Eu sou daqueles que custaram muito para aceitar a idéia de ser passivo numa relação sexual. Hoje, lamento não ter me iniciado mais cedo. Arrependo-me de não ter aproveitado as oportunidades se surgiram em vários momentos da minha vida. A primeira chance concreta de me entregar para o prazer de comedor aconteceu quando, ainda era bem jovem. Foi com um colega de escola, que era meu vizinho. Era verão e estavam pavimentando a rua onde morava. Eu me distraia catando seixos misturados nas areias que usavam para assentar as pedras do calçamento, aquelas pedrinhas bem polidas. Sem que notasse, ele, o José Paulo, apareceu e foi direto: “Vamos foder?” Eu não sabia bem o que aquilo significava, imaginei que seria repetir com ele o que eu já havia feito com outros, que era apenas mostrar os pintos, o que por si só já era bem excitante. A minha resposta foi simplesmente uma pergunta: “Onde?” Ele, bem tranquilo, disse três inesquecíveis palavras: “Ali na obra”. Havia, de fato, uma casa em construção pouco adiante. E a obra estava parada há algum tempo, meio abandonada. Era um lugar perfeito, pois ninguém nos veria lá dentro. Hoje, lembrando a tranquilidade e a firmeza com que ele falou, dou-me conta de que ele já tivesse usado este mesmo lugar para comer outros garotos da vizinhança. E, simplesmente, sem falar nada, me dispus a acompanhá-lo, a ir “para o abate”, para ser desvirginado. Mas... ainda não era a minha hora se ser submetido como uma fêmea. Minha mãe apareceu na porta de casa e me mandou entrar, para... jantar. Eu, que ia ser “jantado” pelo, acabei tendo deixar o José Paulo a ver navios. Hoje, eu me imagino lá dentro, no silêncio daquela construção, já meio escuro porque entardecia. Teria sido muito fácil fazer a coisa. Como estava calor, eu vestia apenas um calção com elástico na cintura. Era só baixar o calção e eu ficaria peladinho, com meu rabinho à disposição do Zé Paulo, meu corpo inteiro para ele se divertir. Em segundos estaria acolhendo dentro de mim a minha primeira piroca, estaria pela primeira vez dando prazer para um macho. Depois disso passaram-se muitos anos. Até que me vi morando, em um quarto de pensão, com um colega do tempo do que há época se chamava curso ginasial. Já estávamos em outra cidade. Ele estudava medicina e eu só trabalhava, pois ainda não entrara na faculdade. Ele tinha namorada fixa, estava quase noivo. Certa noite ele volta da casa e inusitadamente começa a me assediar dentro do nosso quarto. Insistentemente Nesta época, eu já sabia do que era uma relação homossesual. Já havia lido muitos “catecismos” do Zéfiro. Tempos depois, me dei conta de porque ele que ele estava tão insistente. Naquela época a maioria das mulheres não fodia com namorados ou noivos pois tinha medo de que, o cara tendo comido ela, não quisesse mais casar (situação muito bem explorado na comédia italiana “Seduzida e abandonada” de 1964). Zé Luís certamente tinha voltado para casa louco de tesão após ter se arretado muito com a namorada, mas não chegara a comer ela. Mesmo podendo ter sido uma presa fácil, como daquela vez com o Zé Paulo, quando aceitara sem pestaneja o convite de ir “para a obra”, desta vez, com o José Luís, já não mostrei a mesma docilidade. Naquela noite, apesar do assédio cerrado a que fui submetido, infelizmente, eu resisti inabalavelmente. Somente anos depois, quando me assumi como passivo, como veado como puto, depois que liberei a porta dos fundos para os machos terem prazer, é que me dei conta do que eu havia deixado de usufruir: de ser para o Zé Luís a puta que a noivinha dele não quisera ser. E sempre fico imaginando como teriam passado, dali em diante, a serem deliciosas as nossas noites naquele quarto de pensão...
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