, 1,85, cabelo loiro, forte e muito bem vestido, na verdade parecia muito mais uma versão em miniatura do meu chefe. Quando pude finalmente olhar no fundo dos seus olhos verdes, admito, meu corpo, por algum motivo que não sei dizer, tremeu completamente.
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