NAMORO SECRETO (8) – CHEIRO DE LIBERDADE - - - Após uma visita indesejada… Enquanto Simone corria para o quarto se trocar, eu não sabia como “relaxar”, já que aquela “visita surpresa” começou a me apavorar. Sem falar que eu estava de pau duro. Quando Simone voltou para a cozinha, ela olhou para mim e tentou dizer alguma coisa, porém, ou ela estava nervosa ou quem sabe, simplesmente envergonhada para falar, vai saber. E ao ver a mãe de Simone, que cá para nós, não tem nada a ver com a filha, a minha excitação já estava passando. Depois das apresentações, com certa cordialidade é que tudo começou a ficar confuso. Primeiro porque Simone tentou explicar para a mãe quem eu era e quando conseguiu fazer isso, ela ficou muito nervosa. A mãe de Simone me olhou de baixo para cima, como que já me definindo. Mas o pior foi quando ela me olhou nos olhos e parecia ler a minha mente. Ou, quem sabe, entendeu o que eu quero com a filha dela. Sem mais nem menos, sem um mínimo “tato”, a mãe de Simone começou a me questionar: -O que faz da vida? -Eu estudo. -Não trabalha? -Ainda não. -Hummmmm. ......... Esse “hummmmm” é aquele som que se faz na garganta e que, para a minha livre interpretação, é sinal de desaprovação. -E o que você estuda? -Estudo para entrar numa faculdade de Fotografia. Aquela mulher, que eu comecei a personificar com a imagem de uma bruxa dos filmes infantis, voltou a fazer seu irritante “hummmmm” e Simone, que nos olhava de relance enquanto preparava o almoço, nada fazia para interromper a mãe. -Para mim isso não dá dinheiro algum. Qualquer um pode pegar uma câmera e tirar uma foto. -Sim, eu concordo. Só que existem fotos e fotos. -Para mim, são todas iguais. Percebi que aquela “bruxa” carregava uma revista de moda e costura no braço e apontei para a revista, para explicar: -Por exemplo. Essas fotos da sua revista. Se elas fossem feitas por um fotógrafo qualquer, que não entendesse de iluminação ou de postura, a senhora talvez olhasse para as fotos e… -Já cansei desse assunto! Minha filha, o que está fazendo de almoço? Uma das coisas que eu mais odeio na vida é ser interrompido, ainda mais por uma ignorante. Minha cara se transformou e talvez eu até estivesse com uma cara de assassino. Simone ficou incomodada e ainda assim, ela nada falou e aquilo mexeu comigo. -Estou fazendo macarrão com sardinha mãe. -Odeio sardinha. Sabe disso, não é? -Sei mãe. Mas, a senhora não ligou e… -E o que um homem como esse aí está fazendo na sua casa? Quer ser motivo de falatório aqui na cidade? Aquela pergunta parecia ter desmoralizado Simone, que ficou praticamente paralisada. Já eu, que fiquei abismado com a total falta de noção da bruxa, pensei em um crime, mas me contive com a minha imaginação. -Mãe, os tempos são outros. E não vejo problema algum em… -Eu não quero ouvir um punhado sobre você na rua. “-Bruxa!” E do nada, a mãe de Simone começou a falar as fofocas da cidade, contando com tanta indiscrição, que chega a dar vergonha alheia, por ela falar tantas porcarias sobre pessoas que ela talvez nunca tivesse conhecido. Simone nada falava e também não sorria. Acho que tanto ela quanto eu, começamos o nosso modo “surdo”. Levantei-me e falei uma “licença” quando achei melhor não ficar perto daquela “bruxa”. Assim que cheguei ao meu quarto, aquela mulher novamente começou a falar de mim, em alto e bom som. Quer dizer, ela me detonou para ser sincero. E Simone disse algo para calar a boca daquela mulher? Nadinha. E do chateado para “puto” foi um pulo! “-Como Simone pode deixar a própria mãe falar daquele jeito?” – pensava eu, fechando a porta do quarto. Para resumir o almoço, que foi só um macarrão sem molho, muito menos sem sardinha, já que a mãe enjoada de Simone não poderia comer nada disso, comigo e Simone calados ouvindo a mãe dela falando que nem uma louca sobre o que ela achava do mundo, eu tive uma única certeza: “-Eu não quero ter essa bruxa como sogra!” – e eu ficava repetindo e repetindo aquilo, olhando para Simone, que não reagia à uma mãe como aquela, que precisava de pelo menos, umas “tiradas”. Simone foi obrigada a fazer uma sobremesa para a mãe, que não aceitava sair sem comer um “docinho”. E claro, enquanto uma preparava a sobremesa a outra discorria em reclamações: -Minha filha! Eu já não te falei para jogar essas caixas no lixo. Isso aqui não é para você! Continua lá no seu emprego, arruma outro marido, de preferência um homem mais velho do que você. Nem precisa de muito e nem dessas baboseiras de se apaixonar. E não se esqueça, o rapaz tem que ser rico! Aquela velha falava tanta coisa esdrúxula que por um filete de insanidade não saí do meu quarto para mandar aquela mulher à merda. Antes de aquela bruxa ir embora, ela consegue ainda soltar mais uma “pérola maldita” para a filha: -Filha. Mulher não serve para abrir negócio. Você não nasceu para isso. Aceita o seu destino e se case com um homem rico e mais velho. Vai por mim. Veja o que eu me tornei. Talvez isso se sirva de exemplo para você. E na próxima vez, quando eu lhe visitar, espero não encontrar aquele delinquente aqui. “-Delinquente? Que filha da” – eu murmurei o resto do xingamento e é claro que eu escutei aquela mulher falando, pois pareceu que ela tinha vindo bem para perto do quarto onde eu estava. Minha vontade mesmo era de pegar minhas coisas e voltar para a minha casa, afinal, eu tinha as chaves. Fiquei lá dentro do quarto, esperando Simone vir, para que ao menos me, pedisse desculpas pelo que a “mãe” falou, mas nisso, escutei ela entrando em outro quarto, onde eu sabia que tinha várias caixas com as roupas que ela encomendou. Não sei se Simone estava envergonhada ou quem sabe, nervosa pelo que a mãe falou, mas decidi ver como ela estava. Quando cheguei ao tal quarto, onde Simone estava a vi usando um vestido de um rosa claro, bem colado ao seu maravilhoso corpo. O vestido era de alcinhas finas, um belo decote e que apertava sua cintura e claro, bem curtinho. Olhei para ela, com uma mistura de raiva e desejo. Simone que estava de costas para mim, se olhando pelo espelho, não percebeu a minha chegada e eu, percebi que voltava a ficar excitado. Mas eu não poderia, já que estava indignado com ela. Ainda assim, eu apreciava a belo bunda de Simone, dentro daquele provocante vestido. Quando Simone me viu pelo reflexo do espelho, eu decidi fechar a porta do quarto e me aproximar dela. Pelo reflexo, eu olhava para Simone com desejo, mas eu não queria tratá-la com carinho, como antes da chegada da “bruxa”. Pelo contrário. -Sei que você deve estar bravo comigo, Miguel. Me desculpa por não… -Cala a boca! Simone se assustou e até eu posso dizer que também fiquei surpreso com o que eu falei. Fui me aproximando de Simone e quando ela tentou virar-se para ficar de frente para mim, eu a peguei pelo braço e disse: -Quem disse que eu quero que se vire? Simone ficou realmente chocada com o que eu falei, deixando sua boca entreaberta. Me aproximei dela e passei delicadamente minha mão em suas costas, subindo até o pescoço de Simone e começando a enrolar os cabelos dela na minha mão direita, para puxar com força e falar no ouvido dela: -Nunca mais você vai deixar sua mãe falar daquela maneira com você! Entendeu? Meu pau endureceu ao sentir Simone em meu poder, assim como o perfume dela, que parecia me fazer ficar colado àquele corpo. -E tem mais! Se você deseja alguma coisa, vá atrás, independentemente do que as pessoas achem sobre isso. Enquanto puxava o cabelo de Simone, fui colando meu corpo no dela e olhando-a pelo reflexo do espelho. Pela primeira vez vi um rosto diferente. Simone parecia gostar do que eu estava fazendo e resolvi continuar com aquilo, afinal, eu também estava gostando. -E Simone, mais uma coisa! -Pode pedir Miguel… Simone fez uma voz melosa e tão gostosa que fez meu pau latejar dentro da minha calça e ela sentiu essa pulsação, tanto que começou a rebolar bem devagar. Eu não sabia bem o que pedir. Quer dizer, eu queria muito mandar e quando o “mandar” surgiu na minha mente, eu disse para Simone, bem perto do ouvido dela: -Eu não vou pedir Simone. Eu vou mandar! Senti Simone tremer seu corpo e quando eu falei aquilo, meu coração parece ter pulado do meu peito e indo parar no meio da minha garganta. E fiquei me achando, ainda mais depois de ouvir ela falar: -Ai Miguel, assim eu não resisto! -Então faça o que eu mandar e se não gostar, me avise. Certo? Não deixei que ela respondesse, pois eu passei a minha língua no pescoço dela de um jeito que a fiz gemer. Sem falar que eu estava muito excitado e logo comecei a passar a mão na cintura de Simone, mais para subir o vestido dela. Enquanto lambia o pescoço de Simone e está, estava de olhos fechados, pensei numa “tara” minha e eu queria muito que ela fizesse. Olhei para Simone e falei: -Simone? -Fale Miguel. Peça. -Quero que me faça uma deliciosa massagem. -Eu faço sim. -Só que eu não quero que use suas mãos, entendeu? Simone olhou-me pelo reflexo do espelho e esboçou um leve sorriso. Assim que nossos olhos se cruzaram, ela ficou vermelha e eu, a olhava com mais desejo. Notei que aquele vestido era um pouco transparente e logo pude ver as aréolas dos seios dela. Tirei minhas mãos do cabelo de Simone e a peguei pelo braço, virando-a para que ficasse de frente para mim. Coloquei minha mão direita no rosto de e nos beijamos. O beijo foi delicioso, ardente e as nossas trocas de línguas me deixou atiçado. Quando paramos com o beijo, eu disse para Simone: -Vai à frente. Delícia. Simone mordeu o lábio de baixo e quando passou por mim, tasquei-lhe um tapa forte e firme em sua bunda, que foi com gosto, para falar: -Isso foi por não ter pedidos desculpas para mim. -Desculpa Miguel. -Eu ainda não terminei. Agora vai para o quarto. Olhei para Simone com tanta vontade, que eu não sei se vou esperar por uma massagem dela. Mas, tenho que ser forte. C. CARLYLE LYRA
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