Após sair do restaurante, Edward pega minha mão novamente de forma possessiva, e eu me deixo levar. Cada vez gosto mais das sensações que me provoca, apesar de eu estar meio perturbado com sua proposta.
Uma parte de mim quer recusar; mas outra quer aceitar. Gosto de Edward. Gosto de seus beijos. Gosto do jeito como me toca e de seus joguinhos. Caminhamos em busca de sombra pelos jardins do Palacio Real, enquanto falamos sobre mil coisas, mas nada em profundidade.
— Topa ir ao meu hotel? — pergunta de repente.
— Agora?
Olha para mim. Percorre meu corpo com desejo e sussurra com voz rouca:
— Sim. Agora. Estou hospedado no hotel Villa Magna.
Sinto um aperto no estômago. Entrar num quarto com Edward significa... sexo. Sexo, sexo e mais sexo. E, após encará-lo por alguns segundos, balanço a cabeça concordando, certo de que é isso que quero dele. Sexo. Caminhamos de mãos dadas até o estacionamento.
— Vai me deixar dirigir?
Me olha com seus inquietantes olhos azuis e aproxima sua boca do meu ouvido.
— Você se comportou bem?
— Muitíssimo bem.
— E vai cantar de novo?
— Com certeza.
Eu o ouço rir, mas ele não me responde. Depois de pagarmos o estacionamento, ele olha de novo para mim e me entrega as chaves.
— Seu desejo é uma ordem, pequeno.
Emocionado, dou um salto à Rocky Balboa que o faz sorrir de novo. Fico na ponta dos pés e beijo seus lábios. Desta vez sou eu quem o segura pela mão e o puxa para procurarmos a Ferrari.
— Uhuuuuu! — grito, empolgado.
Edward entra no carro e coloca o cinto de segurança.
— Bem, John — diz. — É todo seu.
Dito e feito.
Ligo o motor e depois o rádio. A música de Maroon 5 preenche o interior do veículo e, antes que Edward mexa no volume, eu olho para ele e murmuro:
— Nem pense em abaixar.
Faz cara de contrariado, mas sorri. Está de bom humor. Saímos do estacionamento e eu me sinto como um cavaleiro com esse carro incrível nas minhas mãos. Sei onde fica o hotel Villa Magna, mas antes decido dar uma voltinha pela rodovia M-30. Edward não fala nada, apenas me observa e aguenta, imperturbável, o volume do rádio e minha cantoria. Meia hora depois, quando me dou por satisfeito, diminuo a marcha e saio da M-30 para seguir até o hotel Villa Magna.
— Feliz com o passeio?
— Muito — respondo, emocionado por ter dirigido um carro desses.
Suas mãos fazem cosquinhas nas minhas pernas e acabam se detendo no meu púbis. Faz pequenos círculos sobre ele, e eu fico duro no mesmo instante. Constrangido, quero tirar a mão dele dali.
— Espero que dentro de meia hora você esteja ainda mais feliz — diz.
Seu comentário me faz rir, enquanto sinto suas mãos brincalhonas me tocando por cima do jeans. Isso me deixa ainda mais excitado e, quando chegamos à entrada do Villa Magna e descemos do carro, ele segura minha mão, pega de volta as chaves do carro e as entrega ao porteiro. Depois me puxa até o hall dos elevadores. Dentro de um deles, o ascensorista não precisa perguntar nada: sabe perfeitamente aonde tem que nos levar. Quando chegamos ao último andar, as portas do elevador se abrem e eu leio: “Suíte Presidencial.”
Ao entrar, respiro o luxo e o glamour em estado puro. Móveis cor de café, jardim japonês...
Então percebo que há duas portas na suíte. Resolvo abri-las e descubro dois quartos maravilhosos com camas king size.
— Por que você se hospeda numa suíte dupla?
Edward se aproxima de mim e se apoia na parede.
— Porque num quarto eu brinco e no outro eu durmo — murmura.
De repente, umas batidas na porta chamam minha atenção, e entra um homem de meia-idade. Edward olha para ele e diz:
— Traga morangos, chocolate e um bom champanhe francês. Deixo à sua escolha.
O homem faz que sim e sai do quarto. Eu ainda estou em choque sentindo o prazer das coisas exclusivas. Nos afastamos da porta alguns metros e andamos pelo quarto. Vou direto pra uma varanda. Abro as portas e entro.
Logo sinto Edward atrás de mim. Me pega pela cintura e me aperta contra seu corpo. Depois abaixa a cabeça e eu sinto seus lábios encherem meu pescoço de beijos doces. Fecho os olhos e me deixo levar. Percebo suas mãos por baixo da minha blusa, agarrando com força meu peito. Ele o massageia e eu começo a estremecer. Foi só entrar no quarto e já estou sentindo que ele quer me possuir. A urgência toma conta dele. Precisa agir imediatamente.
— Edward, posso te perguntar uma coisa?
— Pode.
A cada segundo que passa, me sinto mais duro pelas coisas que ele me faz sentir.
— Por que você está indo tão depressa?
Me olha... me olha... me olha... e, finalmente, diz:
— Porque não quero perder nada e menos ainda em se tratando de você. — Um suspiro sai da minha boca e agora é Edward quem pergunta: — Trouxe o vibrador?
Ao me lembrar disso, me recrimino em silêncio.
— Não — respondo.
Ele não diz nada e, sem que eu me mexa, percebo que ele está abrindo o botão da minha calça e baixando o zíper. Coloca a mão dentro da cueca, atravessa os pega no meu pênis e começa a estimular ele.
— Eu te disse pra sempre levar, lembra?
— Lembro.
— Ah, pequeno...! Você tem que lembrar os conselhos que te dou se quiser que a gente desfrute plenamente do sexo.
Concordo com um gesto, totalmente entregue a ele, quando sua mão se detém e ele a retira devagar da minha cueca. Quero lhe pedir que continue. Em vez disso, ele leva o dedo à minha boca.
— Quero que você conheça seu próprio sabor. Quero que entenda por que estou louco para te devorar de novo.
Sem precisar de mais nada, mexo o pescoço e enfio seu dedo na minha boca. Meu gosto é salgado.
— Hoje, senhor Pardo — murmura de novo no meu ouvido —, você vai pagar por não ter trazido o vibrador e por ter atrapalhado um dos meus jogos.
— Desculpa e...
— Não. Não peça desculpas, pequeno — diz. — Brincaremos de outra coisa. Pode ser?
— Sim — suspiro, mais excitado a cada instante que passa.
— Tem certeza?
— Tenho.
— Sem limites?
— Sado não.
Ele sorri, até que voltamos a escutar batidas na porta. Edward se afasta de mim e, ao voltar, vejo que um garçom nos traz uma linda mesa de cristal e prata com o que havíamos pedido. Edward abre o champanhe, serve duas taças e me entrega uma para brindarmos.
— Brindemos à diversão que temos pela frente em nossas brincadeiras, senhor Pardo.
Eu olho para ele. Ele olha para mim.
Sinto meu corpo reagir diante da palavra “brincadeiras”. Se eu visse esse olhar numa foto sua no Facebook, não hesitaria em dar um “Curtir”. Por fim sorrio, bato minha taça na dele e concordo:
— Brindemos a isso, senhor Zayn.
Muito interessante seu conto é excitante estimulante, deixa a nossa imaginação a mil esperando o próximo capítulo dessa, excitante história.
Paraaaaaaaaa tudooo. Que conto maravilhoso. Ansiosíssimo pelos próximos capítulos!
MUITO BOM SEUS CONTOS.