O Que Você Quiser

Capitulo 06

Quando chego em casa, meu Trampo me recebe. É um amor! Leio o bilhete em que minha irmã me explica ter dado o remédio ao gato, e isso me faz sorrir. Que fofa ela é!
Ponho uma roupa mais confortável e preparo alguma coisa para comer. Cozinho um macarrão à carbonara delicioso, encho o prato e me sento no sofá para ver tevê enquanto devoro a comida.
Quando termino de comer, me recosto no sofá e, sem me dar conta, mergulho num sono profundo, até que um barulho estridente me acorda. Sonolento, me levanto e o apito volta a soar. É o interfone.
— Quem é? — pergunto, esfregando os olhos.
— John, sou eu, Edward.
Então acordo rápido. Consulto o relógio. Seis em ponto. Por favor! Mas quanto tempo será que dormi? Fico nervoso. Minha casa está uma bagunça. O prato com os restos de comida sobre a mesa, a cozinha entulhada, e eu estou com uma cara horrível.
— John, pode abrir? — insiste.
Quero dizer não. Mas não tenho coragem e, após bufar, aperto o botão. Em seguida desligo o interfone. Sei que tenho cerca de um minuto e meio até que ele toque a campainha da porta. Como Ligeirinho, salto por cima da poltrona. Por pouco não bato com a cabeça na mesa. Pego o prato. Pulo de novo a poltrona. Chego à cozinha e, sem poder fazer mais nada, ouço a campainha. Deixo o prato. Jogo água em cima para esconder as sobras do macarrão.
Ai, meu Deus! Está tudo sujo!
A campainha volta a tocar. Me olho no espelho. Meu cabelo está todo embaraçado. Dou um jeito como posso e corro para abrir a porta.
Quando abro, respiro ofegante por causa da correria e me surpreendo ao ver Edward usando calça jeans e camisa escura. Está gatíssimo! Sinto seu olhar me percorrendo, e ele pergunta:
— Você estava correndo?
Como um idiota, me seguro na porta. Essa afobação toda acaba comigo. Ele me olha de cima a baixo. Estou prestes a gritar: “Já sei! Estou horrível.” Mas Edward me surpreende ao dizer:
— Adorei suas pantufas.

Fico vermelho como um tomate quando olho para minhas pantufas do Bob Esponja que ganhei de presente da minha sobrinha. Edward entra sem pedir licença. Trampo se aproxima. Para um gato, ele até que é bem sociável. Edward se agacha e faz carinho nele. A partir desse momento, Trampo vira seu aliado.
Fecho a porta e me apoio nela. Trampo é tão maravilhoso que não consigo deixar de sorrir. Edward me olha, se levanta e me entrega uma garrafa.
— Tome, lindo. Abra, coloque num balde com bastante gelo e traga duas taças.
Obedeço sem contestar. Ele está me dando ordens.
Ao entrar na cozinha, pego o balde que meu pai me deu de presente, encho de gelo, abro a garrafa e, ao colocá-la no gelo, me detenho com curiosidade no rótulo rosa e leio “Moët Chandon Rosado”.
— Você disse que gostava de morango — escuto ele dizer, enquanto sinto que me pega pela cintura. — Nesse espumante o aroma que predomina é o de morangos silvestres. Você vai gostar.
Nas nuvens com sua presença, fecho os olhos e balanço a cabeça afirmativamente. Está me deixando louco. De repente, me gira para ele e eu fico apoiado entre ele e a geladeira. Respiro ofegante. Edward me olha. Eu retribuo o olhar, e então ele faz aquilo de que tanto gosto. Agacha-se, aproxima sua boca da minha e lambe meu lábio superior.
Meu Deus, que delícia!
Abro minha boca à espera de que agora ele passe a língua no lábio inferior, mas não. Errei. Me ergue para que eu fique da sua altura e logo enfia sua língua direto na minha boca com uma paixão voraz.
Incapaz de continuar pendurado como uma linguiça, enrosco minhas pernas na sua cintura e, quando ele cola seu pau no meu, eu me derreto. Sentir sua ereção dura e quente sobre meu corpo me deixa com vontade de despi-lo. Mas em seguida afasta sua boca da minha e me pergunta:
— Onde está o presente que te dei hoje?
Volto a ficar vermelho.
Esse homem só pensa em sexo? Tá, admito, eu também.
Mas, sem conseguir resistir a seus olhos indagadores, respondo:
— Ali.
Sem me soltar, olha na direção indicada. Anda até lá comigo enlaçado em seu corpo e depois me solta. Abre o envelope, pega o que há ali dentro e rasga o plástico da embalagem, primeiro de um dos presentes, e logo do outro. Enquanto faz isso, não tira os olhos de mim e respira com mais intensidade. Me sinto todo incendiado.
— Pegue o champanhe e as taças.
Obedeço. Esse cara vai direto ao ponto. Quando acaba de tirar os objetos da embalagem, caminha até a cozinha e os enfia embaixo da torneira. Em seguida enxuga com um guardanapo de papel, volta para perto de mim e pega minha mão.
— Me leve ao seu quarto — diz.
Disposto a levá-lo nos meus braços até o céu se preciso for, eu o conduzo pelo corredor até meu quarto e diante de nós está minha linda cama branca comprada numa loja de departamentos. Entramos e ele solta minha mão. Deixo em cima da mesa o champanhe e as duas taças, enquanto ele senta na cama.
— Tire a roupa.
Sua ordem me faz sair do universo de morangos e borbulhas no qual ele me havia feito mergulhar. E, ainda excitado, protesto:

— Não.
Sem tirar os olhos de mim, repete a ordem:
— Tire a roupa.
Fervendo no caldeirão de emoções em que me encontro, faço não com a cabeça. Ele faz que sim. Levanta-se com uma cara chateada. Joga em cima da cama os objetos que estava segurando.
— Ótimo, senhor Pardo.
Chega!
Voltamos ao nosso círculo vicioso?
Ao vê-lo passar a meu lado, reajo e o agarro pelo braço. Puxo-o com força.
— Ótimo o quê, senhor Zayn? — pergunto num tom desafiador.
Com ar arrogante, olha minha mão em seu braço. Em seguida eu o solto.
— Me chame quando você quiser se comportar como um homem e não como um menino.
Isso me provoca.
Me irrita.
Quem esse cara pensa que é?
Sou um homem. Um homem independente que sabe o que quer. Por isso respondo nos mesmos termos:
— Ótimo!
A resposta o desconcerta. Percebo em seus olhos e em seu olhar.
— Ótimo o quê, senhor Pardo?
Continuo olhando sério para ele, quase desmaio de tanta tensão.
— Talvez eu ligue quando o senhor quiser se comportar como um homem e não se achar um ser todo-poderoso a quem não se pode recusar nada.
Eu disse “talvez”? Meu Deus, mas que história é essa de “talvez”?
Eu quero esse homem.
Quero tirar minha roupa.
Quero que ele tire a dele.
Desejo tê-lo dentro de mim, e mesmo assim eu vou e solto: “Talvez ligue.”
Uma tensão avassaladora se instala entre nós. Nenhum dos dois parece querer dar o braço a torcer, até que minha mão procura a dele, e Edward, me surpreendendo, a segura. Lentamente e com ar perverso, se aproxima e me beija. Me lança um olhar sério.

Ah, como esse cara me atrai!
Suga meus lábios com prazer e eu respondo ficando na ponta dos pés. De novo se afasta e senta na cama. Não falamos nada. Apenas nos olhamos. Descalço as pantufas do Bob Esponja. Sem hesitar, tiro também minha bermuda e em seguida a camiseta. Fico só de cueca na frente dele. Ao perceber sua respiração ofegante, me sinto poderoso. Isso me agrada. Me excita. Nunca fiz algo assim com um desconhecido, mas descubro que adoro isso.
Instintivamente chego perto dele. Começo a provocá-lo. Vejo que está de olhos fechados e que aproxima o nariz da minha cueca. Dou um passo atrás e noto que ele se assusta. Sorrio com malícia e ele faz o mesmo. Desta vez ele me agarra com força pela bunda e não tenho mais como escapar. Novamente aproxima seu nariz da minha cueca, e eu estremeço quando sinto sua respiração e uma doce mordida no meu púbis depilado.
Sem falar nada, me puxa mais para si e enfia o mamilo na boca com um gesto possessivo. Meu Deus! Estou tão excitado que vou gritar. Brinca com meu mamilo enquanto mexo no seu cabelo e o aperto contra mim. Me sinto poderoso novamente. Sensual. Voluptuoso. Me olho no espelho do armário e a imagem é, para dizer o mínimo, intrigante. Surreal. Quando acho que vou gozar, me afasto dele e, sem necessidade de que diga nada, sei o que ele quer. a cueca e fico totalmente nu diante dele. Durante alguns segundos, vejo Edward percorrer meu corpo com seu olhar até que diz:
— Você é maravilhoso.
Ouvir sua voz rouca carregada de erotismo me faz sorrir e, quando ele me estende a mão, eu pego. Levanta-se. Me beija e sinto suas mãos poderosas por todo meu corpo. Que delícia.
Ele me joga na cama e eu me sinto pequeno. Pequenininho. Edward Zayn me lança um olhar altivo, e um gemido sai de dentro de mim no momento em que ele me segura pelas pernas e as separa.

— Está tudo bem, John, você está com vontade.
Ele tira a camisa e eu volto a gemer. Que homem incrível, com esse peito sensual. Ainda de calça, fica de quatro em cima de mim e pega um dos presentes que me deu.
— Quando um homem dá a um cara um aparelhinho como este aqui — murmura enquanto mostra para mim —, é porque ele quer brincar com ele e fazê-lo vibrar. Deseja que o cara se entregue todo em suas mãos, deseja desfrutar plenamente de seu orgasmo, de seu corpo, dele inteirinho. Nunca se esqueça disso. — Como sempre, balanço a cabeça afirmativamente como um idiota, e ele continua: — Este vibrador aqui é para o ânus. Agora vire-se, feche os olhos e empine a bunda para mim — sussurra. — Te garanto que você terá um orgasmo maravilhoso.
Não me mexo.
Estou assustado.
Nunca usei um vibrador, e ouvir o que ele diz me deixa constrangido, mas ao mesmo tempo me excita. Edward vê a indecisão nos meus olhos. Passa a mão delicadamente sobre meu queixo e me beija. Quando se afasta, pergunta:
— John, você confia em mim?
Eu o encaro por alguns segundos. É meu chefe. Devo confiar nele?
Tenho medo do desconhecido. Não o conheço! Nem sei o que vai fazer comigo.
Mas estou tão excitado que, no fim das contas, volto a concordar. Ele me beija e, instantes depois, desaparece do meu campo de visão. Eu me viro e empino a bunda. Sinto-o acomodar-se entre minhas pernas enquanto eu olho para a cama e mordo os lábios. Estou muito nervoso. Nunca me expus tanto a um homem. Meus relacionamentos até agora eram bem normais e, de repente, estou nu no meu quarto, estirado na cama e com a bunda para cima para um desconhecido que ainda por cima é meu chefe!
— Adorei você estar totalmente depilado — sussurra.
Beija a parte externa das minhas coxas enquanto acaricia minhas pernas com delicadeza.
Estou tremendo. Em seguida ele abre minhas pernas e eu fecho os olhos. Logo sinto seus dedos percorrendo meu ânus. Isso me faz estremecer mais uma vez e, quando sua boca ardente se detém ali, tenho um sobressalto. Edward começa a mover a língua do mesmo jeito que faz quando está me beijando. Primeiro dá uma lambida, depois outra, e meu quadril instintivamente se ergue mais um pouco. Sua língua alcança meu buraco. Dá voltas nele e o estimula. Puxa-o com os lábios e começa a chupá-lo. Respiro ofegante.

Escuto um barulho. Um barulho estranho que logo identifico como o vibrador. Edward o esfrega na parte externa das minhas coxas, e eu tremo de tanto tesão. E, quando o passa pelos lados da minha bunda, um gemido eletrizante me faz abrir os olhos.
— Prometo que você vai gostar, pequeno — eu o ouço dizer.
E tem razão!
Eu gosto!
Essa vibração, acompanhada da atração pelo proibido, me enlouquece. Com cuidado me abre e coloca o aparelho sobre meu cu. Me mexo. É eletrizante. Segundos depois, ele o retira e eu sinto sua língua me lambendo com avidez. Pouco depois, sua boca se afasta e eu volto a sentir a vibração. Desta vez não no cu, mas ao lado. De repente, um calor intenso começa a invadir meu corpo desde o estômago até em cima. Sinto que vou explodir de prazer, quando me dou conta de que a vibração aumentou. Agora ficou mais forte, mais devastadora. Mais intensa. O calor se concentra no meu rosto e na testa. Meu pau está altamente duro. Respiro com agitação. Nunca tinha sentido esse calor. Nunca tinha me sentido assim. Me sinto como uma flor que está prestes a se abrir para o mundo.
Vou explodir de prazer!
E, quando não consigo mais segurar, um gemido incontrolável sai da minha boca. Empino a bunda e me contorço, estremecendo, enquanto ele retira o vibrador da minha bunda. Por alguns segundos eu estremeço.
O que aconteceu?
Ao sentir que ele se deita sobre mim e encosta os lábios nos meus, ressurjo das cinzas e começo a beijá-lo. O desejo. Devoro sua boca querendo mais.
— Peça-me o que quiser — eu o ouço dizer enquanto continua me beijando.
Sua voz, o tom ao dizer essa frase provocativa, me deixa ainda mais excitado. Me viro e agarro seu cinto e, levando a sério suas palavras, digo:
— Quero sentir você dentro de mim. Agora!
Meu pedido é urgente para ele.
Tira depressa a calça e a cueca. Fica totalmente nu e eu estremeço de prazer. Edward é incrível. Forte e viril. Seu pau absurdamente duro e ereto está preparado para mim. Estendo meu braço e o toco. Suave. Ele fecha os olhos.
— Pare um segundo ou não poderei te dar o que você me pediu.
Obediente, faço o que ele mandou enquanto vejo que ele rasga com os dentes a embalagem de uma camisinha. Coloca com rapidez e se deita em cima de mim sem falar nada. Põe minhas pernas sobre seus ombros e, sem tirar os olhos de mim, me penetra devagar até o fundo.
— Assim, pequeno, assim. Levante-se para mim.
Imóvel sob seu peso, lhe permito entrar no meu corpo.
Ahhh, que delícia!

Seu pau duro me enlouquece e sinto-o desesperado buscando refúgio dentro de mim. Me penetra bem fundo e eu suspiro quando ele movimenta os quadris.
— Gosta assim?
Faço que sim. Mas ele exige que eu fale, e para até que eu respondo:
— Gosto.
— Quer que eu continue?
Desejando mais, estico as mãos, seguro sua bunda e o aperto contra mim. Seus olhos brilham, eu o vejo sorrir e me contorço de prazer. Edward é poderoso e possessivo. Seus olhos, seu corpo, sua virilidade me deixam louco e, quando começa uma série de investidas rápidas e eu sinto seu olhar ardente, ele me mata de prazer. Um tempo depois, retira minhas pernas de cima de seus ombros e as coloca em torno das suas próprias pernas. A brincadeira continua.
Agarra meus quadris com suas mãos fortes.
— Olhe para mim, pequeno.
Abro os olhos e o encaro. É um deus e eu me sinto um simples mortal em suas mãos.
— Quero que você me olhe sempre, entendeu?
Volto a concordar com a cabeça como um idiota, e não tiro os olhos de cima dele enquanto, excitado de novo, sinto-o mergulhando dentro de mim mais algumas vezes. Ver sua expressão e sua força me enlouquece. Abro minhas pernas o máximo que consigo para lhe dar mais espaço e percebo meu cu se contraindo. Começo a me masturbar e não demora muito, gozo como louco. Depois de meter fundo várias vezes, me rasgando por dentro e me revirando por completo, Edward fecha os olhos e goza depois de um gemido sexy, ao mesmo tempo que me aperta contra ele. Por fim, cai sobre mim.


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Comentários


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coroaaventura Comentou em 28/07/2017

OBRA DE ARTE OU POESIA? MAGNIFICO.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Que Você Quiser

Codigo do conto:
103886

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
28/07/2017

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