Diálogos e recordações, 03



CRISTINA
Cheguei do colégio e corri para o banheiro, desde a hora do recreio tinha começado a dor de barriga. Cristina me viu o filho jogar a bolsa no sofá e riu ao ver meu aperreio desabotoando a calça...
* * * * * *
Quinta-feira, 21 de setembro de 1972

Cristina balançou a cabeça ao ver o filho entrar agoniado, jogara bolsa de livros no sofá e entrar correndo no banheiro.
? Te falei pra não tomar juçara de noite! – estava na cozinha terminando o almoço.
Junior não escutou direito, não dava pra escutar, a bosta estava quase saindo e nem sentou direito antes de sair aquele jato que mais parecia xixi. Ficou sentado sentindo alívio, olhou para o fundo da cueca, estava melada, tinha peidado e saiu um pouquinho.
? Aproveita e toma banho filho... – Cristina escutou o barulho da descarga – Tua prima ta vindo com tua irmã...
Ele sabia, Carla tinha falado na hora do recreio. Ainda ficou alguns minutos sentado esperando pra ver se não saia mais antes de entrar no banheiro e abrir o chuveiro.
? A prova foi boa? – Cristina escutou o silêncio no banheiro.
? Tava meio difícil, mas acho que vai dar de tirar uns oito... – procurei a toalha, lembrei que não tinha pego – Trás a toalha pra mim mãe...
Demorou quase nada a mãe entrar, ele estava parado de braços cruzados esperando e pensando nas coisas que Marinalda tinhadito na hora do recreio.
? Tu ta longe né moleque... – atirou a toalha, Junior pareceu voltar de outro mundo – Ta tendo alguma coisa?
Ele olhou para a mãe parada na porta do banheiro, como sempre ficava em casa, vestia uma camisa de meia cavada e a calcinha folgada.
? Tava pensando... – pegou a toalha e começou secar o corpo – Carlinha ta namorando o Arnaldo...
Não sabia se era por ciúme que não gostava do garoto, ou pelas coisas que a colega tinha contado.
? Ta não... – mamãe andou, no rosto um sorriso bonito – Aquela pestinha só tem olhos pra ti...
Foi preciso dizer nada não, só se olharam pra ter certeza de não brincar. Cristina ajoelhou defronte dele, pegou a toalha e esfregou o corpo. Ele olhou para ela, passou a mão nos cabelos longos antes de abraçar a cabeça e sentir o rosto colado na barriga.
? Já falei pr’ocês terem cuidado... – Cristina abraçou o filho – Pode ter ciúmes não filho senão vão terminar sabendo...
? To com ciúme não mãe... – sentia que não era verdade – Só vi eles conversando na hora do recreio... – fechou os olhos lembrando de como a irmã parecia mais alegre – Marinalda disse que viu eles...
Cristina olhou para cima e viu os olhos fechados, passeou a mão pelas costas até ficar entre as pernas. Olhou para frente e viu o peru quase duro.
? É colega dela... – suspirou – Ela ajuda ele com matemática... – deu um beijo chiado na barriga do filho, sentiu a mão acarinhando a cabeça – Ia ser bom se ela tivesse um namoradinho...
Junior olhou para ela, sabia que não poderia demonstrar das coisas que sentia na frente dos outros, mas o nó na garganta e a raiva era doída demais pra conseguir esconder.
? Mas ela não devia de ficar assim com ele...
A mãe sorriu e segurou o pau com a boca, passou a língua na cabeça e sentiu o corpo dele estremecer. Continuou chupando até escutar a porta se abrir e os risos moleques da filha brincando com a prima.
? Chegaram... – olhou para a pica dura e deu uma mordida pequena – Depois termino...
Levantou e saiu, Junior ficou respirando agoniado, tava quase gozando.
? Cadê o Juninho mãe?
Cristina falou com a sobrinha antes de responder. Carla arrancou a farda e correu para o banheiro, Laura olhou para a prima e ficou sem saber o que fazer.
? Vai lá moleca... – Cristina empurrou a sobrinha – Tu ta doidinha pra ir também...
? To não tia... – não era verdade.
* * * * * *
? A Laura vai ficar aqui em casa... – Cristina esperou que terminassem de comer – Dora vai ter de ir em São Bernardo.
A sobrinha não sabia da viajem dos pais e olhou para a tia sem entender direito.
? Mamãe não falou nada... – levantou e pegou os pratos vazios – Ele lhe ligou?
? Tio Carneiro ta meio doente... – ficou olhando para as costas da sobrinha – Vai com o Mundico mais com pouco e voltas domingo de tardinha...
Laura lavou as louças sem olhar para a tia, Junior e Carla já tinham corrido para o quarto.
? É verdade que tua prima ta de namorico com o Naldinho?
A sobrinha olhou para a tia, limpou as mãos na barra da saia e pareceu não saber de nada.
? E Carlinha lá olha pr’algum pequeno tia? – riu e sentou novamente – Esses dois não desgruda pra nada...
? Teu primo disse que uma colega viu os dois no campinho...
? Deve de ter sido a sirigaita da Marinalda... – fechou a cara – Aquela piquena é doidinha pelo Naldo e... – riu – Tem nada não tia, é só fuxico...
Cristina ficou olhando pra sobrinha.
? Tu sabe deles, não sabe?
Laura respirou e botou o pé em cima da cadeira, brincou nervosa com a faca de mesa, sabia que a tia sabia dos primos e das brincadeiras deles, mas não tinha tanta liberdade de falar tudo com ela. Cristina sorriu e colocou a mão em cima da mão da sobrinha.
? Você não falou nada pra ninguém, falou?
? Sô doida não tia... – sorriu nervosa – Até já jurei, lembra?
? E você?
? Que tem eu? – respondeu rápido e nervosa.
Cristina riu, não tinha certeza, mas desconfiava que também ela andava se metendo nas brincadeiras dos filhos.
? Você também?...
Laura olhou para a tia e suspirou, sentiu um pinicão dentro da xoxota e a tia soube que também ela andava deitando com o filho.
? Precisa ter cuidado viu? – acarinhou a mão da garota – Você já é uma mocinha que tem regras... Não vá pegar bucho...
? A gente não fez na periquita... – sentiu vergonha – Só dei a bunda pra ele....
? Mesmo assim é preciso ter cuidado... – segurou a mão fria e beijou a palma – Tem de se assear bem... Não pode deixar ficar lá dentro... – Laura olhava para ela doida de vontade der chorar, Cristina notou – Dora sabe?
? Ta doida tia? – resposta nervosa – Ele me mata se ficar sabendo...
? Mata nada! – riu lembrando dos tempos de criança – Ela era a mais acesa pressas coisas...
Laura olhou para a tia, nunca tinha sabido das coisas da mãe, ela não conversava com ela e o pai, muito duro e direito, era quem menos falava.
? Sempre foi metida a certinha... – Cristina se recortou na cadeira – E quem levava a fama era eu... Tu sabia que o papai me batia pensando que era eu quem aprontava?
? Ela diz que a senhora era quem fazia ela apanhar... – uma vez tinha tentando ouvir coisas da mãe – Que a vovó lhe dava cobertura...
Cristina sorriu lembrando da mãe.
? Até que ela ajudava... Mas era Dora quem mais inventava as coisas... Era doidinha de varrer... Vivia atazanando o Zelão do tio Carneiro, a gente pensava que os dois ia terminar se casando...
Laura gostava de ouvir as histórias que a tia contava.
? E eles namoravam?
? Naquele tempo não tinha disso não, mas sempre brincavam juntos... – levantou e botou café quente num copo – Devia de ter tua idade quando... – parou, nunca tinha contado essas coisas pra ninguém – Tu não vai dizer pra ela que eu te conto essas coisas...
Laura riu, não estava mais nervosa.
? Sô doida não tia... Conto pra ninguém não...
Cristina sentou no chão frio encostada na geladeira, tomou um gole do café e a cabeça voltou pros tempos de criança. Lembrou das brincadeiras das noites de lua, dos passeios pela mata do Caru, dos banhos de açude, das chuvas que duravam quase um mês inteiro.
? A gente tinha nossa patota... Eu, Dora, Mundica, Das Virgens, Zelão, Pega-tatu... – tomou mais um gole de café – Dora e Zelão era um enrabichamento só... Viviam junto e Mundica tinha um ranca-rabo com Pega-tatu...
Parou e olhou para a sobrinha sem olhar de verdade, parecia que aqueles tempos tinha sido há pouco e não há quase vinte anos.
? Dora ficou aperreada quando viu que eu tava olhando... A gente tava brincando de preto fugido e ela tava escondida com Zelão no armazém... Eu tava procurando um lugar de me esconder quando ouvi eles cochicharem... – deu um suspiro mais longo e riu – Ela tava de boi e o Zelão metia na bunda dela.... Levou um susto, mas não falou nada, só ficou me olhando...
Laura não ficou espantada, nada do que a tia falava lhe deixava espantada. Não depois das coisas que fazia com o primo e de ter visto Junior com Carla.
? Passou um dois dias sem quer me olhar de gente... – riu –Até que eu chamei ela e disse que não ia contar pra ninguém... Mesmo assim ela ficou diferente um bom tempo e não ficava perto dele quando eu estava por perto, mas eu sabia que ele continuava comendo a bunda dela.
? E a senhora, com quem ficava?
Cristina esticou um perna e levantou a outra, Laura deu vontade de rir ao ver que ela não usava calcinha, viu a beirada da xoxota depilada parecendo a sua.
? O André tinha um enrabichamento comigo... – respirou, coçou a perna sem notar que a sobrinha olhava para ela de um jeito diferente – Mas não dei a bunda não... Dei umas chupadinhas.... – riu – Só dei pro teu tio...
Laura desceu da cadeira e sentou no chão de frente para a tia, cruzou as pernas sem se importar que ela visse o fundilho da sunga.
? A senhora... É... A... – gaguejou.
Cristina olhou pra ela e riu.
? Fala... Pode falar...
? A senhora não briga com o Junior?
? Porque eu ia de brigar com ele?
? Ora... Ele e a Carlinha...
Cristina olhou bem dentro dos olhos da sobrinha, se encostou na geladeira e ficou pensando nos tempos de Timon, de como tinha desconfiado e das coisas que fez com o filho.
? Se é de vadiar na rua... – suspirou e olhou para a sobrinha – Tu gosta de dar pra ele?
Laura sentiu o rosto esquentar, deu uma vergonha grande.
? Dora dizia que gostava... – riu – Falava que era como se fizesse cocô pra dentro...
? Gosto... – respondeu baixinho – Doeu um pouco... Mas agora não dói mais...
? E tu dá pra mais alguém?
? Não! – quase um grito – Só deixo ele meter em mim... – abraçou as pernas e colocou o queixo apoiado nos joelhos – Tu sabia que ele come a Aninha?
Cristina riu, sabia, tinha sido elas quem tinha falado pra ele não deixar passar.
? Com ela é na frente... – olhava fixo pra tia – Não quero dar meu cabaço, vou casar virgem... – riu – Virgem na frente...
Cristina ainda ficou alguns instantes conversando antes de levantar e ir para o tanque lavar as fardas. Laura olhou para a tia tendo certeza de que gostava muito dela, levantou e correu para o quarto...

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Ficha do conto

Foto Perfil anjo
anjo

Nome do conto:
Diálogos e recordações, 03

Codigo do conto:
9177

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
18/03/2010

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