Hoje, com 35, consigo ter disposição para frequentar a academia, trabalhar de segunda a sexta e me encontrar com os amigos em um dia do final de semana. A ideia de sair para a noite de quinta a sábado, toda semana como fazia antes, me cansa só de pensar. Mas como essa história aconteceu a alguns bons anos atrás, como eu disse: estar em casa em uma sexta à noite não era comum.
Aquele dia tinha sido exaustivo, eu tinha trabalhado até próximo das 20:00 e quando Ana, minha amiga desde os tempos de escola, me ligou confirmando que me encontraria em frente a algum bar na Cidade Baixa as 23:00, minha resposta foi um grande e desanimado “hoje não vou conseguir ir”.
- Como assim não vai conseguir ir? - ela perguntou frisando as últimas palavras.
- Estou cansadíssima, a Márcia me tirou o couro hoje na agência. Só quero um banho quente, cama e um filminho que, provavelmente, nem verei até o final.
- Tu sabe quem quer te tirar o couro né?!….
- Pode parar! - já fui cortando. A imagem do meu melhor amigo me veio à cabeça instantaneamente.
- Parar nada! O Nando me disse que tá difícil de te olhar sem ficar com o pau duro desde o dia que tu provocou ele com mensagens naquele bar…
- Era uma brincadeira!!! Eu conheço ele desde o colégio! E ele estava com uma guriaaa!! Ele tá é maluco!
- Tá! Tá maluco por você! E disse que vai hoje só pra te ver e te levar pra cama depois…
- Coitado… deixa ir. Eu não vou, Ana. Sério. Tô destruída…
- Mas…
- Mas nada… sei que combinamos mas semana que vem te compenso! hahahahahah
- Ok. Se é assim ok. Esperarei ansiosamente pela recompensa! hahahaha
Finalizamos a ligação rindo alto e sabendo que trocar uma noite de conversas em bar por uma noite de “recompensa” seria muito melhor. E essa história deixo para contar em outra ocasião.
Tomei banho, coloquei uma calcinha preta de renda, daquelas larguinhas nas laterais que deixam a polpa da bunda de fora, uma camiseta larga cinza, fiz um coque no alto da cabeça com meu cabelo e coloquei meu perfume favorito. Adoro passar perfume mesmo sem sair de casa. Acendi uma vela na mesinha da sala, peguei um vinho, uma taça, um pacote de salgadinhos e fui me sentar no sofá só com a luz da tv e um abajur ligados. Era tudo o que eu queria… Naquela sexta. Eu achava…
Enquanto passeava pelos canais procurando alguma coisa pra ver, meu celular apitou. Facebook. Messenger. Nando.
“Achei que te veria hoje….”
“Oi Nando! Estou acabada, não rolou de sair hoje”. Respondi logo, largando o celular ao meu lado, no sofá, e pegando o controle da tv de novo, rezando para que essa resposta fosse o suficiente para cortar a conversa. Eu não queria conversar sobre o que sabia que viria em seguida, não naquele momento.
“Sabe que não paro de pensar em ti né?”
Meu Deus! Aquela brincadeira naquele dia tinha ido longe demais.
“Nando, achei que tínhamos intimidade o suficiente para falar besteira e brincar sem gerar expectativas! A gente se conhece a anos! Tu sabe tantos podres meus que se eu pensar bem posso até me sentir constrangida. Tu é meu confidente, gato!!!”
“Eu sei. Também achava que nunca te desejaria… Mas passei a te ver com outros olhos… e agora eu estou louco por ti” - desabafou ele - “Eu sei que estou sendo sincero demais aqui e agora. Mas a Ana me falou que te contou o que eu disse para ela e eu não aguento mais guardar isso pra mim. Desculpa.”
“A gente pode conversar sobre isso. Tu sabe o quanto tu é gato e o quanto merece uma guria legal como eu! Hahahaha! (eu tentando descontrair) Mas somos amigos, isso estragaria tudo!”
“Podemos mesmo conversar?”
“Claro!”
“Então abre a porta aqui pra mim, estou aqui”
O quê? Aqui? Na porta?
Levantei deixando o celular no sofá e a taça de vinho na mesinha e fui até porta. Olhei pelo olho mágico. Ele só podia estar brincando comigo.
Não. Ele não estava brincando. Ele estava ali, de pé. Era alto, pela clara como a minha, cabelos escuros, barba perfeitamente aparada, maxilar quadrado, lábios carnudos, dentes estupidamente brancos e como se percebesse que eu estava o observando pelo olho mágico, me olhou fixamente com aqueles olhos verdes grandes, deu um meio sorriso e falou:
- Vai abrir pra mim?
O som da voz dele me tirou daquele transe e me dei conta de estar achando-o extremamente sexy. Vestia uma camisa clara com um jeans azul e tênis.
Abri. A porta.
- Oi - falei - como tu subiu sem ninguém me avisar?
Ele deu de ombros como se isso não fosse o que realmente importava...
- Oi - me olhou de cima abaixo fixando o olhar de desejo um pouco abaixo da minha cintura. Ele não disfarçava nada!!!!
Eu estava de calcinha! Não tinha me dado conta. Foda-se! Tarde demais, a situação não pioraria mais por isso… ou pioraria…
- Entra… - virei as costas e saí caminhando em direção a cozinha tentando fingir naturalidade. - Me acompanha no vinho? – perguntei.
- Se eu soubesse, tinha vindo mais cedo - ele falou olhando minha bunda rebolando dentro daquela calcinha de renda. Fechou a porta atrás de si e me seguiu - Aceito o vinho sim, obrigada! – respondeu.
Eu sentia ele me comendo com aqueles olhos verdes grandes e sedentos… eu estava gostando daquilo. Eu gosto de ser desejada. Mas ele era meu amigo! Comecei a pulsar entre as pernas, “protegida” apenas por aquela delicada calcinha e sentia que estava ficando molhada. Eu abri o armário suspenso acima da pia da cozinha e senti o calor do corpo dele atrás de mim. Peguei a taça e apoiei no balcão da pia. Minhas duas mãos estavam sobre o balcão, ao longo do meu corpo. Eu olhava fixamente para as portas do armário que continuavam abertas a minha frente. Eu não queria me virar. Ele estava perigosamente perto demais de mim. Comecei a sentir o perfume dele… uma fragrância amadeirada, marcante. Caro. Brincávamos que gastávamos todo o nosso salário em perfume, bebida e balada… O calor começava a subir pelo meu rosto e eu percebi que não respirava.
Ele se aproximou um pouco mais de mim e eu senti seu corpo tocando meu antebraço. Ele inspirou com força ao meu lado me roubando todo o ar a minha volta. Delicadamente passou a ponta dos dedos ao longo do meu pescoço e eu, instintivamente, deixei a cabeça pender para o lado contrário da mão dele. O clima de sexo e desejo pairava sobre nós e eu não sabia como agir. Senti que ele se aproximava mais, devagar, parecia estar com medo de que eu caísse na real e me afastasse rapidamente dele. Senti sua boca quente pousar em meu pescoço, com os lábios entreabertos e eu pude sentir a sua língua molhada e macia. Fechei os olhos e não pensei mais em nada.
Quando percebeu minha cabeça de lado, minha boca buscando ar, os bicos dos meus peitos saltando pela camiseta e minhas mãos segurando o balcão com força ele me pegou pela cintura e me virou de frente para ele. Começamos a nos beijar imediatamente, como se aquele fosse o último beijo que daríamos em alguém. Nossas línguas dançavam em nossas bocas e eu tinha sensações que nunca sentira antes. Eu queria deixa-lo nu naquele momento, queria chupar cada parte dele, queria sentir o gosto dele, queria que ele sentisse o meu. Nossas mãos frenéticas exploravam nossos corpos avidamente. Nós já tínhamos nos tocado antes, já tínhamos chorado juntos, já tínhamos DORMIDO bêbados no meu apartamento. Mas aquele toque, hoje era diferente. Eu sentia as mãos suadas dele tremerem por baixo da minha camiseta. Ele estava tão nervoso quanto eu. Mas estava também tão excitado quanto eu. Segurando meus peitos com firmeza um em cada mão ele passava o polegar na auréola e nos bicos dos meus seios enquanto nos beijávamos.
Aahhhh ele era uma delícia… com uma mão apenas tirou minha camiseta, me deixando só de calcinha.
- Gostosa demais… - ele repetia como um mantra, me olhando.
O ar frio da cozinha junto com o corpo quente dele colado ao meu, fez me arrepiar inteira. Ele me levantou com facilidade, girou nossos corpos como se eu fizesse parte dele e me colocou sentada na ilha de balcão que estava atrás de nós.
Enquanto abria o cinto e tirava as calças eu tirei sua camiseta e vi um corpo, que já era conhecido aos meus olhos, mas que agora parecia diferente... Imensamente sexy e desejável. Era a visão mais gostosa que eu poderia ter.
Nando tinha um corpo lindo, desenhado, musculoso na medida certa. Tatuagens que desciam pelos seus braços e peito. O abdômen marcadinho com aquelas duas linhas fundas que desciam em direção ao sexo… Uma cicatriz na barriga me tirou o ar. Como eu nunca tinha visto aquilo? O que poderia ter acontecido para marcar aquela pele tão perfeita… A ausência de pelos faziam aparecer pequenas gotas de suor na sua pele.
Quando ele tirou as calças pude ver que ele estava duro. A cabeça do seu sexo quase saía pela parte de cima da cueca. Eu queria... Ele levou as mãos no elástico para tirar a última peça de roupa que vestia…
- Não tira! - falei.- Eu quero tirá-la de ti. Depois. Agora, me chupa… - falei passando os dedos pelos meus mamilos enquanto olhava para ele. Eu estava sem pudor algum diante dele.
Ele abocanhou meu peito em um segundo. Aquela boca quente me trouxe um arrepio de prazer gostoso. Eu adoro a sensação da língua brincando com meus mamilos, dos dentes roçando neles, da boca sugando como se quisesse tirar algo dali. Ele sabia o que estava fazendo, brincava com meus peitos e me tirava gemidos profundos de prazer. Com as duas mãos apoiadas no balcão um pouco mais para trás do meu corpo eu estava arqueada e entregue a um de meus melhores amigos, iluminada apenas pelos lustres pendentes da cozinha. Eu estava louca de desejo. Comecei a fazer movimentos de vai e vem com o quadril a fim de sentir a calcinha roçando no meu sexo.
Percebendo isso ele me puxou para a beirada do balcão e desceu a boca pelo meu corpo, me marcando com beijos e mordidas até chegar onde eu queria que ele morasse. Sobre os joelhos, com uma das mãos na minha coxa, Nando me tocou entre as pernas por cima da calcinha. Eu estava encharcada de desejo por ele. Completamente molhada. Querendo ele dentro de mim. Com o polegar ele fazia círculos no centro do meu sexo inchado, enquanto beijava um pouco mais abaixo sem sair dali.
CONTINUA...
Delicioso. Isso daria um filme. Ao menos em minha cabeça vieram imagens.
Conto delicioso de ser ler. Cativante. Passa a impressão que estamos na cena, presenciando, vivenciando o acontecido. É uma delícia ler teus contos.
Votado e ansioso para continuar... Coque nos cabelos... Decote na blusa e calça que marca o contorno das pernas e da bunda é, digamos, revelador. Mas Sexy mesmo, são roupas que mostram as costas. E cabelo preso, mostrando o pescoço. Quando uma mulher atraente prende os cabelos, fico tarado olhando o pescoço. Não tem como não imaginar um beijo, a pele nos lábios, o calor, o perfume.... Se ela estiver só de camisa e calcinha, aí é para matar do coração...
Colossal
Uauuuu… q delicia