O vizinho - part. 2



        Minha cama nunca fora tão quente e aconchegante como agora. Todos os músculos do meu corpo estavam relaxados e minha pele nua sobe as cobertas arrepiava-se ao toque macio do tecido, era reconfortante. Eu não queria levantar, mas por alguma razão eu sabia que deveria fazê-lo.
        Aos poucos fui abrindo os olhos e, quando minha visão se adaptou a pouca luz do ambiente, percebi que eu não estava em casa. Era um cômodo enorme e rusticamente decorado, as paredes eram compostas por pedras e o chão por grandes tijolos de barro, havia algumas cadeiras mais ao longe e a cama onde eu acordara era imensa. O lençol que me cobria era a pele de um urso pardo gigante e a única luz do aposento vinha de um castiçal com três velas em um pedaço de tronco que servia como criado mudo ao lado esquerdo do leito. "Onde eu estou?" Pensei. Ainda confuso levantei da cama, meus pés descalços tocaram o piso frio e meu corpo respondeu arrepiando os pelos das minhas coxas. Fui em direção a uma janela aberta do outro lado do quarto, o vento que vinha de fora era gélido, e havia um som estranho, como o de árvores balançando. Quando olhei pela abertura, não acreditei no que meus olhos contemplaram.
        Era um castelo, havia uma muralha que aparentemente cercava toda a fortaleza, e pátios suntuosos até onde minha visão podia alcançar. A construção contava com três torres, duas mais ao leste e a mais alta delas, onde eu estava. Era noite lá fora e a lua minguava solitária em um céu sem nuvens ou estrelas, para-la-da-muralha havia uma floresta de altos pinheiros balançando violentamente com a força dos ventos e, no horizonte, vi o que julguei ser um vulcão.
        - Fala sério, eu vim parar em Nárnia? O que é tudo isso? Onde eu estou? – perguntei a mim mesmo.
        - No seu reino, meu senhor.
        "Essa voz;" pensei, "eu conheço essa voz... Filipe."
        Virei-me e lá estava ele, lindo, vestido como um lorde da era medieval. Sua calça de couro fervido moldava suas pernas torneadas e a camisa de algodão com um longo decote exibia seu peito com os poucos pelos que possuía. Seus cabelos negros compridos até o queixo estavam molhados e, seus olhos castanhos iluminavam-se a luz das velas que trazia no castiçal em sua mão direita. Ele tinha entrado por uma porta enorme que agora jazia aberta atrás de se, porta essa que havia passado despercebida pelos meus olhos.
        - Filipe, que lugar é esse?
        - É o seu reino meu senhor, o seu castelo. Eu disse que não deveria ter tomado todo aquele vinho, majestade – ele sorriu.
        Majestade? Não consegui entender, mas estava rindo do mesmo jeito que ele. Filipe estava lá, comigo, em um castelo que ficava sabe-se Deus onde e, que pelo visto me pertencia.
        Aquele belo homem com roupas do século passado foi até a minha suposta cama e colocou o castiçal no pedaço de tronco, puxou o cobertor de pele de urso e veio até mim.
        - Meu rei acabará doente se ficar a mercê desse vento frio assim como está. Por mais que me deleite ver seu corpo desnudo, não o a concelho a ficar nu em pelo com a janela aberta numa noite de outono como essa, majestade – e ele me cobriu com o a pele quente, lembrando-me que até então eu estava totalmente despido. – Majestade, tome mais cuidado, não vai querer ficar doente e nos deixar tristes vai?
        Ele estava na minha frente, seus olhos castanhos nos meus, lindo como um nascer do sol. Sua pele parecia tão macia e seus lábios chamavam os meus de uma forma que até um surdo ouviria. Ergui a mão e segurei seu pequeno queixo, os traços finos do seu rosto se transformaram em um sorriso e eu sabia que o amava.
        - Majestade... – começou ele.
        - Chame-me pelo meu nome – eu sorri.
        - Gabriel.
        - O quer meu amado?
        - Nós o queremos – ele sussurrara.
        - Nós? – eu não entendia, estávamos sozinhos e ele usava o verbo no plural.
        - Sim, nós – Filipe ergueu a cabeça até alcançar minha boca e seus lábios deram-me um beijo quente e poderoso.
        Sua boca na minha, sua língua na minha, até que não aguentei e deixei cair a pele de urso, então dois braços se fecharam em minha cintura agarrando-me por traz. E logo em seguida lábios quentes beijavam minha nuca. Abri meus olhos e atrás de mim estava Filipe, sem roupa e me beijando, e na minha frente estava Filipe, vestido como o Romeu de Shakespeare. Havia dois, dois seres de belezas descomunais beijando-me, desejando meu corpo. Não podia ser real. Ou será que podia? As mãos do Filipe em minhas costas deslizaram para meu membro que já se mantinha ereto e com suavidade começou a me masturbar.
        - Meu rei... – sussurrava ele.
        O Filipe em minha frente agora estava nu, seu corpo era quente, pegou minhas mãos e as levou para sua bunda. Macia e firme. Sua boca em meu pescoço, ele passava a língua em meu pomo de Adão e depois mordiscava o lóbulo da minha orelha enquanto o outro atrás de mim continuava a masturbar-me. Éramos três, e eu o centro das atenções. Não me lembro de quando chegamos à cama, mas quando abri os olhos novamente já estávamos deitados. Um Filipe de cada lado e eu no meio. Minhas mãos acariciavam suas bundas enquanto meu pênis era disputado pelas mãos dos dois no mesmo tempo em que suas bocas afogavam-me em beijos. Tudo estava perfeito, aqueles garotos lindos, quentes de desejo e seus corpos nus unidos ao meu. Pele com pele. Um deles subiu em cima de mim e rebolou em meu pênis, meu membro rígido deslizava no meio daquela bunda maravilhosa enquanto o outro me obrigara a masturba-lo. Era um pênis grande como o meu, pouco pelo e macio.
        - Majestade, possua-me – disse o Filipe que montara meu corpo.
        E meu pênis como por mágica adentrou sozinho aquele ânus apertado e quente, mas quando o cavaleiro iria começar a montaria em seu garanhão, um som de algo quebrando fez-se ouvir... E tudo ficou escuro.


        Quando abri os olhos eu estava na minha cama, no meu quarto. Não havia mais castelo ou gêmeos maravilhosos exalando libido e clamando meu amor. Eu estava sozinho, ainda nu, mas sozinho.
        "Foi apenas um sonho;" pensei, "mas até onde fora sonho? Eu realmente estive com o Filipe hoje? Realmente nos beijamos e nos amamos quando desistimos de montar aquela porcaria de estante? E se ele esteve mesmo na minha cama, onde ele está agora? Talvez tenha sido realmente apenas um sonho."
        Passei minha mão no lado direito da cama e percebi que estava frio.
        "Foi apenas um sonho. Tudo não passou de um grande sonho."
        - Droga! – era um grito vindo da cozinha, aquela voz doce e conhecida.
        "Filipe..."
       Era ele, eu tinha certeza. Meu amado esteve comigo, não fora um sonho, pelo menos não tudo. Um sorriso incontrolável tomou conta dos meus lábios e sem pensar corri para a cozinha.
Do outro lado do balcão, Filipe estava ajoelhado recolhendo do chão os cacos de vidro do prato que acabara de quebrar. Estava lindo, vestia minha camisa de linho verde escura e sua cueca box branca.
       - Ok. É só catar todos os pedacinhos e ele nem vai reparar que está faltando um prato – disse ele baixinho ainda não notando minha presença.
       Filipe parecia uma criancinha travessa que fizera algo errado e agora tentava esconder os vestígios do crime em baixo do tapete. Aquela cena me fez sorrir, ele era tão belo e tão meigo. Parecia não ser real.
       - Onde eu escondo os pedaços? Não achei o lixeiro – sussurrou ele.
       - O lixeiro está embaixo da pia - Filipe caiu sentado quando ouviu a minha voz e levantou a cabeça em minha direção. – Déjà-vu? – Sorri.
       - É o que parece – ele também sorriu. – Fiz nosso jantar.
       - Jantar?
       - Oui, mon amour. Já passa das oito da noite – ele se levantou e veio mais perto de mim, seu cheiro era delicioso. – Só não espere um banquete, sou péssimo na cozinha.
       - Percebe-se – disse apontando para o prato.
       - O que? Isso? Não foi nada. Afinal de contas alguém destruiu minha camisa.
       - Se bem lembro bem você disse que tinha várias outras.
       - E tenho, mas agora estou me sentindo um pouco vingado.
       - Então estamos quites?
       - O que? Sabe quanto custou àquela camisa?
       - Sabe quanto custou aquele prato? – volto a apontar.
       - Não.
       - Então estamos quites – sorri – e você ficou maravilhoso nessa camisa.
       - E você fica maravilhoso quando está sem nada para cobrir-lhe as partes – disse ele piscando o olho esquerdo.
       Só então lembre que havia saído do quarto sem roupa nenhuma, olhei para baixo e nós dois sorrimos alto.
       "Ainda bem que não fara um sonho;" pensei.


       Minutos depois estávamos sentados à mesa, eu havia colocado uma bermuda e Filipe permanecera como estava, lindo com minha camisa e aquela cueca branca. Depois de servir a refeição, percebi que ele não estava mentido quando disse que era péssimo na cozinha. Colocara dois pratos guarnecidos com o que aparentemente era um macarrão instantâneo que passara do ponto e como acompanhamento hambúrguer frito no óleo. Havia também um pequeno ramo de coentro em cima como que para dar um toque mais refinado ao prato, mas que não surtira o efeito desejado. As bebidas, duas latas de fanta laranja que eu tinha comprado há alguns dias.
       - Nossa... – foi tudo o que pude dizer.
       - Viscoso, mas gostoso. Cala a boca e come – disse ele ao se sentar.
       - Como é? – tive que sorrir.
       - Viscoso, mas gostoso. Rei leão.
       - Nunca vi rei leão. Na verdade nem gosto da história.
       Os olhos dele fiaram inexpressivos, seu queixo caiu e ele nada disse.
       - Filipe, você está...
       - Como assim nunca viu rei leão? – a voz dele estava espantada, parecia até que eu tinha confessado um crime. – Você não é desse planeta. Um dia vou obriga-lo a assistir rei leão e você vai chorar litros com a morte de Mufasa. Agora come e você vai entender o viscoso, mas gostoso.
       Eu não podia desobedecer àquela ordem, ele estava com um fogo nos olhos que me dava medo e ao mesmo tempo me excitava. Então comi, e para a minha surpresa estava delicioso, a aparência era horrível na verdade, mas o sabor me levou ao paraíso.
       - Então? – perguntou ele.
       - Viscoso, mas gostoso – sorri.
       - Hakuna Matata – preferi ficar sem entender e limitei-me a lançar um sorriso. Percebi que quando faço isso ele simplesmente adora.
       Depois do jantar conversamos um pouco enquanto eu lavava a louça ele enxugava. Contei a Filipe sobre meu sonho erótico e ele jurou que nunca mais me daria vinho barato em demasiada quantidade. Fomos para a sala e ficamos no sofá, eu me deitei e ele veio em seguida. Ficamos de conchinha, ele na minha frente e eu o abraçando por traz. Seus cabelos tinham um cheiro delicioso.
       - E pensar que tudo começou com ela – disse Filipe apontado para os restos mortais da estante que ainda jazia no tapete da sala.
       Eu sorri e achei que não fosse mais parar, ele estava certo, se aquela porcaria não fosse tão complicada não teríamos bebido tanto e eu não teria confessado meu amor por ele. Não teríamos dormido juntos, não estaríamos sabendo o que um sente pelo outro. Ainda estaríamos na temida “friend zone”. Mas agora era tudo passado, Filie me amava eu o amava mais ainda. Se tudo desse certo, seriamos felizes para sempre.
       - Então... Majestade é? – disse ele com voz de desdém.
       - Sim. E você como um bom súdito fazia todas as minhas vontades. Uma pena que tenha quebrado o prato no melhor do sonho – dei-lhe um beijo na nuca.
       - E qual parte seria essa?
       - A parte onde eu penetrava em você – beijei-lhe de novo.
       - Quem sabe ainda está em tempo. Afinal você sabe por que nós acordamos na melhor parte dos sonhos?
       - Não.
       - Para que possamos levantar da cama para torna-los realidade – ele se virou e ficou de frente para mim. – Majestade, agradaria ao meu rei transar com esse humilde servo?
       - Nada me faria mais feliz – dei-lhe um beijo em seus lábios sedentos e sua língua adentrou minha boca. – Dance para o seu rei – pedi.
       - Como queira, majestade – ele se levantou e foi até o aparelho de som que estava numa cadeira encostada na parede, já que a estande ainda não fora montada. – O que meu rei deseja ouvir?
       - O que você souber dançar. Se é que sabe, ainda não o vi balançar ao som de musica nenhuma.
       - Isso por que seu gosto musical é refinado de mais. Mas se não lhe importa o que ouvir, vou lhe apresentar a lambada – disse pegando o celular que havia deixado na mesinha de centro.
       - Lambada?
       - Sim. A dança proibida – ele ligou o bluetooth do aparelho de som e também do celular. – Agora vamos mostrar ao rei desse castelo o que é lambada!
       Ele deu play e o som inundou a sala de estar. Era uma melodia latina da qual eu pude distinguir o som de tambores, metais, sanfona e até maracas. Tudo bem harmonioso e num ritmo envolvente. Sentei-me no sofá e quando dei por mim, meus pés estavam timidamente dançando, mas nada comparado ao corpo de Filipe. Ele movia-se como um animal selvagem numa dança de acasalamento, era sexy, lindo, até mesmo romântico. "Agora sei por que é chamada de dança proibida;" pensei.
       Era lindo de se ver, suas pernas bailavam pela sala, seu corpo mexia-se de uma forma que eu nunca tinha visto antes. Apenas com minha camisa e de cueca, Filipe estava simplesmente perfeito. Ele estava dançando como um deus da floresta encantada do prazer, e aquele deus dançava apenas para mim. Sua libido era toda minha, seu corpo era todo meu, eu o queria, eu o desejava. Levantei do sofá como um tigre que espreitava sua caça e sem tirar meus olhos do alvo eu cruzei a sala e uni-me aquele deus em sua dança proibida. Nossos corpos moviam-se de tal forma que se alguém nos visse dançando poderia até dizer que tínhamos ensaiado todos os passos. Mas não, não houvera ensaio, era tudo espontâneo, ele mexia e eu sabia o que tinha que fazer, ele erguia a perna e eu a pegava. Era sem duvida alguma lambada, mesmo sem saber como se dançava eu estava dançando.
      - Gabriel, mostre-me o que o rei desse castelo pode fazer – disse em meu ouvido e logo após beijara o meu pescoço. – Puna-me, majestade. Pois estamos a dançar o que fora proibido.
      - Você é um rapaz malvado e merece punição – dei-lhe um beijo quente na boca e o suspendi, agarrando-lhe pela cintura pus suas pernas em volta do meu corpo e seus braços em meu pescoço. Ele era leve e quente. Continuei dançando com ele pendurado em mim e com sua boca a beijar meu pescoço.
      Virei-me e voltei para o sofá, coloquei aquele deus deitado e cai por cima dele. Eu o beijei por inteiro, da testa até a clavícula e quando a camisa que estava usando mostrou-se desnecessária, eu a arranquei como fizera com outra na tarde que se passara. E ele sorriu.
      - Qual é a graça? – perguntei entre um beijo e outro.
      - Essa camisa era sua – ele respondeu entre os gemidos.
      - Tenho muitas outras.
      - Quem bom saber, agora antes de transarmos visitarei o seu armário.
      Ele me fez rir, mas continuei beijando. Sua barriga lisa era quente, pensei por um segundo que talvez estivesse com febre, mas rapidamente me dei conta que era apenas desejo, era fogo, um fogo poderoso clamando pela minha água. Desejando o meu ser. Eu o dei. Passei minha língua por seu umbigo pequeno e ele gemeu, desci mais um pouco e já podia sentir o cheiro da vontade. Sua cueca branca estava volumosa, até mesmo por cima do tecido era possível ver que o que ela guardava estava latejando de tão duro. Mordi a ponta da cueca e puxei o restante para baixo com os dentes até a metade das coxas, retirei a peça intima com as mãos a parti daí e depois fui beijando-o dos pés até a virilha. Quando cheguei ao pênis ignorei o membro pulsante e pus meu nariz nos poucos pelos pubianos que ele possuía, eram cheirosos e macios, passei minha língua neles e minha mão esquerda apoderou-se do pau latejante começando a masturba-lo. Ouvi os gemidos de Filipe mesmo com a musica tocando ao fundo, e cada gemido me fazia masturba-lo e lambe-lo com mais vontade ainda. Minha boca desceu para suas bolas e lá fiquei, uma de cada vez as coloquei na boca e as massageei com a língua, percebi que isso deixava seu pau ainda mais duro, então continuei fazendo enquanto o masturbava.
      - Meu rei, continue... – sussurrava ele. – Não pare...
      Minha boca estava salivando de desejo por aquele pênis magnifico, então matei minha vontade e o engoli até o fim, voltei aos poucos o deixando sair da minha boca bem devagar, para que eu pudesse sentir cada momento, seu gosto salgado, sua temperatura quente, sua rigidez latejante e até aquele cheiro de homem. Continuei chupando e chupando cada vez mais, minha mão agora se ocupava de massagear as bolas enquanto a direita beliscava gentilmente os mamilos durinhos daquele deus dançarino. Ele gemia alto e longamente, e isso me deixava mais excitado do que já estava. Minha mão esquerda desceu e foi até seu ânus, e com dois dedos eu o massageei. Isso o fez gemer ainda mais ferozmente e deixou seu pênis mais duro e latejante que antes. Quando o coloquei por inteiro na boca mais uma vez, Filipe contorceu-se e gritou. Minha boca se encheu de esperma, e da mesma forma que meu amado fez antes, eu engoli tudo. Era meio salgado e um pouco espesso, mas delicioso como leite condensado. Pensar nisso me fez rir um pouco. Depois seu pênis estava todo melado devido ao gozo, então tratei de limpa-lo com minha língua.
      - Gabriel.
      - Sim – disse levantando a cabeça.
      - É hora de dar continuidade aquele sonho. Foda-me – seus olhos estavam em chamas, não era um pedido, era uma ordem e eu pretendia obedece-la a qualquer custo.
      - Dando ordens ao seu rei? – brinquei.
      - Parece que sim.
      - Ótimo!
      Dei uma ultima lambida demorada naquele pau lustroso e sem aviso virei Filipe no sofá, deixando de barriga para baixo e a bunda a minha mercê. Levantei-me e tirei a bermuda que estava vestindo, meu pênis já estava duro, como no dia que conheci meu vizinho e ele estava só de toalha na varanda do prédio. Eu nunca podia imaginar que aquele homem maravilhoso fosse um dia estar deitado de bruços no meu sofá pedindo-me para ser fodido.
      - Se for um sonho... Que eu não acorde – era para ser um pensamento, mas acabei falando.
      - Não é sonho meu rei, é a mais pura realidade. Então não me deixe esperando. Venha para mim.
      Eu fui.
      Beijei a parte de traz de suas coxas e depois lambi os dois lados daquela bunda. Abri com cuidado e coloquei minha língua no meio, lambi aquele ânus com vontade e desejo, e toda vez que minha língua o tocava, Filipe gemia. Meu pau não estava aquentando mais e latejava de ansiedade. Ele queria fazer parte da brincadeira. E eu o permiti. Ajoelhei-me com as pernas uma de cada lado de Filipe e deslizei meu pau em sua bunda várias vezes. Depois coloquei dois dedos na boca e os molhei com saliva, passei então eles no ânus do meu amado e fui aos colocando meu pau dentro dele.
      - Hãaa.... – gemia ele. – Gabriel, não para.
      E eu não parei.
      Coloquei meu pênis dentro dele até as minhas bolas baterem naquela bunda. Os gemidos dele me deixavam maluco de tesão e meu pau latejava dentro dele. Então comecei a me movimentar, para frente e para trás, e de um lado para o outro. E cada vez mais forte, cada vez mais rápido e meu pau latejava sem piedade. Filipe gemia e gritava a cada estocada que sentia. Suas costas estavam suadas e seu cabelo cai-lhe sobre os olhos. Então me deitei em cima dele e agarrei aqueles cabelos negros com uma das mãos e os puxei para traz, isso o fez gemer ainda mais alto, e cada vez mais eu metia meu pau dentro daquele ânus quente e apertado. Era ótimo, delicioso, nunca poderia imaginar que seria daquela forma. Simplesmente perfeito.
       - Mexe para mim – disse em seu ouvido e ele obedeceu.
       Filipe rebolou com meu pau ainda dentro dele e aquilo me deixou maluco, seu ânus ficou ainda mais apertado e quente eu não estava aguentando de prazer ele era o homem da minha vida. O homem que eu sempre sonhei. Agarrei ainda mais firme seus cabelos e beijei sua nuca com intensidade. Finquei meu pau dentro dele com mais força ainda e ele gritou, mas eu não parei, meti cada vez mais e nossos corpos quentes suaram juntos. Meu pau latejou longamente e eu finalmente gozei. Dessa vez fui eu que gritei, um gritou de desejo e paixão que se resumiu em uma só palavra. Filipe.
       Ofegante, cai em cima dele. Meu pau ainda estava duro e dentro do seu ânus. Com a cabeça perto do rosto do meu amado pude perceber que sua respiração também estava alterada. Retire meu pênis e sai de cima de Filipe, ele se virou e me olhou nos olhos.
       - Nunca acreditei que uma pessoa pudesse ser cem por cento feliz, mas agora, com você aqui eu começo a acreditar - e ele sorriu.
       - Eu faço suas minhas palavras – deitei ao lado dele e beijei sua bochecha vermelha. – Você me faz muito feliz, meu amor.
       E foi ali, no sofá da minha sala que um sonho acabara por se tornar realidade. O homem que eu amava estava dormindo em meus braços, seu corpo quente e pequeno descansava em meu peito e sua respiração era musica para meus ouvidos. O som já não estava tocando mais nada, havia parado há algum tempo, mas só agora me dera conta. Meus olhos começaram a se fechar, o sono estava chegando. Um novo sonho talvez? Quem sabe. Não importa, por que por mais que seja belo sonhar sei que quando eu voltar a abrir os olhos ele ainda estará aqui, nos meus braços.


                            Fim.


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Comentários


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haroldolemos Comentou em 31/12/2015

Muuuito bom! Hakuna Matata!




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Ficha do conto

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inverno

Nome do conto:
O vizinho - part. 2

Codigo do conto:
63568

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
13/04/2015

Quant.de Votos:
4

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