Coisas que um cavalheiro não diz em público

Há casais casados unidos pelo amor, pela família que constroem juntos. Mas também há - perdoem-me os moralistas - aqueles que intuem a realidade desse Terceiro Milênio, onde uma nova ética vai surgindo, modificando totalmente a forma como se dão os relacionamentos. Onde não mais se admite a posse - exceto nalguma fantasia SM...- de um pelo outro. E então temos já outros: os casais unidos pelo desejo.

Muitas vezes, têm cada um suas próprias vidas familiares. A respeitar e preservar. Mas afora isso, têm também essa cumplicidade. Essa parceria densa, que nem sempre acontece, em função dos envolvimentos e agendas pessoais de cada um.

Mas quando acontece...

Quando uma conjunção astral muito rara ocorre, o encontro ocorre. Uma celebração!

Ah! Que coisa fantástica!...

Momentos que são como uma viagem. Que se eternizam dentro de nós. Não morrem nunca.

Tal como eu e você, minha musa dos desejos...

Estamos quase que o tempo todo separados um do outro. Resta-nos pouco mais que o mundo virtual dos e-mails que trocamos, algumas conversas - sempre provocantes - ao celular, no aguardo de um novo encontro. Nesse meio tempo, cultivamos cenas vividas já, ou elaboramos na mente algumas novas, ainda mais ousadas, querendo realizá-las assim que possível.

Imagens apenas em nossa imaginação, infelizmente. Mas é desses vôos livres dos nossos imaginários que nos estruturamos para viver nossos momentos reais. Para fruí-los, já que são tão dificeis e complicados de obter, em toda a sua intensidade.

Estou aqui pensando em tudo isto e resolvi escrever, só para você, mulher...

Agora, primeiro certifique-se que não há ninguém por perto. Ninguém pode jamais saber que uma dama séria e trabalhadora é capaz de inspirar textos como o que se segue. Se realmente está só e com privacidade, gire o cursor, faça a tela mover-se e veja.

Por sua própria conta e risco...


Mais um pouco...

Talvez você me venha no próximo encontro propondo-se a dançar. Tenho a te dizer que danças de salão não são, nunca foram, meu forte. Mas estamos tranquilos. Não é uma dessas danças que pensa, não é?

Você sabe que te conheço em teu íntimo. Sei o que essa cabecinha ousada trama. O que me fala é da dança profana das alcovas.

Certamente será algo como isto:

Primeiro você inicia as provocações. Desnuda-se ante mim, com teu corpo em suaves meneios, enquanto se livra das roupas, num strip-tease. Depois se atira sobre mim, arranca todas as minhas roupas, libertando o caralho mais que duro que te aguarda.

Então a dança. Como uma Messalina você requebra, roça teu corpo no meu, aperta tuas coxas contra meu pau, esfrega tua buceta nas minhas coxas. Faz com que eu sinta teu calor molhado queimar minha pele. Me incendiar.

A dança continua, você vira-se, traz minha mão direita a teus seios, enquanto convida a outra a descer, viajar por você, até te entrar. Aninha tua bunda contra minha virilha, frui da minha ereção.

Beijo tua nuca. Te lambo a pele salgada.

Seguimos colados um ao outro. A dança segue assim, por mais momentos de lascívia e troca de carinhos absolutamente obscenos. Até o momento em que deve acabar: um leve comando sobre teus ombros e, como a boa e instigante puta que agora incorpora neste palco, você sabe quais são suas ordens. Abaixa-se e ajoelha.

Apanha meu pau, beija-o, lambe-o.

Chupa-o.

Incessantemente, sempre me olhando com aquele olhar de pura provocação. Sente-o pulsar dentro da tua boca. Te comando que não pare. Farte-se até extrair de mim, de meu corpo meu primeiro gozo. Eu sei: preconceitos não fazem parte da tua postura de mulher que aprecia o sexo em sua plenitude. Você gosta e tenho prazer em te servir. Pois agora beba-me de toda a minha porra que espouca em jatos quentes na tua boca.

Ah, putinha: me fez gozar! Preciso retribuir...

Te carrego para a cama e me lanço sobre você. Te beijo, te sugo os seios como fome. Caio de boca, com toda a voracidade de um LOBO sedento na tua buceta. Minha língua te penetra, bordeja os grandes lábios, toma posse de teu clitóris. Enquanto mãos te percorrem, dominam, penetram.

Não vou parar. Até teu grito de gozo.

Também apenas o teu primeiro...

Pois um caralho duro te espera. Pronto para receber a cortesã insaciavel. Você senta e me recebe inteiro dentro de você. Cavalga teu macho, que te penetra cada vez mais forte, cada vez mais fundo.

Goze minha instigante vagabunda sem censuras! Goze tudo! Estamos só iniciando...

Totalmente incorporada nessa santa puta, que não tem medo de seus desejos, que sabe como ninguém lidar, incendiar, guiar ao pico os desejos de seu parceiro, você sabe que o quanto ele aprecia a ousadia. Sabe que ele já provou de teu cuzinho. Sabe que ele quer mais.

Oferece teu corpo para ser sodomizada. O que faço com um prazer inaudito. Fazendo esse teu absolutamente delicioso cu ser todo meu. (De tanto te foder, aquele diminutivo não mais aplica...)

Seguiremos nesse diapasão, nessa foda continua. Onde você me inspira, me instiga. Mantém minha ereção, meu desejos, minhas vontades o tempo todo.

Será mais que provavel que, como das outra vezes, o tempo se exigua bem antes que um cansaço que nos fizesse desistir de foder. Terminamos esta sessão em função da premência dos horários. Não pelo fim dos desejos...

Quando nos despedirmos deste novo encontro, provavelmente não saberemos ao certo quando será o próximo. Estaremos então, empenhados em viabilizar nova data que caiba em nossas agendas.

Mas estaremos alimentados, prontos para esperar. Preparados para celebrar quando essa data vier...

Ah! Minha querida: há horas em que um texto se deve fazer de rebuscamentos, filigranas, buscando-se uma elegância na forma de sua construção e na escolha das palavras. Mas quando se trata de abordar a temática de uma realidade tão densa e intensa, não há como se valer de eufemismos ou metáforas. O texto só pode ser direto. As palavras nuas e cruas. Pois quanto mais dissolutas lá fora, alí dentro de nossa alcova melhor expressam nosso envolvimento nessa celebração.

Nos tocamos de uma forma rara. De corpos e mentes que se comunicam intensamente, franqueando um ao outro todos os seus desejos. Censuras, de quaisquer espécies, simplesmente não cabem...

Te aguardo para a próxima...

LOBO
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exceto com autorização formal do autor.

Lei 5988 de 1973
                                

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Comentários


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Comentou em 28/02/2013

Boa educação não ocupa espaço!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Coisas que um cavalheiro não diz em público

Codigo do conto:
13766

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
16/09/2011

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