O caso da Motosserra

Eles chegaram na nossa vila vindos não se sabe de onde. O cara deveria ter 50 anos ou mais. Ela parecia ter 20, mas talvez não tivesse nem isso. Alugaram a casa de uns aposentados que tinham se mudado pra cidade e começaram a trabalhar. O velho conseguiu vaga na madeireira, única empresa grande do lugar e sua companheira lavava roupa pra fora.


As conversas sobre os dois não demoraram pra surgir, afinal era um casal incomum. No trabalho, enquanto carregavam meu caminhão, os chapas contavam lorotas. Que o cara tinha sequestrado a menina, ou então que era filha dele e estavam cometendo incesto. Mesmo que ela não desse motivo, logo os caras começaram a contar vantagens. Ela tinha olhado de um jeito diferente quando entregava as roupas... alguém a tinha visto andando nua em casa... Histórias comuns num lugarzinho pequeno no cu do mundo, onde três quartos da população era de homens solteiros.

Minha esposa, que sempre ficava por dentro de tudo, me contou que eles tinham visto do Maranhão. Ele tinha esposa e filhos e os havia abandonado pela garota, que aliás, se chamava Laura. Ela parecia apaixonada pelo velho e, por incrível que pareça, era a ciumenta do casal. Não o deixava ir sozinho para lugar nenhum que não fosse o trabalho. Como sempre carregava para a madeireira, acabei conhecendo-o, o José. Parecia ser uma boa pessoa. Uma noite, o casal veio nos visitar. Jantaram conosco, contaram sua história (mais ou menos o que minha esposa já sabia). Laura quase não falava. Aliás, quase não levantava os olhos.

Minha mulher foi levar os pratos para a cozinha e a garota foi ajudá-la. Enquanto ela caminhava, José, de um jeito malicioso, apontou na sua direção.

– Que potranquinha, não?

Fiquei meio constrangido. Não tinha essa intimidade e não me sentia à vontade pra falar sobre a mulher dele.

– Uma moça bonita. – respondi.

– Quando chega numa certa idade, um homem precisa de carne nova... tu ainda vai entender do que eu to falando...

Não gostei do rumo daquela prosa. Disse que estava muito bem com minha mulher e mudei de assunto. Eles não tardaram muito para ir embora.

Tempos depois, eu voltava pra casa após uns dias de viagem e uns quilômetros antes da vila, Laura caminhava pela estrada, com uma trouxa de roupa suja na cabeça. O sol estava quente e ela parecia cansada. Me debati por momentos, tentando decidir se lhe dava uma carona ou não. O diabo é que em lugar pequeno tudo vira fofoca. Quando me aproximava, ela se voltou e me avistou. Não tive opção. Parei e a convidei para a boléia.

Laura ajeitou o saco de roupas ao seu lado e sentou-se próxima de mim. Era, realmente, bonita, mesmo judiada pela vida difícil que levava. A pele queimada do sol tinha uma cor dourada. O corpo de adolescente era bem feito... cintura fina, bunda bem definida. Os peitos eram durinhos, apontando pra cima. Nunca a vi de sutiã e os vestidos velhos que usava ordinariamente, sempre deixava uma boa parte à mostra. Estava suada e seu corpo desprendia um cheiro forte. Não tinha nenhuma segunda intenção com aquela garota, mas não fui insensível à sua presença. Estava há dias longe da minha mulher e uma ereção incontrolável criou um volume indecente na minha calça.

Ela mal tinha falado comigo, mas quando olhava pra frente, estranhamente, sentia os olhos dela em mim. Estaria assustada com a minha indecência involuntária? Eu estava envergonhado. Pensei em sugerir que ela descesse antes de chegarmos ao povoado... para evitar falatório... tirei o pé do acelerador e ia falar com Laura, contudo, de repente, senti que uma mão nervosa pousava sobre meu colo e agarrava meu pau duro.

Me assustei. Parei o caminhão... já era possível ver as casas da vila daquele ponto... Laura não largava o meu pau. Me olhava com jeito de fera. Não disse nada. Com mãos ágeis, abriu minha braguilha e sacou pra fora. Rapidamente, avançou e o abocanhou. Tive medo que ela mordesse, mas não pensei em detê-la. Chupou com voracidade por alguns segundos, quase me fazendo gozar. Então, com a mesma pressa, subiu em mim, entre meu corpo e o volante. Senti meu pau se enterrando numa buceta úmida, quente e apertada. Enfiou as mãos dentro da minha camisa, cravando as unhas nas minhas costas. Mordeu meu pescoço e se mexia para cima e para baixo com força, gemendo entre dentes. O cheiro do seu corpo era forte, selvagem... estava suada, suja... não era depilada, sentia os seus pelos se enroscando nos meus, nosso suor se misturando... seus movimentos eram acelerados, intensos... a buceta apertava meu pau... não aguentei e explodi dentro dela. Em desespero, Laura acelerou ainda mais seus movimentos para aproveitar o resto da minha ereção. Suas unhas arrancavam sangue das minhas costas. Então ela soltou um rugido gutural... seu corpo amoleceu e ela escorregou para o lado, ajeitando a calcinha.

Juntou sua trouxa de roupa e saiu caminhando na direção da vila.

Inventei para minha mulher que os galhos de uma árvore derrubada tinham me atingido. Ficou preocupada, fez curativo nas minhas costas e disse que eu tinha que largar aquele trabalho. Nunca tinha dado motivos para ela desconfiar da minha fidelidade em quase dez anos de casamento.

O problema é que daquele dia em diante, o diabo da Laura não saía da minha cabeça. Discretamente, a procurava pela vila. Mas ela nem olhava no meu rosto. As histórias que os outros caras contavam a seu respeito começaram a me irritar. A chamavam de motosserra... "não pode ver um pau em pé, que já quer derrubar..." Quando viajei de novo, só ficava imaginando que ela estava fazendo o mesmo que fizera comigo com qualquer outro peão.

Certo dia, esperei por horas até que ela saísse. Quando se afastou da vila, a alcancei. Parei o caminhão ao seu lado, mas ela não interrompeu seu passo. A chamei e Laura não ligou. Perdi a estribeiras. Desci, a peguei pelo braço e a puxei para dentro da boléia. Ela não resistiu. Não disse nada quando eu arranquei e dirigi até um ramal mais deserto na mata. Como da outra vez, Laura estava suada, sei cheiro estava forte. Mas não estava com a mesma disposição. Ficou imóvel enquanto eu descia sua calcinha e levantava seu vestido. Abriu as pernas passivamente e deixou ser penetrada. Sentia um tesão absurdo misturado com raiva pela atitude daquela garota. Tirei de dentro e a virei de barriga pra baixo. Sua bunda gostosa nua, voltada pra mim. Meti na sua buceta com violência, ela mal gemeu, estoquei repetidamente e Laura permanecia com a cara enfiada no assento, muda. Tirei de novo da sua buceta melada e vendo aquele cuzinho exposto, não tive dúvida. Empurrei o pau na sua bunda com força, fazendo-a se abrir. Ela soltou um gritinho e gemeu alto. “Toma vagabunda”, pensei. Envolvi sua cintura com um braço e segurei um seio com a outra mão. A puxei contra o meu corpo enterrando ao máximo no seu cuzinho. Então gozei dentro dela.

Saciado, me arrependi. Meio sem jeito, tentei falar com a garota, mas Laura não disse nada, como de costume. Olhava pela janela enquanto a trazia de volta pra vila.

Foi minha perdição. Sonhava dormindo e acordado com ela. Tinha ciúmes até do seu marido. Me causava asco imaginar José fodendo aquela garota. Me irritava também o fato de ele não se importar com as histórias que contavam dela. Por que o velho não cuidava direito de sua mulher? Briguei com um chapa que contou uma fofoca sobre Laura. Disse que a vira chupando o capataz atrás do depósito. Perdi a paciência e o mandei calar a boca. Quase bati no fofoqueiro.

Passei a segui-la. Ela saía coletar roupas para lavar. Ia a casas onde moravam até dez machos e nenhuma mulher. Numa dessas casas de peões, ela entrou e demorou lá dentro. Não aguentei, fui atrás... ia chamá-la e inventar uma desculpa... que José queria saber dela, que ele tinha sofrido um acidente... qualquer coisa. Empurrei a porta e fui entrando. Pela casa inteira havia camas e redes penduradas... era acampamento de peão. Ouvi barulho... gemido... acelerei o passo.

Laura estava nua sobre um rapazote, cavalgando o pau dele com a mesma violência que tinha cavalgado o meu. Queria arrancá-la de lá, mas fiquei paralisado, assistindo. Ela arranhava o peito do rapaz enquanto empurrava o quadril para frente e pra trás freneticamente. Estava prestes a gozar. Então virou-se e me viu. Pela primeira vez, ela olhou nos meus olhos, sorriu e gozou. Saí apressado, disposto a esquecê-la.

As fofocas sobre ela dominavam a vila. Todo dia minha mulher contava uma diferente e, mais de uma vez, respondi grosseiramente. Isso ajudou-a a acreditar quando as fofocas me envolveram. Alguém tinha visto Laura descer do meu caminhão. Meu casamento entrou em crise. Maria, minha mulher, só exigia uma coisa de mim, desde que casamos: sinceridade. A confiança estava quebrada. Ela resolveu passar uns tempos com a mãe, na cidade. O pior é que minha mulher era bonita, bem cuidada... seu corpo, apesar de já não ser tão jovem, não ficava devendo para o de Laura. Era cheirosa, carinhosa... mas faltava aquela sensualidade selvagem que punha um homem doido.

Dei uma desculpa e não fui viajar. Cedi o caminhão a outro por uns tempos. Meu passatempo era vigiar a mulher de José. Comecei a beber todo dia, pra afogar a dor de cotovelo. Às vezes a surpreendia sozinha e ela se entregava muda... deixava eu gozar, mas não tinha prazer. Não era o que eu queria. Fiz propostas: largaria Maria definitivamente, iria embora com ela. Laura ria. “Não troco o meu José”, respondia.

Continuava seguindo seus passos e ela não parecia se importar. Se encontrava com outros homens, sabendo que eu estava assistindo. Acho até que ela facilitava pra mim. Na hora do gozo, me olhava fixamente, sorrindo. Bêbado, me atraquei com um dos peões que a comiam. Apanhei, fiquei na merda.

Maria soube e voltou para cuidar de mim. Pediu que eu prometesse mudar, esquecer aquela rapariga. Prometi. Me esforcei para honrar a promessa. Não a segui mais, me dediquei à minha esposa, voltei a viajar. Mas quando estava fazendo sexo, só conseguia chegar ao fim lembrando da expressão de Laura me olhando enquanto gozava no pau de outro macho. Aquela diaba precisava sumir da minha vida, ir embora, pra eu poder esquecê-la. Foi quando tive a idéia de contar tudo pro José. Faria papel de amigo. Ele não poderia mais fingir que não sabia.

Mesmo me sentindo péssimo no papel de fofoqueiro, fui até o velho e disse tudo. Ou quase tudo. Não contei que eu também era “sócio”. José não disse nada, ficou de olhos baixos por longos minutos. Estava até com pena do velho. Então Laura entrou em casa. Olho pra mim e disse “Foi ele”.

O velho balançou a cabeça. Fiquei confuso. Ela abriu uma gaveta e pegou um revólver. Não esperava que ele fosse reagir assim. Iria matar moça?

– Calma, José, não vai fazer besteira, meu amigo... essa rapariga não vale a cadeia...

Nisso, Laura riu. José apontou a arma pra mim.

– Foi tu que arrombou o cu da minha mulher?

Fiquei sem saber responder. Laura botou lenha:

– Foi ele sim. Além disso, esse pervertido gosta de me ver com os outros...

Não estava entendendo nada, só que eu tinha me metido numa fria. O velho apontava pra mim, mas parecia calmo.

– Tu vai ter que pagar pelo que fez.

Ofereci dinheiro, ofereci até o caminhão... não imaginava o que eles iam fazer. Me mandaram pro quarto, deitar na cama. Laura passou um cabresto nos meus braços, atando na cabeceira de madeira de lei.

– O que vocês vão fazer? – eu já estava entrando em desespero.

O velho saiu e fechou a porta, me deixando a sós com sua mulher.

– Ele não é como tu, que gosta de assistir. – disse ela.

Depois, sem muito cuidado, avançou sobre mim. “Se não se comportar direito, o José volta aqui.” Laura tirou minha calça e a minha cueca. Apesar de assustado, comecei a ficar excitado. Ela tirou a roupa também e subiu na cama, ficou sobre mim e foi sentando no meu peito, empurrando a buceta no meu rosto. O cheiro estava ainda mais forte, eu estava mesmo querendo sentir aquele gosto. Estava melada, inundou minha cara. Riu alto... percebi que ela tinha transado com alguém recentemente...

– Tu não gosta só de assistir, né? Gosta de lamber o resto dos outros também... – ela estava se divertindo.

Continuou esfregando a buceta e eu, com os braços presos, tentava me desvencilhar.

– Pára com isso... eu sei que tu tá gostando... deixa que é melhor...

Não havia o que fazer... parei de me debater... por pior que pudesse parecer, chupar aquela bucetinha melada me deu muito tesão. Queria ser o próximo a meter.

Laura deitou em cima de mim... meu pau entre suas coxas. Me beijou pela primeira vez... sua boca também tinha gosto de pica. Logo desceu e lambeu meu pau, mas não parou nele. Avançou pelo saco e desceu mais, levantou uma das minhas pernas e sua língua tocou o meu cu.

– Que é isso, mulher, tá loca?

– Loca nada... tu gosta, porque eu não posso gostar também... fica quietinho que tu não tem escapatória... se não obedecer, a coisa não fica boa pra tu não...

Voltou a atacar meu rego com a língua e me provocou um arrepio, que ela percebeu imediatamente. Me olhou sorrindo, com malícia.

– Viu só... tu vai gostar... é só não resistir mais...

Dizendo isso, empurrou um dedo no meu cuzinho melado, me arrancando um gemido involuntário. Ela colocou minhas pernas em seus ombros e passou a me penetrar com os dedos com a mesma ferocidade que cavalgava um pau quando estava com tesão. O pior é que eu não conseguia esconder o tesão que estava sentindo com aquilo... nunca ninguém tinha me tocado desse jeito.

Então, Laura tirou os dedos e, gentilmente, me fez virar de bruços. Atacou novamente a minha bunda com a língua. Àquela altura eu nem tentava mais resistir. Deixou meu buraquinho bem melado e arregaçado por seus dedos. Então levantou-se, foi à cômoda e voltou de lá com um objeto que eu não pude identificar. Deitou-se sobre mim, lambendo meu pescoço e esfregando o púbis na minha bunda, como se estivesse me enrabando. Ela estava bem excitada, pois seus movimentos eram violentos. Senti que o objeto em sua mão tocava minha bunda, entre nossos corpos. Logo, a ponta fria foi sendo forçada no meu cu... era algo cilíndrico, talvez de plástico, do tamanho do meu pau ou maior. Gritei ao ser penetrado, mas Laura não parou. No ritmo dos movimentos do seu quadril, seguiu me comendo com aquela pica artificial... aquilo tocava fundo em mim e a situação toda me deixava muito excitado... Laura só falava putaria, mandando em me entregar, deixar ela me foder...

– Agora a mulher é tu, dá esse cu pra mim, sua puta!

Eu já não tinha controle... só gemia e gemia até que o gozo veio... Laura ainda seguiu estocando mais um pouco até gozar também.

Me sentia humilhado, só queria sair dali e esquecer aquela gente pra sempre. Iria embora pra outro lugar com minha mulher, nunca mais pensaria naquela louca e no que tinha acontecido. Mas, ao recobrar os sentidos e me virar na cama, ainda amarrado, vi Maria parada na porta, assistindo a tudo.


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Comentários


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melflor Comentou em 02/04/2019

Conto bem diferente. Gostei!

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casadosafada Comentou em 02/04/2019

Que delícia de conto. Muito bom. Cheio de tesão

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marcus38maua Comentou em 02/04/2019

Muito bem escrito




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Ficha do conto

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gabkiel

Nome do conto:
O caso da Motosserra

Codigo do conto:
135761

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
02/04/2019

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