Eles seguiram por um corredor longo, sob as vistas de várias pessoas, todas cobertas com aqueles macacões negros até a cabeça. Um casal, completamente nu, andando em um Espaçoporto. Seria mais ou menos como um padre e uma freira, completamente vestidos, andando em uma praia de nudismo. De vez em quando, tinham que parar, e Adrian trocava algumas palavras com os Seguranças do lugar. Claro que não apresentavam perigo algum. Os detetores de metal identificariam qualquer objeto que eventualmente estivesse oculto em alguma cavidade, e as análises do ar ao redor deles identificariam algum vírus ou bactéria , isso era rotina após as Pandemias. Finalmente, chegaram a um portal de embarque, havia muito poucas pessoas ali. - Pouca gente viajando para esse Planeta? - Na verdade, poucas pessoas saem do Planeta. Vim especialmente para acompanhá-la. - Você veio só para me buscar? Dessa distância enorme? - Enorme? No entenc... não entendo. - Mestre Gwythyr falou em milhares de Parsecs. - Ah. Não se preocupe. Além deles, havia mais duas moças, completamente nuas. Olhavam bastante na direção de Adrian. Ele fez um gesto , como uma espécie de aceno ritual. Elas corresponderam. - O que significa esse gesto? - Esse gesto identifica os seguidores da Deusa de determinado nível. - Mais ou menos como os graus de uma Ordem ou Irmandade? - Ah, você falou “Irmandade”. Então entende um pouco. A grande maioria das pessoas ignora isso. Como ignora o Sexo. - Isso é difícil de entender. De onde venho, Sexo é algo tão natural como respirar. Ou quase. - Mestre Gwythyr me falou algo superficialmente. Não consegui entender. - Eu vim de um passado distante para vocês, não sei como. Talvez indo até esse Planeta eu consiga entender, e mesmo como fazer para retornar. Ela explicou como havia aberto a porta do seu quarto e surgido ali. - Mas não tentou abrir a porta novamente ? - A porta se fechou e sumiu. Eu me distraí olhando para as pessoas que me cercavam, depois havia apenas a parede. - Um portal que se abriu e fechou em seguida, então. - Você sabe o que é isso? - Os Textos Sagrados falam de portais criados durante os Rituais, mas eu nunca vi um pessoalmente. - Então vocês fazem Rituais Sexuais. - Ah sim. Adrian sorriu. Morgana notou que o rapaz estava tendo uma ereção, e o cacete dele era de um tamanho considerável. Talvez a viagem fosse agradável, em mais de uma maneira. Chegou o momento do embarque. Entraram na nave, o interior parecia um desses aviões de luxo. Era interessante como não havia necessidade de trajes espaciais ou especiais, as viagens intergalácticas já eram coisas corriqueiras. Morgana se sentou , e Adrian ficou ao lado dela, segurando em sua mão. Assim que as luzes foram reduzidas em intensidade, ela levou a mão ao cacete ereto do rapaz, acariciando-o. Ela sentiu o pulsar do membro. - As pessoas aqui podem se acariciar em público? Ela perguntou , sorrindo. - É muito incomum, já que poucas pessoas ainda fazem sexo ou têm contato físico, mas não há proibições. Ela continuou as carícias, depois abaixou a cabeça e deu um beijo bem na cabeça do cacete de Adrian, que suspirou. Depois, ela passou a lamber de leve, olhando para cima para ver a reação dele. Ele estava de olhos fechados, e acariciava os cabelos dela com uma das mãos, demonstrando sua excitação crescente. A seguir, ela passou a lamber e mordiscar toda a extensão do cacete. Adrian estremecia levemente. Algumas pessoas olhavam com curiosidade. Então ela começou a chupar gostosamente, Adrian gemia e suspirava. Mais alguns minutos, e o rapaz gozou gostoso, ejaculando na boca de Morgana. Ela tentou engolir tudo, mas parte da porra escorreu pelo queixo e pescoço dela. Nesse momento, uma moça, deveria ser o equivalente à aeromoça dos aviões, se aproximou e entregou a ela alguns lenços descartáveis, dizendo: - Que a Deusa abençoe esse ato. - Que a Deusa ( glup) abençoe...repetiu Morgana, enquanto engolia o resto do esperma. Adrian repetiu o mesmo. Era muito curioso que isso fosse encarado naturalmente , mesmo sendo em um futuro distante. - Ah, olhe pelo visor. Estamos chegando. - Mas já? Não eram milhares de Parsecs? - As viagens são assim, em nosso tempo. - Nossa. Quase que chegamos antes de você gozar. A nave pousou em um Espaçoporto menor que o anterior. Diferente , porque não havia aqueles tubos transparentes por toda parte. Era noite naquele Planeta. - A atmosfera daqui é agradável. E você vai achar este mundo bem parecido – espero – com o de onde você veio, que também é o mundo de origem da Deusa. Dali, entraram em um veículo similar àquele que os havia levado antes da viagem, e seguiram por uma via , flutuando a alguns metros do solo. - A paisagem lembra um pouco a Terra – disse Morgana. As árvores são um pouco diferentes, e há as duas Luas. - Na verdade, são cinco. Mas as outras aparecem em horários diferentes. - Bom, estou com um problema: Onde vou ficar? Você já viu que não sou daqui, estou completamente pelada, nem teria o dinheiro que vocês usam... - Dinheiro?O que é isso? - Dinheiro. Moeda. Que as pessoas usam para comprar coisas. - Comprar? - Vocês não compram nada? Roupas, jóias, comida? - Não entendo. Ela tentou explicar o sistema que existia na Terra. Depois de um tempo, Adrian falou: - Aqui não há nada disso. Não temos nada. Principalmente aqui. Tudo é de todos. Temos o que precisamos, não há necessidade de acumular nada. Mas eu sei que, em épocas anteriores à Quinta Grande Guerra, havia lutas por territórios, e pessoas que acumulavam o que chamavam de riquezas. - É difícil entender isso. - Dizem que tudo mudou após a Grande Escuridão. - Grande Escuridão? Como foi isso? - As Tradições contam que houve um período chamado de “Grande Escuridão” e depois o “Áureo Alvorecer”. E é aí que entra a Deusa Regina e toda uma História, longa e complexa. - Então, todos crêem que essa Deusa existe. - Nem todos, após milênios, há quem pense se tratar de uma lenda. Mas para mim é real. - E como a crença em uma Deusa pode ser algo real? Não estou duvidando. É que muitas vezes a causa de fenômenos naturais é atribuída a divindades. - Você não conhece a História. Regina era uma mulher comum, e tinha uma vida normal na Terra, até que uma série de eventos foi se sucedendo, e ela foi se envolvendo mais e mais com Magia Sexual... é uma história longa e complexa, como eu disse. - Mas o que tem isso a ver com a Grande Escuridão? - Existem Dimensões Paralelas e Realidades Alternativas. Em uma dessas Dimensões, há o que se chama “Terror do Abismo”. Alguns Magos Negros abriram uma Fenda no Espaço, permitindo a passagem entre as Dimensões, trazendo a Grande Escuridão. - E onde entra a Deusa Regina nessa história? - Ela sacrificou sua vida e sua imensa Energia para acabar com a Grande Escuridão, trazendo ao Universo o Áureo Alvorecer, a era das viagens galácticas e da Colonização do Universo. - Mas se ela se sacrificou e morreu , ela foi uma mártir e não Deusa. - Não estou conseguindo me fazer entender. Havia outras Deusas envolvidas na Ascensão de Regina. - Hmmm, tá esquisito. - Você teria que ler os Manuscritos do Templo por inteiro. - Eu vi o Livro, lá no Salão onde estava Mestre Gwythyr. Mas só li um trecho, que falava em “Poderosa Dama da Névoa” e “Primeira Imperatrix da Ordem do Círculo Vermelho”. “A Mais Sábia, a Mais Bela, a Mais Corajosa”. Parece demais para uma só mulher. Devem ter aumentado as coisas com o passar do tempo. - Não é isso! – Adrian pareceu contrariado. Regina era, e é, muito mais do que tudo que possa ter sido escrito. Imagine alguém que salvou todo o nosso Universo! - Não consigo imaginar. E você diz que foi tudo a partir da Magia Sexual? - A Energia Sexual é a força criativa mais poderosa que existe. - Se é assim, por que a maioria das pessoas nem pensa em sexo neste mundo? - Estou muito confuso, Morgana. Você viajou no tempo através da Magia Sexual, agora está em outra Galáxia, e não consegue aceitar o que eu digo? - Tem razão. Eu ainda não consigo acreditar que estou em um futuro distante, muito longe do meu Planeta. É que, no meu tempo, Deuses e Deusas são considerados mitos. A maioria crê em apenas um ente supremo. - Vamos então supor que você acredite que realmente viajou no Tempo. - Bom, eu sou obrigada a acreditar. Estou aqui, não? - Então. Depois do sacrifício de Regina, uma deusa chamada Zarya recuperou a essência vital dela e guardou em uma Esfera especial, e entregou ao marido dela , que estava morrendo. - Mas se ele morreu também, como foi...estou confusa. - Espere. Ela fez com que a Essência dele, junto com sua consciência e a Esfera, fossem transportados no tempo, a uma outra época, anterior ao início de toda essa história. - Bom, já aceitei a viagem no Tempo. Mas e o que aconteceu com a Esfera? - Calma. A questão é que o marido dela voltou no tempo quarenta anos antes de conhecer Regina, e sua essência se incorporou em um outro corpo. Ele teve que esperar esses quarenta anos até encontrar seu “Eu” mais jovem, e Regina. - Mas que confusão! O que aconteceu então? - Quando eles se encontraram, suas consciências se fundiram, e o marido de Regina se lembrou de tudo o que havia acontecido, como haviam acabado com a Grande Escuridão. - E Regina? - Regina recuperou as memórias do futuro quando apagou o sigilo da superfície da Esfera. Mas tudo isso está escrito com detalhes nos Manuscritos do Templo. - Epa. E COMO esses manuscritos foram escritos, se eles foram para o passado? - Aí entra uma parte interessantíssima na História. O marido de Regina, que era conhecido como “Número Um”, foi escrevendo, com a ajuda dela, tudo o que havia ocorrido após ela ter recebido o título de “Imperatrix do Círculo Vermelho”. - Tá. Mas e daí, como foi que o Livro acabou influenciando esses bilhões de pessoas? - O Livro, após escrito, foi transportado no tempo e espaço, através de magia Sexual, até o Castelo onde Regina passou a maior parte de suas aventuras , depois de evoluir e aprender a usar sua Energia . - Ainda acho difícil de acreditar. - Então me explique detalhadamente como foi que você viajou no Tempo, como foi o seu Ritual. Depois pode duvidar da Deusa. - Bom... eu recebi um Espelho Negro, entre outras coisas. - Um Espelho Negro. Que devia ser mágico, para fazer você viajar no Tempo. - Tá, você me convenceu. Se eu creio que foi possível para mim fazer essa viagem, então eu tenho que acreditar que uma outra mulher como eu, da minha época, também viajou no Tempo. - Pelo menos crer na possibilidade. - Mas eu não sou uma Deusa. - Para quem não acredita que um ser humano comum possa fazer o que você fez, você não é humana. Ou então é mais que humana. E Regina, em várias passagens dos Textos Sagrados, recusa ser considerada uma Deusa. - Então, ela poderia ter sido alguém como eu. - E essa é a beleza dos Manuscritos. Dão a entender que a Divindade pode estar dentro de cada um de nós. - Preciso ler esses textos. - Você terá a oportunidade, pois ficará em um dos Templos da Deusa.
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