A Escolha Certa - 2° Temp. Cap. 07

Alguém bate na porta, rolo pela a ainda sonolento. Outra batida. Levanto-me e abro a porta. Meu irmão está parado só de bermuda.
— O Ramon dormiu aqui no seu quarto?
— Ahm...
— E aí? — diz Ramon, está com algo na boca.
Viro-me e vejo ele com uma escova de dente na boca. Ramon está só com um calção cinza, e o cabelo está molhado.
— Que horas você entrou aqui? — pergunto.
Ele arqueia a sobrancelha, mas não fala nada. Vai até o banheiro e limpa a boca.
— Cara e a festa? — fala Petrus — Nem te vi, onde você estava? — Ramon olha para mim. — Ontem foi uma das melhores noites.
— Ok. Vou tomar um banho. — falo e vou até o banheiro.
Faço minha higiene primeiro e depois vou para o chuveiro. A água está morna.
Passo as mãos pelo meu cabelo já molhado e relembro da noite passada.
— Dormimos juntos... — sussurro.

Quando termino o banho e me visto vou para cozinha preparar meu café, faço dois sanduíche. Estou com muita fome.
13:05. Vejo no relógio. Acabo o "café" e pego meu celular para falar com a Alli.
— Oi, Zack. — fala ela do outro lado da linha.
— Oi. E a festa?
— Provavelmente a melhor de todas.
— Foi mesmo.
— Ei, mas, espera aí. Onde você estava?
— Por aí, não lembro, estava bêbado. — minto. Lembro de todos os detalhes.
— É... eu vi seu estado.
— Quem é? — pergunta alguém com voz de sono. Conheço muito bem de quem é.
— Espera aí... o Maik dormiu na sua casa?
— Eu vi o Riven ontem. — muda de assunto.
— Na sua cama?
— Tá, dormiu.
— Hummm... já sei que a noite...
— Tá bom, chega! — diz. — Mas e o Riven? Vocês dicustiram?
— Por quê? — pergunto.
— Por quê vi ele com a de cara feia. Perguntei a ele o que houve e então me disse que vocês haviam discultido. Olha, Zack, sei que você ama o Riven, então, para de besteira e volta para ele. O olhar dele diz tudo, ele te ama, qualquer um percebe.
— Alli, ele foi imaturo.
— Vai falar com ele. Ciúmes é comum em un relacionamento.
— Ciúmes é comum, eu sei, mas não um ciúme exagerado.
— Ok, Alli, vou pensar, aliás, ontem foi ele que provocou. — digo, pretendo encerra esse assunto — Não quero falar sobre isso. Depois nos falamos.
— Tchau, mas pensa no que falei.
Ela desliga, vou até o sofá e sento-me. Abro a agenda telefônica e encaro o nome de Riven, mas... será que eu estou errado? Ou será ele? Será que ligo para ele? Não, penso. E jogo o celular.
Lembraças vem na minha cabeça, nossa primeira transa, a vez que me levou para o park de sua familia, a festa na piscina em sua casa e nossa briga. Quero chorar, mas me contenho.
— Vou falar com ele. — digo para mim mesmo.
Levanto-me para pegar a chave do carro, um aroma de perfume exala pelo ar e Ramon e Petrus aparecem, estão bem vestidos.
— Irmãozinho vou pegar seu carro. — diz Petrick.
— Não! Estou de saida. — digo sem olhar para eles.
Vou até a garagem, entro no carro, ligo o motor e saio em busca da casa do Riven.

Quando chego toco o interfone uma, duas vez, nem um sinal. Toco pela terceira vez. Será que não está em casa?
Riven abre a porta quando estou prestes a ir embora, está só de calção. Ele me encara.
— O que você quer? — diz entrando para dentro e me deixando no lado de fora. Ele meio que foi rude. Acho que está com tanta raiva que não suporta me olhar.
Entro mesmo sem ser convidado e fecho a porta. Vou até onde está, aliás não sei para onde foi. Quando entro na sala ele está com mais duas pessoas, seus irmãos gêmeos, estão jogando Videogame.
— E aí? — digo.
Os gêmeos me comprimenta.
— Opa! E aí? — diz um.
— E aí? Beleza?. — diz o outro apertando minha mão.
Riven se que, não me dar atenção, então falo:
— Riven podemos conversar?
Ele levanta-se, mas não diz nada. Sigo-o até seu quarto.
— E então, o que quer?
— Olha, Riven, vim de boa falar com você, agora se não quer ouvir, tudo bem. — digo.
— Por que acha que não quero ouvir? — diz crusando os braços sobre o peito.
— Por quê você falar como se não ligasse para o que estou dizendo.
— Zack, o que você quer falar para mim.
— Na verdade, vim pedir desculpas por algo que não sei se estou errado. Não quero terminar minha relação de mal com você. — falo e sento-me em uma poltrona. — Se você acha que errei, e se errei, peço desculpas. Não queria te magoar.
— Zack, pensei que nosso relacionamento teria confiança.
— E teve, eu te contei sobre o que aconteceu. Se fosse outro não contaria.
— Mas não é "outro", é você. Sabe, eu preferia não ter que saber.
Me levanto e vou até onde ele está, Riven passa por mim e senta-se na cama.
— Riven. Eu teria que conviver com a culpa, e não aguentaria. Eu te amei como nunca amei ninguém, e quer saber? Ainda amo. Mas, pena, que nosso relacionamento tenha acabado assim, sem sentido, e por um motivo besta. — falo. Riven está de cabeça baixa. — É... é só isso que vim falar... desculpa.
Viro-me para sair dali, mas algo dentro de mim faz com que volte a atencão para ele, falo:
— Posso te dar um abraço?
Ele não responde, apena levanta-se e então abraço-o. Seus musculos se contrai quando me aperta em seu braços. Não quero sair dali e sinto que ele, também não.
— Desculpa. — peço mais uma vez sussurrando em seu ouvido.
Solto do do seus braço e olho para ele, mas Riven virasse rapidamente, será que está chorando e não quer que eu veja?
— Até logo. — digo e saio dali.
Passo por a sala novamente, mas não falo com os menino. Quando entro no carro e fecho a porta sinto uma vontade de chorar. Quero socar algo, fecho os punhos e bato no volante e então as lágrimas começa a escorrer pelo meu rosto.
Será que tudo está acabado entre nós dois? Não sei.
Passo a mão no rosto para secar as lágrimas, ligo o carro e vou para casa com a lembraça de Riven na cabeça, dos seus olhos e seu sorriso que me fazia extremecer.

Mais um conto aí. Agradeço a todo que estão lendo, muito obrigado.
Aviso: vou demoorar um pouco a postar, pois estou quase sem tempo para mim.