RAFAEL ou O ENCONTRÃO - Parte 8

O dia do tal casamento chegou, um sábado em agosto. Ele havia combinado, de que iriamos almoçar e depois teriamos todo o tempo para nos arrumarmos, essas coisas. Claro que tomei minhas precauções, fazendo serviço completo antes de ir para a casa dele, depilação, cabelo, unhas (feitissimas, mas com esmalte transparente) e mesmo tendo organizado tudo bonitinho, acabo me atrasando. Mas ele encara de boa, dizendo que quando a gente voltasse do almoço eu ia compensar meu atraso. Não precisava ser mais claro.

Vamos ao almoço, em um restaurantezinho delicioso perto da casa dele. Voltamos, ele cobra a conta, que é paga com uma gozada deliciosa em minha boca. Descançamos algum tempo e logo esta na hora de começarmos a nos arrumar. Como sempre sou a mais demorada, fico com o banheiro da suíte e ele usa o dos outros quartos. Termino o banho e para minha surpresa não consigo abrir a porta. Depois de umas três tentivas, ouço a voz dele.

- Espera um pouco, já destravo !

Aproveito esse tempo para me avaliar melhor no espelho, como vou de sapinho nada de make, mas acho que uns detalhes bobos consigo usar, tipo uns cílios a mais, talvez um blush bem leve, desisto ... Mas nada impede que leve na bolsa.

A porta é aberta, saio e quando passo por ele , tasco um beijão naquela boca gostosa ! Mas ao olhar para a cama tomo um verdadeiro susto, três pacotes de uma marca de uma loja de lingeries muito transada estão em cima da cama, olho espantada para ele.

- Vai abre os pacotes, menino lindo !

Obedeço, como sempre. Abro o menor deles, um par de meias 7/8 rendadas, lindissimas e entre elas uma liga. Abro o segundo, uma calcinha tipo caleçon, de laterais pouquinho mais largas mas muito cavada. Outro pacote, um corpete underbra, rendado, combinando com todo o resto. Finalmente, a última caixa, uma camisa preta lindissima e uma gravata combinando. Tudo lindo maravilhoso, mas fico olhando para ele tipo : e ai ???

- Você vai usar tudo isso, vai ser o meu menino-mocinha-enrustida. Seu terninho ajustado esta ali. Não se preocupe, ninguém vai notar essas coisas, já verifiquei antes, a única coisa que podem achar estranho, isso se é se alguem notar, são seus saltos altos.

Fala isso, me abraça beija, aperta minha bunda ...

- Vai começa a se arrumar, já que você é menina demais nessas horas (ele falava com total conhecimento de causa) e sai do quarto.

Depois de vestir quase todas aquelas coisas, calço os sapatos e me vou me olhar no espelho, tenho que concordar que esta tudo muito lindo, mesmo, mas que ficaria muito melhor se estivesse de vestido. Justo nessa hora ele entra !

- Porra menina, você vive me surpreendendo, mesmo que eu faça um monte de ginástica de imaginação. Cada dia que passa mais mulher você se torna pra mim.

Sou agarrada, beijada, minha bunda é apertada, aperto seu pau amado.

- Ia te comer agora, mas se começar não consigo mais parar ... Melhor deixar para depois. Ahhhh, claro que você não vai entrar de bolsa, vai ficar no carro, mas coloque o estojo de make e outra calcinha nela !

Outro beijo e sai. Acho engraçado o volume aparecendo embaixo da cueca e fico com uma vontade danada de mamar aquilo !

Tiro os sapatos, visto calça, camisa, mas na hora da gravata peço ajuda. Ele fica por trás de mim, passa a gravata pelo colarinho e meio que fica me encoxando, ao passo que eu brinco de segurar seu pau. Claro que com a brincadeira toda aquilo demora. Mas finalmente esta no jeito, ele me vira para ele, me beija longamente e diz que esta na hora de irmos.
Embora sua vontade fosse me fuder ali mesmo !

Ajeito o cabelo de jeito, não muito hétero, acho meu estojinho de make, do nada também acho um tubinho de gloss incolor, que me dá uma ideia e lá vai ele para dentro da bolsa.

Lá vamos nós. Embora ele tenha tentado me explicar ainda não tinha conseguido entender de quem era o casamento, tipo família, conhecido, pessoal do trabalho. Lá sou apresentada como o sobrinho do interior que tinha vindo para São Paulo fazer um determinado curso e também um determinado concurso. Talvez isso tenha acesso a imaginação de um ou outro conhecido dele.

Não sei se foi pecado, mas durante boa parte da cerimônia, meu homem se divertiu seguindo os contornos das minhas meias e liga por cima da minha calça. Terminada a cerimônia fomos para o buffet, que não era muito longe, mas distante o bastante para que eu pudesse ao menos brincar um pouquinho com aquela coisa dura por baixo da calça dele.

Antes de entregar o carro aos manobristas, tenho tempo para retocar o gloss dos lábios. Carro na rampa, o vallet abre minha porta, desço. Fico esperando pelo meu homem, ou melhor, acompanhante. Seguimos para o salão.

Lá ele me apresenta a mais algumas pessoas, inclusive a um cara lindissimo, que literalmente me devora como os olhos. Como sou O SOBRINHO, ele passa a conversar comigo. Noto, satisfeita, uma pontinha de ciúmes no olhar do meu homem. Quando o salão finalmente se abre, vamos para nossa mesa (sim, as mesas são marcadas) e por um acaso esse cara esta nela e a meu lado. Ou seja de um lado GOSTOSÃO e do outro MEU HOMEM.

Não demora muito para que o LINDÃO se revele ser um mala de primeira, especialmente pelo fato de que quando começou a se sentir intimo começou a me tocar direto, numa dessas passou a mão na minha perna e fatalmente deve ter sentido as tiras da liga ou contornos da meia por baixo da minha calça, visto que em qualquer oportunidade tentava encostar de novo suas mãos em mim. E eu ali entre os dois machos, mas num momento de vacilo do meu homem, o outro rapidinho escorregou seu cartão dentro do bolso do meu paletó.

- Caso você queira conversar coisas mais interessantes comigo qualquer hora.

Fui obrigada a fazer a Cleópatra com isso, senão acho que a coisa ia descambar para a encrenca e isso era a última coisa que eu queria.

Finalmente, a deixa para irmos embora ! Um alívio !
Assim que o carro é entregue, e o manobrista fecha minha porta, ouço alguém dizer :

- Viado lindo da porra ! Eu comia facinho !

Claro que meu ego se enche, no mesmo instante, pego no pau do meu homem ! Estou morendo de tesão !

Segue parte 9