NAMORO SECRETO – CHEIRO DE LIBERDADE - - -
CAPÍTULO Nº 06
Afasto o cabelo do pescoço dela e passo meu nariz levemente sob a pele de Simone, para colocar minha boca colada à sua orelha e falar:
-Seu perfume me deixa louco, sabia?
E me afastei de Simone, abrindo a porta atrás de mim, para sair do banheiro.
Aquilo me deixou maluco de tesão e por pouco, pouco mesmo, eu não agarro Simone de jeito e a fodo dentro daquele banheiro, com todo o meu tesão reprimido.
Volto para o meu quarto e fecho a porta. Mas a minha vontade mesmo é a de ficar embaixo de uma ducha fria até parar de pensar em Simone.
Sábado - Antes do almoço.
Fico dentro daquele quarto, mas querendo que Simone o invada e venha para cima de mim. Eu escuto os passos dela indo para o seu quarto e tenho uma vontade louca de ficar junto a ela. Meu pau está duro e chega a me incomodar. Penso em Simone e depois, na minha promessa:
“-Não vou me masturbar!” – “falo” em pensamento, como se fosse um mantra.
Minhas vontades parecem obsessões. Meu desejo por Simone parece crescer a cada segundo. Sem falar que meus pensamentos sacanas estão aumentando, como se em qualquer lugar daquela casa, a qualquer hora, fosse hora de foder aquela mulher.
Escuto mais passos de Simone e resolvo abrir a porta do quarto em que estou. Nossos olhares se cruzam e ela fica parada diante de sua porta e eu, do meu quarto. Uma vontade louca de atacá-la invade meus pensamentos e eu resolvo andar até Simone, que levanta sua cabeça para me olhar. Sou um pouco mais alto do que ela e grande.
Posso facilmente dominar Simone e é o que eu quero fazer. Ao mesmo tempo, quero beijar a boca dela por um longo tempo.
Entro no quarto de Simone e empurro a porta do quarto dela, fazendo-a bater. Simone me olha, enfeitiçada, passando uma mão nos seus cabelos e tenta sorrir. Sinto que a respiração dela está alterada, sem falar em seu perfume.
Não sei como começo, mas sei como quero que termine.
-Quero te beijar. Na verdade… – levo minha boca até o pescoço de Simone e toco levemente meus lábios em sua pele, para sussurrar no ouvido dela:
-Quero você todinha! Basta você deixar… – tiro minha boca do ouvido dela e fico poucos centímetros do rosto de Simone, que está de boca aberta e olhos fechados.
A espera de resposta, eu desço meus olhares por aquele decote provocante e passo as minhas mãos nos braços de Simone. Aquilo faz parecer como uma espécie de choque.
Simone se afasta de mim e olha para o outro lado, fugindo dos meus olhares. Eu já estou praticamente querendo-a nua na minha frente, quando ela diz:
-Não posso. Você é filho da minha melhor amiga.
Aquilo sim poderia ser um balde de água fria em cima de mim, fazendo com que meu pau amolecesse e minha vontade fosse embora. Esse efeito não surgiu e eu precisava de respostas para aquilo.
-Que mais desculpas você vai arranjar para que não role algo entre nós? – perguntei a Simone.
-Não é uma desculpa. É a realidade. – Simone tenta me fazer entender.
-Sua voz não diz isso com sinceridade. Sinto que você me quer. É mentira?
A respiração de Simone aumenta, assim como sua aflição. Mordendo os lábios como se realmente quisesse me revelar a verdade, seus olhos começam a piscar rapidamente e ela balança a cabeça em negativa.
Tenho vontade de pressioná-la mais, porém sinto que estou fazendo-a sofrer. Não posso prometer que ela sinta prazer com o corpo se não posso garantir uma liberdade em seus pensamentos. Não quero que ela sinta culpa e se arrependa.
-Eu te quero e você me quer. Isso é inegável. – falo para Simone, que continua a desviar seus olhares dos meus.
E resolvo completar:
-Vou pensar em algo que nos ajude. E vai ser hoje. Não posso deixar uma mulher como você fugir da minha vida.
Antes de sair do quarto de Simone, eu a pego pela cintura e a empurro contra a porta, viro seu rosto para a direita e como um vampiro, lanço minha boca contra o seu pescoço. Passo toda a minha língua naquela pele macia e cheirosa, pelo pescoço, indo até a nuca e sentindo até fios de cabelo em minha boca. Minha outra mão aperta a cintura dela, enquanto seguro o rosto de Simone com delicadeza. Já Simone, toca meu peitoral forte, como que a me acariciar, mas só depois de sentir minha língua em seu pescoço, ela me puxa para que eu não a solte.
Tenho vontade de agarrá-la e pressionar meu pau duro contra a sua boceta e dali para ficarmos em cima da cama de Simone, a fim de continuar com beijos, chupadas, mãos, entre outros. Contudo, eu me afasto de uma só vez a Simone e delicadamente, eu a afasto, para abrir a porta e sair.
-Espera! – fala Simone, num ímpeto.
Olho para trás e Simone ainda está indecisa. E para o bem dela, eu falo:
-Só me chame quando você tiver certeza! – falo para ela, fechando a porta atrás de mim.
Por mais que eu fosse “seco” e “frio”, foi para o meu bem. E claro, para o bem de Simone, que deve estar com a mente “borbulhando”.
“-Eu preciso me acalmar. Urgentemente!” – penso.
Entro no meu quarto e pego umas roupas e a toalha. Lógico que eu penso em tomar um banho gelado, para que o “fogo” que eu estou sentindo naquele momento, suma.
Entro no banheiro e me olho no espelho. Logo, surge um pensamento:
“-Se você não fosse você, tudo ficaria mais fácil.”
Nisso, uma espécie de insight surge em meus pensamentos e volto a repetir meu pensamento:
“-Se você não fosse você…” – penso, quase soletrando mentalmente cada palavra.
“-E se…” – olho no espelho e dou um sorriso após ter uma louca ideia, que precisava ser compartilhada.
Saio do banheiro sem camiseta, ainda de pau duro e bato na porta do quarto de Simone. Ela demora a atender e logo eu penso que ela pode estar se masturbando novamente debaixo do chuveiro. Aquele pensamento me deixa ainda mais excitado e quando ela finalmente abre a porta do seu quarto, sinto que Simone está disposta a tudo, pois ela me olha com sinceridade.
-Tenho uma ideia.
-Fala. – Responde Simone, toda apreensiva.
-E se eu, aqui dentro de sua casa, não fosse o Miguel?
Simone olha para os lados e tenta entender o meu raciocínio. Depois de alguns segundos, ela volta a me olhar. Sorri e balança a cabeça, para então dizer:
-E se eu não fosse a Simone?
Simone então me olha com firmeza e para de se mover ansiosamente.
-Você seria quem você quisesse. – falei para Simone.
Simone concordou com a ideia, balançando a cabeça, agora, num “sim” interminável. Sorrindo, ela já mostrava outra fisionomia. Estava mais calma, aceitando a minha ideia como possível.
-Estaríamos representando. – ela disse.
-Isso. Nossas fantasias mais secretas. – eu afirmei.
-Aqui eu não mais seria a “Simone”. Gostei da ideia. E como eu te chamo?
Pensei um pouco e então falei:
-Que tal Marcos? Um cara que você convida para almoçar aqui em sua casa?
Apertando os lábios e se movendo de um jeito sensual, como que ficando excitada na minha frente, Simone me responde:
-Eu posso ser Gisele, colega de trabalho do Marcos, que o convido para a minha casa e juntos, preparamos um almoço.
Sorrimos um para o outro e eu me afasto dela, para então dizer:
-Então o Marcos vai tomar um banho e logo, logo, baterei em sua porta.
-Ótimo. Vou me arrumar só para ele. Até daqui a pouco Marcos.
-Até daqui a pouco, Gisele.
C. CARLYLE LYRA