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        Era o terceiro dia de carnaval e Salvador estava fervendo de axé. Muita musica boa, pessoas bonitas, alegria, bebidas e a Ivete cantando em cima do trio elétrico. Todo estava perfeito, dançamos, curtimos, sorrimos e beijamos... muito.
        Já era manhã quando acordei no apartamento de um dos meus primos que moravam na Bahia, ele havia convidado a mim e ao meu irmão para passarmos o carnaval seguindo os trios elétricos, aceitamos de imediato e saímos de Maceió voando – literalmente. Eu ainda estava meio grogue da noite passada e só conseguia me lembrar de ter dançando a noite inteira, minha cabeça doía devido à ressaca ocasionada pelas inúmeras latinhas que eu havia ingerido e eu mal conseguia tirara o rosto do travesseiro para saber em qual quarto estava. Aos poucos fui ganhando coragem e ergui a cabeça, olhei em volta e era o quarto do meu primo, estava totalmente bagunçado, como se uma luta tivesse acontecido, abajures quebrados, roupas para todos os lados, dois pares de sapatos e um passaporte jogado no chão.

        UNIÃO EUROPÉIA
        PORTUGAL
        PASSAPORTE.

        - O que? – disse quando li o que estava escrito na frente do documento.
        Minha visão começou a embaçar e a minha mente “nem sempre tão lucida” iniciou uma busca nos arquivos da minha memória para saber de quem era aquele documento e o que ele estava fazendo ali, mas nada era encontrado. Afundei meu rosto no travesseiro mais uma vez e quando o fiz, senti que algo se movia por baixo das cobertas do outro lado da cama. Levantei a cabeça e olhei para meu lado esquerdo, havia uma notável elevação na extremidade esquerda da kinsize, era óbvio que tinha uma pessoa embaixo do edredom, mas quem? Com cuidado comecei a retirar o cobertor de cima da pessoa que lá estava e quando vi seu rosto, tive uma epifania. Toda a minha memória voltou como se minha mente tivesse feito um download de algum arquivo.
        - Xavier – surrei para mim mesmo.

        (Na noite passada)

        A percussão da banda da Ivete Sangalo estava dando um show de batidas bem ritmadas como se fosse uma tribo africana, todos os que seguiam o trio dançavam feito guerreiros se preparando para a batalha. Pessoas se beijavam, outras bebiam, algumas choravam, e várias outras sorriam. Era carnaval em Salvador! Em meio a multidão acabei me distanciando do meu irmão e primos, mulheres e homens me cercaram por todos os lados e nenhum daqueles rotos eram conhecidos, eu já estava meio bêbado – ou como diria meu primo: pra-lá-de-Bagdá -, algumas garotas começaram a roubar-me beijos e outras apertavam a minha bunda quando passavam, algumas até apertavam tão forte que doía muito, mas era carnaval, então levava na brincadeira. Ainda procurando pelos meus conhecidos perdidos acabei chegando a uma parte onde vários casais gays estavam se beijando apaixonadamente, não vi nada de mais naquela cena, mas algumas pessoas pareceram não gostar e olhavam com desgosto. Ivete voltou a cantar e todo mundo pulou quando ele gritou: “tira o pé do chão!” Nesse momento, um rapaz que media um palmo a mais que eu veio cambaleando em minha direção, ele era lindo, cabelos castanhos claros, pele alva, corpo atlético e uma barba por fazer impecável. Suas pernas andavam desiguais e ele acabou caindo na calçada, não vi ninguém se aproximar dele para ajuda-lo, então resolvi bancar o bom samaritano.
        - Você está bem? – perguntei quando cheguei perto dele, a princípio ele não ouviu, então toquei em seu ombro. – Você está bem? – perguntei mais alto.
        - Sim! – ele notou minha presença e tentou se levantar, mas suas pernas bambas não deixaram e ele começou a cair. Tentando ajuda-lo eu o segurei, mas também estava bêbado e fui ao chão junto com ele, caindo em cima do seu peito e deixando nossos rostos a centímetros um do outro, seus olhos eram verdes. – Tu eres um puto muito bem apessoado! – disse ele olhando no fundo dos meus olhos.
        - Puto? – perguntei sem entender e ele sorriu, seu hálito era pura vodca.
        - Desculpe-me. – Ele parou de rir. – Aqui vocês estão a falar outra coisa, é... rapaz... rapaz muito bem apessoado. – ele sorriu.
        Levei alguns segundos para processar a informação, ele não era brasileiro, seu sotaque carregava Portugal nas costas, e aqueles olhos verdes, ele era perfeito.
        Aos poucos fomos levantando e ele me convidou para comermos alguma coisa para agradecer a ajuda, rapidamente aceitei o convite e esqueci por completo das pessoas que eu estava procurando. A maior parte dos seguidores do trio já tinha passado e nós andávamos no sentido contrário, aquele belo português abria caminho entre os poucos foliões que restavam com apenas uma mão, enquanto a outra me segurava pele pulso esquerdo para não me perder. Dobramos algumas ruas, passamos por outras e no fim... estávamos perdidos.
        - E... – disse ele quando paramos.
        - Você se perdeu não foi? – perguntei sorrindo.
        - Estou a achar que sim – ele sorriu e covinhas brotaram de suas bochechas fofas.
        Comecei a sorrir e analisei o local, estávamos na rua de trás do apartamento do meu primo, ficava apenas a algumas quadras. Pensei por um momento se realmente seria sensato levar um estranho estrangeiro para casa estando eu sozinho com ele, a dúvida pairava na minha mente quando vi um fino fio de sangue escorrer da cabeça dele até a sobrancelha direita.
        - Você está ferido. – Disse apontando para seu rosto.
        - É verdade, deve ter sido na queda – ele sorria enquanto passava a mão no local do ferimento.
        - Meu primo mora aqui perto, vamos – disse puxando ele pela mão.
        - Tudo bem.
        No curto caminho até a moradia do meu primo fui sobrecarregando o português de perguntas, afinal, eu não o conhecia. Ele sempre sorridente respondeu a todas de uma maneira simples e até onde eu pude julgar, ele parecia não mentir. Disse que se chamava Xavier e que tinha vinte e três anos, tinha chegado de Portugal há mais de uma semana e estava hospedado com alguns amigos em um hotel de Salvador. Era estudante de administração e resolvera conhecer o carnaval brasileiro pessoalmente.
        Chegamos ao prédio onde residia meu parente e como de costume o portão de acesso estava aberto e o porteiro só Deus sabia onde tinha ido parar. “Pagar condomínio nesse prédio é jogar dinheiro fora;” pensei. Pegamos as escadas – não há elevador no prédio – e fomos até o terceiro andar. Meu primo sempre deixava uma chave de emergência embaixo do capacho em frente a porta, peguei a chave e abri a entrada. A sala estava como havíamos deixado – um verdadeiro cenário de guerra.
        - Não repara na bagunça, tá? – disse sorrindo quando fechei a porta.
        - Claro! – ele sorriu no meio da sala como quem dissesse: e da para não reparar nessa bagunça?
        Fui ao banheiro e peguei a caixinha de remédios, quando voltei a sala ele ainda estava em pé, no exato local onde ficara quando sai.
        - Pode sentar – disse para ele e ele sorridente sentou-se com suas covinhas.
        - Então? Onde está o teu primo?
        - Levantando poeira junto com a Ivete – sentei ao lado dele e estava com algodão na mão e álcool na outra.
        - Isso vai doer? – ele perguntou com olhos medrosos.
        - Sério? – eu ri alto. – Calma soldado, você vai viver.
        Molhei o algodão e quando passei no fermento ele gemeu alto e se contorceu pra longe, para o azar do português ele caiu do sofá e seu pé chutou uma xicara de café que estava na mesinha de centro há mais de dois dias, derramando o conteúdo que não havia sido ingerido em cima de seu abadá. Eu não consegui me conter e comecei a rir muito alto, ele também achou a cena ridícula e descambou a rir no chão.
        - Bom – eu disse parando de rir aos poucos -, pelo menos o café estava frio.
        - Graças a Deus! – ele ria ainda mais.
        Alguns dados em minha mente devem ter sido corrompidos, pois desse momento em diante só me lembro de estamos nos beijando na área de serviço. Ele estava sem camisa e seu peitoral com pelos ralos me forçava contra aquela pele suada. Ele passava suas mãos por mim e eu fazia o mesmo com ele. Seu corpo era tão musculoso que achei que fosse em braile, ele me beijava e sorria, e sua barba me fazia cocegas na face. Xavier me colocou contra a parede e tirou meu abadá, beijou-me no pescoço e peito, e mais uma vez sua barba me fez cocegas. Eu passei meus braços pelo seu pescoço e fui guiando ele até o quarto mais próximo, eu não sabia de quem era, mas seria ali mesmo.
        Entramos.
- Tu tens durex? – perguntou ele aos beijos.
        - Durex? – perguntei sem entender. “Pra que diabo esse homem quer durex numa hora dessas?” Pensei. – Pra que você quer durex? – perguntei olhando naqueles olhos verdes.
        - É que sai apenas com dinheiro e o passaporte; não tenho durex para transarmos. – Ele fez aquela cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança.
        - Por acaso – disse tentando não rir -, durex seria camisinha?
        - Sim – ele sorriu -, acho que é assim que os brasileiros estão a chamar.
        Eu ri alto mais uma vez.
        - Não se preocupe, tem muito durex nessa casa.
        Nós rimos.
        Ele esmagou seus lábios nos meus e nossos braços percorreram um corpo do outro, apertos, arranhões, pegadas. Estávamos quentes de desejo e suados de paixão. Xavier veio contra mim como uma fera selvagem e eu não aguentei seu ataque, cambaleie para trás e ele me segurou antes que caíssemos, mas ainda assim minhas costas foram de encontro à cômoda do quarto, derrubando um abajur no chão quebrando em mil pedaços.
        - Eu posso concertar se tu quiseres. – Disse ele com sua boca na minha.
        - Deixa quieto – dei-lhe um beijo quente -, era feio mesmo.
        Nós rimos.
        Xavier me ergueu pelas pernas e depois de me dar um beijo na barriga ele me lançou na enorme cama atrás de mim, cai de costa e fiquei olhando enquanto ele tirava o tênis e a bermuda. Ele tinha pernas fortes e meio peludas, suas panturrilhas eram enormes e suas coxas musculosas, meio bêbado ele se atrapalhou um pouco e quase caiu, mas no fim ele conseguiu ficar só de cueca. Era uma cueca vermelha e ia até a metade das coxas, entre as pernas um volume majestoso fez-se notar.
        - Todos os portugueses são assim? – perguntei provocativo.
        - A maioria... – ele piscou o olho esquerdo e deu um leve aperto no pacote entre as pernas.
        - Inshalah! – disse usando minha mão como leque, fingindo morrer de calor. – Partiu Portugal!
        - Inxu... que? – ele perguntou sorrindo.
        - Apague a informação e venha pra mim.
        Xavier veio com aquele corpo europeu exalando desejo, aquele cheiro de macho impregnando toda a pele e aqueles olhos verdes a vigiar todos os meus movimentos. Deitou-se na cama, por cima de mim, e seus lábios estalaram em um beijo em meu pescoço. Eu gemi. O deus português acariciou meus cabelos loiros e os puxou de leve, sua boca desceu para meus mamilos e senti seus dentes a morderem divagar, dois de seus dedos entraram em minha boca e eu os chupei com desejo, podia sentir o gosto daquele homem, ele era meu. Meu corpo se contorcia a cada mordida e minha temperatura subia, Xavier retirou os dedos de mim e sua boca desceu, com os dentes ele desabotoou a minha bermuda e suas mãos foram rápidas para tira-la de mim e lança-la bem longe. Depois ele ergueu minhas pernas uma a uma e retirou meus tênis, deixando-me apenas de cueca e meias.
        - Tu eres muito gira! – ele disse ajoelhado segurando minhas pernas enquanto eu estava deitado em sua frente.
        - Tomara que seja uma coisa boa – disse ofegante e vermelho.
        - Pois é – ele desceu a cabeça na minha barriga e começou a beijar-me e a roçar aquela barba na minha pele. Eu estava totalmente arrepiado.
        O volume na minha cueca cresceu ainda mais e o estrangeiro percebeu, não foi preciso falar nada, ele sabia o que fazer. Xavier desceu sua boca para a minha cueca e a tirou com os dentes até os joelhos o tempo todo fazendo contato visual comigo. Aqueles olhos! Meu pau pulou pra fora e pulsou de tão duro. Xavier retirou o restante da minha roupa intima com as mãos e antes que eu pudesse me dar conta ele já estava com a boca no meu pênis. Gemi. Eu sentia a língua dele percorrer todo o meu membro, era quente e molhada, ele babava e depois chupava tudo para dentro de volta, meu pau latejava dentro daquela boca e ele não parava, ele chupava e chupava e chupava. Eu coloquei minhas mãos em sua cabeça e empurrei, meu pênis entrou ainda mais, eu podia sentir a cabeça do meu pau encostando-se ao fundo da garganta dele, mas ele não parava, não reclamava, ele apenas gemia. Retirei minhas mãos da cabeça dele e Xavier cuspiu meu pênis para respirar melhor. Seus olhos verdes estavam vermelhos e lagrimejando, sua boca babava um pouco e ele estava lindo.
        - Eu quero mais um bocado! – ele disse quase sem voz.
        - Você quer? – perguntei puxando um pouco aqueles cabelos.
        - Sim!
        - Me chama de puto, chama! – dei-lhe um leve tapa na face.
        - Tu eres muito puto! – ele sorria e as covinhas voltavam.
        Mais uma vez coloquei as minhas mãos na cabeça dele e mais uma vez a empurrei para meu pau, ele chupava, chupava como se o mundo fosse acabar. Eu gemia e suava, minha pele arrepiava-se a cada movimento da sua língua em meu pênis. Era quente lá dentro, eu gostava e ele era insaciável. Eu me contorcia e ele me segurava sem tirar a boca de mim, ele era forte e sabia chupar, sim, ele sabia.
        - Xavier! – disse com a voz falhando entre os gemidos. – É melhor tirar a boca! Ah! – gozei.
        Não ouvi reclamações nem som de que ele tivesse se engasgado, pelo contrário, eu apenas sentia as lambidas da língua dele no meu pau lambuzado de porra. Ele lambeu e chupou até meu pênis ficar limpinho, olhei para Xavier e vi fogo naqueles olhos verdes.
        - Onde está o durex? – perguntou ele com voz de Zorro.
        - O que? – eu tinha me esquecido completamente do que merda era durex pra ele.
        - A... camisinha. – Ele sorriu.
        - Claro! – agora sim eu lembrava, meu primo era praticamente um ator pornô e deixava tudo o que usava nas suas relações amorosas na primeira gaveta do criado mudo. Rolei para a direita e abri a gaveta do móvel, tinha várias camisinhas e um gel lubrificante. Peguei uma das camisinhas e o gel e joguei para ele. – Pensa rápido!
        Xavier pegou ambas as coisas com apenas uma mão e fez um gesto de venha cá com o dedo que eu achei muito sexy na hora. Fui até ele engatinhando na cama e o português me atacou, ele pegou-me pelos cabelos e me levantou – fiquei de joelhos -, depois me deitou de frente para ele e ficou de pé na cama. Com a mão livre Xavier começou a tirar a cueca vermelha e o volume que ela guardava deu lugar a um pênis grande, grosso e cheio de veias. Era um membro viril e meio torto para a esquerda, as bolas eram grandes e meio cor-de-rosa, os pelos pubianos estavam aparados e uniformes. Fiquei hipnotizado com o tamanho daquele pau português, ele iria entrar dentro de mim e eu não podia esperar mais.
        - Vem – disse num sussurro.
        Xavier ajoelhou-se na minha frente e debruçou-se sobre mim, pois seus lábios nos meus e deu-me um beijo molhado com uma língua suja com o meu esperma.
        - Eu quero-te muito – disse ele.
        - Então me possua – respondi com outro beijo.
        O belo estrangeiro deixou meus lábios e voltou a se ajoelhar, rasgou o envelope da camisinha e a colocou no seu enorme membro que latejava de tão duro, depois tirou um pouco do gel lubrificante e passou no mesmo, tirou mais um pouco e colocou gentilmente no meu ânus.
        - Hã! – disse quando o gel encostou-se à minha pele. – Está muito gelado. – Sorri.
        - Não se preocupe, vai esquentar. – Ele sorriu.
        Xavier mais uma vez se debruçou sobre mim e fez com que eu enroscasse minhas pernas na sua cintura, aos poucos eu fui sentindo o pênis dele tentando entrar dentro de mim, era doloroso no começo, mas o gel foi ficando mais quente e deixou a minha pele lá embaixo meio anestesiada, apenas senti prazer quando aquele vagão de carga português entrou inteiro dentro da minha pequena estação. Eu gemi alto e agarrei-me ao meu amante. Cravei minhas unhas em suas costas e ele fincou seu pau no meu ânus ainda mais forte. Eu gritei. Xavier não tinha piedade e eu não queria que tivesse, ele socava e eu gemia, ele beijava meu pescoço e eu puxava-lhe os cabelos, ele mordiscava meu ombro e eu o chamava de safado. O suor do corpo dele cai no meu, ele fincava, socava, rebolava e o pau torto dele mexia dentro de mim, eu gemia e me agarrava ainda mais forte a ele, se tudo aquilo fosse apenas um sonho eu mataria o filho da puta que me despertasse.
        Xavier metia cada vez mais fundo e com mais força a cada estocada, eu já estava no fim das minhas forças e ele parecia está apenas começando. Eu suava e fervia, ele rugia e me olhava com aqueles olhos verdes cor de esmeralda. Eu estava chegando ao Nirvana do meu ser quando ele enfiou mais fundo e trovejou um gemido de prazer.
        “Ele gozou...” pensei.

        (No dia seguinte)

        - Puta que pariu! Caralho! Porra! – eu disse sussurrando quando reconheci o homem ao meu lado.
        Xavier dormia inteiramente nu na cama do meu primo, pernas abertas e bem relaxado, nem parecia que estava na casa de um estranho, e aquele pau mesmo mole era uma bela visão.
        - Xavier! – disse sacudindo ele de leve. – Acorda!
        - O dia ainda está a clarear... deixa-me dormir só mais um pouco – disse entre o acordar e o voltar a dormir.
        - O dia já clareou e você tem que ir embora antes que o meu primo volte – sacudi ele mais um pouco -, Xavier você tem que ir.
        - Que horas? – ele perguntou abrindo os olhos.
        Olhei no relógio de parede do quarto.
        - Quase oito da manhã.
        Ele deu um pulo da cama como se fosse ninja e já começou a pegar a cueca que estava jogada em cima da cômoda.
        - Eu tenho que ir – disse vestindo-se -, onde está minha roupa?
        - A bermuda está no chão – vesti minha cueca e levantei -, vou buscar a tua camisa na área de serviço. – Sai do quarto e para a minha surpresa e quase infarto, meu irmão e meus primos já haviam chegado, todos estavam dormindo espalhados pela casa. – Graças a Deus estão em coma alcoólico. – Sussurrei para mim mesmo.
        Fui até a área de serviço e peguei a camisa do Xavier que estava no chão com uma marca de sapato nela, e pelo tamanho minha é que não era. Voltei ao quarto e não achei o estrangeiro. Meu sangue gelou.
        - Xavier – falei baixinho.
        - Na casa de banho! – berrou o miserável do banheiro.
        - Fala baixo! – gritei mais alto que ele e quando percebi isso, voltei para sala para ver se tinha acordado alguém, mas todos ainda dormiam.
        - Encontras-te a camisa? – perguntou ele quando saiu do banheiro da suíte.
        - Sim, mas fala baixo. – Joguei a camisa pra ele. – Todos já voltaram e você vai ter que sair na encolha.
        - Na encolha?
        - No miudinho
        - O que? Não estou a entender.
        - Sem fazer barulho... entendeu?
        - Sim! – ele sorriu.
        Devidamente vestido e com o passaporte no bolso, Xavier foi caminhando pela sala com passos suaves e sem fazer barulho nenhum, eu o segui até a porta e a destranquei, o estrangeiro passou por mim e me deu um último beijo quente e longo.
        - Se um dia tu fores a Portugal, procura-me. – Ele piscou o olho esquerdo e saiu em direção as escadas.
        Fechei a porta.
        “Talvez um dia... quem sabe?” Pensei indo de volta para o quarto onde o deus da beleza portuguesa fizera do meu corpo o seu templo do pecado. Deite-me na cama e dormi o sono dos inocentes.

                         Fim.


“Nota do autor: Sei que demorou muito para postar outro conto, mas eu tinha sofrido um acidente e quebrei um braço. Era muito chato digitar usando apenas uma mão, mas como os dedos da mão esquerda já voltaram a funcionar eu tentarei colocar dois contos por semana. Obrigado.”


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Comentários


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andrerabudo20 Comentou em 08/05/2015

transamos assim na baia dos cavalos lá na fazenda do meu pai,o meu primo não quis saber mais da namorada,e acabou com o namoro,toda semana quase ele me visita,ou eu visito ele,e quase todas as vezes transamos loucamente como se o mundo fosse acabar.Tenho 7 namorados,amo todos eles loucamente,transo quase todo Santo dia. Um grande abraço meu querido

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andrerabudo20 Comentou em 08/05/2015

Aí que delícia de conto.Eu sou conhecido como RABUDO , outros homens me chamam de CAVALA , eu adoro cavalgar também e os meus namorados quase me matam de prazer e eu levo eles a loucura também.A segunda transa que eu tive com o meu primo,eu achei que nós dois iriamos morrer,sério,eu cavalgava com tanta força nele,ficava riçando o meu rabo enorme na piroca dele pra cima e pra baixo ...




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Codigo do conto:
64711

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
08/05/2015

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