Me Chifre! 1/3



1 — SEMEADURA
Conheci Roberta, ou Beta, no sexto período do curso de Comunicação Visual da federal, meses depois do fim de um namoro de um ano. Admito ter demorado um tanto a reparar naquela figura sorrateira que parecia se esgueirar para dentro e fora das aulas de Direito do Autor, cadeira sem pré-requisitos, comum a veteranos e calouros; só na terceira ou quarta semana foi que me chamou a atenção, justamente por esse jeito arredio. Minhas primeiras tentativas de aproximação só confirmaram minha previsão de que aquilo não seria nada fácil: ela desviava o olhar do meu, cortava minhas conversas com respostas monossilábicas, franzia a testa para meus elogios, sentava-se sempre a pelo menos duas fileiras de distância. De família interiorana e religiosa, fora criada na rédea curta para só fazer sexo em troca de um anel de noivado ou pelo menos uma promessa de namoro firme, como a maioria das garotas da sua cidade natal, casadas praticamente à força para não correrem o risco de 'se perder'. Pequena, sonhadora, recatada e sem vontade própria. Enviada para obedecer e satisfazer. Durante os três anos que passamos juntos, não havia o que não fizesse para me agradar, desesperando-se a tal ponto quando eu recusava algum cuidado que chegava a dar pena.
O primeiro ano de namoro foi quase sem sexo. Masturbação no máximo, oral nunca e penetração nem pensar. Eu estacionava o carro em algum lugar reservado e ela me punhetava até eu esporrar na sua mão pequena e delicada. Às vezes tentava retribuir o favor com uma massagem suave no grelo, embora ela não demonstrasse se importar muito com isso. Seu prazer parecia se resumir ao meu gozo. Só no segundo ano, de casamento marcado, foi que trepamos pela primeira vez na casa dos meus pais, então vazia por ocasião de um feriado prolongado. Já na intimidade daquela fase de nos esfregarmos seminus na cama, amassei seus seios um contra o outro e coloquei os dois bicos juntos na boca. Ela pediu para arranhar com os dentes, o que sem querer fiz com pressão demais, provocando um ‘ai’. Me desculpei, mas ela pediu para fazer de novo e obedeci. Belisquei os biquinhos com as pontas das unhas, apertei, torci, puxei. Deitado meio de lado, mordisquei os peitinhos com força suficiente para deixar marcas leves, enquanto ela gemia e tentava alcançar a cabeça do meu pau babado, que já escapava pelo elástico da cueca. Quando conseguiu, puxou para fora e apontou bem para o meio das coxas.
"Tem certeza?" perguntei por desencargo de consciência, intimamente torcendo para que não resolvesse desistir logo ali.
Ela simplesmente me puxou pelo pau até a cabeça roçar nos pentelhos melados. Meu tesão e ansiedade pela perda do cabaço eram tão grandes que acabei entrando de uma vez. Algo cedeu no caminho e ela se retesou com um grito alto que me fez recuar olhando meu caralho estourando de duro, lambuzado por uma mistura de sucos com traços de vermelho.
"Quer que pare?"
"Não. Vem."
Empurrei só a cabeça e comecei a mexer devagar, vigiando seus olhos arregalados e estáticos de desconforto. O bom senso mandava parar de novo. "Está doendo."
"Um pouco... Mas eu gosto...” sussurrou sem me olhar. Um segundo depois, como se tomasse coragem, me encarou e disse um pouco mais alto: "Faz com força".
Confesso que ouvir aquilo me deu tesão. Se a ideia que ela tinha da nossa primeira vez era sexo bruto, eu não ia desperdiçar a oportunidade. Tirei tudo e meti de um golpe só, atento à força com que cerrou os olhos e os dentes. Quase chorou, mas fez o pedido que eu queria ouvir: 'Mais forte'. Segurei seus pulsos para cima e entrei com violência, ainda mais fundo, para rebentar de vez aquele cabaço. Um gemido abafado escapou da sua garganta e sua mão se soltou para me puxar pela cintura, ditando um vaivém tão rápido e intenso que tudo não durou mais de cinco minutos. Quando acabou, meu pau pingava sangue.
Nos casamos numa cerimônia modesta e fomos morar num apartamento próprio, presente dos meus avós. Eu já tinha sete períodos incompletos na federal e um estágio com boas chances de efetivação; não demoraria muito a ganhar o suficiente para andarmos pelas nossas próprias pernas, se Beta ajudasse cozinhando para fora. Nossa vida sexual seguia quase dentro da normalidade, com exceção dessas brincadeiras ocasionais de arranhar, prender e provocar dor. Às vezes ela atiçava nós dois reclamando com jeitinho magoado assim que eu começava a meter: 'Ai, amor, está doendo. Ai, ai, está doendo'. Eu disse a mim mesmo que aquilo apimentava a relação e que eu não era nenhum cretino que via prazer no sofrimento alheio; só entrava no jogo, sempre respeitando seus limites, que até então tinham variado dentro do razoável. Nós saberíamos se estivéssemos passando da conta.
Uma noite, logo depois do jantar, encontrei-a sentada na beira da cama, mãos plantadas no colchão, olhar baixo.
"Tudo bem?" perguntei da porta.
"Eu não devia ter comido sobremesa. Estou me sentindo tão culpada."
"Por causa de um bombom?"
Baixou a cabeça de novo, sem responder. Me sentei do seu lado, abracei-a e por alguns minutos fiquei fazendo carinho nos seus cabelos. O perfume floral e o calor do seu corpo não demoraram a me deixar de pau duro e ansioso por descer pela sua nuca, ombros e costas. Enfiei os dedos na calcinha e já dedilhava o rego quando ela guiou minha mão para a buceta. Meti o médio todo e mexi lá dentro com vigor. Ela disse: “Me machuca”.
"Como?"
"Não sei."
Enfiei dois dedos o mais fundo possível. Ela gemeu, escancarou as pernas e empurrou a buceta contra minha mão. Tirei os dois e voltei com três, quatro, tentando alargar a brecha entre os tecidos que tanto aumentavam a sensação de proibido quanto atrapalhavam meus movimentos quase a ponto de me tirar a disposição no melhor da brincadeira. Fui obrigado a pedir que se despisse. Acesso liberado, voltei a empurrar os quatro com mais e mais pressão, até meu punho por pouco não atravessar a fenda. A força era tamanha que chegava a empurrar seu corpo para a cabeceira, sempre provocando um gemidinho delicioso, meio grito, meio soluço. Mesmo quando seu rosto se contorcia por um segundo numa careta de dor, ela continuava tão acesa quanto eu, que também já me via achando um tesão meio maluco naquela ideia de fazer um fisting pela primeira vez. Com quatro dedos socados até a base e o polegar espremido no meio, não faltava muito. Se eu conseguisse fazer os nós passarem, o resto seria fácil, ainda mais melada como ela estava. Seu colo, pescoço e rosto estavam vermelhos e a jugular pulsava como eu nunca vira. Aquilo era loucura.
Colocando toda minha força, senti ela ceder mais uns dois milímetros, quase o suficiente para fazer passar o punho inteiro. Com isso, deu um gemido ao mesmo tempo dolorido, extasiado e cansado, como se já não aguentasse mais de excitação, e gozou com um espasmo. Por quase um minuto, continuou com a respiração tão pesada quanto segundos antes do gozo, mas depois se aprumou num movimento brusco e me estendeu os pulsos.
"Me amarra na cabeceira", falou alucinada, como se por efeito de uma droga. Não protestei. Abri o armário, puxei uma gravata e fiz o que ela mandava. Quando já estava amarrada e nua da cintura para baixo, parei para olhar suas pernas pequenas, alvas, sem pêlos, sem defeitos, sem cheiro. Pareciam de plástico. Ela disse: "Bate".
"Onde?"
Eu não sabia, nem ela. Na dúvida, levantei sua blusa e dei alguns tapas nos seus peitinhos até deixá-los cor-de-rosa. Aquilo fez seu rosto corar, me dando a ideia de estapeá-lo também. Tudo de leve, claro.
"Mais forte."
"Olha, Beta..."
"Pega um cinto e bate com ele nas minhas coxas. Como se fosse um chicote."
O tom era decidido e de novo fiz o que ela falava. Essas foram nossas preliminares. Depois da surra de cinto, coloquei-a de quatro e meti como um demônio até gozar, cair de lado e apagar.
Quando abri os olhos de manhã, ela estava na mesma posição de depois do jantar, sentada na beira da cama, mãos plantadas no colchão, olhar baixo. Os roxos nas suas pernas atestavam o óbvio: ela não era de plástico, era de carne e osso como eu, e agora fitava aquelas marcas com olhos marejados. Confusa. Perdida. Culpada. Lá vamos nós de novo.
Gradualmente, quase sem que percebêssemos, as brincadeiras se tornaram frequentes e deixaram os limites da cama. Fantasiávamos por telefone durante meu expediente, masturbávamos um ao outro em lugares públicos só para chegar em casa doidos para meter; cheguei a ponto de, em plena tarde de sábado, tirar sua calcinha na escada do prédio e esfregar a cabeça do pau no grelo até ela me implorar para ser comida. Ia dar merda se alguém aparecesse, ainda mais porque os vizinhos ali não dispensavam uma fofoca, mas meu maior tesão era o risco de sermos pegos. Para completar a putaria, prensei-a contra a parede e comecei a falar no seu ouvido: “Vou te comer aqui mesmo, sua putinha. Vou te comer até você gritar pra parar”.
Ela gemia e se esfregava de volta, tentando fazer meu pau entrar. "Então me come. Come essa sua puta. Sou toda sua, pra você fazer o que quiser comigo."
"É? Olha que eu faço. Sabe o quê? Vou tirar sua roupa toda, te comer de quatro e encher sua cara de porra. Se alguém aparecer, eu vou sair daqui como um garanhão e você como uma piranha."
A última frase fez sua expressão mudar de tesão para uma mistura de choque e aversão. Se aprumou com ar ofendido e senti que eu atravessara um limite invisível, uma linha tênue que talvez só existisse na cabeça dela. E a trepada acabou antes mesmo de começar.
“Vamos pra casa.” Puxou sua calcinha do meu bolso.
“Que foi? Falei alguma coisa errada?”
“Nada não. Nada não. Deixa pra lá.” Vestiu a calcinha e saiu na frente sem me olhar.
O clima continuou estranho durante um ou dois dias, mas não conversamos sobre o acontecido e o assunto ficou pendente até o próximo sábado, quando anunciei que faríamos um almoço para dois amigos meus que ela ainda não conhecia, o Hugo e o Gustavo. E, por 'faríamos', obviamente quis dizer que ela faria. Beta passou a manhã de domingo no supermercado e na cozinha, desdobrando-se em duas para que tudo estivesse perfeito à uma em ponto. Os dois só foram aparecer por volta de uma e meia, Hugo com uma das suas namoradinhas e Gustavo, que provavelmente teria passado o fim-de-semana na cama da amante se a esposa não tivesse desistido de viajar para a casa dos pais, visivelmente contrariado em ir com a patroa ao programa de domingo. Pernas cruzadas, mãos no colo, como se para não ocupar espaço demais, Beta apenas sorria das histórias engraçadas e comentários espirituosos, sem ousar dar uma opinião não solicitada. Previu tantos erros que não deixou espaço para um acerto.
"Beta é calada, né?" Gustavo provocou numa das pausas da conversa.
"Mas simpática", a esposa dele consertou, elogio retribuído com outro sorriso.
"É. O sorriso dela é assim, fácil." Dei um sorriso de canto e o de Beta se apagou. Constrangida, a esposa de Gustavo tratou de mudar de assunto, mas a expressão de Beta continuava grave. Quando Hugo foi ao banheiro, censurei-a na presença dos outros três: "Por que tão séria? Está estragando o almoço". Com a bronca, ela pareceu fazer um esforço para recuperar um pouco da simpatia inicial, embora o sorriso já não saísse tão brilhante quanto antes. "Olha aí aquele sorriso de novo." Me virei para eles, voltando a falar dela como se não estivesse lá. "Combina com o decote..."
A reação das mulheres foi um olhar horrorizado e a de Gustavo, uma risadinha sarcástica. Sem dizer nada, Beta se levantou e deixou a sala.
"Ela gosta", afirmei para o nada, levando à boca o copo de cerveja.
Não demorou muito e Beta voltou com as travessas, agora num vestido branco de velha carola, abotoada até o pescoço no cruel calor de fevereiro. Vestida para mendigar o respeito dos adúlteros e promíscuos. Pouco falou ou sorriu durante o resto do almoço, apenas agradecendo pelos elogios à comida, sempre sentada com as mãos no colo e os cotovelos bem longe da mesa. Foi com evidente expressão de alívio que acompanhou os convidados até a saída e se despediu de cada um.
"Gostou dos meus amigos?" debochei assim que fechou a porta.
Ela se virou rispidamente para o corredor, prestes a se afastar sem resposta, como de costume, mas depois girou nos calcanhares e apontou o dedo no meu nariz, para minha surpresa e decepção. Eu sempre achara algo reconfortante naquela sua passividade e agora ela tirava isso de mim me enfrentando do alto dos seus 1,61m.
"Nunca mais faz aquilo!" praticamente gritou. Desde quando elevava a voz daquele jeito?
"Aquilo?" me fiz de desentendido.
"Ah, você não sabe?"
"Não. O quê? Aquilo que você sempre me pede pra fazer na cama?"
"Você sabe muito bem que não é pra me tratar assim fora da cama, muito menos na frente dos outros! Ou vai dizer que não entende a diferença entre fantasia e realidade? Nem você é tão burro assim!" Deu meia volta e saiu para o corredor.
"Olha aqui, você me respeite", retruquei, mas ela já estava quase no meio da sala. "Ei, não terminei de falar! Volta aqui, sua vadia!"
Cravei-lhe os dedos na carne macia dos braços, puxei-a de volta e dei um tapa em cada face. Dessa vez não foi de brincadeira e muito menos excitante. Fomos dormir sem nos falar. A manhã seguinte não foi muito diferente: enquanto ela se preparava para ir à lavanderia de calças e blusa preta de mangas compridas num calor de quase quarenta graus, eu me barbeava como se nada tivesse acontecido. No fim do dia, a ficha caiu e fui me retratar: "Desculpa, amor. Não sei o que eu estava pensando".
Ela só ouvia, sem me responder ou levantar os olhos das suas receitas, mas dois dias depois me desculpou.
Com mais algumas semanas, aquilo ficou para trás e voltamos a fantasiar, aos poucos incorporando novas técnicas e brinquedos. Para não termos que nos preocupar com os barulhos, gemidos e palavrões, deixávamos essas putarias para o sítio dos pais dela, administrado por nós e aonde eles só iam três ou quatro vezes por ano, se muito. E, para tornar a brincadeira mais realista, concordamos em usar acessórios de verdade. Eu queria sentir a entrega, queria uma prova de que ela confiava em mim. Não dissera que era toda minha? Então. As algemas, a mordaça, o chicote, era tudo real. Mas o que aconteceu depois eu juro que não foi premeditado. Minha intenção era que aquilo realmente não passasse de um jogo.
Ela estava sentada na beira de uma poltrona de couro marrom, toda nua, e eu ajoelhado entre suas coxas, abrindo a buceta com uma mão enluvada para observar bem de perto, muito sério e compenetrado no meu papel ginecologista-safado-se-aproveita-de-paciente-ingênua. Inventei que precisava raspar uma amostra da mucosa interna, o que ia doer um pouco, e que fazia parte do procedimento imobilizar os braços da paciente para impedi-la de instintivamente tentar interferir naquele processo doloroso e invasivo. Para efeito de fantasia, o pretexto serviu: ela ficou tão excitada que o mel chegava a escorrer para o cu. Depois de algemar seus pulsos, apontei para a buceta o instrumento de coleta improvisado, mas a visão do buraquinho lubrificado logo abaixo mudou meu destino no último segundo. Largando o objeto de lado com um sorriso diabólico, alisei a portinha com o indicador da mão sem luva, o que a fez se esquivar com previsível surpresa. Não ia adiantar nada. Quando a vi ali, à minha mercê, foi como se estivesse possesso.
"Calma, está tudo bem", menti. "O toque retal é um dos principais exames de rotina. Só vou introduzir um dedo pra sentir as paredes internas. Não vai demorar nada. Tenta relaxar, OK?"
De volta ao meu semblante profissional, estiquei as pregas com o polegar e o indicador da mão esquerda, enfiei devagar metade do médio da direita, toquei aqui e ali e comecei a mexer em círculos, laceando o anel. Ela vigiava meus gestos com ar levemente desconfiado, como se ainda não acreditasse ou não quisesse acreditar que eu pudesse mesmo obrigá-la a fazer algo que não tivesse vontade; usou de sutileza para tentar mudar o rumo do jogo, confessando ao doutorzinho safado querer sentir o pinto dele na buceta. Prontamente tirei a roupa, me encaixei onde ela pedia e dei leves estocadas que pareceram tranquilizá-la um pouco. A vítima nem imaginava que eu só queria molhar mais para entrar onde não devia. Sem avisar, posicionei a cabeça do pau como se para espiar pela entrada proibida, rodei tudo por ali e forcei passagem até ela começar a se abrir. Seu rosto agora era uma careta de dor e isso me dava ainda mais vontade de meter até o talo.
"Para, amor", usou nosso apelido carinhoso num tom absolutamente grave, sinal de haver saído do papel, mas na minha cabeça tudo que eu podia ouvir era aquela manha para lá de dengosa que, confesso, me dava um prazer doentio: 'Ai, amor, está doendo. Ai, ai, está doendo'. Pois agora ia doer de verdade. Soquei tudo de um lance só, até o fundo, e comecei a foder sem a menor cerimônia, como se fosse uma buceta.
"Ai! Não! Assim dói! Tira!" ela gritou, se retraindo toda e começando a se debater.
O equilíbrio frágil entre dor e prazer virara uma dor pura e excruciante. Sua confusão mental diante do meu descontrole foi tão grande que ela se esqueceu da senha, mas quem precisa de palavras quando a expressão no rosto da outra pessoa é a própria tradução do desespero?
"NÃO! Eu disse pra parar! Para, está doendo demais!"
Dessa vez não parei. Havia lágrimas nos seus olhos, mas não parei. Talvez tivéssemos atiçado meu lado sádico, o lado cruel e egoísta, o lado que estava cagando para as regras. Diabo, eu também tinha meus demônios para exorcizar. Queria a dor, queria os gritos, queria tudo que me fizesse mais carrasco e menos vítima da vida, de mim mesmo e de todos que já havia deixado me fazerem de idiota.
"Para! Isso não tem graça! Aiii! Aiii!" repetiu, sem saber que súplicas só me fariam arremeter com violência redobrada.
Seu desespero foi o combustível perfeito para a maior explosão orgástica da minha vida. Alarguei e alaguei aquele cu recém-deflorado em estocadas violentas e pausadas, tomando todo o tempo possível para saborear cada uma delas antes de parar enterrado até as bolas. As lágrimas lhe escorriam fartas pelos cantos dos olhos, mas eu ainda não terminara; se ela achava que eu lhe daria sossego tão cedo assim, estava muito enganada. Empurrei-a da cadeira para o chão, ordenei que se ajoelhasse diante da minha pica já meia-bomba e coberta por uma mistura de dois ou três tipos de secreção, segurei-a pelos cabelos e apontei com a mão enluvada aquela bagunça para sua boca. Ela imediatamente virou o rosto de lado, enojada.
"Mulher fresca. Prefere chupar ou levar porrada?" ameacei com a petulância de quem se acha no direito de exigir qualquer coisa. Dessa vez Beta entreabriu a boca e cerrou os olhos com força. Antes que seus lábios encostassem em mim, xinguei-a de outra coisa: "Porca. Vai mesmo lamber essa imundície?" Ela abriu os olhos e recuou pela segunda vez, agora sem entender nada. "Ah, está com nojinho de novo? Deixa de frescura e chupa logo, porra! Quero ver engolir tudo!"
Bem que tentou, mas não ia ser fácil. A cada cinco segundos, se engasgava no meu pau e se atrapalhava toda, com dificuldade de controlar de uma só vez a ânsia, os soluços e a saliva que já escorria pelo queixo. Com um tapa na cara, ordenei: "Quando eu meter na sua boca, não é pra deixar cair baba. Entendeu?"
Não respondeu, mas deixou-o limpinho. Assim terminou seu primeiro anal. Agachada exatamente onde eu a jogara, pernas encolhidas entre os braços, olhar vidrado, pendendo para frente e para trás feito criança embalada numa cadeira de balanço, Beta repetia para si mesma em voz trêmula e esganiçada: "Está tudo bem, está tudo bem, está tudo bem, está tudo bem, está tudo bem..."
Surdo para a ladainha histérica, abri as algemas, caminhei como um sonâmbulo até o banheiro social, lavei o rosto na pia e fiquei me olhando no espelho por mais de um minuto, sem conseguir entender o que via ali. Estuprador. Criminoso. A que ponto eu chegara?
A porta da suíte agora estava trancada a chave e o jeito era passar a noite no quarto de hóspedes.
Se consegui dormir duas horas, foi muito.

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Comentários


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o cara_rj Comentou em 19/07/2016

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cristina23livre Comentou em 25/06/2016

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Ficha do conto

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Nome do conto:
Me Chifre! 1/3

Codigo do conto:
85140

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
21/06/2016

Quant.de Votos:
3

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