Os Imorais falam de Nós - Capítulo 19



CAPÍTULO 19 – A PARTIDA E A BRIGA

        Depois do dia da missa, ela veio de mala na mão se despedir.
        _ Como assim! _ Eu disse e não acreditava o quê eu tava ouvindo: _ E eu? Vô ficar aqui?
        _ Vai ser melhor pra você.
        _ Como assim! Desde quando você pensa em alguém que não seja você?
        _ Eu vou fazer de conta que não escutei isso.
        Ela me virou as costas, e saiu.
        _ Como assim! Você não vai fazer isso! Eu sou maior! Você não pode me prender aqui!
        Ela fingiu que não me escutou, e saiu. Elas já estavam dentro do carro, quando a minha vó disse a primeira palavra:
        _ Marisa, você acha realmente que isso tá certo?
        _ Tenho certeza mamãe. É o melhor pra ele.
        _ E quem é você pra decidir isso mãe!
        Ela nem me escutou, e ligou o carro saindo logo depois.
        _ Vó! O que eu faço!
        Ela me abraçou, e me levou pro quarto.
        _ Filho, tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, e você tem que ter força agora meu querido. Sua vida não vai ser fácil.
        Nesse momento ela pôs a mão na minha cabeça, e eu comecei a sentir uma paz enorme me dominando, enquanto ela dizia num tom de voz mais tranquilizador possível:
        _ Descansa criança, descansa. Eu agora estou tomando conta de você.
        A paz só aumentava, e eu senti o meu corpo se dobrando como se uma mão invisível o estivesse puxando, e eu dormi profundamente.
        Eu acordei com um barulho meio surdo ao meu lado, e senti a cama vibrando. Eu olhei no relógio, e vi que eram seis horas da manhã. Eu peguei o meu celular, e era uma nova mensagem de e-mail. Outra foto do Caio, dessa vez ele deitado em uma cama, totalmente nu, e com uma menina rindo descarada. Tinha uma mensagem dessa vez:
        “Eu tô te avisando trocha. Largue dele, será que isso não prova?”
        A minha vó entrou no quarto, e me viu com o celular na mão, e tirou-o dela, e disse:
        _ Eu quero conversar com você Vicente. _ Mesmo com toda a doçura, eu percebia um pequeno tom de tristeza na voz dela. _ Venha comigo. Vamos dar uma volta pela fazenda.
        Eu assenti sem nada dizer. Não tinha mais forças pra falar nada. Com a roupa que eu estava, me levantei e a segui pra fora onde dois cavalos estavam selados. Ela montou em um todo branco, e me indicou o outro negro como a noite.
        _ Vem filho.
        Eu montei me sentindo meio estranho já que fazia muito tempo que eu não montava. Nós cavalgamos por um tempo grande, não sei dizer quanto, mais chegamos a um lindo lago de água transparente, onde várias árvores proporcionavam uma sombra grande e fresca. Ela desmontou, e mandou q eu fizesse o mesmo, e me fez um sinal pra sentarmos à sombra de uma árvore.
        _ Vicente, você sabe o porquê de tudo isso não sabe? _ Eu olhei espantado pra ela, já que eu não esperava que ela fosse me fazer essa pergunta. _ Quero dizer, o porquê de você ter ficado aqui, contra a sua, e a minha vontade. Não que eu não queira que você fique. Pelo contrário, eu quero que você fique. Mas, quando estiver com vontade, não forçado. Você sabe por que a sua mãe está fazendo isso? _ Mesmo sabendo, eu fiz um sinal que não com a cabeça. _ Pois eu acho que você sabe muito bem. Hoje é a segunda vez que eu te pego chorando olhando pra uma foto no celular. Na primeira vez, eu realmente pensei uma coisa, mais depois da conversa que eu tive com o seu pai, hoje eu tive certeza, era por outro motivo. Há quanto tempo você está com ele hein? _ A pergunta dela me pegou desprevenido, e a minha cara de total surpresa me denunciou. _ Eu sabia que eu não estava errada. Vicente, me responda, há quanto tempo vocês estão juntos?
        _ Como vó?
        Eu tentava urgentemente reorganizar os meus pensamentos, e precisava de tempo pra decidir: contava a verdade, ou deixava o tempo se encarregar disso?
        _ Você me entendeu muito bem. Há quanto tempo você e o rapaz da foto estão juntos?
        _ Que foto? Que rapaz?
        _ Vicente, veja bem, eu sei da história. Seu pai não quis me contar, disse que são coisas pessoais suas, e que você contaria quando achasse que estava na hora. Mais eu deduzi pelas conversas de sua mãe com a amiga dela, e tive certeza quando vi a foto e você chorando hoje. Agora deixa de enrolação, e diga: há quanto tempo você e ele estão juntos?
        Sem saída, eu fiz força e a minha voz saiu em um fio:
        _ Pouco mais de seis meses.
        _ E por que você estava chorando olhando a foto?
        _ Ele estava me traindo!
        _ Você tem certeza disso? Tem absoluta certeza?
        _ E não posso ter? Como? Eu vi a imagem, e uma imagem vale mais que mil palavras.
        _ Você tem certeza que é ele realmente quem estava naquela foto?
        _ Já não disse?
        _ Certo. Pois bem, e por que você está aqui?
        _ Porque a minha mãe é contra. Ela não aceita que eu e o Caio namoramos.
        Ela me olhou com ternura:
        _ Certo. E te trancar aqui sem que ele saiba, sendo longe de São Paulo vai manter você longe dele mesmo... Ele não te ligou nenhuma vez?
        _ Não. E é isso que me faz acreditar que ele tem culpa no cartório.
        Ela sacudiu a cabeça, como clareando as ideias.
        _ Vamos voltar. E você fica sabendo: eu não estou ajudando a sua mãe. Pelo contrário, quero mais é ver o sorriso no seu rosto, mesmo que isso seja com outro homem... E mesmo que seja doido pra mim.
        Eu tinha perdido a voz, e só olhava com um nó na garganta. Ela se levantou me olhando nos olhos com grande ternura:
        _ Filho, eu não posso contradizer a sua mãe, mais aqui você não é prisioneiro. E eu chegando em casa, eu vô falar com o seu pai, pra ele vir pra cá. Vocês dois devem conversar juntos, e ele há de te mostrar se as fotos são realmente verdadeiras, agora vamos?
        Ela pegou a minha mão como se eu fosse uma criança, e nós montamos e saímos a galope.
        Nós entramos em casa, e eu fui à mesma hora pro piano, meus dedos foram por instinto, e a música “Moon Light Sonata”, encheu a sala, e os meus olhos de lágrimas. Maldito seja quem disse que amar é uma coisa fácil, nunca tinha amado de verdade. Meu coração doía como se eu tivesse pego uma faca de cozinha afiada, e enterrado ela até o cabo no meu peito. Uma dor lancinante atacava meu peito sem dó. Eu saí mal conseguindo enxergar o caminho na minha frente por causa das lágrimas que escorriam. Eu entrei no quarto e deitei olhando a foto que nós tínhamos tirado na nossa viagem à praia. Eu dormi, e acordei no outro dia com a dor mais horrível da minha vida.
        Como já tinha se tornado rotina, eu olhei pela janela pra ver se via o empregado que eu tinha gostado, e realmente vi. Mais vi algo mais, um carro familiar estava estacionado na frente da casa, o... “Meu carro!” Eu não entendi de imediato, mas, se eu tinha deixado com o meu pai, ele só podia estar aqui!
        Do jeito em que eu estava, desci pra cozinha e fui correndo atrás da minha vó.
        _ Vó! Vó! Vó!
        Ela sorrindo me olhou:
        _ Diga?
        _ O meu pai tá aqui?
        _ Sim. Chegou ontem pouco depois da meia-noite.
        _ E cadê ele?
        _ Aqui filho.
        Eu me virei correndo até ele. Nós nos abraçamos e eu me senti plenamente feliz, plenamente seguro.
        _ Pai! Como é bom te ver!
        _ Eu digo o mesmo filho. Sua vó já me pôs a par de toda a situação. E nós temos muito o quê conversar.
        _ Mais depois do café. Vocês podem conversar o tempo todo.
        Nós comemos em silêncio, e fomos pro meu quarto.
        _ Bem filho, agora eu quero ver os e-mails que “supostamente” têm as fotos.
        Meu coração pulava no meu peito, e eu estendi o celular com mãos trêmulas pra ele.
        _ Vamos dar uma volta a cavalo?
        _ Sim.
        Nós saímos, e pedimos dois cavalos a um empregado da fazenda. Mais uma vez eu estava em um cavalo negro, e o meu pai também. Nós andamos por um tempo, e chegamos ao mesmo lugar que a minha vó tinha me levado.
        _ Então filho. Posso ver essas fotos?
        Eu fiz que sim com a cabeça.
        Ele abriu minha caixa de entrada, e olhou foto por foto, até chegar a última que eu recebi, e me olhou nos olhos.
        _ Vicente, eu vô encaminhar essas fotos pra um amigo que é fotógrafo, e tem experiência com “Photoshop”, e ele com certeza pode nos ajudar.
        _ Mais pai...
        _ É o melhor no momento filho. Ele é um amigo de confiança, e eu posso contar com ele pra isso. Vicente, nós só vamos poder ter certeza da autenticidade dessas fotos, se um profissional nos ajudar.
        _ Mais pai, e se ele colocar isso na internet sabe lá...
        _ Pode ficar tranquilo filho. Eu mando as fotos, e quando nós chegarmos à casa da sua vó, você liga e conversa pessoalmente com ele.
        _ Certo pai.
        Eu sentia o nó crescendo na minha garganta, e mais uma vez, eu senti que acabaria chorando.
        _ Bem filho, agora me escute bem, eu conversei com a Ângela, e com o Caio também, e eu acredito plenamente nele. Vicente, depois de tudo que vocês passaram, depois de tudo que aconteceu na vida de vocês dois, você realmente acha que o Caio seria capaz de fazer isso com você?
        _ Mais pai! As fotos falam por si!
        _ Se, essas fotos forem verdadeiras né filho. Se, elas forem reais... O que pra ser sincero, eu não acredito. Filho, ele tomou um porre astronômico, até usou maconha. Você acha que ele estaria assim se não fossem falsas essas fotos?
        Essa menção de uma falsidade me encheu o coração de esperança
        _ Você acha mesmo pai?
        _ Filho, eu não quero dizer nada agora. Mais tudo tem dois lados. Vamos voltar agora, e o próximo e-mail que você receber com essas fotos, me mostre antes de abrir sim?
        Eu concordei com a cabeça, e nós montamos indo pra casa mais uma vez. Eu olhava o caminho por onde passávamos, e vi uma estradinha que saía da que nós estávamos, e levava a um morro pelo menos era o quê eu podia ver. Eu parei o meu cavalo, e fiquei em dúvida por uns instantes.
        _ Vem filho. Você vai ficar parado no meio da estrada?
        Eu não respondi nada. Instiguei o cavalo, e entrei a galope na estrada. Ao longe eu ouvia meu pai gritando meu nome, me mandando esperar. Mais eu não iria esperar. Eu não queria esperar. Eu instigava o cavalo cada vez mais. Me sentia ligado a ele, numa perfeita sincronia cavalo cavaleiro.
        A estradinha ia serpenteando pasto a dentro, e me levando cada vez mais perto de uma casinha simples e pequenina.
        _ Que lugar lindo!
        A casinha era todinha branca, com uma cerca de madeira, também branca, e um jardinzinho a toda a volta. Eu me sentia um cavaleiro se aproximando da casinha de algum personagem de algum desenho animado, sei Lá, Branca de Neve quem sabe... Diminui
        A marcha do cavalo, que arfava já demonstrando cansaço, e fui bem devagar até o pequeno portão que dava acesso a casa. Nenhum barulho era ouvido além dos passarinhos, e do vento que soprava mansamente pelas árvores. Mais uma vez eu me lembrei do Caio. E mais uma vez, eu não consegui evitar que as lágrimas rolassem de meus olhos. Por que meu Deus, eu não conseguia tirá-lo da minha cabeça? Por que eu não conseguia esquecê-lo simplesmente... Deixá-lo livre de mim?
        Perguntas essas que vinham junto com um momento muito feliz pra mim... Ele sentado ao meu lado, com uma lata de cerveja, uma mão esquecida sobre a minha coxa, e eu tocando “Moon Ligth Sonata”... Eu lembro cada nota que o piano soltava, era um sentimento meu que se aquietava.
        Eu senti o cavalo parar, e me dei conta que eu estava diante do portão da casinha.
        Eu desmontei, e amarrei o cavalo a cerquinha do jardim e entrei pelo portãozinho. O caminho era de pedras quadradas, muito bonitas, bem limpas e polidas. Eu cheguei até a porta, e bati de leve. O vento soprou mais forte fazendo o cavalo se sobressaltar, e o meu corpo se arrepiar todo. Não havia um só barulho, um som se quer. Eu resolvi dar a volta pra ver se eu conseguia vislumbrar alguma coisa por alguma janela. Eu fui andando bem lentamente, e olhei por uma janelinha, que me mostrou um pequeno quarto, que me lembrava algum lugar que eu já havia estado... Mais eu não sabia exatamente onde. Eu entrei nos fundos, e por outra janela um pouco maior, eu tive noção de onde eu poderia estar. Eu vi uma cozinha delicada, como tudo no lugar, e senti uma paz enorme me invadindo.
        Na mesma hora eu resolvi que iria entrar na casa, e descobriria quem morava ali. Um detalhe me chamou a atenção: a pequena cozinha estava impecavelmente limpa, bem como tudo nos arredores da casinha. Mais não havia um sinal de vida qualquer por ali. Não havia um sapato a vista, uma toalha secando no varal, uma roupa pendurada em qualquer canto...
        Eu voltei pra frente da casa, e tentei abrir a porta... Trancada. Quando eu já estava desistindo, e me virei pra voltar pro cavalo, eu ouvi um som metálico debaixo do tapete, e exatamente debaixo do meu pé. Eu me abaixei, e ergui o tapete, e achei uma chave. Uma única chave. Seria a da porta? Sem pensar duas vezes. Eu tentei e obtive êxito na minha tentativa. A porta se abriu, me mostrando uma salinha toda arrumada, e como eu imaginava, a casa não tinha morador há muito tempo, a se julgar pelo jeito que estavam os móveis, e pelo fato de não ter cheiro nenhum... Nem de casa fechada... No fundo no fundo, se sentia um leve cheiro de eucalipto, o quê mostrava que essa casinha havia sido habitada por alguém... Mas, quem?
        Eu estava perdido em devaneios, e um barulho vindo de fora me despertou, me fazendo lembrar-me do cavalo amarrado a cerca do jardim. Eu procurei uma vasilha velha, um balde que eu pudesse usar como bebedouro, e encontrei um balde de plástico colocado atrás da porta dos fundos. Eu lavei com água, e fui por pro cavalo beber. Meu celular vibrava constantemente eu já não dava mais importância a seja lá quem for. Eu apenas queria me perder de mim mesmo por alguns momentos... Queria quem sabe, encontrar a paz esperada... Eu tirei as botas que eu estava usando, e fui explorar a casinha, e encontrei um quarto com uma cama baixa, e com uma janela coberta por uma cortina fina bem leve. Eu abri a cortina, e descobri que eu tinha olhado por essa janela. Eu sentia um cansaço se apossando de mim, já não tinha mais forças pra resistir. Tirando a calça e a camisa, me deitei na cama, sentindo uma brisa mansa me fazer cafuné. Em menos de dois minutos, eu estava dormindo profundamente...


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Comentários


foto perfil usuario passivo_1996

passivo_1996 Comentou em 23/03/2015

Concordo cm o San, leio tb cm uma rapidez pela emoçao de obter o conteudo do conto. Tive e estou vivendo uma situação parecida com a sua no começo digamos temporada. Parabéns pelo conto, estou em êxtase at agora e continue.Aguardo ansioso pelos próximos capítulos!!!

foto perfil usuario flyrj19

flyrj19 Comentou em 21/03/2015

Nota 10 !

foto perfil usuario 0411959san

0411959san Comentou em 21/03/2015

Victor,eu leio numa rapidez quando percebo acabou, fico pensando quando virá os próximos capítulos, estou adorando seu conto.Por mais que eu tento vejo um pouco de mim nestes personagem, vejo meus pais quando assumi de certa forma, embora hoje ele meu pai não implique muito.




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico victorpass-sjc

Nome do conto:
Os Imorais falam de Nós - Capítulo 19

Codigo do conto:
62285

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
20/03/2015

Quant.de Votos:
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