Juarez me pegou à força (cont.)



(continuação...) - Leia a primeira parte antes e, para se envolver totalmente nessa história, leia antes de tudo o relato "Meu primeiro homem foi um militar"...

- Você sumiu, eu disse. E eu precisava de você aqui, bem aqui onde está agora, meu puto... Não gosto de imaginar que você faz isso com mais ninguém, sabia?
- Mas eu não faço cara... - respondi, tendo a nuca forçada em direção aquele cacete grosso e brilhando de pré-gozo. Amoleci e abocanhei ele novamente, pois o que eu mais gostava era de mamar aquela tora pulsante e dura o máximo possível. E Juarez sabia disso.

Fui prá casa achando que tudo estava bem e, na minha inocência, achava que não precisava temer Juarez. Que besteira... ter medo de um macho que me dava tanto prazer! Mas não... Nas semanas seguintes outros pequenos incidentes ocorreram. Comecei a notar que Juarez, sempre que possível aparecia onde eu estivesse, com aquele olhar penetrante que me falava: "O que você está fazendo aí, e com quem?" - o incômodo com as atitudes dele voltou e eu passei a temer que alguém acabasse por questionar ou desconfiar. Então passei a evitá-lo até mesmo no colégio. Fazia de tudo para não ficar sozinho e facilitar qualquer abordagem dele. Isso durou um bom tempo e não vou me estender nessa parte; mas enfim ele casou e parecia ter desistido do que rolava entre a gente.

Na verdade, ele passou a me ignorar. Nessa altura já não estudávamos juntos mais. Lembro que um dia eu passei por ele na praça, cumprimentei e ele claramente fez que não viu. "Acabou mesmo" - pensei. - "Pena que nem a amizade restou..." A vida seguiu, eu havia terminado o namoro com uma garota antes do casamento do Juarez e estava curtindo a vida de solteiro. Ficava com umas meninas; quando rolava alguma oportunidade com uns caras de confiança (na verdade ficava com mais caras do que com garotas)... Mas cidade pequena é um ovo e com frequência eu via o Juarez na rua, a serviço. Claro que ver aquele macho fardado, forte e imponente, com aquela mala que eu conhecia tão bem sempre marcando ostensivamente na farda, mexia comigo demais. E às vezes dava saudade, óbvio. Só parei mesmo de fantasiar com o Juarez no dia em que o vi na rua, à paisana, acompanhado da esposa grávida. Passou por mim como um total desconhecido, não seria diferente depois de tudo que aconteceu.

Dias depois desse ocorrido eu voltava pra casa de madrugada, após uma farra com amigos num barzinho da cidade. Naquela época praticamente não havia risco em andar pelas ruas sozinho altas horas. O silêncio das ruas foi quebrado pela voz grave atrás de mim:
- Isso não é hora de criança estar na rua. - me virei e lá estava ele, quase me alcançando. Sem entender porque depois de tanto tempo me ignorando ele do nada brinca comigo, parei e esperei ele se aproximar. Havia emagrecido um pouco, mas não perdeu o corpão. E tinha bebido, porém parecia totalmente consciente.
- Tudo bem cara? - ele perguntou cravando em mim aqueles olhos azuis brilhantes.
- Tudo, e você? - começamos a caminhar juntos pela rua deserta, insolitamente como dois velhos amigos.
- Mais ou menos... A mulher está no sétimo mês e tá insuportável.
- Imagino que essa fase seja uma barra mesmo... - respondi.
- Ah, é sim... Principalmente pela falta de sexo. Mas isso a gente resolve né?
Não entendi esse "a gente" como sendo nós dois e fiquei calado, sem saber o que responder. Ele deu uma ajeitada no pau e fingi não ver. Estávamos chegando perto de uma esquina onde devíamos nos separar, pois ele morava de um lado do bairro e eu do lado oposto.
- Bom cara... a gente se vê. - Eu disse, pois ia atravessar a rua. Mas Juarez segurou meu braço e falou:
- Péra aí... Não terminamos nossa conversa ainda. Você sabe muito bem do que eu tô precisando, Ronald.
- Cara... Você está casado, vai ser pai em breve... Esquece isso, não vai dar certo.
- Acho que você não entendeu direito.- disse ele apertando mais meu braço e me puxando em direção à rua dele. - Quero você comigo agora. E você vai vir.
- Tá doido cara? Bebeu demais? Tá me levando prá onde, Juarez?
- Prá minha casa. Lá tem onde a gente ficar.
- Endoidou né? E sua mulher???
- Ela só consegue dormir bem tarde, por causa da barriga. E agora ela tá apagada, exausta. Nem vai perceber que cheguei essa hora.
- Cara, melhor não... - tentei argumentar - Outro dia a gente vê isso com calma e...
- Seu PUTO! - ele alterou a voz me interrompendo e fuzilando com o olhar - Tu não tem ideia de quanto tempo eu quero te comer de novo. E VOU FAZER ISSO AGORA. Senão logo você vai ver os comentários entre seus colegas, pois conheço alguns e vou contar que você curte um macho, na encolha.
- Ahh, você não iria se expor... - duvidei, tentando soltar o braço.
- Arrisca e vai ver... Ou você acha que vão acreditar que rolou algo entre eu e você? Fácil eu dizer que me afastei porque você me cantou, né?
- Você não faria isso...
Nisso já estávamos em frente à casa dele. Ele soltou meu braço e falou:
- Se quer tentar, vai embora agora então. Mas vai se arrepender. - eu vacilei olhando pra ele - E tem mais uma coisa. Tenho certeza que você ainda quer isso aqui. - disse, enchendo a mão com o pau já duro na calça.
Pensei em ir, juro. Mas aquele pau ainda me hipnotizava e veio na hora a memória do gosto dele. Além disso, ele estava transtornado. Era bem capaz de me queimar e não seria difícil mesmo fazer isso. Eu ia sair perdendo feio, nem teria coragem de por a cara na rua de novo. Ele abriu o portão sem fazer barulho e deu espaço para eu entrar... e entrei.

Juarez me guiou até a lateral da casa, explicando em sussurros que o quarto deles ficava na parte oposta e ali atrás era a área de serviço. Chegando lá, ele se encostou na mureta, abriu a calça e saltou aquele cacete com a cabeça exposta brilhando de excitação. Parecia até maior mas a pouca luz que vinha da rua talvez desse aquela impressão. Fez sinal para eu me abaixar e mamar. Não vou ser hipócrita, no fundo eu também sentia saudade daquela pica e falei:
- Tá cara... Uma mamada até você gozar e vou embora.
- Mama logo! - respondeu ríspido e, quando segurou minha cabeça enterrando a pica na minha garganta, completou - Vamos ver até onde isso vai.
Ele socava sem dó aquela tora na minha boca e começou a me dar medo, tesão, sei lá... Juarez tirava a pica da minha boca, me batia com ela lambuzando meu rosto e enterrava de novo me fazendo engasgar. Mas controlando o barulho. Senti seu pau pulsar atolado na minha boca, que ele comprimia contra sua virilha peluda, e pensei que ele já ia gozar. Eu tava em sentindo usado mas tinha de ir até o fim para acabar logo com aquilo. Então ele me levantou, segurou meu pescoço e mandou:
- Baixa a calça agora!
- Não... - tentei dizer, e ele apertou mais um pouco meu pescoço.
- Anda logo, seu puto! Faz o que eu tô MANDANDO!

Eu trêmulo soltei o cinto, abri minha calça e ele a forçou prá baixo impaciente com a outra mão, me virando em seguida e forçando meu corpo a dobrar sobre a mureta da área que dava para o quintal dos fundos. Nem vi quando foi que ele baixou as calças dele também, mas com uma mão em minha nuca me mantendo na posição, ele cuspiu no meu rego e espalhou com um dedo, levando até meu cu. Cuspiu mais e forçou, dando um gemido rouco ao encontrar a entrada e socar forte o dedo ali, me fazendo ganir de dor.

- Boca calada, senão apanha, viado! - disse ao mesmo tempo que metia mais um dedo, com violência. Cuspiu de novo e girou os dedos dentro de mim, tirando em seguida e apontando a cabeça do pau na mira. Achou o ponto certo e enterrou de uma vez, como nunca tinha feito antes, me rasgando de uma forma que quase desmaio de dor. Numa fração de segundo seus pentelhos comprimiam minha bunda e meu rabo ardia com aquele ferro em brasa dentro dele. Juarez socava rápido, sem se importar se me machucava, numa foda animal e humilhante. Ele estava me punindo, me mostrando que me dominava e que faria comigo o que quisesse, quando e onde quisesse. Não falou isso, mas sua atitude me mostrava.

Eu não estava sentindo prazer nenhum. Lágrimas desciam nos meus olhos, de dor, de raiva, de humilhação... Cheguei a desejar que a esposa dele acordasse e nos flagrasse ali! Dane-se o escândalo!

Mas então Juarez afrouxou a mão na minha nuca, se deitou sobre minhas costas e mordeu minha orelha, me dando um estremecimento de tesão. Diminuiu o ritmo e disse:
- Sempre fui doido por você cara... Casei pra fugir disso aqui, mas não consegui esquecer... - lentamente, ele me penetrava como antigamente, quase deslizando pra dentro de mim e me fazendo sentir o calor e as pulsações do seu pau, retardando o gozo. Aquilo fez subir um fogo nas entranhas e comecei a rebolar no pau dele, acompanhando o ritmo. Não queria mais gritar, não sentia mais dor, só gemia cadenciado com ele se movendo em mim.
- Fico louco quando te vejo com aquele carinha (Giovanne)... Dá vontade de encher ele de porrada só pra apagar aquele rostinho de puto. Prá você não querer mais olhar prá ele. Você não tem ideia de quantas já bati esses meses todos pensando em estar em você como estou agora, seu filho da mãe.

Enquanto dizia essas coisas, Juarez não parava de me comer com suavidade, quase como se seu corpo se desculpasse da violência com que me invadiu. E não tinha como resistir, eu estava gostando demais já e não dava pra segurar o gozo mais. Gemi e travei o cu em volta do invasor, gozando sem por a mão no meu pau. Como em resposta, Juarez forçou a virilha contra meu corpo e senti seus jatos me enchendo por dentro. Ele desabou todo o seu corpo pesado sobre mim e me abraçou forte.

Não sei quanto tempo passou com ele debruçado sobre mim, ofegante. Eu também ofegava e tentava por a cabeça em ordem; que loucura foi aquilo?

- Me desculpa cara... - disse ele assim que conseguiu articular palavras - Eu já estava desesperado de desejo e não conseguia me aproximar de você. Parti pro tudo ou nada assim que vi a oportunidade, com você sozinho na rua.
- Você me ameaçou, Juarez. - eu respondi, já com a cabeça no lugar, ou quase. - Mas não vai ser assim que isso vai continuar. Não quero ser acuado, não precisa disso. E quanto ao Giovanne, aquele moleque nunca seria páreo pra você, não tenho o menor tesão nele.
- Eu sei, me perdoa... Mas quem estava acuado era eu, nessa sinuca em que me meti engravidando a Ana (fictício). E querendo ter você, mas não podia. Até tentei te ignorar e esquecer, mas cada vez que te via me subia um fogo sem explicação.
- Vou embora e depois a gente conversa... Preciso digerir isso tudo que aconteceu aqui. - O dia já estava quase amanhecendo.

Juarez me levou até o portão e ficou olhando um tempo. Eu sentia o olhar dele sobre mim quase como sentia seu esperma dentro do meu reto.
Foi intenso, alucinante, mas aquilo não daria certo. Mais cedo ou mais tarde ia fugir ao controle e dar uma merda sem tamanho. Nunca senti tanto tesão, paixão, sei lá o que por outro homem como senti por esse macho; mas para o bem de ambos era preciso virar essa página.

Dias depois conversei com ele e disse que não era possível a gente ficar de novo. Ser pego a força e o resultado de continuarmos nos encontrando poder ser um desastre no futuro, me fazendo sentir co-responsável pela separação dele, eram fatos que não davam para ignorar. E eram demais prá mim.
Nunca mais ficamos, pouco depois vim embora para São Paulo, e não soube mais do Juarez.


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Comentários


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engmen Comentou em 16/09/2021

Tesão, paixão, obsessão... as emoções guiam a vida e os contos. Bela sequencia, como de praxe.

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kzdopass48es Comentou em 11/09/2021

Me passa o contato do Juarez. Betto o admirador do que é belo

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natranquilidade Comentou em 15/04/2021

Muito triste ver quantas pessoas sofrem, sentem medo e se escondem por conta de toda essa discriminação em nossa sociedade... O q vcs tinham ia pra além de tesão, era amor. Sinto muito

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gutosh17 Comentou em 01/01/2021

Cara, seus contos são excelentes.

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caracarioca Comentou em 22/08/2020

Muito bem escrito, como sempre

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titoprocura Comentou em 20/08/2020

Concordo com o Morsolix você está escrevendo melhor ainda... O conto ficou excelente. Mostra que é preciso ter coragem para ser feliz.... Abraços!!! E escreve mais! Faz falta boas histórias por aqui... Votadissimo!!!

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ksn57 Comentou em 20/08/2020

Votado - É, é a vida !

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morsolix Comentou em 20/08/2020

Continuação que foge do suspense da primeira parte. Esta sua ausência do site parece que o fez melhorar mais o que já era bom o seu modo de escrever. A princípio da um clima tenso, que algo meio trágico poderia acontecera. É um disfarce para mostrar a homossexualidade latente do Juarez.E assim vivera infeliz para o resto da vida. Votadíssimo.

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pass2019 Comentou em 20/08/2020

Isso é amor

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Comentou em 20/08/2020

Que boa surpresa já ter postado a continuação!! Imagino o que ele deve ter representando pra vc!! Apesar de toda a complicação envolvida nesta história, não é todo dia que um macho desses passa pelas nossas vidas. Abraço.

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ronald43 Comentou em 20/08/2020

Fato é que o Juarez tem um lugar especial nas minhas lembranças, e nunca encontrei um macho como ele...




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Ficha do conto

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ronald43

Nome do conto:
Juarez me pegou à força (cont.)

Codigo do conto:
162927

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
20/08/2020

Quant.de Votos:
31

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