Penso, logo existe - Assistindo a foda - Cap 6



Após a foda, Lucas e Geovani foram tomar um banho juntos, eles estavam nas nuvens, mas Lucas não queria demorar no banho para não ser pego pelos pais. Porém, não teve jeito, quando os dois saíram do banheiro juntos, molhados e completamente nus, deram de cara com os pais de Lucas.
- Pai! Mãe! Achei que vocês estavam na missa. Eu posso explicar! Esse é meu amigo Geovani, ele é crente, a gente se sujou e... - Lucas tentou explicar, falando apressadamente, enquanto Geovani paralisava de medo, mas seu Robson interrompeu o filho.
- Já chega né, meu filho! Eu não sou um monstro para você continuar escondendo quem é! O que você acha que eu e sua mãe vamos fazer? - Seu Robson falava calmo, porém com um tom de decepção.
- Filho, a gente te ama, seja você quem for, namore você com quem namorar. - Dona Lúcia, mãe de Lucas, falou calmamente.
- Não é bem o que a gente queria pra você... - Seu Robson falou, mas recebeu uma cotovelada da esposa.
- Vão se vestir e venham para sala, pra gente conversar direito e você nos apresentar esse menino. - Dona Lúcia completou.
Somente nesse momento eles se deram conta de que estavam nus. O medo de ambos foi tanto que eles não pensaram direito.
Geovani até pensou em sair correndo e ir para casa, mas não quis deixar Lucas sozinho naquele momento.
- E agora Gi? O que vai ser de mim? Meus pais vão fazer igual aos pais de Ricardo. Eu não tenho tanta intimidade assim com Dona Maria para ela me abrigar. Eu vou pra rua, vou passar fome, vou virar mendigo... - Lucas falava já chorando.
- Calma Lucas, eu tô aqui com você. Se teus pais fizerem alguma dessas coisas eu te ajudo. Daniel está rico agora e é amigo íntimo do prefeito, ele andou vacilando com Rick, mas continua sendo nosso amigo. Posso deixar pra brigar com ele depois dele te ajudar. - Geovani falava, tentando buscar soluções.
Eles resolveram se vestir e não adiar mais aquela conversa. Quando chegaram na sala os pais de Lucas estavam sentados em um sofá de dois lugares. Lucas e Geovani sentaram no sofá de três lugares, mas sentaram juntos e de mãos dadas.
- Pai, só não me bate, por favor! Eu sei que o senhor deve estar com raiva, mas não precisa me bater. Eu saio daqui, eu mudo de cidade... - Lucas falava, mas foi interrompido pelo pai.
- Lucas, falando assim você me machuca. Que tipo de pai você pensa que eu sou? Eu nunca faria nada contra você por causa disso. Você é meu menino, meu filho homem, meu orgulho, um ser humano descente, muito melhor do que eu, muito mais justo, muito mais amoro... Eu só tenho orgulho de você meu filho. - O pai de Lucas falou.
- Filho, desde que você era criança a gente já sabia, mas sempre esperamos seu tempo. Tivemos anos para te entender e estudar sobre seu mundo. A gente sabe que não é falta de Deus, sabe que não é doença, sabe que não é escolha, sabemos que você ainda pode nos dar netos se quiser... Só queremos sua felicidade. - A mãe de Lucas falou.
- Pode não ser o que queremos para seu futuro, mas não é por falta de amor, é por preocupação. A gente sempre vai te amar, do jeito que você é. - O pai de Lucas falou.
- Aqui vocês têm um lugar seguro para se amarem também, mas sem segredos entre a gente. - A mãe de Lucas falou.
- Usando sempre camisinha e somente no seu quarto. Se eu desconfiar que você usou meu quarto... - O pai de Lucas falou, mas levou outra cotovelada da esposa.
- Não era o momento para regras, no futuro, quando ele for falar desse momento, vai lembrar dessas regras bestas. - A mãe de Lucas falou.
- Bestas? Você sabe quantas bactérias o corpo humano tem? Não é bom misturar as bactérias de um corpo com o outro. - O pai de Lucas é meio paranoico com essas questões ligadas a higiene.
- Então vocês não vão me expulsar de casa? - Lucas perguntou mais para terminar aquela conversa.
- Claro que não! Você é nosso bebê grande. Eu e sua mãe vamos sempre estar com você. - O pai de Lucas falou.
- Vamos enfrentar o mundo com você. Agora nos dê um abraço apertado. - A mãe de Lucas falou.
Lucas levantou correndo e abraçou os pais. Geovani ficou olhando aquela cena linda e se emocionou muito. Quando os três terminaram de se abraçar, Seu Robson falou:
- Agora nos apresente seu namorado.
- Ele não é meu namorado, pai. - Lucas falou.
- Como assim ele transou com meu bebê e vocês não namoram? Que indecência. - Robson falou em tom de brincadeira.
- Não ligue para o Robson, meu querido. Ele gosta de fazer essas brincadeiras sem graça. Me contem o que vocês são e como se conheceram. - Dona Lúcia falou.
- A gente está se conhecendo ainda, mas eu já estou apaixonado. - Lucas falou.
- Eu também! - Geovani completou.
- É lindo ver o brilho nos olhos de vocês. Me contem como se conheceram. - A mãe de Lucas comentou.
Eles ficaram contando a história deles para os pais de Lucas por um bom tempo. Lucas ainda não acreditava que os pais aceitaram tão facilmente.
Nessa conversa eles descobriram que Daniel era quem ensinava sobre ser gay para os pais de Lucas, apesar de Daniel nunca ter confirmado aos pais de Lucas a sexualidade do filho.
Esse fato deixou Lucas dividido quanto a essa atitude do amigo. Por um lado Daniel fez bem aconselhando e ensinando Robson e Lúcia, por outro, Daniel escondeu de Lucas o que fazia.

*** *** *** ***

Na mansão de Rodolfo, Daniel estava paralisado ao saber que o patrocinador do concurso que deixou ele rico era o mesmo homem que tinha poderes e não queria nada de bom com ele. Daniel pediu para ir ao banheiro e ao chegar lá ficou pensando em Thiago, para ver se conseguia mesmo chamar o conselheiro.
Ele realmente conseguiu, Thiago recebeu o chamado por meio daquela conexão com Daniel e se teletransportou para o banheiro da mansão.
- O que aconteceu para você me chamar tão rápido? Eu recebi uma advertência por te alertar antes da hora e estou aqui escondido novamente. Você ainda não recebeu os poderes, ainda vemos dois pontos de Luz azul aqui na terra. - Thiago falou.
- Estamos na casa dele, na casa de Rodolfo. Eu não sei o que fazer. - Daniel falou apavorado.
- Como assim? Por que você veio para casa dele? Eu te alertei, não valeu de nada? - Thiago perguntou.
- Eu não sabia que era ele. Ele patrocinou um concurso que participei, mas não falou o nome, não tinha como eu saber, se você tivesse me dito eu não tinha nem participado desse concurso. - Daniel falou irritado.
- A gente não sabe de tudo. Rodolfo fez as coisas por debaixo dos panos, a gente imaginou que ele estava tramando algo, mas não tinha rastro. - Thiago falou.
- E agora? O que eu faço? Ele está lá fora, querendo que eu assine papéis. Esses papéis podem roubar minha alma? - Daniel estava apavorado.
- Não funciona assim. Calma! Respira! Ele não pode fazer nada contra você. Nem agora, nem depois que você tiver o poder. Mesmo que você assine os tais papéis, pode assinar. Eles não têm valor diante dos poderes da Luz azul. O máximo que ele pode tentar fazer é te corromper, te levar para o lado ruim e fazer você não ajudar meu planeta. Mas quem decide como vai usar os poderes é você. - Thiago falou para acalmar Daniel.
- Menos mal! Mas o que eu faço agora? - Daniel indagou.
- Volte para lá, sorria e acene. Não bata de frente, mas saiba que tudo o que ele falar pode fazer parte de um plano para te convencer a ficar ao lado dele. - Thiago falou.
Daniel voltou para sala e tentou disfarçar o nervosismo, mas Rodolfo percebeu e falou:
- O que está acontecendo com você? Você já sabe sobre mim não é?
- Sei sim. Sei algumas coisas sobre a Luz azul e os poderes. - Daniel resolveu falar, não tinha como disfarçar muito o que ele sentia.
- Te falaram que eu sou um monstro, não é? Que não quis salvar o pobre planeta deles. - Rodolfo perguntou.
- Foi. Me mandaram abrir o olho com você. Você vai tentar me fazer mal? - Daniel ainda tinha muito medo de Rodolfo fazer alguma coisa contra ele.
- Claro que não. Você é útil estando vivo e bem. Eu queria me tornar seu amigo antes de qualquer coisa, mas alguém estragou meus planos. Daniel, eu não sou o vilão aqui. Pelo contrário, eu dediquei minha vida a ajudar as pessoas daqui da terra, admito que enriqueci assim, mas é bem mais fácil ajudar os outros quando você é rico, por isso eu já pulei essa etapa pra você. Você já é rico, quando receber os poderes vai ser fácil viajar o mundo ajudando pessoas. - Rodolfo falava, misturando verdade, meias verdades e mentiras.
- Mas, por que você não salvou o planeta deles? - Daniel quis saber.
- Você acha que eu fui o primeiro guardião do poder? Não, não fui. Quando eles me ensinaram a história do povo deles eu percebi que é um planeta que sempre está em guerra e eles sempre perdem as guerras, muitos outros planetas lutam contra eles. Eu teria que viver em função do planeta deles e eu queria ajudar meu povo, minha gente. Eu não sou escravo deles. - Rodolfo continuava misturando mentiras e verdades.
- Mas eu nunca ouvi falar de você antes. Por que você não acabou com a fome na África, por exemplo? - Daniel era bom em fazer perguntas desconcertantes.
- Você acha que não tentei? Tenho diversos projetos sociais espalhados pelo mundo. Mas meus poderes são limitados e eu comecei ajudando a erguer meu país. A Inglaterra melhorou muito depois que comecei a ajudar. - Rodolfo sabia que Daniel não entendia da história da Inglaterra.
Rodolfo era um senhor experiente, ele sabia que bastava falar algumas verdades no meio de mentiras que ficaria fácil enganar Daniel. Ele nunca tentou ajudar ninguém, somente o bolso dele, mas era verdade que Dradon vive em guerra e é verdade que os poderes dele são muito limitados. Ele só escondeu alguns detalhes, como o motivo para os poderes serem limitados e que ele assassinou um conselheiro com as próprias mãos.
Nesse momento eles foram interrompidos por Sara, antes que Daniel fizesse mais perguntas, ela já entrou dizendo:
- Desculpe invadir, sei que não é elegante, mas o portão da frente estava aberto e estava curiosa para conhecer o famoso Daniel antes dos meus vizinhos.
- Não tem problema Sara, você é sempre bem-vinda a está casa. Daniel, está é Sara, ela será sua vizinha quando você mudar para este condomínio. É a pessoa mais agradável e comunicativa que eu conheço, o homem que casar com ela será premiado com o mais belo tesouro de mulher que existe, mas vai precisar gostar de festas e recepções, pois Sara faz uma por semana em sua casa. - Rodolfo falou empolgado.
- Não é para tanto! Me sinto tão só depois que meus pais faleceram, as recepções são uma forma que encontrei de não ficar solitária. - Sara falou tentando atingir a empatia de Daniel, que também era órfão de pai.
- Daniel, você vai amar conhecer as instituições de caridade que Sara ajuda financeiramente, uma mais linda que a outra. Sara, meu bem, como você fez com a questão da recepção de hoje? Estava marcada para ser uma festa com os funcionários, você fez o que? - Rodolfo falou e aproveitou para continuar elogiando Sara, ele não tinha muito tempo para fazer Daniel se apaixonar.
- Eu juntei as festas, não tinha como desmarcar com os funcionários e Daniel merece uma recepção a altura. É bom que ele já conhece os vizinhos e os funcionários em uma única festa. Tudo bem pra você Daniel? - Sara falou.
- Tudo bem sim, mas não estou sabendo de nada, não estou produzido para festa. - Daniel falou.
- Falha minha, me perdoe. Eu deixei a encargo de uma funcionária a organização e ela esqueceu o principal que é convidar o homenageado da festa. Acontece. O importante é que você está aqui quase na hora da recepção. Chame sua mãe e seu amigos próximos para estarem aqui às 20:00 horas. Tudo bem? - Sara falou, despejando mentiras sobre Daniel, o plano deles era justamente ter esse momento a sós com Daniel, para Sara jogar todo seu charme.
A verdade é que Sara é uma jovem belíssima, mas para conquistar Daniel de vez não seria suficiente. Sara precisaria ter uma história de vida comovente também.
E a princípio não foi tempo perdido, Daniel realmente se comoveu com a história de vida e a aparente bondade de Sara. E como bom bissexual ele reparou nas curvas da jovem também. Mas isso não seria suficiente, pois Daniel pensava em firmar compromisso com Ricardo, ter algo com Sara não seria possível, uma vez que Sara não parecia estar disposta a apenas transar e isso era tudo o que Daniel poderia oferecer.

*** *** ***

Os pais de Ricardo chegavam para um culto noturno em uma igreja evangélica daquela cidade, porém, antes mesmo deles ajoelharem para orar, o pastor chamou eles para o escritório e já foi falando:
- Primeiro vamos orar. Deus grandioso, majestoso, poderes os e infinito, se faça presente aqui e guie nossas palavras. Amém! Irmãos, meu celular hoje não parou, eu não consegui nem sequer ligar pra vocês. O que aconteceu? - O pastor João perguntou.
- Pastor, estamos passando pelo vale. Deus está me espremendo de uma forma que nunca imaginei antes... - A mãe de Ricardo falava.
- Missionária Ana, vamos direto ao assunto, eu preciso ouvir de vocês o que aconteceu, pois já ouvi de muitas bocas, só falta da boca de vocês. - O pastor falou, já nervoso.
- Pastor João, não estou te entendendo. O senhor parece nervoso, estamos em um momento delicado, sofrendo pela falta do nosso filho. - O pai de Ricardo mentiu, tentando se fazer de vítima.
- Me contem a história por favor, estou sendo pressionado pelo concelho estadual da igreja e não tenho uma resposta, pois quero ouvir os senhores. - O pastor continuava nervoso e firme.
- Tudo bem, o senhor manda. Nós descobrimos que nosso filho é ... O senhor sabe... Descobrimos da pior forma possível. Isso acabou com a gente. - O pai se Ricardo falou e a mãe de Ricardo começou a chorar, lágrimas falsas.
- Como essa descoberta provocou imagens do seu filho chegando na casa de amigos todo rasgado e nervoso e de vocês sendo expulsos dessa casa no dia seguinte? - O pastor indagou, estava nítido que eles não iriam tocar nesse assunto.
- Pastor, eu precisava tomar uma posição de homem, ele jogou meu sobrenome na lama. - O pai de Ricardo falou.
- Qual foi essa posição, irmão Túlio? - O pastor perguntou.
- Eu expulsei ele de casa, o demônio não vai imperar na minha casa, dentro do meu lar não pode ter pecado, lá é um lugar santo. - O pai de Ricardo falou.
- E a senhora irmã? - O pastor voltou a perguntar.
- Eu concordei com meu marido, como a boa esposa que devo ser. Mas minha casa estará aberta para aquele pecador quando ele mudar de vida. - Ana respondeu.
- Já ouvi o suficiente. É certo que nossas crenças não compactuam com o tipo de pecado que seu filho comete, mas também não compactuamos com mentira, com adultério, com fornicação, com inveja... A lista é longa e vocês conhecem. Mas expulsar o filho de casa não é o caminho, existem tratamentos para expulsar o demônio e moldar o comportamento. O concelho da igreja quer que eu retire seu título de missionária e deixe vocês no banco por três meses, devido essa repercussão negativa, mas eu sugiro outra coisa. Sugiro que vocês passam perdão na igreja hoje, chamem seu filho de volta para sua casa e postem isso no blog da região. Eu mesmo faço a terapia de conversão no filho de vocês. - O pastor falava como se a tal terapia fosse apenas uma conversa, mas era um terror psicológico que acabava em muitos suicídios.
- Nos perdoe pastor, mas não vamos fazer nada disso. Minha casa não abriga mais aquele depravado. - Túlio disse já se levantando para ir embora.
- Para continuar nessa igreja vocês precisam fazer o que estou sugerindo. - O pastor disse.
- Então estamos fora! Isso foi um erro pastor João! - O pai de Ricardo falou, já se retirando da sala e puxando a esposa pela mão.
Ana não queria sair da igreja, isso significaria perder o status de missionária e começar do zero em outra igreja, mas ela preferiu seguir o marido.
Na porta da igreja eles encontram Debora, que já vai dizendo:
- Dona Ana, Seu Túlio, por que vocês já estão indo? O culto acabou de começar.
- Não fazemos mais parte dessa igreja, o pastor daí defende bicha. - Túlio falou.
- Entendi. É até melhor pra vocês. Esse pastor fala muito em amor, esquece da justiça. - Débora disse como se desse importância para religião.
- É verdade! Muitos se esquecem. - Ana falou baixinho.
- Mas tudo isso é culpa de Daniel. Eu já falei com um advogado, ele vai pedir um acordo extra judicial para não indiciar Daniel por danos morais. Vocês deveriam fazer o mesmo. - Débora falou.
- É uma boa ideia. No fim das contas a gente arranca uma grana boa desses depravados. Mas esse teu advogado é bom mesmo? - Túlio quis saber.
- É um senhor experiente no direito. Bem casado, evangélico, pai de família... Essas coisas que vocês dão valor. - Debora disse.
- Vamos querer sim. Daniel e Ricardo não perdem por esperar. - Túlio falou.

*** *** ***

Enquanto essa conversa acontecia na porta da igreja evangélica, Daniel acabava de assinar todos os papéis que faltavam assinar e agora estava tentando convidar os amigos para sua recepção. Ele pegou o celular da mãe, que estava com ele. Primeiro ele tentou falar com Clara, mas ela não atendeu. Depois ele ligou para Geovani, que atendeu e disse:
- Daniel, hoje estou meio estressado com você, é melhor não te ver hoje, porque eu não vou me controlar e vou te encher de porrada em nome da nossa amizade.
- O que eu fiz? Gi, esse dia é importante pra mim, você não vai estar comigo? - Daniel perguntou assustado.
- Se tu quiser apanhar na frente desse povo rico aí! - Geovani falou sem paciência.
- Mas Gi, eu tenho poucos amigos e você é um deles. - Daniel falou quase chorando.
- Ainda somos amigos, mas hoje estou com raiva de tu. E Lucas está aqui dizendo que não vai também. - Geovane falou.
- Perdi dois amigos e nem sei o motivo! - Daniel disse.
- Por hoje perdeu mesmo, a gente está com vergonha de tua atitude. Mas tu quer um motivo? Pergunta a Ricardo. Tua lerdeza alcançou um nível lamentável. Tchau. - Lucas falou estressado e desligou o celular.
Daniel ainda ficou sem entender o que estava acontecendo e decidiu ligar para Ricardo. Quem atendeu foi Dona Maria, ela já foi dizendo:
- Tu tá onde que ainda não chegou?
- Oi pra senhora também. Vai ter uma recepção aqui no condomínio pra mim, mandaram eu convidar a senhora e Ricardo. Se arrumem... - Daniel até tentou completar a frase, mas a mãe não deixou.
- Não foi assim que eu te criei menino! Como é tu deixa teu namorado aqui sofrendo e pensa em recepção? - Dona Maria falou irritada.
- Mãe, Ricardo não é meu namorado, ele não quis namorar, e essa recepção é importante pra mim! Já vou começar sozinho aqui? Lucas e Geovani não vão vir e Clara não atende. - Daniel falou segurando as lágrimas.
- Tudo bem, se alguém ficar aqui com Ricardo eu vou. - Dona Maria disse, afinal ela é mãe e o melhor para Daniel é saber onde errou e reparar esse erro.
- O que Ricardo tem que não pode vir? - Daniel perguntou realmente sem entender.
- É sério que tu não sabe? Meu filho, tu viu a cena do pai tentando bater nele e precisando ser detido pelos seguranças. - Dona Maria falou irritada.
- Mas eu pensei que ele estava melhor. - Daniel respondeu.
- Pensou errado e vacilou feio com teu namorado. Mas eu vou tentar aparecer aí. - Dona Maria respondeu e desligou.
Daniel ainda ligou para Kamila, ela aceitou de primeira, já que não estava sabendo do que ocorreu com Ricardo na casa de Dona Maria, ela ainda pediu para levar o namorado, coisa que Daniel amou, pois assim não iria parecer que ele não tinha amigos.
Era por volta das 19:40 quando Dona Maria ligou para Geovani outra vez, pedindo que fosse ficar com Ricardo, ele foi e ainda levou Lucas.

*** *** ***

Assim que Dona Maria colocou os pés no condomínio ela sentiu um arrepio muito forte, como se algo estranho estivesse acontecendo e Daniel estivesse em perigo. A mãe de Daniel foi muito bem tratada na portaria e conduzida até a casa onde seria a recepção, a casa de Sara. O local era muito luxuoso, as casas pareciam mansões perto da casa dela, alguns modelos chamaram a atenção dela, ela foi observando cada detalhe.
Kamila e o futuro namorado, Hélio, já conheciam o condomínio, mas não deixaram de se impressionar com a recepção. Hélio, muito esperto, não parava de falar sobre o projeto social que iria desenvolver, fazer contato com as pessoas mais ricas da cidade era muito importante para ele, afinal um projeto não governamental se sustenta com patrocínios. Kamila estava encantava com o empenho e a paixão que o futuro namorado falava.
A recepção foi tranquila, comida e bebida de todos os tipos e música variada, pois Sara se preocupou em agradar tanto os vizinhos ricos, quanto os funcionários do condomínio. A mãe de Daniel estava incomodada com o arrepio que sentiu e não conseguiu ficar tranquila, ela também não gostou de Sara quando conheceu, mas disfarçou, pois só ouviu coisas positivas sobre aquela bela moça.
Em determinado momento Daniel foi apresentado por Sara aos convidados da festa, nada demais, ela parou a música, pediu a atenção de todos e informou que Daniel era o novo morador da casa ao lado e estava se adaptando a vida de rico, na realidade foi apenas pela formalidade, já que todos os sites da cidade tinham anunciado o concurso e a vitória de Daniel. Dona Maria e Daniel amaram conhecer muitos dos vizinhos e alguns funcionários do condomínio.
Kamila, antes de voltar para casa, conseguiu arrastar Daniel para fora da casa de Sara, com o objetivo de saber o motivo para os outros amigos não irem.
- Não sei Kam, a Clara não me atendeu, Ricardo não quis falar comigo, no celular de mainha eu não tenho o número dos meus colegas de faculdade, nem os da igreja. Geovani e Lucas estão putos por algo que eu fiz com Ricardo, mas eu não entendi. Minha mãe também brigou comigo. - Daniel falou baixo, com vergonha que alguém pudesse ouvir.
- Calma Dani, me conta isso direito. O que você pode ter feito contra Ricardo? Geovani eu não conheço direito, mas Lucas te adora, você é um exemplo pra ele, Lucas não teria raiva por nada. - Kamila falou.
- Minha mãe disse que eu deixei ele lá enquanto ele estava mal, mas foi ele que mandou eu vir. - Daniel falou se defendendo.
- Mas no almoço Ricardo estava bem, sorrindo, interagindo, ele precisa ir para terapia, o que ele passou foi muito pesado.
- Depois que você saiu lá de casa os pais de Ricardo estiveram lá, com Debora. Foi uma confusão enorme, Seu Túlio precisou ser detido pelos seguranças para não bater em Ricardo mais uma vez. - Daniel falou sem sentir o real peso de suas palavras.
- Dani, não é possível que tu fez isso! Eu não acredito! Esse não é você! - Kamila falou impressionada com a frieza das palavras de Daniel.
- Kamila, o que eu fiz de errado? Ele mandou eu vir.
- Eu sei que sua cabeça deve estar cheia de questões, já fui sua psicóloga e sei que você não consegue focar quando tem muitos problemas ao mesmo tempo. Mas para um minuto e pensa: Os pais de Ricardo representam muito além da estabilidade financeira dele, eles são a única família sanguínea de Ricardo, representavam a proteção, o carinho, a segurança emocional e tantas outras coisas que uma família representa. É como se Dona Maria virasse as costas para você, isso iria te destruir. E dessa vez é ainda pior, pois uma coisa é perder a cabeça no calor do momento da descoberta, e outra coisa, completamente diferente, é manter o mesmo posicionamento depois de uma noite de sono, sendo capaz de ir ao encontro dele para continuar batendo nele. Meu Deus! Ricardo deve estar devastado, eu não posso atender ele, pois temos certa proximidade, mas vou indicar uma amiga pra ele fazer terapia. Dani, estou decepcionada com você, me faça o favor de pedir perdão de joelhos para esse menino. - Kamila sentia um misto de emoções negativas, pena de Ricardo, tristeza pela atitude de Daniel e decepção com ela mesma, por se sentir fracassada no processo terapêutico de Daniel.
Daniel finalmente entendeu a gravidade do que fez, mas não teve nem tempo de responder, pois Dona Maria já chegou dando um tapa na sua cabeça e falando:
- Finalmente te encontrei em um local que posso te dar uma bronca. Eu não criei filho para abandonar o namorado no pior momento da vida. O que se passa na sua cabeça meus filho? Dinheiro e luxo são mais importantes que acolher uma pessoa? Se você se tornar essa pessoa fria que você demonstrou ser hoje eu não quero estar presente.
- Não, mãe! Por favor, não me abandona, eu não conseguiria viver sem a senhora. Eu fui burro, não pensei, não imaginei como Ricardo estava se sentindo, achei que ficar algumas horas sozinho faria bem pra ele, mas agora vejo que fui burro. - Daniel falou aquelas palavras abraçado a mãe e chorando.
- Meu filho, muito gays tiram a própria vida por muito menos, ser rejeitado pela família não é algo fácil pra ninguém. Por isso eu nunca te rejeitei, mesmo sem entender, quero meu filho vivo, feliz e pertinho de mim. - Dona Maria falou, também chorando um pouco.
Esse momento entre mãe e filho durou pouco, logo Kamila e Hélio se despediram e voltaram para casa. Kamila estava mais tranquila em relação a Daniel, mas ainda estava decepcionada com a falta de reflexão do amigo. Já Hélio estava radiante, pois tinha conseguido o contado de alguns possíveis investidores para seu projeto social. A felicidade dele foi tanta que ele propôs a Kamila de irem comemorar em um motel. Kamila não era adepta de motel, então levou Hélio para sua casa, para terem a primeira noite de amor deles.

*** *** ***

Enquanto mãe e filho tinham aquela conversa emocionante, Rodolfo e Sara conversavam em um local reservado da casa de Sara.
- Pai, como foi a conversa, senti vocês tensos. - Sara perguntou.
- Não me chame de pai, aqui você é órfã, não saia do personagem. - Rodolfo falou irritado.
- Desculpa? Mas o que aconteceu durante a conversa?
- Daniel pergunta demais, isso é irritante, parece que ele está sempre querendo me pegar em contradição, tome muito cuidado com as perguntas dele. E ele já sabe quem eu sou, não sei se foram os sonhos que todo guardião tem ou se foi o idiota do Thiago. Eu preciso ganhar a confiança dele, antes que ele ganhe os poderes e descubra toda a verdade. - Rodolfo estava muito nervoso.
- Que merda! Como assim descobrir a verdade? Existe essa possibilidade? - Sara perguntou com medo da resposta.
- Existe sim. Se ele desbloquear os poderes com a intensidade que imagino que ele vai desbloquear, nós estamos fritos. Ele vai conhecer a verdade sobre tudo, basta pensar na questão e a verdade surge em sua mente.
- Então a gente precisa conquistar ele logo. Revela algo que seja importante pra ele saber, como quem compartilhou as fotos dele. O senhor sabe?
- Sei sim, nem precisei de poderes pra saber, só alguém que entendesse de tecnologia. A amiga dele, Clara, tem muitos arquivos de Daniel no celular. Só pode ter sido ela.
- Então conta pra ele. Ele vai te agradecer muito.
Rodolfo e Sara voltaram para o jardim, onde se concentrava a recepção. Quando avistaram Daniel e Dona Maria novamente Sara falou:
- Minhas recepções não têm hora para acabar. Mas eu quero lhes apresentar a casa nova de vocês hoje ainda. Me sigam por favor.
Sara foi apresentar a casa para os proprietários, Rodolfo foi junto. Sara tinha decorado a casa de forma bem minimalista, colocando apenas o necessário, isso fazia a casa parecer ser ainda maior do que realmente era. Mas não é uma casa pequena, possui oito quartos, sete na parte de cima e um na parte de baixo, além de um banheiro extra em cima e um lavabo em baixo. A parte de baixo da casa também conta com uma mini academia, montada por Sara, uma cozinha estilo Americana, uma copa, duas salas, dois escritórios, uma jardim enorme, uma garagem coberta com espaço para 3 carros, duas piscinas, sendo uma maior e outra menor, dois banheiros na área da piscina, uma sauna e uma mini casa completa ao lado da área da piscina, para abrigar os funcionários quando dormissem no serviço.
Dona Maria achava aquilo um exagero, e o pior exagero foi quando ela viu que até no closet dos quartos tinham roupas de cama e algumas peças de roupa social muito chiques. Sara fez questão de que as primeiras peças de roupas caras do closet deles fosse presente dela. Mas ela e Daniel estavam muito agradecidos em ver a suposta bondade de clara.
Rodolfo estava feliz em perceber a empolgação de mãe e filho, ele aproveitou para revelar o que sabia sobre as fotos.
- Desculpe atrapalhar esse tur pela casa nova, eu preciso falar uma coisa séria com vocês, mas não sei até que ponto vai a intimidade entre mãe e filho, quando o assunto é sexo.
- Minha mãe já me viu transando várias vezes, o nível de intimidade é 100%. - Daniel falou.
- Eu preciso comentar com vocês sobre a questão das fotos vazadas. Como eu já falei para Daniel, eu investiguei tudo sobre a vida dele e acabei sabendo que existe uma pessoa próxima a vocês que tem muitas fotos e vídeos íntimos de Daniel. - Rodolfo falou.
- Sim, eu sei, Ricardo ainda guarda tudo. - Daniel disse
- Não estou falando desse Ricardo, afinal ele foi a vítima, estou me referindo a uma jovem chamada Clara.
Quando Rodolfo falou aquilo o susto de Daniel e Dona Maria foi grande, eles não esperavam aquilo vindo de Clara. Mas tudo fez sentindo na cabeça de Daniel.
- O senhor só pode estar enganado, Clara é amiga de Daniel e também conhece Ricardo, ela é uma pessoa boa, uma menina de ouro, nunca faria isso com Ricardo. - Dona Maria falou inconformada.
- Infelizmente ele deve estar certo mãe, faz todo sentido. Clara reagiu mal quando soube que eu tinha me reaproximado de Ricardo, ela tinha total acesso ao meu celular e gosta de ver sexo gay, e depois que Ricardo apanhou e foi expulso de casa ela ficou diferente e agora sumiu, não foi ao almoço e não me atendeu mais hoje. - Daniel falava juntando as peças.
- A gente precisa falar com ela, não é possível que ela tenha feito isso, eu preciso saber disso agora. Daniel, liga para um táxi, a gente vai lá agora. - Dona Maria estava nervosa.
- Um dos carros de Daniel está aqui no condomínio, já está emplacado e com gasolina, mas não está no nome dele ainda, pois ele só assinou os papéis hoje. Eu ia fazer essa surpresa de vocês já voltarem no carro próprio de vocês, mas podem usar pra resolver esse problema. Querem que eu chame os seguranças para acompanhar vocês? - Rodolfo falou.
- Não precisa. Clara não deve ter feito isso, só vamos averiguar. - Dona Maria disse e eles já se despediram.

*** *** ***

Clara estava sozinha em casa, pois seus pais tinham ido comemorar o aniversário de casamento e ainda não tinham retornado. Ela estava triste, trancada no quarto, já tinha tentado dormir, mas não conseguia. O jeito era assistir os pornôs que ela tinha no celular, um vício que ela tem desde que descobriu o prazer sexual. Ela assistia uma transa entre Daniel e Ricardo quando ouviu alguém bater na porta, ela largou o celular em cima da mesa e foi atender.
- Dona Maria, Daniel, o que fazem aqui? - Clara estava nervosa, pois lembrou que o celular ainda transmitia o vídeo.
- Boa noite! Desculpa a hora, a gente pode entrar? - Dona Maria perguntou.
- Claro, está tarde. - Clara não tinha como deixar eles no meio da rua àquela hora, então foi preciso deixar eles entrarem.
- Minha filha, a gente já se conhece, então eu vou direto ao assunto: uma espécie de detetive nos informou que você tem fotos e vídeos íntimos de Daniel, isso é verdade? - Dona Maria falou impaciente.
- Claro que não, para que eu iria querer ver o Dani nu? Vi durante dois anos, já até enjoei. - Clara mentiu, mas deu para perceber o nervosismo.
- Que bom minha filha, eu acredito em você. Me consegue um copo com água, por favor. Essa possibilidade acabou com meu emocional. - Dona Maria tentava se manter calma.
Clara foi buscar a água que Dona Maria pediu, com isso Daniel andou pela casa, procurando um lugar para sentar. Ao passar pela mesa ele viu as imagens que o celular reproduziam. Daniel ficou extremamente nervosos, chegou a perder a força das pernas e não conseguia falar. Quando Dona Maria olhou na direção de Daniel viu o estado do filho e correu ao seu encontro, pensando que ele estivesse tendo um ataque cardíaco.
- Filho, filho! O que... - Nesse momento Dona Maria olhou para o celular de Clara e também perdeu a fala. O golpe emocional foi muito grande para ambos.
- Aqui está sua água... - Clara começou a falar, mas viu a reação de mãe e filho ao verem as imagens que seu celular reproduziam.
- Clara, o que esse vídeo está fazendo no seu celular? - Daniel perguntou chorando.
- Dani, me perdoa, não era minha intenção, eu queria te proteger de ter outra decepção com Ricardo. Nunca imaginei que os pais dele fariam aquilo. Meus pais e sua mãe são tão de boa com nossa sexualidade, pensei que os pais de Ricardo também seriam... - Clara falava rápido, também chorando. Mas foi interrompida por um tapa na cara dado por Dona Maria.
- Não me meta nessa sua perversidade! Eu te recebi na minha casa todos esses anos de braços abertos e você faz isso? Se tivesse pensando em mim você nunca faria isso, você sabe que meu irmão foi assassinado por ser gay, você sabe muito bem minha dor e minha evolução até aceitar meu filho como ele é, você sabe que seus pais também passaram por uma evolução gigante, seu pai também gostava de homem e sua mãe sofreu para aceitar isso, então te entender foi mais fácil... Ricardo não teve a mesma sorte de vocês! - Dona Maria falava alterada, gritando em algumas partes.
- Me perdoa? - Clara implorava aos prantos.
- Clara você estava lá ontem a noite, depois de Ricardo ter apanhado, você ainda teve coragem de atacar ele com aquele discurso... - Daniel falou chorando muito também.
- Eu perdi a cabeça. - Clara tentou se justificar.
- Perdeu a cabeça? Sabe o que Ricardo perdeu? - Dona Maria falou gritando.
- Não me importo, provavelmente ele merece! - Clara gritou.
Dona Maria não suportou ouvir aquilo e partiu para cima de Clara. A surra foi intensa. Clara tentava escapar, mas Dona Maria segurou no braço dela, a jogou no sofá e começou a bater em Clara com a sandália que usava. Clara chorava, esperneava, pedia desculpas, mas nada parava Dona Maria. Daniel estava inerte, vendo a cena e chorando. Até que um dos vizinhos de Clara, um policial, invadiu a casa e tirou Dona Maria de cima de Clara.
- Olha Dona Maria, eu não sei o que está acontecendo aqui, mas te conheço muito bem pra saber que a senhora deve ter razão, mas já chamaram a polícia, então sugiro que a senhora retorne para sua residência e resolva a questão com a delegacia amanhã. Eu vou falar que foi uma confusão, mas que eu resolvi. Se Clara resolver dar queixa será amanhã. - O policial falou. Ele conhecia muito bem Daniel e a mãe, pois além de fazerem parte dos mesmos grupos da igreja, ele era amigo do pai de Daniel.
Dona Maria resolveu ouvir seu amigo policial, pois nunca tinha pisado em uma delegacia e não queria pisar tão cedo. Daniel ainda estava meio perdido, e não conseguia dirigir direito, mas guiou o carro até em casa em segurança.

*** *** ***

Algumas horas mais cedo, enquanto ainda estava acontecendo a recepção na casa de Sara, Ricardo, Lucas e Geovani conversavam animadamente.
- Então quer dizer que vocês transaram? Ui ui ui!!! Luquinhas não é mais virgem, vou contar para seus pais. - Ricardo falou perturbando Lucas.
- Transaram não, fizemos amor! E meus pais já sabem, conversamos um tempão antes de vir pra cá... Eles foram super parceiros comigo, me apoiam incondicionalmente. - Lucas falou animado.
- Fico feliz por vocês. Mas me digam, o casamento é pra quando? Eu ia perguntar namoro, mas isso é certeza. - Ricardo continuava no clima de brincadeira.
- Vamos com bastante calma, que a gente se ama é certo. Que eu vou pedir ele em namoro também é certo. Mas quero fazer isso bem feito, com aliança e pedido formal, pedir aos pais dele também. - Geovani falou.
- Aff Gi! Tu é chatão viu! Não precisa de nada disso, pede logo, pede agora, na minha frente! - Ricardo falou.
- Eu já me considero namorando então! Só vou esperar o pedido oficial. - Lucas falou olhando no olho de Geovani.
- Então eu vou fazer um pedido extra oficial, só entre a gente. E depois faço um pedido oficial, com aliança e na presença de teus pais. - Geovani falou e foi se ajoelhando na frente de Lucas.
- Ai minha nossa Senhora! Eu nunca recebi um pedido de namoro antes! - Os olhos de Lucas brilhavam ao falar isso.
- Lucas, você aceita ser meu namorado? - Geovani perguntou.
- Claro que aceito! É tudo o que eu mais quero! Meu coração não se aguenta no peito! - Lucas falava rápido enquanto Geovani se levantava.
Lucas e Geovani se beijaram apaixonadamente. Ricardo ficou com os sentimentos a flor da pele ao ver aquela cena, pois ele queria muito estar vivendo aquilo com Daniel, o amor puro que existia entre Lucas e Geovani e era transmitido pra quem observava os dois juntos era a meta de relacionamento que Ricardo queria.
- Meninos, está ficando meio tarde. Eu vou para o quarto de Daniel dormir. Vocês fiquem a vontade aí, se forem dormir abram o sofá, acho que é sofá-cama. - Ricardo falou e se retirou da sala.
Lucas e Geovani entenderam que a questão não era sono, ele até tentaram ir para o quarto ficar com Ricardo, mas Ricardo trancou a porta.
- Não era pra gente ter feito isso aqui! Ricardo ainda não está bem. - Geovani falou.
- Verdade, falha nossa! Espero que ele fique bem. Meu namorado! - Lucas falou.
- Oi, meu namorado! - Geovani respondeu.
- A gente precisa comemorar nosso namoro. O que acha? - Lucas perguntou.
- Aqui? Agora? - Geovani indagou.
- Sim. Esses eventos demoram e Ricardo está no quarto. A gente pode fazer rapidinho e em silêncio, só pra não passar o momento em branco. - Lucas falou.
Geovani nem respondeu, começou a beijar Lucas. Nesse momento Ricardo saia do quarto para voltar para sala e acabou observando os amigos. Ele até pensou voltar para o quarto, mas quis ver a foda dos amigos, ele sabia que os dois não se importariam.
Voltando a pegação do novo casal, eles foram intensificando os beijos e amassos. A mão de um percorria o corpo do outros. Eles se desejavam muito. Nem tiraram a roupa completa, Geovani apenas abaixou a bermuda e a cueca de Lucas. Antes de Geovani chupar Lucas ele viu Ricardo observando, mas não se importou, apenas mostrou ao namorado, que também não se importou em ser visto pelo amigo.
O pau de Lucas já estava duríssimo, não era muito grande, mas era bonito. Geovani estava com tanto desejo no corpo do amado que engoliu o pau dele por completo, colocando fundo em sua garganta. Lucas gemeu gostoso sentindo a boca do seu namorado proporcionar aquele prazer intenso pra ele.
Geovani começou então a chupar e beijar o pau de Lucas com muita vontade. Ele lambia toda a extensão daquele membro do homem amado, depois se concentrava na cabeça da rola e dava uma atenção para as bolas também. Nesse momento Ricardo já se masturbava assistindo a cena.
Geovani colocou Lucas sentado no sofá e levando o quadril do amado. Aquele cu, recém deflorado e explorado apenas por ele estava piscando muito. O prazer de todos os presentes no recinto era nítido.
- Chupa meu cu! - Lucas pediu.
Geovani atendeu o pedido de Lucas e começou a chupa o cu dele e introduzir um dedo. Lucas gemia muito com essa atitude do namorado, o prazer anal dele era gigante, ele poderia ficar recebendo aquele estimulo pelo resto da vida, mas queria mais, queria gozar com o pau do namorado no cu.
- Mete em mim, por favor! - Lucas pediu entre os gemidos.
- A gente está sem camisinha! Tu pega pra gente Rick? - Geovani pediu, já se despindo.
Ricardo não respondeu, foi ao quarto de Daniel, pegou uma camisinha na gaveta e entregou a Geovani.
Geovani encapou o pau e meteu em Lucas, tendo Ricardo assistindo e se masturbando bem ao lado dos dois. Geovani metia devagar, com um entra e sai lento e profundo. Lucas só sabia gemer. Eles resolveram trocar de posição, Geovani sentou no sofá e Lucas sentou por cima. Ele mal sentou e já foi quicando, subindo e descendo. O casal gemia muito, os gemidos dos dois fizeram Ricardo gozar na própria mão. Ricardo gozou e foi ao banheiro se limpar. Enquanto o casal continuava transando.
Lucas se apoio no sofá e ficou parado, enquanto Geovani movimentava o quadril, subindo e descendo, fazendo o pau entrar e sair do cu de Lucas. Nesse ritmo os dois também gozaram e terminaram a transa se beijando.
Antes de Dona Maria e Daniel chegarem os três já estavam na sala conversando e se divertindo. Lucas ainda brincou com o fato de Ricardo ter flagrado os dois, era a segunda transa entre ele e Geovani e a segunda vez que alguém flagrava ele.
Quando Daniel e Dona Maria chegaram a expressão de tristeza dos dois era notável, eles tiveram que falar o que descobriram. Os três ficaram chocados com o que Clara fez. Dona Maria fez um chá de camomila para todos, mas nada ajudava a diminuir aquela sensação ruim de ter sido traída por alguém tão próxima. Ninguém conseguiu dormir aquela noite, Ricardo ficou sentado na sala, revezando entre chorar e sentir raiva de Clara. Naquela noite ele decidiu processar Clara. Lucas e Geovani também ficaram por lá, deitados no sofá-cama, mas sem conseguir dormir. Daniel foi para o quarto, mas só fez chorar, para ele Clara não existia mais.   

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Os asterisco * serve para separar as cenas.
Devido a pedidos eu resolvi adiantar um pouco os acontecimentos. Espero que gostem.


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Comentários


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renancachorro Comentou em 05/11/2021

Dona Maria mais uma vez mostrando q é a dona dece conto, esquece Daniel, quem manda em tudo aqui é Dona Maria, ela resolve tudo. Os poderes deveriam ser dela, essa luz azul errou de pessoa. Hahaha

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renancachorro Comentou em 05/11/2021

Adorei ver Daniel sendo ignorado pelos amigos, mas ainda é pouco, espero q o castigo dele seja maior e q Ricardo tbm ignore. Os pais de Ricardo tbm merecem sofrer mais, muito mais, não costumo ser tão perverso assim, mas esse conto mexeu comigo.

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renancachorro Comentou em 05/11/2021

Adorei a surra de Clara, foi bem merecida. Agora vem essa Débora querendo infernizar tbm, espero que ela se ferre igual Clara. Gostei da comparação: ela fez Ricardo apanhar e apanhou pelo mesmo motivo, só falta ela ser expulsa de casa pa receber na mesma moeda o q fez com o pobre do Ricardo. Aguardando a próxima sexta já.




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico danlopes2017

Nome do conto:
Penso, logo existe - Assistindo a foda - Cap 6

Codigo do conto:
189475

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
05/11/2021

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