Penso, logo existe - Perdendo a virgindade/Segredos revelados - Cap 5



Enquanto Daniel estava prestes a conhecer Rodolfo e descobrir alguns segredos, Dona Maria estava tentando acalmar Ricardo.

A verdade é que Ricardo estava desolado, por mais que ele tentasse parecer forte e conformado, pois ele sempre soube que contar a verdade para os pais renderia um momento péssimo em sua vida, mas mesmo assim a dor era insuportável.

Dona Maria ofereceu seu colo para Ricardo chorar, mas nem o carinho dela era capaz de diminuir a dor dele naquele momento.

- Ricardo, você sempre terá a mim. - Dona Maria falou, sentada naquele sofá, enquanto passava a mão pela cabeça de Ricardo, que estava em seu colo.

- Eu já esperava que meus pais fossem me expulsar de casa, cheguei a pensar até que meu pai fosse fazer coisa pior contra mim... Eu já chorei bastante ontem, já estava me conformando e tentando pensar no futuro... Mas é pior do que eu pensei... - Ricardo falou, enquanto tentava parar de chorar, deixando Dona Maria sem entender o que era pior.

- O que é pior? - Dana Maria perguntou para sanar sua curiosidade.

- Eu achava... que meus pais não aceitariam... eu ser gay... por causa de crença religiosa... ou da formação militar de meu pai... ou de aprendizados adquiridos... ao longo da vida inteira... Mas é bem pior... Hoje percebi... que é puro preconceito... Pois se eu tivesse serventia para os negócios... eu poderia ser gay... O problema não é com quem eu me relaciono.... mas o que vão pensar deles... Se Daniel... servisse para trazer... lucros pra eles... por causa de mim... eles seriam capazes de me tolerar... pelo menos... E isso dói muito. - Ricardo chorava muito enquanto falava, precisando fazer várias pausas entre as falas.

- Eu nunca passei por uma dor parecida com essa, mas eu te garanto que vou passar por essa dor junto com você. Estarei aqui sempre que você precisa chorar, sempre que precisar de colo, sempre que precisar conversar... A partir de hoje eu serei sua mãe... Mãe não, serei sua tia, porque se eu for sua mãe você vai ser irmão de Daniel e seria estranho pra mim ver meus dois filhos namorando. - Dona Maria enfim arrancou um risinho de Ricardo e o fez parar de chorar um pouco.

- Eu também prefiro te chamar de tia, rs. Mas acho que eu não vou namorar com Dani- Ricardo falou e voltou a ficar triste.

- Mas por que? Vocês dois estavam aos beijos no banho mais cedo, pareciam tão unidos. - Dona Maria realmente não compreendia o que estava acontecendo.

- Ele me deixou aqui logo depois da confusão com meus pais... eu sei que ele é lerdo, que achou que eu realmente quisesse que ele fosse. Geovani me falou que a lerdeza de Dani está cada vez mais pesada, ele nem entendeu o motivo para eu estar na casa de Geovani em plena madrugada, Geovani precisou dizer o motivo, mas lerdeza tem limites.

- Então é isso? Eu conheço meu filho, ele deve ter achado que era melhor fazer o que você estava mandando, puxou ao pai, o pai dele nunca entendia quando eu não falava tudo, eu sempre tinha que falar literalmente tudo e nunca podia dizer uma coisa querendo dizer outra. O pai do meu filho era autista e não tinha acompanhamento médico, por isso não entendia a linguagem figurada e essas coisas, mas no Dani é somente lerdeza mesmo. Tenho certeza que vocês vão se entender depois.

- Mas não é só isso... É complicado de falar... Eu não quero falar mal de seu filho pra senhora, até porque eu também fiz ele sofrer e mereço sofrer um pouco pra reconquistar o amor dele. - Ricardo falava ainda triste e quanto mais ele falava mais triste ele ficava.

- Vocês são primos agora. E eu sou a responsável aqui. Minha obrigação é resolver os conflitos entre vocês. Pode me contar o que está acontecendo mocinho, hum. - Dona Maria falou em tom de brincadeira, fazendo Ricardo sorrir outra vez.

- Ah tia, é complicado. Eu queria muito namorar com ele, mas parece que ele não está na vibe de namorar, ele quer fazer pegação por aí e eu não culpo ele. Da última vez que a gente se prendeu um ao outro eu sumi da vida dele, deixando um buraco enorme. - Ricardo falou com muita vergonha.

- Eu me lembro bem, foram dias difíceis. Kamila e Clara não saiam daqui de casa, Daniel passou meses sem vontade de viver. Te confesso que na época eu achei até que era exagero dele, mas Kamila conversou bastante comigo sobre depressão... Se o problema for esse eu não posso fazer nada. Já diz o ditado "quando um não quer...". Eu preferia mil vez que ele namorasse com você, eu sempre gostei de vocês dois juntos, mas uma coisa te digo: não aceite migalhas, você só vai se machucar se aceitar ser tratado como mais um. Meu filho tem um bom coração, mas quando está solteiro é um problema, pior que quem compra as camisinhas pra repor na caverna sou eu, o farmacêutico deve pensar que minha vida é uma farra. - Dona Maria conhecia bem Daniel, ela via a movimentação no quarto do filho sempre que o filho estava solteiro e sabia que a rotatividade na cama dele era grande.

- O problema é que eu sei que a gente se ama. Tenho certeza que ele me ama tanto quanto eu amo ele, mas ele não quer se prender em um relacionamento agora.

- Meu sobrinho lindo, o amor tem mais haver com atitudes do que com sentimento. Se ele não é capaz de aceitar ficar só com você é porque o amor dele não é forte o suficiente pra isso. Eu sei que existem relacionamentos que as pessoas podem ficar com outras, mas não me parece ser o que você quer.

- Não é mesmo. Eu quero o Dani só pra mim. A gente até pode brincar com outras pessoas, mas os dois juntos...

- Brincar... Você quer dizer sexo?

- Desculpa? Intimidade demais!

- Não tem problema, eu já vi vocês em situações mais íntimas, não tem como aumentar mais o nível de intimidade que existe entre a gente. Mas você já conversou com ele?

- Já sim... Na primeira conversa ele disse que queria se despedir dos contatinhos antes de firmar compromisso.

- Daniel pirou! Só pode! E você vai ser um idiota se ficar esperando por ele.

- Mas eu o amo, não sei o que fazer. E outra: eu estou de favor na casa dele, pelo menos até encontrar um...

- Pode parar com essa conversa! O sentimento você disfarça na frente dele e quanto ao teto não se preocupe. Você é meu sobrinho... A gente não tem uma cama extra aqui, mas você pode se ajeitar no sofá até eu comprar uma cama pra você...

- Eu não quero viver do dinheiro dele, ainda mais sem ter compromisso sério...

- Você não vai viver do dinheiro dele... Daniel vai sustentar a casa com esse tal prêmio, então meu dinheiro vai ficar livre pra te ajudar... Eu sou sua tia, não me custa ajudar um sobrinho querido.

- Eu agradeço, mas...

- Sem mas. Amanhã mesmo a gente vai comprar umas roupas, pra você não ficar usando as roupas de Daniel. Em outras circunstâncias não teria problema, mas esquecer os sentimentos por ele usando as roupas dele eu acho mais difícil.

- Eu queria mesmo era as minhas coisas.

- Isso já é mais complicado. Eu vou pedir ao Geovanizinho pra vir ficar um tempo com você, pois tenho que ajudar a dar banho em uma amiga que sofreu um acidente outro dia. Não tenho como desmarcar, mas só vou sair quando Geovani chegar. - Dona Maria estava mentindo, ela tinha outros planos e precisava levar dois seguranças com ela, o que não foi difícil quando ela explicou o que iria fazer.

- Não precisa, de verdade.

- Eu não pedi a sua opinião. Respeite sua tia!

Geovani estava em um momento mágico. Finalmente ele estava beijando alguém por quem ele já tinha alguns sentimentos e isso era muito melhor, não se comparava a nada que ele já tivesse vivido.

Mas Geovani não perdeu tempo quando Dona Maria detalhou tudo o que aconteceu depois que ele saiu da casa dela. Ele e Lucas combinaram de se encontrar novamente assim que Geovani saísse da casa de Dona Maria. Antes de sair Geovani ainda viu alguns vídeos que mandaram para ele de sua irmã e mais duas pessoas sendo xingadas na porta da casa de Daniel, logo após serem jogados na rua pelos seguranças.

Geovani, ao chegar na casa de Daniel quis logo saber como Ricardo estava. Dona Maria aproveitou e saiu para resolver o problema do momento.

- Rick, pelo amor de Deus! Teus pais te bateram? - Geovani perguntou afoito.

- Bem pior! Eles queriam me usar para ganhar dinheiro por meio de Daniel. - Ricardo disse quase chorando novamente.

- Falando nele, cadê meu amigo?

- Eu pedi pra ele ir à tal reunião e ele foi.

- Mas é muito lerdo mesmo. Ele vai me ouvir. Não é possível uma história dessa! Você aqui sofrendo e ele pensando em um prêmio, tudo bem que é um puta de um prêmio, mas pessoas sempre são mais importantes que prêmio. Começou mal essa história de dinheiro.

- Vamos deixar isso pra lá. Me conta, onde você estava que chegou tão rápido? E está parecendo mais leve, mais feliz... Tua casa é distante, não daria tempo vir de carro, só se você perdeu o medo de moto... Ou não estava em casa...

- Tá, para de tentar adivinhar que você não vai conseguir. Eu estava na casa de Lucas e peguei um Uber.

- Ual! Deu pra Lucas? Eu aprovo viu!

- Ou!!! Eu nem falei o que estava fazendo lá e não sei se devo falar...

- Então isso é um sim! rs Todo mundo sabe que Lucas é gay, ele acha que engana alguém, mas o olhar dele é sempre direcionado pra pica.

- Não dei pra ninguém, infelizmente! Eu bem que tentei esquentar o clima, mas Lucas só quis ficar nos beijos. Eu não reclamo, foram os melhores beijos da minha vida... Meu coração batia mais rápido que bateria de escola de samba.

- Aí que lindo! Meu ex cunhadinho está finalmente apaixonado! Eu conheço o Lucas desde que ele era criança, não tenho muita intimidade com ele, mas acho que vocês combinam. Quanto ao sexo relaxa, Luquinhas ainda é virgem, precisa ser especial.

- Com ele vai ser especial, seja como for!

Um pouco distante dali, na Igreja Católica Matriz da cidade, Clara estava conversando com o padre, a pedido dele. Ela até pensou em recusar a conversa, mas no fim decidiu ir, pois continuar sendo coordenadora paroquial é tudo o que ela mais queria na vida e não poderia deixar nada abalar aquilo.

- Clara, andei ouvindo algumas coisas sobre você e pensei em conversar primeiro. - Falou o padre Francisco.

- Quais coisas padre? Eu tenho procurado andar na linha, segundo as leis de Deus e a proteção do manto da Virgem Maria. - Clara falava, mas não tinha firmeza na voz. Ela mesma não acreditava no que estava dizendo.

- Eu imagino, minha filha. Você sempre foi um exemplo para está paróquia e para todas as paróquias vizinhas.

- Obrigada padre! É por eu ser bissexual? O senhor não se preocupe, nunca fiquei com uma mulher na vida. - Clara normalmente não falava assim sobre a própria sexualidade, mas ela estava com medo de ser afastada da coordenação.

- Não é sobre isso minha filha, apesar da gente saber que essa questão é uma grande luta para você. Recebi algumas reclamações de pais de adolescentes sobre a forma que você aborda alguns assuntos, se desviando dos ensinamentos da sagrados. - O padre conhecia a fama de esquentada de Clara, por isso não estava indo direto ao assunto.

- Isso é apenas fofoca de gente que quer quebrar minhas pernas aqui na igreja, por pura inveja. Padre, o senhor não pode acreditar em tudo. - Clara já estava irritada, pois fazia semanas que as pessoas estavam falando mal da forma que ela conduzia as coisas.

- Por isso eu te chamei para conversar. Vou ser bem sincero, estou preocupado. No começo acreditei que era apenas fofoca, porém agora está partindo de pessoas diferentes, narrativas diferentes, mas que se completam. Algumas em pleno confessionário. Algumas falas suas não estão sendo bem conduzidas. - O padre não quis expor as pessoas, mas alguns adolescentes confessaram pecados que cometeram após ouvir de Clara algumas frases tiradas de contexto.

- Pura intriga! Me diga uma dessas frases, tenho certeza que não falei.

- Vou te dar um exemplo: ouvi ontem de um jovem que você falou, logo após a quaresma, que "Deus não julga o que é feito com amor".

- Padre, eu até falei isso sim, faz uns meses, mas me referi aos erros durante a execução das festas da quaresma. Estava tranquilizando eles em relação a isso.

- Eu entendo minha filha, mas você bem sabe que tudo precisa ser muito bem explicado e fundamentado na palavra de Deus. Você é uma excelente coordenadora paroquial, sabe muito bem como funciona. No próximo sábado reúna o grupo e se explique, não somente sobre essa frase, mas converse sobre procurar ajuda sempre que tiver na dúvida.

- Pode deixar padre, farei isso sim. - Clara já ia saindo, quando o padre a chamou de volta.

- Mais uma coisa: você não está se confessando. Se você estivesse se confessando essa conversa não seria necessária.

- Eu não tenho o que falar padre. Preciso ir, não me sinto muito bem. - Clara nem termina de falar e sai.

Em outro local da cidade, Dona Maria chegava, acompanhada de dois seguranças, para resolver um problema. Ao tocar a campainha, não demora muito e uma mulher abre a porta.

- O que a senhora quer na porta da minha casa? Não foi o bastante a humilhação de mais cedo? Na minha casa as coisas são diferentes, aqui quem manda é meu marido. - Falou a mãe de Ricardo.

- Não quero conversa, só quero as roupas e os documentos de Ricardo. - Dona Maria falou sem paciência.

- Quem a senhora pensa que é? Já não basta abrir os boiolinhas? - A mãe de Ricardo ainda não tinha visto os seguranças.

- Essa senhora é louca de vir até minha casa? - Falou o pai de Ricardo.

- Ela quer as roupas daquele ser que envergonhou nossa família. - Falou a mãe de Ricardo.

- Não vou entregar nada. A gente vai queimar tudo. Aquelas roupas devem estar amaldiçoadas, não servem nem para doar. - O pai de Ricardo estava se achando.

- Olha, eu não vou discutir com vocês. Estou sem paciência. Não quero nem entrar. Vocês tem vinte minutos para colocar tudo em uma sacola e me entregar. Quero tudo o que for de Ricardo, inclusive carregadores, aparelhos, mochilas, certidão de nascimento... Tudo o que for pessoal.

- A senhora só pode estar brincando. - Falou o pai de Ricardo.

- Ela não está brincando e a gente está perdendo muito tempo aqui. Eu vou te ajudar a apressar as coisas. - O segurança Nivaldo falou e mostrou uma arma que estava na sua cintura.

- A gente vai chamar a polícia. - A mãe de Ricardo falou, já com medo.

- Só não esqueça que a gente trabalha para o prefeito e ela é a mãe do novo queridinho da cidade. - Nivaldo voltou a falar.

Ao ouvir isso os pais de Ricardo resolveram acatar o pedido de Dona Maria. Colocaram as roupas de Ricardo em um saco plástico, assim como todos os objetivos que estavam no quarto, até os lençóis de cama eles colocaram em um saco e levaram para Dona Maria.

- Está aí. Não queremos nada que seja daquele depravado. Até as roupas de cama estão aí, vou lavar minha mão para não pegar as bactérias que devem ter aí. - O pai de Ricardo falou.

- Diga a ele que apesar de tudo nós estaremos aqui, quando ele resolver voltar para os caminhos de Deus e parar de pecar. - Falou a mãe de Ricardo.

- Vocês precisam conhecer urgente o amor de Deus. - A mãe de Daniel falou e entrou no carro, não dando tempo para os outros responderem.

Ao chegar em sua casa Dona Maria entregou tudo para Ricardo, que sentiu um misto de alegria e tristeza. Alegria por ter seus pertences de volta e tristeza por isso significar que seus pais não queriam mais conversa com ele. Geovani ainda ficou abraçando o amigo por alguns minutos, mas assim que Ricardo adormeceu ele voltou para casa de Lucas, como era o combinado entre eles.

No condomínio de luxo, Daniel finalmente encontrava com o patrocinador do concurso, sem ainda saber quem ele realmente é.

- Finalmente estou conhecendo você! Sente-se, por favor. Acompanhei o concurso, busquei seu histórico escolar, pesquisei suas redes sociais, olhei até as postagens mais antigas, busquei por ficha criminal... Você é completamente limpo! Nunca postou nada errado, nunca recebeu processos, nunca perdeu de ano, notas sempre boas, nenhuma anotação de mau comportamento... - Rodolfo falava empolgado, se dirigindo a Daniel.

- O senhor pesquisou tudo isso em apenas três dias? Eu venci o concurso na sexta-feira. - Daniel falou desconfiado.

- Você é muito inteligente! Gostei de você! - Rodolfo falou fugindo do assunto.

- Como é o nome do senhor? Nunca falaram para nós o nome do patrocinador. - Daniel perguntou já sentindo que esse senhor poderia Rodolfo, o atual guardião do poder da luz azul.

- Eu pedi para não revelarem! Não gosto de exposições. - Rodolfo falou e não revelou seu nome, pelo olhar e curiosidade de Daniel ele desconfiou que Daniel pudesse estar informado de algo, mas pensou que fossem os sonhos. Rodolfo sabia que todo guardião tinha sonhos premonitórios.

- Entendo. Mas agora... - Daniel tentou falar, mas Rodolfo logo interrompeu.

- Vamos tratar do prêmio. - Rodolfo não queria ainda revelar quem era. Ele queria encantar Daniel primeiro.

- Tudo bem! 50 milhões né? O senhor ai... - Daniel resolveu aceitar que o patrocinador guiasse a conversa.

- 100 milhões! Eu divulguei 50, mas estava pensando que precisaria molhar muitas mãos, o que não foi preciso. Seu prefeito só pediu apoio político e fama, e as pessoas da sua faculdade não pediram nada, eu que gratifiquei sua coordenadora por serviços extras, mas não foi um pedido dela, foi apenas uma forma de garantia minha. - Rodolfo falava percebendo o interesse de Daniel.

- Que tipo de serviço? - Daniel perguntou.

- A garantia de que todos participariam e que fosse um processo justo. Além de informações sobre alguns participantes. - Na verdade ele pagou justamente para o processo não ser justo e Daniel ganhasse.

- Não entendo pagar por isso, mas tudo bem. - Daniel estava cada vez mais desconfiado.

- Você agora vai ser rico, vai entender a garantia e segurança que o dinheiro concede. Além dos 100 milhões, você ganhou 10 casas, 5 nesse condomínio e 5 residências em outro local dessa cidade, e 3 carros também, de diferentes modelos. - Rodolfo falava esperando mais empolgação de Daniel, mas parecia que Daniel realmente não se importava com o prêmio, ou não tinha noção do que receberia.

- Mas como eu vou receber tudo isso? - Daniel perguntou mais uma vez.

- Todos os documentos já estão prontos, só falta você ler tudo e assinar. Uma casa aqui do condomínio já está mobiliada para você se mudar, uma moradora daqui, chamada Sara, fez esse favor para mim. Ela disse que disponibilizaria a empregada dela para auxiliar você em alguns dias da semana, caso você precise. Sara é um verdadeiro anjo nesse condomínio, difícil encontrar alguém rico com um coração tão bom. E o dinheiro já está na sua conta, você tem uma reunião com o gerente do banco amanhã. - Rodolfo não perdeu tempo em elogiar Sara.

- Calma, só um momento. Eu não passei nenhuma informação sobre conta bancária, nem meus dados para transferir os prêmio para meu nome... como o senhor conseguiu? - Daniel falou se sentindo sufocado com tanta informação.

- Como eu te falei: pesquisei tudo sobre você. Tenho todos os seus dados, já coloquei todos os prêmios no seu nome, só falta você assinar uns poucos papéis. Sara está ansiosa para te conhecer pessoalmente, fez até uma recepção para você essa noite, ela adora fazer recepções. Coisa intima, só para te apresentar para alguns moradores desse condomínio. - Rodolfo não queria ter que falar sobre os poderes por enquanto.

- Fico feliz e surpreso. Tudo está acontecendo muito rápido, achei que eu hoje te mostraria meus documentos, que você falaria das casas, mas que levaria um tempo até o prêmio ser meu de fato. - Daniel continuava tentando entender aquela agilidade.

- Não entenda mal. Tenho meses pesquisando as casas, falando com o gerente do banco, comprando e emplacando os carros... só faltava ter seu nome para poder fechar todos os negócios. Assim que você ganhou o concurso eu passei seu nome e suas informações para todos os locais que precisava. Eu comprei e paguei todas as coisas sem colocar um nome nos contratos, uma vantagem de ser rico, agora coloquei seu nome e falta somente você assinar. Está sendo rápido para você, mas eu tenho quase um ano nesse planejamento todo, desde decidir fazer esse concurso até executar. - Rodolfo tentava explicar, mas a verdade era que seus poderes fizeram a maior parte das negociações.

- Eu fiquei curioso pra saber como o senhor enriqueceu e de onde o senhor é. Não me parece brasileiro, mas fala nossa língua perfeitamente. Se não for incomodo para o senhor. - Daniel insistia em saber mais detalhes.

- Eu não gostaria de entrar nesse assunto hoje, mas vejo que é necessário. Nasci na Inglaterra, morei em diversos cantos do mundo e sou fluente em diversas línguas e dialetos, anulo e imito quase todos os sotaques que existem. O português é um dos mais complicados, mas eu me saio bem, pois tenho muitos contatos aqui do Brasil e de Portugal. Eu enriqueci fazendo favores em troca de benefícios financeiros, nada ilegal, não se preocupe. - Rodolfo falou, mas ainda não queria revelar sobre os poderes.

- Como é o nome do senhor? - Daniel perguntou apenas para confirmar o que ele já sabia.

- Rodolfo Windsor MacGyver Floyd, mas pode me chamar apenas de Rodolfo, pois seremos grandes amigos.

Voltando para casa de Lucas, onde Geovani se encontrava depois de ter voltado da casa de Daniel. Lucas perguntou sobre o que tinha acontecido e não entendeu Daniel ter deixado Ricardo em casa depois de um acontecimento daquele, esse não era o Daniel que Lucas conhecia e admirava. Mas a curiosidade de Lucas não durou muito, bastou Geovani se aproximar um pouco para o clima mudar e eles se beijarem sem falar nada. Os dois estavam em um love grande.

- Gi, posso te chamar assim? - Lucas perguntou.

- Você pode! - Geovani respondeu.

- Então, eu percebi que você quer algo a mais, eu também quero, quero muito, a gente nem tem nada sério e eu confio em você como nunca consegui confiar em ninguém... - Lucas tentava falar, mas a vergonha era maior. Lucas é um jovem extremamente tímido, a primeira vez que se soltou foi quando bebeu na casa de Daniel, naquele momento ele se sentiu livre para ser quem é, mas agora, sem o incentivo da bebida, ele era novamente aquele cara tímido que sempre foi.

- Não se preocupe, Dani já me falou que você não fala dessas coisas publicamente... Eu sei que você é virgem e não vou forçar nada, apesar da vontade estar enorme. Eu também não sou muito experiente. - Geovani falou.

- Dani não deveria ter falado, mas eu tô com muita vontade também, nunca senti isso antes, quero me fundir a você e me tornar um, te beijar ainda parece muito distante, preciso te sentir mais e mais perto... Me diz uma coisa: Você já sabe do que gosta? Onde sente prazer... - Lucas falou olhando pra baixo.

- Eu me sinto da mesma forma! Eu adorei de ser passivo, me deixou cheio de tesão, mas também até hoje eu só fui passivo! E sempre foi pelo prazer, nunca senti nada parecido com o que estou sentindo agora! - Geovani falou.

- Sério?!! Eu também queria ser passi... - Lucas nem terminou de falar.

- Com você eu posso ser tudo. Quero estar com você, independente da forma. Eu sei que a gente se conheceu faz pouco tempo, parece idiota falar assim, eu não sou disso, mas é de verdade o que eu sinto e não vou mais me prender, não vou mais fingir ser o que eu não sou, não vou mais fingir não sentir o que eu sinto, não vou ficar me culpando por algo que talvez nem Deus esteja me culpando... - Geovani falou segurando o rosto de Lucas, fazendo os olhares dos dois se encontrar.

- E se você não gostar? Eu nunca experimentei, mas sempre que imagino minha primeira vez, me imagino sendo passivo... - Lucas voltou a olhar para baixo. Ele tinha alguns medos relacionados ao sexo, mas Geovani passava uma segurança enorme no olhar.

- Vamos fazer o seguinte: Eu vou te dar a primeira vez dos seus sonhos e depois a gente decide como vai ser nas próximas vezes... - Geovani falou e foi se aproximando para beijar Lucas, ele não queria dizer ainda, mas já era certeza que Lucas era o homem ideal para ficar com ele. Antes dos dois se unirem em um beijo novamente Lucas saiu correndo, deixando Geovani preocupado. Mas logo Lucas voltou com manteiga na mão.

- Eu não tenho camisinha, nem lubrificante... - Lucas falou ainda tímido.

- Podemos usar essa manteiga mesmo e a camisinha eu tenho. Agora vamos deixar rolar que eu já estou no ponto - Geovani tinha levado uma camisinha para casa de Daniel, mas acabou não usando.

Eles voltaram a se beijar, eram beijos intensos, apaixonados, as mãos de um percorriam o corpo do outro com desejo e carinho ao mesmo tempo, sentindo cada parte possível do corpo do outro enquanto se beijavam. O encaixe de suas bocas era perfeito, o movimento fluía naturalmente, suas línguas dançavam harmonicamente. Não parecia ser uma luta, parecia ser um espetáculo, dos mais belos que existem, do tipo a plateia perde o fôlego.

Geovani resolveu tirar a roupa de Lucas enquanto beijava o corpo dele, a cada beijo era um arrepio diferente que Lucas sentia. Lucas descobriu que sentia muito prazer ao ser beijado no pescoço e segurou a cabeça de Geovani um tempo ali. Geovani aproveitou o prazer que Lucas estava sentindo e colocou a mão por dentro da cueca do mais novo, sentido o cu de Lucas com o dedo.

Os dois já estavam com seus paus duríssimos, mas o pau de Lucas começou a babar quando sentiu os dedos de Geovani circularem a entrada de seu cu. Lucas começou a respirar ofegante e deixou o tesão tomar conta de si. Ele queria mais, queria sentir mais! Então tirou o resto da própria roupa, tirou a roupa de Geovani e o derrubou na cama. Geovani adorou essa atitude de Lucas, e adorou muito mais quando Lucas se posicionou por cima dele, colocando o cu na cara dele e chupando seu pau.

Lucas não tinha nenhuma experiência, mas já tinha visto muito vídeos. Chupar o pau de Geovani era sem dúvidas a coisa mais maravilhosa que Lucas já tinha feito até o momento. Geovani gemia a cada linguada que recebia no pau, até que começou a chupar o cu de Lucas também. Era impossível saber quem estava sentindo mais prazer naquele momento. Cada um deles gemia muito com a boca colada no corpo do outro.

Geovani, depois de realizar o cunete em Lucas, começou a introduzir os dedos em seu cu com a ajuda da manteiga, primeiro um, depois dois e por último três. Lucas não conseguia se concentrar no boquete que fazia de tanto prazer que os dedos de Geovani davam.

Não demorou muito e Geovani se virou novamente na cama, ficando com o rosto de frente para o rosto de Lucas, mas ainda por baixo dele. Os dois voltaram a se beijar com desejo por um tempo.

- Pega a camisinha na carteira e coloca em mim. - Geovani disse recuperando o fôlego.

Lucas pegou a camisinha, abriu com muito cuidado e colocou no pau de Geovani, que apontava para cima.

- Gi, e agora? - Lucas perguntou.

- Agora vai sentando devagar, se sentir dor não levanta, só para de sentar um pouco e depois continua, vai rebolando também que ajuda. Quando estiver tudo dentro você vai sentando e levantando, igual nos vídeos pornôs. Acho que o tesão vai te guiar depois disso. - Geovani falou didaticamente, se sentindo um professor para Lucas.

Lucas obedeceu Geovani, se posicionou de frente para ele, foi sentando e parando. A entrada foi um pouco mais complicada, pois o pau de Geovani parece um cogumelo. Mas depois que passou a cabeça Lucas só sentiu prazer, a vontade de subir e descer no pau de Geovani foi grande e ele começou a fazer isso, sendo orientado pelo prazer.

Lucas subia, descia e gemia muito, falando coisas do tipo: "Isso é delicioso!", "Nunca senti tanto prazer!", "Seu pau tá latejando dentro de mim!", "Gi, eu vou morrer de prazer!"... Enquanto Geovani falava: "Desce e sobe devagar!", "Quica em mim vai!", "Mais rápido Luquinhas!", "Fazer sexo com você é a melhor coisa do mundo!"... Depois de muitas subidas e descidas Lucas gozou em cima de Geovani, fazendo ele gozar também sentindo as piscadas do cu de Lucas.

_______________________________________

Gostaram desse capitulo? Muita coisa ainda vai acontecer com esses personagens.

Como será a reação de Daniel agora que sabe que o patrocinador do concurso e o tão temido Rodolfo são a mesma pessoa? E Ricardo, vai perdoar Daniel por não ter ficado ao lado dele e aceitar ser só mais um ou vai seguir os conselhos de Dona Maria? Quanto aos pais de Ricardo, será que vão sumir da história, ou ainda vão aprontar mais? E Clara, o que será que vai acontecer com ela?

Percebi que a maioria gosta de falar comigo pelo privado do Instagram, então quem quiser me responder por lá fique a vontade: daniellllopesss
Mas quem quiser comentar aqui é interessante também, pois outros podem ver a opinião de vocês.


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Comentários


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passivo3020 Comentou em 28/10/2021

Otimo conto, otimo enredo sabe prender os personagens, porém muito curto, esperava mais pela demora em postar, enfim esperar que o proximo tenha mais coisas




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico danlopes2017

Nome do conto:
Penso, logo existe - Perdendo a virgindade/Segredos revelados - Cap 5

Codigo do conto:
188938

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
28/10/2021

Quant.de Votos:
7

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