Meu Bromance Inglês

De tanto surfar o cu do cobrador, comecei a sentir falta de surfar no mar. Há tempos não descia para a praia, nem era Verão mas decidi tomar um busão e me dedicar à pranchinha, que já estava enciumada. Depois que comecei a comer cu, dei de andar mais sozinho, nem chamei os brothers, fui até meio escondido. Trabalhava, tinha autonomia, idade para viajar sozinho, e fui no sábado pela manhã para o Litoral Norte, num pico de surf maneiro. Fiquei numa pousada com chalés baratos, estilo albergue, que na baixa temporada, segundo o cara da recepção, tinha poucos hóspedes e só teria um gringo para dividir quarto comigo.

Na hora, nem pensei em sacanagem, não penso só em sexo, pensei em treinar meu inglês, conhecer alguém de outra cultura, um estrangeiro, mas na hora que abri a porta e dei de cara com o carinha se arrumando para ir à praia, um ruivinho descabelado, olhos verdes, mais baixo que eu, fortinho, pernas grossas, pele rosada, pêlos dourados, sem camisa, peitinhos cor de carmim, que abriu um sorrisão cheio de dentes brancos e me recebeu com uma alegria que eu nem esperava, senti um calor percorrer o corpo e percebi de cara que não ia prestar, ainda mais quando me abraçou e vi sua bunda protuberante no calção largo.

Enquanto guardava as coisas, ele contou num misto de português e inglês que era do Norte da Inglaterra, perto da Escócia, que estava mochilando na América do Sul, que Brasil era o primeiro país, que vinha do Rio de Janeiro, passando por Paraty, viajando de carona pelo Litoral de São Paulo, e que ia embarcar logo para a Argentina e, depois, Perú, todo animado. Troquei de roupa na frente dele e ele disse sem pudores: "Nice body, guy!", com um soquinho no meu braço. Fiquei corado, porque ele riu e disse: "Relax, man!". Não demorou e fomos para a praia, como se fôssemos grandes amigos, e uma coisa crescendo em mim.

Passamos o dia na praia quase inteira para nós. Ele nadava mas não surfava, eu o convenci a brincar um pouco na prancha, ajudava a subir, ensinava alguma técnica, às vezes tirava uma lasquinha, no que ele retribuía com abraços, até com um beijo estalado na bochecha, um brother, um brotherzão, e eu de pau duro no calção embaixo d´água. Num momento, ele deitou na frente da prancha, eu atrás com a cara na bunda dele, pau duraço, e remamos juntos, com os braços, até conseguirmos ficar em pé na prancha e pegar uma onda que deixou o cara eufórico. Pela primeira vez, senti uma coisa parecida com paixão por um macho.

Quando escureceu, esfriou rápido e decidimos voltar para o chalé, fiquei esperando a hora dele me chamar para ir numa balada, pegar umas minas, mas não falou, aliás, não falou de mulher o dia todo. No caminho da pousada, envolta pela Mata Atlântica, ele começou a ter hipotermia e a tremer, sem camisa e sem toalha para se proteger, pediu que eu o abraçasse. Meio constrangido, macho latino, o abracei. Ao chegarmos ao chalé, ele foi correndo para abrir a porta mas não conseguiu, tanto tremia de frio, então, colei no corpo dele por trás e consegui abrir a porta enquanto roçava sua bunda, de pau duro, e ele sentiu.

Quando entramos, tive medo de levar porrada, mas ele me jogou contra a porta e meteu a língua na minha boca, meu primeiro beijo de homem, depois me jogou na cama, arrancou meu calção, chupou o pau, arranquei o calção dele e meti a língua no cuzinho rosa e salgado, minha primeira vez lambendo um cu, no que fiquei viciado. Não sou versátil, também pela primeira vez, enquanto lambia o cu com ele sentado na minha cara, senti o pauzão branco e o sacão dele no meu peito. Comi o cara de tudo que é jeito, na cama, no banheiro, no chão, gozei cinco vezes, no cu, na cara, no peito, no meio das pernas, até dormir em seus braços. Pela manhã, acordei sozinho, ele pegou suas coisas e subiu a serra na surdina. A viagem de fuga dele era bem maior que a minha. Chorei por um cara.