Os Imorais falam de Nós - Capítulo 26 - Final



CAPÍTULO 26 – Comemorações

        Depois de tudo que aconteceu naquela tarde na casa em Ubatuba, eu e Caio nos mudamos pra um apartamento que os nossos pais nos deram, e aqui nós vivemos até hoje. A minha mãe, teve que enfrentar alguns processos por cárcere privado, e agressão. Meu pai queria que fosse acrescentado o por preconceito, mais eu não deixei. Ela hoje em dia, se converteu, faz parte dá “Igreja dos Sete anjos de Deus na Terra dos Últimos dias”, ou seja lá como se chama. Sei que agora ela se aprofundou tanto com Deus, que mau a vejo de tantos retiros, e vigílias.
        Bem, eu e Caio estamos juntos há dois anos, muito felizes sim, e vivemos como um casal, e nunca mais deixamos que nada nos separasse...
        _ Vicente, destranca a porta! Eu juro que me seguro dessa vez!
        Tá bom, quase tudo, mais o Caio depois de comer uma feijoada... Ah, você sabe não?
        Bem, nós continuamos juntos, e a não ser os gazes dele, nada nos separa. Bom meu pai se juntou com uma ex-professora minha. Da pra acreditar? Pô, ele bem que podia ter feito isso antes... Acho que eu ser filho do namorado dela teria contado na hora das médias... O Fernando... Bem o Fernando pelo que eu sei, ficou com aquela coceira no rabo, louco pra dar, e não é que deu? Mais deu em grande estilo, aliás, põe grande, o negão era um armário de forte... Coitadinho dele. Mais ele disse que foi bom, mas, não o suficiente pra trocar o time... Ele não engana ninguém. Nunca vai gostar de outra coisa a não ser mulher.
        _ Vi! Abre aí! Oh amor, eu to cansado amanhã tenho prova, e tem o trampo também!
        _ Vai segurar essa bunda?
        _ Juro!
        Eu fui e destranquei a porta. Ele entrou, e passou direto por mim, e se deitou na cama.
        “Caio como você é lindo de se admirar!”
        Eu corri pra cama, me jogando em cima dele, e nós nos beijamos com aquele fogo que só os verdadeiros amantes, apaixonados, e que se amam de alma e coração podem ter, e nós já brincávamos com nossos paus duros.
        _ Caio, eu te amo mais que tudo, nada vai nos separar! Eu quero estar com você até o meu último suspiro!
        _ Vicente, você é tudo pra mim, e eu tenho certeza que nada vai nos separar, e são teus os meus pensamentos, e todos os meus suspiros são por você. Eu quero que você seja o meu último suspiro.
        O beijo mais profundo, e lindo, foi trocado nesse momento, e de repente alguém grita:
        _ Surpresa! Feliz aniversário!

                ***
                Caio

        Não é difícil enganar o Vi, ele anda tão desligado ultimamente, que até esqueceu que hoje é o seu aniversário, dia sete de Janeiro. Mas, como sempre, Sarah estava atrapalhada ou enrolada com alguma coisa. A hora que eu tinha combinado, já se atrasara por quase duas e nada dela. De tão desligado que ele tava, nem percebeu que nem eu nem ele temos faculdade ou trabalho amanhã, já que estamos de férias. Ela finalmente chegou.
        Quando nós estávamos nos beijando loucamente, ela entrou estragando de certa forma, e quase me matando de susto. Junto com ela estava toda a turma da escola, meus pais, o pai do Vicente, e mais outro mundo de gente pelo corredor, cantando a tradicional muziquinha do “Parabéns pra Você”. Tinha mais uma surpresa que eu tinha preparado.

***
Vicente

        _ O que é isso Sarah! Pô, eu não posso ficar lá curtindo a minha própria festa...
        _ Ai vi! Para de reclamar! Toma. _ Ela abril o armário, e tirou o meu terno novo. _ Veste logo!
        _ Meu terno novo! Mais nem a pau! Pra que isso Sarah?
        Ela não respondeu nada, e escolheu a gravata, e quase me esganou quando eu não quis por o terno.
        Terno posto, nós voltamos ao salão de festas. Tudo estava estranho... Um murmúrio respeitoso, o ambiente a meia luz... Foi o pouco que eu consegui ver, porque a porta foi fechada rapidamente.
        _ Saritah, você sabe que eu te amo e nunca te faria nenhum mal... Mais se você não me disser nada, eu juro que te mato!
        Ela nem fingiu o tradicional medo. Depois de uns minutos preso do lado de fora do salão, meu pai veio e disse:
        _ Obrigado Sarah. Vá agora que eu cuido desse aqui.
        As portas duplas do salão de festas foram abertas, e havia um corredor, e um grande holofote sobre o palco, onde um piano estava aberto.
        _ Apresentação surpresa pai!
        Ele riu e não disse nada.
        Em um vestido longo, e com lindas joias, Ângela sentou-se ao piano, e disse ao microfone:
        _ Boa noite, quero chamar ao palco, o meu filho que vai duetar essa música comigo. Caio Giovanelle!
        Os aplausos foram contidos quando a figura alta, de terno fino, caimento perfeito, e um porte único, apareceram no centro do foco de luz. A música começou.
        “Codinome Beija-flor!”
        À medida que eles cantavam, ele vinha caminhando em minha direção, e eu sem perceber, era conduzido por meu pai. Nós nos encontramos no meio do corredor, bem no momento que os acordes finais soaram. Ele me pegou pela mão, e me beijou nos lábios. Ao som de outra música, nós fomos para o palco.
        _ Meninos, eu acho que um de vocês está bem surpreso com essa festa, essa pompa repentina, mas, eu devo dizer que vocês são sortudos, sortudos, pois têm um ao outro, sortudos, pois se amam... E o mais importante: são cúmplices em tudo... Bem, quase tudo. Caso você não tenha percebido, Vicente, isso é a cerimônia de união de vocês.
        Meus olhos que já transbordaram há muito tempo ouvindo as palavras daquela linda mulher, ganharam um pouco mais de força.
        Nós fomos posicionados como em um casamento civil, e como padrinhos, nós tínhamos Sarah, e Fernando.
        A emoção era palpável nos olhos de todos.
        _ Vicente Cartiolle, você está disposto a assumir seu amor, e confirmar perante todas essas testemunhas que seu coração é de Caio Jiovanelle, e de mais ninguém?
        Com um fio de voz, eu disse:
        _ Sim... _ Mais de repente, eu senti uma força na garganta, e gritei: _ Sim!
        Todos choravam, ou se emocionavam.
        _ Caio Jiovanelle, você está disposto a assumir seu amor, e confirmar perante todas essas testemunhas que seu coração é de Vicente Cartiolle, e de mais ninguém?
        _ Sim, isso é o que eu falo com a maior certeza na minha vida!
        Depois de um momento, ela disse:
        _ As alianças?
        Do bolso do paletó, ele tirou uma caixinha de feltro escuro, e tirou dois anéis de ouro lindos, e os entregou a ela.
        _ Que essas alianças sejam o eterno símbolo dessa união. E que vocês sejam sempre como o metal, sempre rijos a baixa temperatura, só derretendo a temperatura alta! A temperatura da paixão! _ Ela entregou um anel a cada um: _ Agora você Caio, é por livre vontade que você recebe essa aliança de Vicente Cartiolle, e promete ser-lhe fiel até o fim, até o seu último suspiro?
        _ Sim.
        _ E você Vicente, é de livre e espontânea vontade que aceita essa aliança de Caio Jiovanelle?
        _ Sim.
        Ela foi ao piano, e os acordes de “I Sai A Litle Prayer for You” Encheram o salão.
        Caio pegou a minha mão direita, e disse:
        _ Vicente, essa aliança é o sinal do meu amor e da minha fidelidade, ela é o nosso elo, ela é o que nos manterá unidos, ela é o que nos fará um só, enquanto você a usar, eu estarei com você.
        A aliança foi posta em meu dedo.
        _ Caio, essa aliança é o sinal do meu amor, paixão, de que a minha vida toda está em suas mãos, e de que eu nunca, nunca, nunca te deixarei. Que essa aliança seja o nosso elo, que enquanto ela estiver em nossos dedos, ela seja o símbolo real e fiel de nosso amor!
        Uma enorme salva de palmas explodiu, e nós quase nos beijamos se não fosse pela voz da mãe dele...
        _ Bem, com o poder de mãe e sogra, eu os declaro agora oficialmente unidos! Agora vocês podem se beijar!
        Não precisou de segunda ordem. O beijo longo, lento, cheio de emoções misturadas, foi lentamente se transformando em música... Música? Ângela tinha voltado ao piano, e tocava a introdução de uma música lenta. Eu fui tirar o Caio pra dançarmos, mas, ele me deu um microfone, e sussurrou no meu ouvido:
        _ Nós vamos fazer um duo agora.
        _ Mais que música...
        Como resposta, veio o primeiro verso da música “Jardins Proibidos”, uma música que eu tinha dito a ele que me marcava muito, mais quando eu disse, não sabia o porquê. Agora eu tinha certeza.
        Ao fim da música, os aplausos, e o som da valsa convidaram-nos pra dançar. Após o fim, todos foram nos cumprimentar, e nós já estávamos dançando todos, até que eu me afastei um pouco da multidão. Eu fiquei olhando tudo de longe, e de tão distraído que estava não vi a aproximação dele.
        _ Um milhão por seus pensamentos...
        Eu ri.
        _ Não gaste tanto assim... Eu te dou por bem menos...
        _ A é? Por quanto?
        _ Um beijo já está bom... _ Ele me beijou, e eu sorri: _ Pensando bem, eu vô aumentar esse preço... Acho que um só é muito pouco...
        Nós nos beijávamos, e eu disse bem baixinho pra ele:
        _ Caio, nada mais vai nos separar nessa vida. Sabe por quê? Porque, sem você eu morro!
        Nós trocamos o primeiro beijo de desentupir pia agora que estávamos casados, e foi o primeiro de muitos.
        Ao som lento de uma música do Oasis, nós fomos saindo do salão, fomos indo pro nosso santuário.
        Onde nada nem ninguém nos separariam!
        Nada, nem ninguém!

                FIM:
        20 de Janeiro de 2010, 01:04 a.m

Pessoal, gostaria de agradecer a quem me acompanhou até aqui, e a quem comentou também. Desculpem não ter agradecido em cada conto, mas eu preferi deixar pra fazer isso quando terminasse a postagem. Espero que possa ter levado vocês a viajar com minha história. Muito obrigado a todos, e até um próximo conto se meu bloqueio de escrever passar!

Grande beijo!!!!


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Comentários


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juninho004 Comentou em 29/03/2015

Demais essa historia é fantastica adorei

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anibal Comentou em 26/03/2015

Adorei ... perfeito ...

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flyrj19 Comentou em 26/03/2015

Muuuito bom !

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lordricharlen Comentou em 25/03/2015

Muito bom adorei que acabou esperando o próximo conto.

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boketowski Comentou em 25/03/2015

Valeu pela linda história.

foto perfil usuario gatonortista

gatonortista Comentou em 25/03/2015

Finalmente! Depois de muito chorei horrores!! Isso daria um ótimo livro! Espero que vc possa transformar em um lindo livro!! Parabéns mesmo!!!! E que venham mais histórias pós casamento!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Os Imorais falam de Nós - Capítulo 26 - Final

Codigo do conto:
62535

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
24/03/2015

Quant.de Votos:
4

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