Um Vampiro de uma espécie ainda não identificada pode estar te rondando.
Cientistas acreditam que é uma mutação. Teria surgido como resultado das trocas e constantes atividades que o ambiente de erotismo que se criou em certa parte da net, desde o fim dos anos 90, proporcionou.
Parece-se pouco com os vampiros tradicionais, uns banais tradicionalistas, que em 700 anos não foram capazes de mudar aquela mania de, com aqueles ridículos caninos retráteis, beber toda noite o mesmo insosso coquetel de sangue.
Esta nova espécie se alimenta do frescor dos lábios, do sal da pele, e principalmente da pimenta encontrada no mel denso secretado pelo sexo de uma mulher em transe de desejo.
Aqui vai o aviso:
Se o Vampiro entrar no teu quarto, em segundos ele te despirá inteira.
Muitas vezes ele sequer usará suas mãos. Seu olhar fixo em teus olhos e pronto: você mesma, sem reagir, estará se despindo toda.
Não vai fugir, não vai pedir por socorro. Nua, ficará ali ante ele. Sentindo seus olhos perscrutarem seu corpo, toda sua intimidade. Nesse momento, não há mais volta: você já terá feito sua rendição.
Incondicional...
Relatos dão conta de que então o Vampiro executa alguns rituais especiais. Toma em suas mãos o corpo da vítima. Em geral coloca-a contra a parede, ou de bruços sobre as pernas dele. Faz com que as carnes da vítima sejam incensadas com o vigor das suas mãos, que tornam rubra sua pele mais macia.
O Vampiro fará esse ritual, ao mesmo tempo em que se dirige à sua vítima usando das palavras mais vulgares e profanas.
O mais surpreendente, não se sabe se efeito hipnótico ou não: a vítima via de regra se compraz com as palmadas que recebe, sente profundo prazer em dialogar e repetir quase que aos gritos as palavras que o Vampiro lhe apresenta.
Diz uma lenda que ao cumprir esse ritual, o Vampiro desperta na vítima uma devassa plena, que, ainda segundo a lenda, viveria escondida dentro das melhores damas da nossa sociedade. Uma devassa que, anos a fio, só aguardava o momento certo para vir à tona.
Se assim ocorre, neste ponto a vítima já se terá transformado em sua escrava. Devassa escrava que vibra com sua própria nudez, que passa a exibir com orgulho e provocação.
Ferverá por dentro.
O Vampiro então lhe aplicará um longo banho de língua. Sugando-lhe com fome seus seios e seu sexo.
Relatos ainda não confirmados dão conta de que a vítima neste estágio toma-se de um completo desvario, contorce-se geme, e grita num frenesi as palavras ainda mais profanas.
A única semelhança que existe entre este Vampiro, e o velho tradicional, revela-se aqui. Ambos só agem se forem convidados a entrar pela sua vítima.
O Vampiro aguarda. Diz-se que não espera muito. No furor em que é levada, a vítima franqueia-lhe seu corpo, em todas as suas entradas. Mais que isso: totalmente tomada pelo feitiço, suplica que ele a tome, que use e abuse de seu corpo todo.
Escrava sexual assumida, ela implora de seu novo dono toda a ousadia.
O Vampiro então entra nela, profundamente. Faz dela sua posse.
Ao contrário do tradicional, este Vampiro não ataca uma única vez. Nem foge esbaforido quando os primeiros raios da aurora estão por surgir.
Quando parte, sua vítima fica não só com as suas marcas de posse liquefeitas por seu corpo todo. Fica tomada de seu encantamento. Passa a desejar sua volta ardentemente. Passa a dedicar longo tempo a imaginar formas de como provocá-lo e aumentar sua fome.
A libido da vítima foi exarcebada e não mais poderá ser contida.
Dizem que o Vampiro sabe bem disso. Sabe que quando voltar - pois sempre volta - na próxima noite, vai encontrar no seu aguardo uma devassa absoluta.
Com tanta fome, com tanta sede, quanto ele...
Cuidado! Muito cuidado...
Beijos,
Conde LOBO
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