Sangue do meu sangue



        E tudo aconteceu naquele dia, o meu aniversário, eu completaria dezoito anos. Meu meio irmão, Luca, disse que quando essa data finalmente chegasse, ele me daria o presente que eu tanto esperava. Ele me faria homem.
        Luca e eu temos uma diferença de três anos, nos víamos poucas vezes já que ele morava em outro Estado com a mãe, mas nos falávamos constantemente pela internet e celular. Ele e eu somos filhos do mesmo pai e minha mãe sempre gostou muito dele. Luca é alto e tem lindos olhos verdes, quando chegou a maior idade começou a malhar e ganhou corpo de homem, sua voz é grave e ao mesmo tempo suave, tem cabelos pretos e curtos. Na verdade, ele poderia ser modelo a hora que quisesse, mas preferiu estudar história. Já eu sou bem diferente, baixo e loiro, meu físico não é nada espetacular se comparado ao dele, mas faço a minha parte para ficar atraente. Principalmente para ele.
        Dizem que toda família tem seus segredos, a nossa não foge a regra. Eu nunca havia sentido tesão por ninguém, nem por garotas e nem por garotos, ninguém nunca havia feito meu pênis ficar ereto, mas um dia ele ficou. Luca estava saindo da piscina com aquela sunga branca molhada e quase transparente, seu corpo bronzeado inteiramente ensopado era simplesmente perfeito. Os pelos em seu peito estavam começando a crescer, seu corpo estava mudando mais rápido que o meu, ele estava virando homem. Foi nesse dia que eu descobri que o amava.
        Ele se aproximou e se sentou na espreguiçadeira ao meu lado, como sempre, de pernas bem abertas.
        - E aí pirralho? – disse ele. – Não vai nadar?
        Quando olhei para meu irmão a resposta não saiu, meus olhos foram completamente atraídos para o volume que ele tinha entre as pernas. Era algo lindo, não era possível ver claramente o que se escondia dentro daquele pedaço de pano, mas eu conseguia ver o tamanho e até a cor da pele lá em baixo. Eu queria aquilo pra mim. Foi nessa hora que meu pênis reagiu, sem que eu percebesse, ele já estava duro, duro e latejante, duro de tesão pelo corpo do meu irmão. Luca não percebeu e o dia se foi. Mais alguns anos se passaram e ele já tinha vinte anos. Quando estávamos dormindo eu tive um pesadelo horrível e ele me acordou. Quando abri os olhos, eu estava em seus braços, ele era quente e forte. Seu corpo tinha um aroma inebriante, eu o queria.
        - Luca – eu disse com o rosto em seu peito musculoso –, eu amo você.
        - Eu também amo você – ele disse sorrindo. – Você é meu único irmão, pirralho.
        - Não, Luca – ergui a cabeça para poder vê-lo –, não é desse tipo de amor que eu estou falando. O amo como um homem ama outro homem. Eu amo você, de verdade.
        Pude ver em seus olhos um misto de decepção e angustia, Luca estava triste.
        - A culpa é minha – ele disse por fim num sussurro.
        - O que? Como assim?
        - Eu sou o mais velho aqui. Faz tempo que sei do seu afeto, meu irmão. Mas achei que se não o correspondesse você entenderia e partiria para outra.
        - Você já sabia?
        - Há muito tempo.
        - E nunca me disse nada?
        - O que queria que eu dissesse? Que sei que você está apaixonado por mim e que eu sinto o mesmo por você? – Luca me olhava com tristeza. – Pois bem Miguel, eu sinto o mesmo por você.
        Nesse dia meu coração quase parou, eu havia descoberto que meu irmão me amava. E não era um amor de irmão, mas sim um amor de homem. Ele me queria. No entanto, Luca tinha suas condições, nunca transaríamos antes dos meus dezoito anos e se um de nós dois se apaixonasse por outra pessoa, nossa história terminaria e voltaríamos a ser apenas bons irmãos. Eu nunca deixaria de ama-lo, então só uma coisa me impedia de tê-lo em minha cama, eu precisa que novembro viesse logo. E um dia... finalmente ele chegou.

12 de Novembro.

        Era meu aniversário, agora eu tinha oficialmente dezoito anos, Luca já estava a caminho e chegaria no começo da tarde. Meus pais e eu concordamos em comemorar a data no sábado, dia 13, assim ninguém precisaria sair sedo para trabalhar no outro dia. Mas na verdade, nada daquilo me importava. Festa, presentes, amigos, parentes, eu só queria uma pessoa. Luca, apenas ele me importava.
        Meus pais saíram para trabalhar e eu fiquei faxinando a casa para a chegada do meu amado. Quando terminei, estava suado e cansado. Tirei a camisa devido o calor e fui pra cozinha com ela em mãos, quando cheguei ouvi o som da porta da sala se abrindo.
        - Cheguei!
        Era ele, era a voz do meu irmão. Larguei a camisa no chão e fui às presas para a sala de estar, e quando cheguei ele sorriu.
        - Oi – disse ele.
        - Oi.
        - Você está lindo – ele sorria de uma forma tão bela que me fazia corar. Estava vestido com uma camisa branca de manga longa e a calça jeans desbotada que ganhará de presente do papai no ano passado. Trazia a velha mochila nas costas que ele dizia ser vintage, mas na verdade só era velha mesmo.
        - Lindo? – eu corei. – Eu tô todo suado e despenteado.
        - Ótimo! Do jeito que eu gosto! – Luca largou a mochila no chão e atravessou a sala a passos rápidos em minha direção. Segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um beijo, forte e longo.
        Quando nossas bocas finalmente se separaram eu estava ofegante, meu rosto queimava e minhas pernas vacilavam. Ele estava ali, na minha frente, ainda segurando meu rosto. Ele veio por mim, veio para mim. Meu coração nunca batera tão descontroladamente como naquela hora, meu pênis estava ereto dentro da bermuda. Eu estava pronto.
        - Luca, eu...
        - Miguel, eu esperei esse dia por quase um ano. Se ainda me ama diga que sim e vamos para o quarto – ele me interrompeu com sua voz máscula.
        - Sim.
        Ele sorriu e me pegou pelas pernas, colocou-me sobre o ombro direito e subiu as escadas carregando-me sem problemas. Era forte, e aquela força seria minha. Chegamos no meu quarto e ele rodopiou em cima do tapete, eu vi as paredes girarem e o som da gargalhada dele tomar conta de tudo. Ele está feliz; pensei. Luca foi até a minha cama e me jogou em cima, depois veio até mim como um felino que espreita a caça antes do ataque. Seus olhos verdes me fuzilavam e minha pele arrepiava-se. Ele estava sobre mim, sua cabeça no meu abdômen, ele passava aquela língua na minha barriga e lambia toda a minha pele. Era delicioso, depois sua boca foi subindo e chegou aos meus mamilos, ele lambia e mordiscava com suavidade e aquilo me deixa loco. Meu pau já estava latejando por ele. Luca veio até minha boca e repetiu o beijo da sala com mais força ainda.
        - Você está pronto? – perguntou ele com a boca na minha.
        - Sim meu amor.
        Subitamente ele saiu da cama e começou a tirar a roupa, começou pela camisa, revelando seu físico maravilhoso, depois tirou a calça e o tênis, ficando apenas de cueca. Seu pênis estava duro e era enorme, o volume na cueca apertada não mentia, era um pênis grande. E ele seria meu. Então Luca voltou para a cama e retirou minha bermuda, minha cueca também estava recheada e isso o fez sorrir.
        - Parece que bom dote é herança de família – disse ele com um olhar maroto.
        - O seu é maior – falei quase num sussurro, morrendo de vergonha.
        - Uma espada grande não adianta nada se quem a usa não sabe como maneja-la, lembre-se, habilidade vale mais que o tamanho – ele retirou minha cueca.
        - Luca - eu disse quando sua boca estava a centímetros do meu pênis. – Vai doer? Você não vai me morder vai?
        - É claro que não meu amor – disse ele rindo. – Eu nunca morderia você, e não, não doer, ainda.
        Luca deu uma piscadela com o olho direito e pôs sua boca no meu pau, era quente e molhado, diferente do que eu pensava era também macio. Eu não sentia seus dentes. Ele chupou e chupou ainda mais, começava devagar e depois acelerava e aquilo me fazia gemer de prazer. Era a melhor sensação do mundo. A boca de Luca era sem igual, meu pênis desaparecia quando ele o engolia por completo e depois o colocava pra fora aos poucos, e foi fazendo isso por muito tempo. Minha respiração estava ofegante como a de um maratonista que acabara de cruzar a linha de chagada, meu coração a mil por hora e as mãos do meu irmão percorriam todo o meu corpo. Iam dos meus testículos até as coxas, depois para a barriga e depois para os mamilos. Eu estava em êxtase. Uma sensação maravilhosa veio aos poucos e quando percebi eu tinha gozado, dentro da boca do Luca.
        - Perdão! Eu não consegui parar. Eu juro que não foi de proposito – eu disse quando o vi engasgado com o sêmen, seus lábios estavam sujos, mas ainda assim ele era lindo.
        - Tudo bem – disse ele rindo. – Nossa... foi muita porra. Há quanto tempo você não bate uma, Miguel?
        - Eu nunca bati – confessei envergonhado.
        - O que? Nunca? Quer dizer... eu sabia que você era virgem, mas nunca se masturbou?
        - Nunca – meu rosto ardia de vergonha.
        - Por quê?
        - Por que eu queria que fosse com você.
        - Eu te amo – ele disse e depois me beijou, era um beijo salgado e melado devido ao sêmen que ainda tinha em sua baca, mas foi delicioso.
        - Tenho que chupa-lo agora? – perguntei quando sua boca saiu da minha.
        - Não, vamos deixar isso para outro dia, quando você tiver mais experiência. Por hoje, deixe que eu faça todo o trabalho. Você apenas obedece. Ok? – eu fiz que sim com a cabeça. – Bom menino – ele sorriu.
        Luca se levantou da cama e retirou a cueca, libertando o pênis que estava aprisionado. Ele era realmente grande e grosso. Lindo como o dono. Luca voltou para cama e me deu um beijo na bochecha.
        - Agora sim vai doer, mas por pouco tempo, eu juro – disse ele no meu ouvido.
        - Estou com medo.
        - Podemos parar se você quiser.
        - Não. Eu quero continuar.
        - E a dor?
        - Será só por pouco tempo não é?
        - Sim.
        - Então eu aguento – e devolvi-lhe o beijo na bochecha. – Continue.
        Luca pôs um travesseiro na cama e mandou que eu me deitasse de bruços com os quadris sobre ele para deixar minha bunda um pouco mais alta. Eu obedeci. Estava deitado e com medo, eu queria transar com ele, mas não sabia como seria. “Vai doer um pouco;” ele me disse, mas será que doeria muito? Bom, não importava. Eu iria até o fim.
        Meu irmão veio aos pouco, passando as mãos pelas minhas costas, fazendo-me uma boa massagem, relaxando-me. Meus músculos se desproviam de toda e qualquer tensão, eu estava nas nuvens. Suas mãos me apertavam e soltavam, deslizavam e faziam movimentos circulares, depois vieram a meu pescoço e pude ouvir a sua voz sussurrar.
        - Vou começar deixando você bem molhadinho, depois vou tomar para mim a sua virgindade – ele me beijou na nuca.
        Os lábios dele foram descendo aos poucos e a cada toque um beijo, minha pele suada arrepiava-se e eu gemia. Luca chegara a minha bunda e a beijava com intensidade, seus lábios estalavam a cada beijo e o som me fazia gemer ainda mais. Suas mãos me apertavam e ele gemia com sua boca em minha pele nua. Quando não ouvi mais o som dos beijos, senti suas mãos abrindo minhas nádegas bem suavemente, depois veio a língua. A língua de Luca estava no meu ânus, era molhada e um pouco quente, era uma sensação estranha, mas eu gostava. Meu corpo se contorcia e ele me segurava.
        - É bom não é? – perguntou ele.
        - Sim, não pare – minha voz era fraca e carregada de prazer.
        Luca lambia-me cada vez mais, uma hora rápido, outra bem devagar, depois começou a mordiscar minha bunda e eu pude sentir seus dedos massageando meu ânus.
        - Vou começar com um dedo, depois dois e aí três, por fim... Vamos colocar o Sr. L para participar da brincadeira.
        - Sr. L? – perguntei confuso.
        - Sim. Esse carinha aqui – ele batera com o pênis na minha bunda e eu sabia quem era o Sr. L.
        Sem aviso prévio ele colocou um dedo dentro de mim, meu ânus estava molhado de saliva, mas ainda assim doeu um pouco. Era uma dor aguda e momentânea. Após certo tempo ele colocara outro dedo e a dor voltou um pouco mais forte. Eu gemi. Seus dedos dançaram dentro de mim a mais bela e prazerosa de todas as danças. Ele mexia e mexia. Meu pau voltou a ficar duro e eu mordia o lábio inferior com força. Era simplesmente ótimo. Quando eu já estava me acostumando com os dedos, veio outro e gemi alto. Ele continuava mexendo e a dor era mais presente, porem suportável. Continuamos assim por quase oito minutos, seus dedos faziam um movimento de ir e vir que deixava meu ânus ardendo com todo aquele atrito.
        - Chegou a hora meu amor – disse ele.
        Luca retirou os dedos bem devagar e aquilo me fez gemer baixinho, depois ele voltou a por sua língua lá embaixo e me lambeu novamente, deixando-me ainda mais molhado. Eu sabia que aquela era a hora do Sr. L entrar em cena. Senti os joelhos do meu irmão um de cada lado do meu corpo na altura da minha bunda, depois eu senti a cabeça do seu pau rosando minhas nádegas. Só quilo me deixou maluco, ele estava passando o pênis em mim. Depois aquela espada de carne foi entrando devagar e quando chegou perto do meu ânus forçou passagem. Eu gemi alto e Luca parou.
        - Você está bem? – perguntou procurado.
        - Sim, é que é muito grande – ele sorriu.
        - Vamos aos poucos, não quero que se machuque. Quero que seja gostoso e não doloroso.
        - Continue.
        E ele prosseguiu.
        Luca voltou a colocar seu pênis dentro da minha bumba e forçou passagem, mas era muito grande e meu ânus pequeno não comportava tamanho poder. Mas uma vez eu gemi alto e mais uma vez ele parou.
        - Miguel...
        - Por favo não pare! – eu disse. – Mesmo que eu grite e chore, não pare. Luca, não pare.
        - Sim, não irei parar.
        Eu senti novamente o Sr. L entrar em minha bunda e quando mais uma vez chegou ao ânus, ele foi bloqueado devido ao pequeno tamanho, no entanto, Luca não parou. Forçando passagem ele foi entrando dentro de mim, era como se meu corpo fosse ser rasgado ao meio, minha pele lá embaixo estava se enticando de uma maneira que nem eu mesmo achava possível. Ele estava entrando. A dor era agonizante e forte, queimava. Eu queria gritar, mas sabia que Luca iria parar no primeiro grito, então segurei firme. Meus olhos se encheram de lágrimas e meu ânus ardia. Luca continuava a penetrar-me cada vez mais, até que senti suas bolas baterem em minha bunda.
        - Pronto, a pior parte já foi – disse ele. – Você se saiu bem.
        - O brigado – minha voz era de choro e ele percebera.
        - Miguel, vamos parar...
        - Não! – gemi alto. – Continue Luca, vamos até o fim meu amor.
        - Até o fim.
        Suas mãos percorreram meu corpo e minha dor se suavizou um pouco com seu toque. Então ele começou. Retirou um pouco e depois colocou novamente e era bom, continuou assim por algum tempo, bem devagar e aos poucos já não doía mais. Pude sentir algo escorrendo por minhas pernas e Luca dissera que era comum sangrar quando se perde a virgindade. Então não me importei. Meu irmão continuou com seus movimentos de entrar e sair, meu ânus já estava adaptado com seu pênis e aquela carne quente dentro de mim estava me deixando anestesiado. Já não sentia minhas pernas e Luca continuava entrando e saindo.
        - Mais forte... – eu disse.
        - O que? Tem certeza?
        - Sim – gemi -, eu quero mais forte.
        Então Luca fincou sua espada ainda mais forte e eu gritei de dor. Era uma dor boa e que eu não me importaria de sentir todos os dias. Ele acelerou e continuou. Mas rápido e mais forte. Ele gemia e eu gritava. O suor do rosto dele caia em minhas costas e ele agarrava minha bunda com bastante força, suas unhas me arranharam e eu gemi. Por fim, senti algo ainda mais quente que seu pênis dentro de mim, ele tinha gozado. Luca gemera alto e ficou seu pênis ainda mais fundo dentro de mim, então gritei.
        Eu estava fraco e suado, meus olhos queriam se fechar para um longo sono, mas eu não queria dormir. Queria ficar ali, com ele. Com meu homem, com meu irmão.

        Luca saiu de dentro de mim aos poucos para não me machucar, depois se deitou ao meu lado e vi que seu rosto estava suado, seus lábios repuxados em um lindo sorriso e seus olhos brilhavam.
        - Durma meu bem – disse ele ofegante. – Você esta cansado. Tem que dormir.
        - Não quero dormir. Quero ficar com você – disse entre os bocejos.
        - Eu não vou a lugar a nenhum, pequeno – ele sorriu e beijou minha bochecha. – Durma e descanse.
        - Eu não quero...
        Mesmo sem querer acabei fechando os olhos, estava caindo no sono quando ouvi a voz do meu amado sussurrar em meu ouvido.
        Feliz aniversário... Meu amor.

                            Fim.


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Comentários


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marthy Comentou em 05/04/2019

Lindo conto

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passivosapeca Comentou em 02/05/2015

Votado! Espero que tenha continuação.




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Ficha do conto

Foto Perfil inverno
inverno

Nome do conto:
Sangue do meu sangue

Codigo do conto:
64381

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
01/05/2015

Quant.de Votos:
17

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