O desespero completo tomou conta de mim e assim que o rapaz saiu do meu quarto me senti um lixo. Incoerente, hipócrita, traidor, sujo, condenado e indigno. Uma angústia tão profunda ao ponto de pensar em meios de tirar a minha própria vida. Eu queria a morte! Saí daquele hotel sem dar explicações do porquê decidira cancelar minha estadia assim tão inexperadamente. Saí de lá e fui direto para a casa de um amigo, também pastor e desabei diante dele me debulhando em soluços e muitas lágrimas. Contei a ele tudo o que acontecera. O fato de não ter pensado e nem premeditado nada daquilo, a minha vida sinceramente dedicada a Deus e o sentimento de impotência diante daquele desejo avassalador que se apoderara da minha vontade. Ele foi tomado de consternação, me ouviu, orou comigo e finalmente me disse: “você vai tirar um tempo pra orar e recompor sua vida espiritual. Este foi um ponto fora da curva na sua vida Martin, e você vai se reerguer meu irmão! Nós dois vamos levar isto para o túmulo. Ninguém precisa ficar sabendo do que aconteceu... você se arrependeu. Vai ficar tudo bem!” Assim eu fiz, assim ele fez e nunca mais tocamos no assunto. Depois disso, entretanto, eu passei a ter recaídas onde buscava pornografia com caras, entrava em chats de bate-papo gay e era constantemente tomado de assalto por desejos de sexo com homens. Meus pensamentos já não tinham aquelas barreiras de antes. Entrei por isso em constantes jornadas desesperadas de oração e jejum. Fui ao Rio conversar com o responsavel pelo “Exodus”, uma organização dedicada a ajudar pessoas com crise de homossexualidade. Comecei a me tratar com um psicólogo cristão que tinha um ar de idiota, uma boca murcha, uma conversa mole, vomitava obviedades e cobrava caro. Desisti! Fui aos Estados Unidos conhecer uma organização dedicada a apoiar homens viciados em sexo. Em fim... Fiz o “diabo a quatro” tentando me livrar daqueles, desejos, inclinações e apetites homossexuais. Nada daquilo, como era de se esperar, funcionou. Na minha mais profunda espiritualidade, lendo diversos autores cristãos fui de Whatchman Nee a Kenneth Hagin, Lloyd Jhones a Francis Shafer e muitos classicos. Entrei para o “Promess Keepers”, um grupo de homens que “honravam o casamento” e a pureza sexual. Fiz “Veredas Antigas” um curso onde vc desenterrava memórias mal resolvidas em busca de cura da alma. Perdoei minha bisavó, o gato e o papagaio... Concluí o passado, quebrei maldições, passei pelo Encontro no G12, GG e Jujú! Só nunca fiz macumba! Tentei muitas vezes a máxima cristã evangélica: “descansa em Deus e entregue a ele tudo aquilo que você não consegue fazer!” “Aprenda a depender dele por fé e receba graça em tempos de lutas!” Fiz de tudo! Tentei tudo. Me agarrei desesperadamente a qualquer lampejo de esperança e entrei num ciclo alucinado e louco de luta contra aquele “monstro interior” incontrolável.
Passei a viver tempos de alívio alternados com tempos de profundo conflito e depressão. Enquanto isso meus filhos cresciam tão lindos, alheios ao profundo abismo de desespero onde seu pai vivia. O meu casamento se mantinha estável e a Igreja avançava. Nessa tempo, três situações inéditas aconteceram que inauguraram outra fase nessa minha vida conturbada: conheci o Felipe no banheiro do Shopping, o Kleber na sala de bate papo Uol e o João na viágem onde fora pregar num Congresso em Brasília.
Naquele sábado, saíra para comprar umas camisas e aproveitei para almoçar naquele shopping de Curitiba. Após o almoço fui ao banheiro urinar e chegando próximo ao mictório, ao meu lado estava um cara muito bonito. Era um rapaz de 19 anos, 1,82m e a constituição física de um “magro sarado”. Este me olhou nos olhos, meio tímido e segurando aquele pinto reto e lindo. Era uma pica bonita e bem formada de uns 19cm. O rapaz era mesmo muito bonito com dentes brancos e perfeitos, pele morena e cabelos ondulados. Fiquei desconcertado ao ser pego tão desprevinido assim. Foi a primeira vez na vida que vi alguém dessa forma num banheiro masculino mostrando o pinto. Me excitei demais instantaneamente e fiquei paralizado ali atraído por aquela cena erótica maravilhosa. Ele me olhava devorando a minha boca e assim que o banheiro ficou deserto nos beijamos loucamente. Minha consciência fez um arremedo de protesto mas o desejo falou mais alto! Eu disse a ele: “há um hotelzinho barato proximo ao shopping, você quer ir lá?” Ele concordou timidamente e me seguiu. Chegando finalmente no quarto daquele “muquifo” preparado para sexo rápido, agarramos com sofreguidão um ao outro e fomos tirando a roupa um do outro. Ao tirar de mim, peça por peça ele disse me comendo com os olhos: “cara, que tesão você é!” Eu estava com 38 anos, corpo malhado e jeito de “homem sério”. Não ficava pensando nisso, mas de fato eu atraía sempre muitos olhares e ouvia sempre dos outros que era um homem muito bonito. Fomos nos esfolando um ao outro na cama, nos beijando devorando a boca um do outro, degustando do nectar da boca e tocando esfomeados no corpo um do outro. Perguntei pelo nome e ele me disse: “Felipe!” “E você?” Respondi apressado, “Martin”. Continuamos rolando naquela cama redonda onde a cena de dois machos se fodendo refletida nos espelhos do teto davam ainda mais tesão àquele momento ensandecido. Ele pegou no meu pau, chupou, lambeu a baba, passou guspe no próprio cu e virou-se pra mim de costas oferecendo uma bunda peludinha, durinha com um ânus rosinha lindo. A cena daquelas coxas grossinhas e daquele garoto lindo se oferecendo pra mim despertou o “resíduo de ativo” que havia em mim. Meti nele a minha pica média de uma vez. Desacostumado com os modos de um ativo, comi o garoto arregaçando-lhe as pregas. Gozei a porra acumulada de uma semana todinha dentro dele. Assim que terminei minha parte, parecia que houvera uma combinação tácita. Assim, agora era a vez dele. Deixei rolar. A seguir ele me pega firme, joga de bruços e abre minha bunda. Gospe no olho do meu cu, lubrifica o caralho e já foi enfiando. Bufei de dor, num tranco a cabeçorra plugou-se na entrada e ficou ali laceada pelo meu anel que reagiu segurando firme sua cabeça de pica impedindo a invasão daquele “corpo estranho”. O cara gemeu de prazer. Daí, me segurou pelas ancas, puxou firme e enfiou o corpo do pintão duro até tudo, até o talo. Era uma pica monumental bem maior que a minha. Apesar de eu ja ter gozado senti muito prazer ao ser fodido sem dó pelo garoto de 19 anos. Ele era um macho perfeito embora imberbe. Trocanos telefones e fomos embora.
Ali pelo mesmo tempo, uma segunda situação aconteceu ao conhecer “Klebão”, o Kléber, numa sala de chat para gays. O rapaz vinha semanalmente de Paranaguá para Curitiba a trabalho. Costumava ficar na casa dos tios e retornava no fim de semana para estar com os pais no litoral. O cara jogava bola e era hetero dando umas escapadas pra fuder uns caras quando as “minas” ficavam raras. Fomos para um Motel. Klebão tinha um corpo forte, parrudo não chegando a ser gordo. Os seus cabelos e olhos eram negros, peludo no peito e nas pernas e um cacete de 18cm que impunha respeito. O cacetão começava com uma cabeça bonita e média, semi descoberta e aquilo ia engrossando até a base onde devia ter a grossura de uns três dedos juntos. O rapaz parecia profissional no que fazia. Tirou do bolso um gel lubrificante, me beijando e procurando me ajeitar de frango assado, colocando um travesseiro debaixo da minha bunda e vindo por cima de mim. O cara adorava penetrar e meter. Fizemos todas as posições imagináveis. Me comeu o cu de mil formas me virando de todo jeito feito um boneco em suas mãos. O Kleber literalmente me arrombou me fazendo ficar com “dor no cu” por cinco dias. Bati mil punhetas pensando nos instantes que passei sendo comido por ele. Ficamos a tarde inteira juntos, ele me fudeu muitas vezes, cochilamos juntinho um pouco e ele me disse: “cara, eu me apego fácil. Quero te ver novamente!” Fiquei abalado pois foi tudo muito forte, rápido, muito intenso e muito, muito bom mesmo. Trocamos telefones.
O terceiro acontecimento foi durante uma viágem que fiz a Brasília a fim de pregar em um grande Congresso denominacional. Nesse tempo quando eu caia no que era “pecado” pra mim, sofria horrores, me arrependia, chorava muito, fazia as pazes com Deus e seguia em frente. As coisas entretanto, foram entrando numa espiral, num ciclo cada vez mais curto onde esses momentos aconteciam cada vez com mais frequência. Na tal viagem eu tinha jogado fora os contatos tanto do Felipe quanto do Kleber. Não procurei ninguém mais. Entretanto alí em Brasília, sozinho, vi um cara parrudão, forte e com jeito de machão meio caipira no café da manhã. O cara imediatamente atraiu a minha atenção. Sua atitude, seu jeito de andar, de puxar a cadeira, de sentar-se com as pernas abertas, expunham um machão daqueles “puro sangue”. Acompanhei com os olhos o cara pelo refeitório do hotel. O sujeito exalava masculinidade por todos os poros. Ele me viu e me encarou firme. Fiquei desconcertado por ser pego olhando pra ele. Calça jeans apertada, camisa aberta mostrando um peitoral forte, barbona espessa, rosto de homem, botina no pé. O “peão” devia ter uns 28 anos. Passamos de propósito a nos olhar diretamente e ele a controlar as coisas mesmo que pelos olhos. Terminamos o café, ele veio na minha mesa e perguntou discretamente mas muito firme: “qual o seu quarto?” Eu respondi e ele replicou: “vou pra lá em meia hora. Me espera!”
Seu nome era João, era do Mato Grosso, engenheiro agrônomo e trabalhava com o pai em uma grande propriedade rural. Viera buscar a irmã que estava se formando na faculdade. Fui rapidamente para o meu quarto, fiz uma limpeza profunda, tomei banho, me preparei e em uns 40 minutos o João chegou. Era sábado. O cara bate firme na porta, eu abro e ele me olha direto nos olhos e entra sem dizer nada. Ele mesmo fecha a porta, me pega e puxa encostando na parede e me beija longamente. Era um sujeito muito troncudo e tinha mais ou menos 1,85m, uns 95kg, me pega e faz subir nele me apoiando com as pernas na sua cintura. Me carrega pelo quarto, senta na cama e eu fico alí no colo dele sendo beijado por aquele machão extraordinário. Correspondi intensamente. O cara tira a camisa e eu fico surpreso. Além do peito peludo, ele tem pelos cobrindo toda a sua costa. Os ombros eram peludos e fortes. Nunca estive e nunca mais estaria com alguém tão peludo assim. Sinto um caroço grosso formado dentro da sua calça. Ele abre o zíper e se livra da roupa ficando só de cueca. Realmente era uma visão deslumbrante ter aquele macho pra mim ali no quarto. Dentro da cueca havia um “toco grosso” coberto pelo tecido branco. Há uma grande marca de baba no tecido. Ele ordena: “tira a roupa!” Fui tirando mas ele tinha pressa... veio pra cima de mim literalmente arrancando tudo. Me deixou nu, pegou na minha mão, procurou a boca e me beijou apaixonadamente, longamente. Tirou a aliança do meu dedo, me deitou na cama e me beijou como nunca ninguém fizera antes. Aquilo foi ficando intenso. Ele parava de me beijar, me olhava nos olhos por uns instantes, beijava de novo. Parava, tocava meu queixo com carinho movendo meu rosto... olhava demoradamente pra dentro de mim. Olhos nos olhos... Era estranho e maravilhoso aquilo. Não era só sexo. Tava rolando algo diferente e inédito ali. Sentia o cara entrando dentro da minha alma e me possuindo sem nem termos feito sexo. Ele tirou a cueca e o que eu vi me deixou maravilhado. O pau dele não era comprido. Devia ter uns 17cm mas era uma tora de supergrosso. Ele suga meus mamilos e eu vou à loucura. Viro uma puta apaixonada, ele se desfigura virando um garanhão tosco e meio violento. Me pega, me morde, me unha, aperta, beija, rola sobre mim me agrarrando, puxa minha perna, me toca, acaricia meu cu demoradamente... De repente, para tudo e fica só me olhando pertinho, me fazendo sentir seu hálito e respiração e me beija apaixonadamente. Ficamos naquilo por horas. Ele volta aos mamilos suga intensamente me fazendo gemer alto, abre minhas pernas, as levanta e com aquela pica babenta força a entrada. Era difícil, gelei na hora. Já havia saido com alguns caras, alguns de pica grossa como o meu primo, mas aquilo era outra coisa. Seu pênis tinha a grossura de uma lata de cerveja mas era um pouco mais comprido. Forçou de novo e aquilo me arregaçou arrombando e machucando. O tesão era insano e muito mais forte que a dor! Ele força e aquela estaca supergrossa foi sendo encravada na marra, no meio das minhas entranhas, pra dentro das minhas carnes. Ele não larga meus mamilos e os suga faminto. Fez de novo: parou tudo, todo enfiado dentro de mim, me olha nos olhos e me beija demoradamente. Senti aquele homem entrando dentro do meu ser, mais que possuindo meu corpo. Levei a mão no meu cu e só senti ele impalado, aquela “rolha” todinha dentro com aquele sacão de fora. Passamos a fazer amor ali naquele quarto de hotel. O sujeito dominou, sujeitou e fez sucumbir toda a minha masculinidade diante da sua majestosa superioridade de macho. Me comeu demoradamente e ao entrar em mim, algo inédito aconteceu. O tesão, o desejo e o prazer eram tão intensos ali que eu gozei demais, gozei muito com ele apenas metendo em mim. Não toquei no meu pênis. Só muito depois entendi que seu jeito de me penetrar com aquele pau grossão massageara a minha próstata causando aquele superorgasmo. Ao sentir minha reação ele gozou também e muito. O cara metia e hurrava. Caiu suado em cima de mim todo molhado e dormiu. Seu suor escorria do rosto e pingava em mim. Eu fiquei ali, me sentindo, pleno, completo, realizado, fazendo carinho nele, acariciando os pelos nas costas, a cabeça, a nuca. Ali juntos, vi o tempo parar. Aquela era uma relação sexual perfeita. Rolou amor entre dois estranhos que pouco se conheciam. Ele se levantou, tomou banho e disse: “você tem compromisso à noite?” Respondi que somente de tarde. Ele replica: “quero jantar com você!” Eu disse que estava combinado, que o aguardaria. O dia passou e às 8 da noite ele bate à porta me pega pela mão, descemos pelo elevador até a garágem. Ele me leva até uma caminhonete com placa de Goiás. Eu disse: “você falou que era do Mato Grosso...!” “Sou!” Disse ele. Nao perguntei mais nada... presumi que deviam ter alguma coisa na regiao ali do entorno de Brasília também. Ele me leva para um restaurante sofisticado onde ficamos num lugar reservado e discreto. Pergunta sobre mim que ainda estou sem a aliança, ele quer saber a minha história... falei, contei tudo sobre a minha vida complicada. Ele falou de si contando que estava de casamento marcado com uma moça com quem tinha um filho. Eu e ele ali, namoramos com os olhos, rolou sentimento ali e muita afinidade. Ele disse algo que me marcou: “Cara você tem uma menininha frágil e desprotegida aí dentro de você esperando um homem de verdade pra fazê-la mulher. Deixa eu ser esse homem pra você. Tá rolando algo aqui e não é só sexo... Você sabe disso. Vamos ver no que isso vai dar... Eu dou um jeito de ir até onde você está”. Aquilo era um turbilhão de tudo com sentimento, tesão, medo, surpresa, desejo alucinado, carinho...
Voltamos para o hotel e dormimos juntos. Fizemos amor umas 5 vezes em dois dias. Foi mágico, perfeito, maravilhoso. Tive medo de me apaixonar. Fugi, deletei, exclui, saí correndo, sufoquei o sentimento sublime que aflorara do nada e nunca mais o vi. Ainda o amo na memória! O medo e o conflito, entretanto, foram maiores do que o amor.
Dois meses depois encontrei o Felipe novamente no mesmo banheiro do mesmo shopping, fomos pra o mesmo motel... Fizemos isso várias vezes. Passamos a nos ver regularmente. Descobri que ele era crente. O garoto se apaixonou por mim, queria me ver sempre. Sua tia era da minha Igreja... Sofri, corri, comi, fodi, dei, gostei, sufoquei e voltei pra ele... Ficamos naquele lenga lenga mal resolvido por uns três anos. Coisas de crente.
Continuo acompanhando a sua saga. Mais um conto maravilhoso.
Parabéns tu escreves muito bem, e teus contos são excitantes, fico sempre ansioso de ler o próximo.