"Eu era um jovem professor de trinta anos. Tinha namorada firme e recentemente havíamos ficado noivos. Eu nunca havia tido experiências gays nem pensado no assunto. Estava feliz vivendo minha sexualidade hétero. Travalhava como professor de português de ensino médio em uma escola particular e o máximo de loucura que eu fazia era bater uma punhetinha de vez em quando pensando em alguma aluna mais velha formanda do terceiro ano.
Naquele dia eu estava aplicando prova, e o Breno acabou um pouco mais cedo. Como havia um horário mínimo para a saída, ele teve que ficar na sala. O Breno era um formando repetente. Estava para fazer dezenove anos já. Naquela idade, era forte e tinha uma insinuação de fiapos raspados na pele, com um viço muito jovem. Seus braços eram fortes, dava para ver que ele praticava esporte.
Eu nunca havia reparado em nada daquilo. Não era minha praia. Mas ele acabou a prova e se estirou na cadeira, para esperara a hora de sair. Esticou uma perna para fora da carteira. Levantou os braços e os cruzou por trás da cabeça e ficou olhando para a janela, pensativo. Aquele movimento chamou minha atenção.
De repente me dei conta daquela perna bonita, comprida, saindo para fora da carteira. Percebi os braços fortes, flexionados. O contorno do maxilar, que ia descendo pelo pescoço. Sem perceber, comecei a seguir aquelas linhas com os olhos . Fui imaginando como aquela pela ia continuando por baixo da camiseta, pelo peitoral até a barriga. Fui fazendo o mesmo movimento a partir da perna, imaginando a pele como seria subindo pela batata da perna, pelas coxas, até... Pensei no pau dele. Foi a primeira vez que pensei nisso.
Não percebi, mas logo estava pensando em como seria o contato com aquela pele, com aqueles pelos, com aquele pau. Imaginei como o Breno bateria punheta, como as meninas deviam pegar no pau dele, punhetá-lo gostoso e darem um risinho na hora que ele gozasse, soltando porra para todo lado. Me dei conta de que o Breno era um cara gostoso e pensei: "Alguém vai se deliciar com isso".
Alguém me chamou: "Professor, está tudo bem? Você parece hipnotizado.". Foi então que me dei por mim. Estava mesmo, totalmente hipnotizado pelo Breno, olhando fixamente na direção dele, do pescoço dele, da perna dele, do peito dele, do pau dele. Estava com a boca aberta, e um fio de baba estava prestes a escorrer. Acordei a tempo de ver que o Breno olhara para mim também. Estava com as bochechas vermelhas. Percebera alguma coisa? Eu não sabia.
"Tudo bem. Estava só pensando aqui."
Na saída, o Breno entregou a prova, e trocamos um olhar e um "Falou". Nada que parecesse fora do normal. Mas pensei naquilo várias vezes durante o dia e fiquei tentando entender o que era aquilo que o Breno havia despertado em mim. "