Assexual, Eu acho! - Capítulo 3

Nem me dei ao trabalho de me limpar, simplesmente fiquei deitado na minha cama, nu e todo sujo. Eu literalmente não pensava em nada, só no que tinha feito, devo ter ficado umas 2 horas deitado olhando para o nada no escuro, avaliando cada linha da minha vida. Será que tinha deixado passar algo? Será que a assexualidade é uma invenção da minha cabeça? Tomei um longo banho e depois apaguei...
-VAI GUILHERME, METE VAI
-URRRR QUE DELICIA DE CU
-AHHHHHH
Acordo assustado e com o pênis duro, o que era aquilo. Para a minha surpresa já era hora de ir para o trabalho. Repeti tudo que fiz ontem e cheguei no escritório, a mesma sensação de sempre. Sento na minha sala e pedi a Sarah (minha secretária), para evitar que Guilherme entrasse na minha sala. Não deu certo, quando ela abriu a porta ele já chegou entrando
-Onde você se meteu que não responde as mensagens?
-Que mensagens?
Olhei no celular e haviam 53 mensagens dele
-Ai meu Deus! Foi mal, acho que deixei no silencioso sem querer
-Então, você virá hoje a noite
-Fazer o que?
-O coquetel do escritório
-É sério que é hoje, não estou com cabeça para coqueteis
-Deixa disso, você virá né
-E eu tenho escolha
-Engraçadinho
Ele saiu cantarolando da sala em uma alegria nada comum, e eu me olhando na tela do computador estava mais vermelho que um pimentão. Senti muita vergonha de estar na frente dele depois de ter feito o que fiz, apesar de que ele não sabe o que fiz, mas mesmo assim, foi constrangedor para mim. Consegui tirá-lo da cabeça, foi um dia produtivo e estava pronto para pedir ao patrão para que eu não viesse a esse tal coquetel
-De jeito nenhum!!
-Mas eu...
-Nada disso Matheus, você é o membro mais promissor desse escritório, quero te apresentar para vários amigos, vai perder essa chance?
-É obvio que não
-E além disso, preciso de alguém para controlar meu sobrinho
-Como assim?
-Acho que você percebeu que já estou velho e nenhum dos meus filhos quis ser advogado então preciso de um sucessor. Guilherme é o meu sucessor, mas ele é um fanfarrão, só fez festa na faculdade e pelo visto não tem nenhuma vocação para o negócio
-E o que eu tenho a ver com isso?
-Como eu queria que meu filho fosse como você, competente, trabalhador e determinado. Você será meu homem de confiança aqui, você vai controlar meu sobrinho para que não destrua meu legado, por isso quero que você fique amigo dele, para que ele confie em você e aceite suas sugestões
-Ok, chefe, farei isso, serei seus olhos e ouvidos aqui dentro - disse eu com um sorriso amarelo e vermelho de vergonha.
Ser o homem de confiança dele era uma beleza, o que me preocupa é o parte de ser amigo do Guilherme.
...
Coquetel, cheio de pessoas importantes, e fui apresentado um a um, com um sorriso de principe e cordialidade um lorde, tudo para conquistar os advogados mais importantes do país. Depois da sessão de apertos de mão e sorrisos ouço no meu ouvido
-Olhos e ouvidos - diz meu chefe
Esse é o sinal para eu me aproximar do Guilherme, com muita relutância fui. Apesar de ser bajulado por seus laços parentescos estava sozinho em um banco lendo algo .
-Olá
-Olá
-Fazendo o que?
-Parece que você é o queridinho do meu tio
-De onde você tirou isso
-Ele te apresentou para todos
-Ele também fez isso com você
-Mas sem tanto entusiasmo
-Não exagera
-Me diz, somos amigos não somos
-Acho que somos
-OK, sabe de uma coisa, vamos sair daqui
-E ir para onde?
-Que tal a minha casa?
-Fazer o que na sua casa?
-Conversar ué
Gelei completamente. Até onde eu iria para conquistar a confiança dele e agradar o chefe? Seria capaz de passar por cima da minha sexualidade? E o que ele quer comigo?
Seu olhar safado me deixa com medo, penso em recusar, mas a curiosidade e a vontade de agradar o chefe falam mais alto e aceito e de repente sinto sua mão acariciando minha coxa. Arregalo os olhos e ele sorri